SUBSÍDIOS 1 JOÃO LIÇÃO 10

sexta-feira, 4 de setembro de 2009



LIÇÃO 10
06 DE SETEMBRO DE 2009
OS FALSOS PORFETAS
INTRODUÇÃO
O Antigo Testamento e o Novo Testamento registram a importância dos profetas do Senhor, especificamente no Antigo Testamento onde eles exerceram esse ofício com tanta singularidade que era ao lado do Sacerdócio e Rei o mais importante.
Mas também houve entre o povo de Deus no Antigo Testamento os falsos profetas, como também há entre nós os falsos doutores/mestres que se infiltram no seio da igreja astuciosamente com seus ensinamentos nocivos ao povo de Deus. São impostores procurando desarraigar e desviar o santo rebanho para longe da verdade e do Sumo Pastor, suscitando dúvidas e desordem de todo tipo.
Certamente, esses obreiros do pecado receberão do Senhor o justo juízo, o galardão da injustiça, e perecerão na sua própria corrupção.
I – PROFETA E PROFECIA
Profeta é aquele que,movido pelo poder do Espírito Santo, transmite mensagens inspiradas do Senhor.
Há muita confusão a respeito do dom de profecia e do ministério profético; aquele é uma graça extensiva a todos os membros na congregação que possuem o dom de profetizar. Isto está claro nas Escrituras: “... todos, uns após outros, podeis profetizar”, 1 Co 14.31. E para não haver confusão, Paulo disse: “falem dois ou três profetas, e os outros julguem”, 1 Co 14.29.
E, quanto ao Ministério profético, se refere somente ao ministério, At 15.32; 21.10.
Muitos acham que o ministério de profeta equivale ao de pregador; porém, há uma grande diferença. É certo que um pregador pode profetizar dentro duma pregação, mas nem sempre a pregação é mensagem profética.
O pregador fala a mensagem iluminada segundo a graça divina de acordo com a palavra de Deus, conforme se vê em Atos 6.6-10; 2.14-36;
A profecia, porém, é uma mensagem direta da parte de Deus; o profeta transmite a mensagem de poder, controlado pelo Espírito Santo, 1Co 14.6.
O Senhor Jesus Cristo é o fundamento da igreja, conforme a doutrina básica dos apóstolos e profetas. A gloriosa pedra angular, como está escrito: “Edificarei sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, de que Jesus Cristo é a pedra principal da esquina”, Ef.2.20.
O ministério profético do Novo Testamento é inteiramente diferente do Antigo Testamento. No Antigo a palavra vinha a eles, no Novo a palavra é anunciada inspiradamente pelo poder do Espírito Santo.
Os profetas, como pessoas, não são infalíveis. Portanto, todas suas mensagens estão sujeitas a julgamento pela palavra de Deus, 1 Co 14. 29; 1Ts 5.20,21;Jr 23.28-30.
O ministério profético foi como esteio na igreja primitiva, Ef.2.20. Contudo os dons proféticos não foram reconhecidos como regra para orientar a igreja, vide Atos 21.10-14;1 Co 14.3,29.Quem guiava era a palavra de Deus, a única regra para orientar e guiar a igreja, At 6.1-4.
Quanto às revelações ou profecias, estão sujeitas à pedra de toque – A bíblia.

II -AS EPISTOLAS 2 PEDRO E JUDAS

Existem tantas semelhança entre 2 Pedro e Judas que muitos comentaristas sugeriram uma dependência oral ou lietrária.Certamente, cada autor está profundamente preocupado a respeito do perigo dos falsos mestres para a igreja. E a linguagem que eles utilizam para descrever e denunciar os falsos mestres é quase idêntica.
Esses dois homens, ambos líderes reconhecidos, se sentiram obrigados a tratar do perigo da contaminação da verdade por homens que se disfarçavam de mestres cristãos visando alcançar os seus próprios objetivos egoístas.
Pedro, fala de muitos outros assuntos, mas dedica especialmente 22 versículos contra os falsos mestres e seus ensinamentos.
O apóstolo Judas, começa a falar sobre a salvação, quando é abruptamente interrompida para falar sobre a defesa da fé contra os falsos mestres.
Examinando essas cartas podemos frisar alguns pontos:
• Infiltração (2 Pe 2.1; Jd 4,12). Os falsos mestres ganham penetração fingindo ser crentes. Judas diz que eles “se introduziram com dissimulação” (v.4,ARA).Ironicamente, a sua agenda não é clara, pois eles hipocritamente participam da adoração na igreja. Somente quando eles são aceitos e já obtiveram alguma influência sobre a congregação é que a sua verdadeira natureza e os seus verdadeiros motivos são revelados.
• Eles praticam e ensinam imoralidade (2 Pe 2.3, 10,14,18-19;Jd 4,7). Uma das características dos falsos mestres que é mencionada repetidas vezes é o seu modo de vida imoral. Eles justificam o seu comportamento com base na graça. O argumento é que uma vez que o cristão foi libertado da Lei, ele está livre para fazer o que desejar. Judas diz isto é “converter”,transformar,tornar, em outra coisa; aqui com a clara conotação de “corromper” a graça de Deus em alguma coisa que ela não é – permissão para o pecado.É importante observar que uma boa parte da atração destes falsos mestres está no fato de que os seus ensinamentos parecem validar o comportamento imoral deles.
• Os seus ensinos nega a Cristo o Seu lugar como Senhor soberano e Salvador (2Pe 2.1;Jd 4).As epístolas de João desenvolvem também a natureza desta negação. É basicamente a rejeição dos ensinos das Escrituras de que Cristo é o Deus eterno, que veio em carne (1Jo 2.22-23,4.2-3).
• Os falsos mestres são motivados pelo egoísmo e pela avareza e não pelo desejo de servir (2Pe 2.3;14-15;Jd 15-16). O termo “avareza” pode ser usado a respeito de luxúria sexual, mas neste caso é mais provavelmente uma referência a finanças. Os falsos mestres exploram as pessoas que enganam para seu próprio ganho pessoal. A imagem de Judas é explícita; estes são pastores que apascentam “ a si mesmos” (12). Que contraste com os verdadeiros pastores descritos em 1 Pedro 5, que servem “não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade” (5.2,RA).
• Os falsos mestre rejeitam a autoridade (2 Pe 2.10;Jd 8-10). A autoridade que os falsos mestres rejeitam não é dos apóstolos, mas a do próprio Deus.
• Os falsos mestres reagem como animais irracionais (2Pe 2.12;Jd 10).
• Os falsos mestres são dominados por desejos pecaminosos (2 Pe 2.10,14-15,18;Jd 16,18).
• Os falsos mestres e seus ensinos são vazios,inúteis e sem nenhum valor (2Pe 2.17-19;Jd 12-13).Uma série de vívidas analogias retrata o homem vazio e os seus ensinos vazios. Nuvens sem chuva e fonte sem água são incapazes de promover o crescimento da natureza. Árvores desarraigadas no outono são mortas e infrutíferas. As ondas do mar e as estrelas errantes não têm propósito nem valor.Mas os falsos ensinos não são apenas desprovidos de valor. Eles são destrutivos, pois prometem liberdade enquanto, na verdade, acrescentam elos às correntes que tornam os seres humanos perdidos escravos do pecado.
• O destino dos falsos mestres e seus seguidores é certo: eles enfrentam o julgamento de Deus como retribuição dos seus erros (2 Pe 2.1,3,13;Jd 5-7,14-16).Este tema ecoa repetidas vezes através destes breves avisos. O apelo dos falsos mestres pode ser momentaneamente atraente, mas cada passo dado no caminho indicado pelos falsos mestres é um passo em direção ao julgamento.
Judas e Pedro expressam uma preocupação profunda de que os crentes não se extraviem por causa dos falsos mestres. Tragicamente, existem falsos mestres na igreja de hoje – e freqüentemente em posições elevadas. O nosso papel, bem como o das nossas instituições, é estar alerta.


CONCLUSÃO
Os falsos profetas estão hoje infiltrados por toda parte, procurando desviar os crentes incautos, da verdade. Embora declarem-se líderes espirituais, sua real preocupação é com as coisas materiais; seu único desejo é satisfazer os apetites da carne.Devemos saber identificá-los e refutar seus nefatos ensinos, divorciados da palavra de Deus.Para isto é mister que estejamos em perfeita comunhão com o Todo-Poderoso, caso contrário, seremos confundidos e enganado com seus erros.







BIBLIOGRAFIAS USADAS
-Lawrence O. Richards - Cometário Histórico-Cultural do Novo Testamento, CPAD
-João de Oliveria, Sê tu uma Bênção, CPAD.

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