Sonho de escrever e lançar um livro missão quase impossível

terça-feira, 29 de setembro de 2009

PUBLICAR UM LIVRO NO BRASIL E ESTREAR NO MERCADO EDITORIAL É UMA TAREFA MAIS INGRATA DO QUE SE IMAGINA

Todos nós temos um sonho. Há aquele que sonha com o carro próprio, outro sonha com a casa própria e, ainda aquele que sonha em escrever um livro. A maioria dos sonhadores faz de tudo para conseguir realizar seus sonhos ainda vivos, é lógico.
Bem, qualquer um pode lutar e conseguir comprar seu carro próprio, ou sua casa própria. Isso não é impossível. Mas, escrever um livro não é tarefa fácil. Piora ainda, quando você tem de lançá-lo,torna uma tarefa quase impossível aqui no Brasil. Esta é a realidade que se encontrar o escritor principiante brasileiro atualmente.
Há mais editoras do que leitores. E a invasão dos Best-sellers (mais vendidos) do exterior torna o sonho de um novato escritor brasileiro, de se ver na vitrine de uma livraria, quase impossível.
O mercado editorial brasileiro dificulta muito a publicação de livros, uma vez que, as editoras são rigorosas na seleção. Há também outros fatores. Temos hoje, no Brasil, mais de 14 milhões de analfabetos, segundo a UNESCO. Os livros, por causa da rigorosa seleção das editoras, ou também, pela escassez de leitores devido à escolaridade acabam sendo caros, e apenas uma pequena parcela da população abastada consegue comprar.
“O mercado é extremamente restrito”, conta Joaci Pereira Furtado, coodenador editorial da Editora Globo. “ O público consumidor, ou seja, aquele que tem o costume de compar livros, é estimado em apenas 20 milhões. Isso é muito pouco frente aos 190 milhões de habitantes brasileiros”, explica.
Para Joaci, o problema está no preço e na cultura de nosso povo. Nos Estados Unidos, onde o mercado editorial funciona a todo vapor, o circulo virtuoso ajuda a todos. Mais pessoas lêem porque os livros são baratos, existem muito mais leitores dispostos a desembolsar dinheiro com livros. Lá, a mais recente publicação de Dan Braw (O Código da Vinci), O símbolo perdido, custa, em média, US$ 14-aproximadamente 1% do salário mínimo norte-americano. Aqui no Brasil, o mesmo livro sai por R$ 31, ou seja,quase 7% do nosso mínimo. “Temos uma proliferação de editoras, mas não de leitores. Se as vendas aumentassem significativamente, os preços baixariam”, aponta o coordenador da Editora Globo. “Mas eu também vejo um grande problema na cultura do brasileiro. Os professores obrigam os alunos a ler, então, a escola pode ser uma grande vilã. Todos nós temos de aprender que a leitura deve ser um prazer. Só então nosso mercado vai evoluir como os do exterior”, destaca.
No Brasil, a tiragem de um lançamento costuma ser de apenas 3 mil exemplares. E para ser um Best-seller, ou seja, constar na lista dos mais procurados, basta vender a irrisória marca de 10 mil. Nos Estados Unidos, O símbolo perdido terá a tiragem inicial de 5 milhões de exemplares. Por lá, para se tornar um Best-seller, um título deve vender acima de 500 mil cópias ou não passa nem perto das listas alardeadas pela mídia e livrarias.
Talvez, seja por isso, que as editoras brasileiras investem em obras estrangeiras e não nos estreantes brasileiros. Pois, não há risco de se investir num Best-seller, estrangeiro.
Com isso, os que sonham em escrever um livro e lançá-lo no mercado editorial acabam ficando de lado pelas editoras e também pelo preconceito dos leitores aos escritores brasileiros.
Que nós leitores evangélicos, possamos apreciar as obras dos nossos irmãos brasileiros, que não só sonharam, mas, se esforçaram se qualificaram e perseveraram para que seus sonhos pudessem se concretizar.
Quando temos em mãos uma obra desses sonhadores, podemos sentir nas entrelinhas a emoção a alegria com que se escrevera. Isso é impactante nos corações dos leitores que lêem com coração e mente.
Realiza os sonhos dos nossos estreantes escritores brasileiros. Adquirindo suas obras, anunciando suas obras, presenteando suas obras. Fazendo assim você estará ajudando a realizar o sonho de alguém e também será ajudado, pois, também, será um sonhador.

*Extraído do Correio Braziliense, com adaptações.



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