SUBSÍDIO - DAVI LIÇÃO 1

segunda-feira, 5 de outubro de 2009



LIÇÃO 1
04 de Outubro de 2009
DAVI E A SUA VOCAÇÃO
INTRODUÇÃO
A história de Davi é a história mais linda da Bíblia Sagrada. O encontramos pela primeira vez cuidando das ovelhas de seu pai. Trabalho que fazia com amor e dedicação. O cuidado dele era tanto que chegara a enfrentar feras terríveis como Leão e Urso que ameaçavam o rebanho que estava aos seus cuidados. Foi quando ainda Davi cuidava de ovelhas que o Senhor mandou ungi-lo com Rei. A vocação de Deus alcançou Davi sendo ele ainda um pastor de ovelhas e ovelhas de seu pai.
VISÃO GERAL
O ÚLTIMO JUIZ DE ISRAEL (1 SAMUEL 1-8)
Samuel, último e mais importante juiz de Israel foi também profeta (1 Sm 3.20) e sacerdote (1 Sm 9.12,13), já em idade avançada serviu como conselheiro do Primeiro Rei de Israel, Saul. Samuel ungiu o maior Rei de Israel, Davi.
Juntos, os dois, Livros de Samuel cobrem a história de Israel desde a última parte do século XII até a primeira parte do século X a.C.
Explicam a transição de Israel do período das Tribos, associadas por Juízes locais, para a época da nação unida sob a Monarquia.
EXIGENCIA DE UM REI ( 1 SAMUEL 8 )
Quando Samuel já era idoso, o povo de Israel exigiu um Rei. Em parte, essa exigência foi motivada pelo fato de que os filhos de Samuel não eram como ele. E Samuel entendeu o pedido como uma afronta pessoal.
“No entanto, havia motivações mais profundas, as quais estão expressas na seguinte declaração: “Seremos como todas as outras nações”; um Rei nos governará; e sairá à nossa gente para combater em nossas batalhas”. Como Deus declarou, isso era uma rejeição a ele, e não a Samuel.
Afinal, Deus havia tirado do Egito. Concedeu-lhes a vitória em Mispá. Pedir um governante humano demonstrava falta de vontade de continuar confiando em Deus.
Samuel ficou indignado e fez uma lista das desvantagens de ter um governante humano ( 1 Sm 8.11-18). Mas Israel insistiu, e Deus disse a Samuel que atendesse ao pedido do povo e lhe desse um Rei.
O REI FALHO ( 1 SAMUEL 9-15 )
A história de Davi começa, quando termina a história de Saul. A história de Saul é trágica, mas repleta de lições espirituais importantes.
A história de Saul não foi registrada para nos amedrontar, como se fôssemos iguais a ele, mas para nos encorajar.
As lições espirituais importantes, não só encontramos na história de Davi, mas também na história de Saul. A diferença está nas decisões que ambos tomaram em suas vidas.
As decisões erradas de Saul fizeram com que seu reinado fosse reprovado e chegasse ao fim.
Foi quando Deus providenciou um Rei segundo o seu coração para Reinar sobre o seu povo o povo de Israel.
REI
A palavra hebraica é MELEK. “Muitas vezes é traduzida por “governante”, “chefe” ou príncipe”, assim como por “Rei”. Indica a pessoa com autoridade civil.Nos tempos bíblicos, era o responsável por todas as funções governamentais – legislativas, executivas e judiciais. O Rei de Israel, no entanto, devia ser pessoalmente submetido à lei, governando de acordo com ela. A história do povo de Deus mostra a enorme influência moral que tanto os reis bons quantos os maus tiveram sobre as nações de Israel e Judá.
MONARQUIA.
O governo no AT. O povo de Deus no AT viveu sob duas formas básicas de governo nacional. A primeira foi a Teocracia – o próprio Deus era o governo de Israel. O Senhor outorgou a Lei ao seu povo para que este vivesse de acordo com ela (Legislador). Deus conduzia o povo nas batalhas, muitas vezes intervindo de forma miraculosa para garantir a vitória, quando esse povo confiava nele (Chefe de Estado). Deus declarou todos responsáveis e obrigados a prestar contas uns aos outros com relação às obrigações morais, sociais e religiosas previstas na Lei (Juiz). O conhecimento de que o Deus invisível reinava diretamente sobre seu povo é patente em Samuel, pois ficou chocado e indignado quando o povo exigiu um rei humano.
Poderíamos minimizar a exigência de um líder visível para combater inimigos tão visíveis, não fosse a história como a conhecemos. Pois Deus, o Rei, concedera ao seu povo líderes humanos. Deus escolhera Moisés e Arão, que haviam conduzido os antepassados do povo para fora do Egito. Mais tarde, já na terra prometida, Israel foi oprimido por inimigos humanos. Mas essa opressão ocorrera somente depois que os israelitas se afastaram de Deus. Quando Israel se voltou para Deus novamente, o Senhor levantou os líderes conhecidos como juízes: homens como Gideão, Baraque, Jefeté e Samuel. Por meios desses líderes, Deus conquistou vitórias militares para Israel.
O desejo de Israel era ter um rei para que fossem como as outras nações, ou seja, um rei que pudesse governá-los e ir adiante deles nas batalhas (1 Sm 8.20). Mas Deus chamou Israel para ser diferente das outras nações. Era o relacionamento direto com Deus que tornava Israel diferente das outras nações. Ao pedir um rei, estavam na verdade rejeitando o governo direto de Deus e negando sua herança singular.
Moisés já havia previsto o dia em que o povo exigira um rei, e por isso a Lei estabeleceu padrões que diminuiriam os perigos da Monarquia: “Se quando entrarem na terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá, tiverem tomado posse dela, e nela tiverem se estabelecido, vocês disseram: “Queremos um rei que nos governe, como têm todas as nações vizinhas, tenham o cuidado de nomear o rei que o Senhor, o seu Deus, escolher. Ele deve vir dentre os seus próprios irmãos israelitas. Não coloquem estrangeiro como rei, alguém que não seja israelita. Esse rei, porém, não deverá adquirir muitos cavalos, nem fazer o povo voltar ao Egito para conseguir mais cavalos pois o Senhor lhes disse: “Jamais voltem por este caminho”.Ele não devera tomar para si muitas mulheres; se o fizer, desviará o seu coração. Também não deverá acumular muita prata e muito ouro. Quando subir ao trono do seu reino, mandará fazer num rolo, para o seu uso pessoal, uma cópia da lei que está aos cuidados dos sacerdotes levitas. Trará sempre essa cópia consigo e terá que lê-la todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o Senhor. O seu Deus, e a cumprir fielmente todas as palavras da lei, e todos estes decretos. Isso fará que ele não se considere superior aos seus irmãos israelitas e que não se desvie da lei, nem para a direita, nem para a esquerda. Assim prolongará o seu reinado sobre Israel, bem como o dos seus descendentes” (Dt 17.14-20).
FORMAÇÃO DE UM HOMEM ( 1 SAMUEL 16-31)
Os anos de frustração de Israel terminaram com a morte de Saul, e o “Senhor procurou um homem segundo o seu coração e o designou líder de seu povo” ( 1 Sm.13.14).
Encontramos Davi pela primeira vez já sob os holofotes. Levava comida ao acampamento de Israel, onde o exército estava reunido para combater os filisteus. Mas o exército inteiro estava paralisado, com medo do gigante Golias, homem de 2,90 metros de altura, cujo corpo era proporcional e bem desenvolvido.
A cena de vitória de Davi não é o começo da história. Essa vitória está arraigada aos anos tranqüilos que Davi viveu como pastor no campo, ao medo que Davi deve ter sentido das feras do campo à volta dele e à coragem testada muitas vezes quando saía n a percepção crescente que Davi tinha da presença de Deus e na sua confiança no Senhor.
Certamente, Deus, na sua soberania já havia vocacionado a Davi desde a eternidade, mas o chamado pessoal especifica se deu quando da desobediência de Saul, e na unção posterior por Samuel na Casa de seu pai Jessé.
A vocação divina, não tira a responsabilidade humana. Deus na sua soberania, prover os meios desta vocação, de acordo com seus propósitos eternos, não interferindo na livre escolha da pessoa. A vocação divina, sempre é positiva, isto é, é segundo a boa vontade de Deus no cumprimento dos seus propósitos.
O fato de Davi ser abençoado por Deus, não foi obra apenas de sua vocação, mas de corresponder a essa vocação divina em obediência e temor a Deus.
Saul também foi chamado por Deus, assim como foi Davi. A diferença é que, Davi foi chamado e foi obediente; Saul foi chamado e foi desobediente.

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