REINO DE DEUS & REINO DOS CÉUS

sábado, 4 de julho de 2009

INTRODUÇÃO

O antigo testamento, em especial os profetas profetizaram sobre o reino de Deus. Dentre eles podemos citar: Daniel, Ezequiel, Isaías, Zacarias, Jeremias e muitos outros. Esses profetas, não somente profetizaram mais também almejaram esse reino escatológico de justiça e paz.
O Novo Testamento também dá muita ênfase ao Reino de Deus em especial os evangelhos sinóticos.
Sobre o Reino dos Céus ou de Deus que fora profetizado no Antigo Testamento e pregado por Jesus e seus discípulos que iremos tratar neste trabalho

REINO DE DEUS & REINO DOS CÉUS
JESUS REI

Jesus no seu ministério terreno cumpriu-se três ofícios ou funções profetizadas pelo Antigo Testamento, que Jesus seria Profeta, Sacerdote e Rei. Esses ofícios eram exercidos por homens escolhido, ungidos e investidos na função.
Jesus reuniu esses três ofícios, nesta nova dispensação Ele é o profeta, o sacerdote e o Rei, tornando-se o mediador perfeito e completo de uma nova aliança.
Todos que viviam na época do ministério de Jesus reconheciam que Jesus era profeta. O próprio Jesus, afirmava ser profeta (Mt 13.57; Mc 6.4; Lc 4.24; 13.33; Jo 4.44).
Quanto à identificação do sacerdote com os homens, também se cumprira plenamente em Cristo, através do ministério da encarnação. Jesus é sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque (Sl 110.4).
As profecias do Antigo Testamento, anunciaram um rei que viria da casa de Davi, para governar Israel e as nações com justiça, paz e prosperidade ( Is 11.1-9)). O Anjo disse á Maria que Jesus seria Rei. “ Eis que em teu ventre conceberás, e darás á luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim” (Lc1.31-33).
Jesus nasceu no reinado de Herodes o grande, rei da Judéia, mas o verdadeiro Rei, o prometido pelos profetas havia agora nascido em Belém da Judéia e já era reconhecido com Rei até mesmo pelos magos do Oriente que vieram á Jerusalém procurá-lo, “porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo”. O sinal do Rei foi notório a todos! Jesus já nasceu Rei e sempre será Rei eternamente.


REINO DE DEUS & REINO DOS CÉUS
DEFININDO O REINO

Pouco se ensina acerca do Reino de Deus e de sua natureza nas igrejas. No entanto, conhecer o que a Bíblia diz sobre o Reino é algo primordial para aclarar o nosso pensamento quanto ao propósito da Igreja no mundo e nosso papel como cidadão do Reino de Deus.
O Reino de Deus pode ser definido como o domínio eterno de Deus em todas as eras, exercendo a sua soberania sobre o universo, intervindo na história para conduzi-la ao ápice - a restauração de todas as coisas – e “ revelando-se com poder na execução de todas as suas obras”. O Reino de Deus tem, portanto, uma dimensão presente, que se configura no cumprimento em Cristo de todas as promessas messiânicas do Antigo Testamento. A expressão “é chagado”, que aparece tanto em Mateus 4.12 como em 12.28, segundo pensam os eruditos, denota a idéia de “presença real”, agora, e não de proximidade, como algo apenas para o futuro. Ou seja, a presença pessoal do Messias na história implica a presença efetiva do Reino de Deus entre os homens. Ele se manifesta a partir do coração de cada um, daí onde se percebe que o Reino está presente é também possível sentir os seus efeitos. Jesus disse: “Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguinte chegado a vós o Reino de Deus” (Mt 12.28; Lc 11.20; Lc 17.20b, 21).A primeira mensagem de Jesus a seus ouvintes assim com a de João, o batista foi : “ Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus” (Mt3.2).
No entanto, não podemos esquecer do caráter escatológico do Reino de Deus. Será o tempo no qual cumprir-se-á a profecia de Daniel em que os reinos deste mundo serão destruídos, o mal aniquilado, restabelecer-se-á a comunhão perfeita com Deus e o Senhor reinará com justiça para sempre.Não será o resultado da utopia socialista, do avanço dos conhecimentos científicos, da unificação dos credos em uma só religião mundial, nem de qualquer desenvolvimento moral da sociedade, mas da propósito original para a criação. Na presente manifestação do Reino de Deus, ser salvo implica a libertação do poder e dos valores do mundo, em Deus deter o poder de Satanás e dos demônios, mas em sua dimensão escatológica traduz a idéia da redenção do corpo – “ o livramento da mortalidade” – em que o crente redimido assemelhar-se-á ao próprio Senhor em sua imortalidade. Nessa bendita era o inimigo e os seus agentes já terão sido banidos para o lago de fogo. Com a plena ausência do mal e o pleno triunfo do bem. Será também a época em que a comunhão restaurada em sua plenitude terá como símbolo maior o banquete entre Cristo e a Igreja.

Alguns argumentos sobre uma diferença entre o “ reino de Deus” em outros evangelhos e o “ reino dos céus” no de Mateus.
Uma explicação muito provável é que Mateus esteja sendo cuidadoso para não ofender os judeus que ele está tentando alcançar. Era uma prática judaica comum usar uma perífrase como “céus” para referir-se a Deus.
Muitos insistem em vincular “Reino dos Céus” apenas ao período chamado Milenial. Quando se força este tipo de interpretação, desconsidera-se que nas várias vezes em que “ Reinio do Céus” aparece, citado por Mateus, vem acompanhado de promessas e bênçãos que jamais têm sentido apenas para o futuro, mas também para o presente. Ora, se “Reino dos Céus” tem apenas sentido escatológico, então as bênçãos que o acompanha também seriam exclusivas para aquela época, o que soa contraditório, porque em todas as passagens a idéia é de plena vigência nesta era. Anthony A Hoekema corrobora esta tese:

Embora alguns tenham tentado encontrar uma difença de sentido entre estas duas expressões, deve ser mantido que Reino dos céus e Reino de Deus são sinônimos em sue significado. Uma vez que os judeus evitavam o uso do nome divino, na prática judaica ulterior, a palavra céus era usada frequentemente como um sinônimo para Deus; porque Mateus estava escrevendo primeiramente para leitores judeus. Podemos entender sua preferência por esta expressão (embora até Mateus utilize o termo Reino de Deus quatro vezes).

Ou seja, o “Reino dos Céus” é apenas uma forma de identificar o mesmo Reino em suas dimensões presentes e escatológicas com todas as bênçãos daí decorrentes.
O doutor Scofield, afirma que o Reino do Céus pode ser o Reino de Deus.Mas o Reino de Deus não é necessariamente a mesma coisa que o Reino dos Céus. Em Mateus 1.28 e em outras passagens similares, o “ Reino dos Céus” é completamente apresentado no início da pregação de João Batista e segue até a rejeição de Jesus como Rei: suspenso aqui e reiniciado no “inicio do Mileno”.
Já o Reino de Deus, porém, tem em si mesmo um caráter mais abrangente e desde que foi “implantado nos corações” (Rm 14.17) seguirá seu curso até a eternidade.
• O Reino de Deus é universal, incluindo todas as criaturas voluntariamente sujeitas á sua vontade, sejam os anjos, a igreja, ou os santos do passado, do presente e do futuro( Lc13.28,29;Hb12.22,23;Ap 11.15), todas as dispensações da história humana podem ser apropriadamente chamadas despensações do Reino de Deus.É o mais incluso dos dois termos. Enquanto que o Reino dos Céus é messiânico, mediatorial e davídico, e tem por alvo o estabelecimento do Reino de Deus sobre a terra (Mt 3.2;1Co 15.24,25).
• Visto que o Reino dos Céus é a esfera terrestre do Reino Universal de Deus, os dois têm quase tudo em comum. Por este motivo muitas parábolas e outros ensinos são referidos ao Reino dos Céus em Mateus e ao Reino de Deus em Marcos e Lucas. Mas tanto as omissões como os acréscimos são significativos.
• O Reino de Deus não vem com a aparência exterior (Lc17.20), mas é mais interior e espiritual (Rm 14.17), enquanto que o Reino dos Céus é orgânico, e será, manifestado com glória na terra e durará para sempre( Zc 12.8;Mt 17.2;Lc 31.33;1Co 15.24).
• Entra-se no Reino de Deus somente pelo novo nascimento(Jo3.5-7),mas o Reino dos Céus é a esfera da profissão que pode ser verdadeira ou falsa (Mt 13.3;25.1,11,12).
• O Reino dos Céus se tornará o Reino de Deus quando Cristo entregar o Reino a Deus, o pai (1Co 15.24,25).
Por isso convém que Ele reine! Assim no toque da sétima trombeta, o Reino dos Céus, representado pelo Milênio, entrará na terra com poder e grande glória e depois do julgamento juízo final converter-se-á no Reino Eterno de Deus para todo o sempre.

CONCLUSÃO

O nosso Rei Jesus, nos transportou do reino de trevas ao qual nos encontrávamos para o Reino de Deus ou Reino dos Céus onde nós vivemos em paz e em justiça aguardando o maravilhoso dia da sua vinda.
Esse Reino que é escatológico, também o é presente e a sua maior expressão e a igreja. Sua mensagem é o evangelho e a porta para esse reino é o arrependimento.



Bibliografias usadas

-Geremias do Couto – A tansparencia da Vida Crista Cpad
-Serverino Pedo da Sival – Escatologia Doutrinas das ultimas Coisas, Cpad
-Lawrence O. Richards Comentário Hist.-Cultrural do N.T, Cpad
-Biblia de Estudo Pentecostal

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