SUBSÍDIOS 1 JOÃO LIÇÃO 8

quinta-feira, 20 de agosto de 2009


LIÇÃO 8
23 DE AGOSTO DE 2009-08-20
A NOSSA ETERNA SALVAÇÃO
INTRODUÇÃO
Antes que o homem pudesse pensar em Deus, ele (homem) já estava no pensamento da Trindade Santa. A Escritura em inúmeras passagens atribui a salvação a uma ação e iniciativa completamente divina: Deus elege, predestina e chama (Ef.1.4,5,18;2.8-10;Rm 8.3.1;2 Pe 1.10).No entanto, é necessário que o homem responda positivamente a vocação celeste:Recebendo-o (Jo 1.12), crendo (Jo 6.37), invocando-o (Rm 10.13), entre outros. A obra inicial do Espírito Santo, a fim de que o pecador seja salvo, é convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11).Portanto, há um completo envolvimento da deidade e do homem na salvação. O gráfico a seguir representa esses conceitos.

I – O QUE É A SALVAÇÃO
Na língua original do Novo Testamento, a palavra sõtêria, além de salvação, traz as seguinte significações: “libertação de um perigo iminente. Livramento do poder e da maldição do pecado. Restituição do homem à plena comunhão com Deus” (Dicionário Teológico).
Salvação não significa apenas livramento da condenação do inferno. Ela abarca todos os atos e processos redentores e transformadores da parte de Deus para com o homem e o mundo através de Jesus, O Redentor, nesta vida e na outra.
A salvação é o resultado da redenção efetuada por Jesus, o meio que Deus proveu para livrar o homem de seus pecados. Salvação é o usufruto desse livramento. Portanto, salvação, quer no Antigo ou Novo Testamento, significa libertação, livramento ou preservação de um perigo eminente.
È uma doutrina segundo a qual, Deus, em seu insondável amor, oferece o seu unigênito para salvar pela graça, por intermédio da fé, os que o aceitam como o único e suficiente Salvador (Ef 2.8-10).A salvação é amorosamente inclusiva: contempla a humanidade por inteiro, visto que todos nós, em Adão, caímos no pecado pela transgressão da Lei de Deus; logo: Todos precisamos de ser resgatados por Cristo.(Rm 5.12,13,17,18;Gl 4.4,5;Is 43.27).
Mathew Henry, disse: “a nossa salvação é tão bem projetada, tão bem harmonizada, que Deus pode ter misericórdia dos pobres pecadores e estar em paz com eles, sem nenhum prejuízo de sua verdade e justiça”.
II – A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO
A Bíblia, portanto, revela um Deus que salva, um Deus que redime.O Antigo Testamento,apresenta um tema do Deus que salva porque Israel conheceu a Deus como Salvador antes de conhecê-lo como Senhor. O Êxodo (Salvação) precede a aliança entre Javé e Israel no Sinai (lei). Israel também conheceu Javé como Salvador antes de conhecê-lo como Criador. “ A história de Israel começou com a ação salvadora de Deus motivada pela compaixão”. Javé era Deus de Israel “ desde a terra do Egito” (Os 12.9).
Esse é o tem a do Antigo como do Novo Testamento. Deus é um Deus de salvação: esse é o evangelho da fé tanto judaica como cristã. Ele salvou seu povo e o salvará; na Bíblia a salvação é uma realidade tanto histórica como escatológica. Deus é com freqüência chamado “Salvador”, e em algumas partes da Bíblia “Salvação” é um nome de Deus. É, portanto, totalmente apropriado que o Filho de Deus, por meio de quem foi cumprido o propósito divino da salvação, seja chamado Jesus, que significa “Salvador”. Assim, a salvação é o tema central de toda a Bíblia.
A Bíblia deixa claro que todas as pessoas precisam de um Salvador e que elas não podem salvar a sim mesmas. Desde a tentativa feita pelo primeiro casal de cobrir-se e de esconder-se de Deus (Gn 3) e a primeira rebeldia que culminou com um assassinato (Gn 4) até a última tentativa rebelde de desfazer os propósitos de Deus (AP 20), a
Bíblia é uma longa cantilena de atitudes degradadas e pecados deliberados da raça humana.
Boa parte do pensamento moderno parece acreditar que necessitamos de educação, e não de salvação; de um campus, e não de uma cruz; de um planejador social, e não da propiciação de um Salvador. Todos esses pensamentos otimistas colocam-se em contradição direta contra o ensino das Escrituras.
Todos os preceitos e proibições no Antigo Testamento, Deus procurava mostrar ao povo o abismo existente entre Ele e as pessoas, que somente o Eterno poderia ligar.Não temos o direito de inventar os nossos próprio caminho. Deus não permitirá a ninguém brincar com o que é exigido por sua santidade.
III – A CHAMADA PARA A SALVAÇÃO
É necessário distinguir três importantes termos relacionados à doutrina da salvação: eleição, predestinação e vocação. O primeiro, eleição procede d eklegomai, isto é, selecionar para si, escolher (Ef 1.4; Tg 2.5; 1 Pe 1.2;2.9). Este termo não quer dizer que Deus escolheu uns para a salvação e outros para a perdição. Mas que a salvação do homem não depende do que este é ou faz, porém da vontade e misericórdia de Deus (Ef 1.4,5;Cl 2.12; 1 Ts 1.4;2 Ts 2.13). O pai ama e convida todos à salvação. Ele não elege a perdição: “não querendo que alguns se percam, senão que todos venham arrepender-se” (2Pe 3.9 cf.Jo 3.16;Rm 11.32; 1Tm 2.3,4).Portanto, a eleição, entendida em conjunto com a vocação e a predestinação, é a ação de divina, mediante a qual, através de Cristo o homem é eleito à salvação. Em razão de sua aceitação a Cristo. Ele passa a usufruir das bênçãos decorrentes da salvação. Textos como: Fp 2.15,16; 3.12-16;Cl 1.22,23;1 Tm 1.18,19;4.9,10,16; 2Tm 2.10-13; demonstram que a eleição é uma ação divina, na qual o homem é convocado a obedecer, aceitando a Cristo como seu Salvador e Senhor ( 1Pe 1.2).
A chamada para a salvação é universal. O termo “chamada”, no original é traduzido em Efésios 1.18 por “vocação”, ou “chamamento”.Quando aplicado à provisão da salvação por Deus, diz respeito ao gracioso ato divino pelo qual Ele chama os pecadores para a salvação em Jesus Cristo, a fim de que sejam santos (Rm 8.29,30; 11.5-6;Gl 1.6,15).
Esta chamada ocorre mediante a proclamação do evangelho.É uma vocação que opera para a salvação, fundamentada na escolha do homem ( At 13.46-48).
A vocação divina para a salvação do homem é uma obra da qual a Trindade participa: é atribuída ao Pai ( 1Co 1.9;1Ts 2.12;1Pe 5.10) ao Filho (MT 11,28;Lc 5.32;Jo 7.37) e ao Espírito Santo (Jo 14.16,17,26;16.8-11;Jo 15.26;At 5.31,32).
Deus na sua soberania divina, que excede qualquer vontade humana, nos concede o livre-arbítrio. Deus concede liberdade para escolhermos entre o certo e o errado. O livre-arbítrio concedido por Deus não foi anulado pelos efeitos do pecado. Nós, os que decidimos por uma vida santa, estamos tanto sob a soberania de Deus quanto debaixo do livre-arbítrio concedido por Ele (AP 3.20).
A eleição divina foi feita com base em seu amor por todos os seres humanos ( Jo 3.16;1Tm 2,3,4). O cuidado de Deus também é visto até mesmo para com os rebeldes (Ez 33.11). Pedro afirma que Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34). Isto afasta toda e qualquer possibilidade de uma eleição ser fatalista, segundo a qual seria inútil tentar mudar o quadro da nossa vida futura.Nossa decisão pessoal de crer, ou não crer em Cristo, tem conseqüências eternas em nossa vida.
Os que não aceitam a Jesus com seu Salvador são os únicos responsáveis pelos seus atos, visto ser a vontade de Deus que todos os homens se salvem (2Tm 2,3.4).
Sobre a predestinação, o apóstolo Paulo afirma que fomos não somente eleitos, mas igualmente predestinados à vida eterna (Ef 1.5).
Isto não significa, porém, que Deus tenha amado apenas uma parte da raça humana; amou-a por completo. Pois a promessa do Salvador foi feita em primeiro lugar a Adão- o pai de todas as famílias da terra e representante de toda a humanidade (Gn 3.15).
Portanto, basta o homem receber a Cristo para desfrutar da eleição e da predestinação. Em sua presciência, Deus elegeu, em seu Filho, aquele que, aceitando o Evangelho. Experimentaria o milagre da regeneração.
IV – OS TRES ASPECTOS DA SALVAÇÃO
Paulo afirma que estamos mais perto da salvação do que quando aceitamos a fé: “e isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós de que quando aceitamos a fé “(Rm 13.11).
A fim de compreendermos melhor esta afirmação, faz-se necessário abordar a salvação de acordo com os três tempos definidos pela Bíblia: passado, presente e futuro.
1. PASSADO; “Nós fomos salvos”. Quanto à culpa do pecado, o cristão já está salvo da maldição e da condenação da lei (Rm 8.2;6.6;Tt 3.5).
2. PRESENTE: “Estamos sendo Salvos”. Quanto à sua relação com o poder e a corrupção do pecado, o cristão está constantemente aperfeiçoando a sua salvação conforme diz a Bíblia (Fp 2.12).
3. FUTURO: “Seremos salvos”. Em Romanos 8.18-23, Paulo fala da salvação absoluta, final e completa. O escritor aos Hebreus também se refere aos que aguardam a Cristo para a salvação (Hb 9,27,28). De modo semelhante Pedro trata da salvação “já prestes para se revelar no último tempo” (1Pe 1.3-5,8,9).
CONCLUSÃO
Deus continua chamando homens e mulheres pecadores para a salvação, mediante a ação transformadora do Espírito Santo.
Independente, dos méritos pessoais, é da vontade de Deus salva a todos, sem exceção.
Que Deus nos abençoe e nos fortaleça para sua vinda.

BIBLIOGRAFIAS USADAS:
-Ralph l.smith , Teologia do Antigo Testamento, VIDA NOVA
-Alister E. Mcgrath, Int.a teologia cristã, SHEDD
-Stanley M. Horton, Teologia Sistemática, CPAD
-Bíblia de Estudo pentecostal, CPAD
-Lições Bíblicas, CPAD

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