SUBSÍDIO-DAVI LIÇÃO 06

sábado, 7 de novembro de 2009







LIÇÃO 6

08 DE NOVEMBRO DE 2009

DAVI UNIFICA O REINO DE ISRAEL

INTRODUÇÃO

A história de Davi é também a historia do povo de Israel. Desde jovem, Davi aprendeu que o povo de Deus, Israel é um povo que valoriza o indivíduo no seu todo, mas, sobretudo a comunidade. O povo de Israel é ensinado a viver bem em comunidade; a defender os interesses da comunidade e por isso o salmista diz:“O quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união."

Davi não só aprendeu teoricamente, mas vivenciou isso na prática. Enfrentou o gigante Golias, teve de lutar contra povos inimigos de Israel, fugiu de Saul. Tudo isso, ele fez por amor primeiramente a Deus, depois por Israel. As lutas, as vitórias de Davi, não são necessariamente de Davi, são de Deus.

Davi mesmo não assumindo seu reinado imediatamente quando ungido a Rei, devido ao ciúme de Saul que continuava a reinar mesmo sabendo que fora rejeitado por Deus; não deixou de lutar em favor do seu povo. Antes de subir ao trono ele já trabalhava para unificação do povo de Deus. A visão de Davi era de um povo único e unido; de um Deus único e poderoso; e de uma lei única e eterna.

UMA LIDERANÇA AMEAÇADA

I. Monarquia

O povo quando pediu para si um rei, estava também fazendo isto devido à falta de líderes espirituais honestos e justos para guiá-los. Pois, via que Samuel já estava ficando velho e seus filhos eram irresponsáveis para ocupar a liderança.
Foi quando o povo idealizou um Rei igual às outras nações. Possivelmente eles haviam imaginado se tivesse um Rei que se assemelhasse aos monarcas das outras nações daquela época, seria capaz de levá-los à segurança.

Quando o povo de Deus resolve trazer para dentro da igreja o sistema de liderança do mundo, saiba que vem consigo todas as desvantagens do mundo. O sistema de liderança do mundo é totalmente autoritário e egoísta. Os princípios que são desenvolvidos neste sistema de liderança a maioria deles são contrários aos princípios elementares da palavra de Deus.
Foi isso que aconteceu ao povo de Israel. Eles buscavam um tipo de liderança fora da vontade de Deus. Eles não sabiam que um sistema corrupto gera corrupção, uma liderança sem Deus gera sofrimentos, tanto para quem lidera quanto para seus liderados.

Deus ouviu o pedido do povo é concedeu um rei, o Rei Saul. O primeiro rei de Israel tinha o perfil requerido pelo povo. Era alto, elegante e humilde. Saul começou seu reinado com brilhante vitória militar sobre os amonitas. Todas as dúvidas a respeito do novo reino se dissiparam, contrariando as expectativas de Samuel. A nação parecia encaminhar-se para a grandeza. Samuel dirige então à nação e ao rei Saul um aviso para que não se esquecessem do seu Deus. O primeiro erro de Saul como rei foi ter-se entusiasmado com suas peripécias, com a humildade cedendo lugar ao orgulho. Excedeu-se no exercício de seu cargo ao assumir uma função sacerdotal que não era prerrogativa real, oferecendo sacrifício ao Deus de Israel. Logo em segundo vê sua imagem se desgastar diante do povo, ao ordenar a morte de seu próprio filho Jônatas, depois da desobediência de uma ordem tola de abstinência de alimentos por parte do exército, em plena batalha, levando a nação a se desagradar do rei que tinha. Por ultimo comete um ato de flagrante desobediência a um mandado de Deus, no sentido de que levasse ás ultimas conseqüências uma guerra contra os amalequitas, inimigos de Israel, não poupando nenhuma vida dentre eles: “Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei” (1 Sm 15.28). Saul reinou 40 anos sobre Israel. Nestes anos de liderança sobre o povo de Israel, o rei Saul sofreu e fez o povo sofrer também. Certamente o povo sofreu muito mais, por ter havido almejado um rei. E agora ver as conseqüências de ser ter um rei segundo suas vontades e não a de Deus.

O líder sem o Espírito de Deus corre sérios perigos. Conseqüentemente, seus liderados serão direta ou indiretamente atingidos. Na vida do rei Saul quando ele desobedeceu a Deus não foi diferente. O Espírito do Senhor saiu de Saul, a partir daí ele é atormentado por um espírito diabólico. E passa fazer coisas que um líder eficaz não faria.
Pôs no seu coração matar a Davi seu servo. Por ver em Davi um líder eficaz e com todos os requisitos para assumir a liderança de Israel.

A perseguição contra Davi se intensifica por parte de Saul, deixando os inimigos em potencial de Israel se fortalecerem.

O líder sem o Espírito Santo lutar contra sua própria liderança. Deixa seus liderados numa situação de risco e sem esperança.

Quando Deus responde a um pedido, nem sempre significa que é a vontade de Deus.
Também não é garantia que Deus realize pedidos egoístas baseado na sua perfeita vontade estando vivendo em desobediência ao Senhor.

II. Derrota e morte do rei Saul.

A batalha final em Gilboa –A coragem de Saul ficou patente na batalha de Gilboa. A posição que ele escolheu ficava, provavelmente, ao norte, porque dali ele dominaria o vale de Esdraelom, assim como o de Jezreel. Os filisteus, para conseguirem o domínio das estradas que passavam através desses vales, teriam de desalojar os hebreus das suas posições, e assim ofereceram batalha contra grandes obstáculos. Eles não poderiam batalhar, vindo diretamente pelo norte, na direção de Suném, porque neste ponto o ribeiro de Jalude é tão fundo que um exército não poderia transpor. Por outro lado, os montes rochossos de Gilboa, elevam-se ali quase que abruptamente. Daí a possibilidade de os filisteus fazerem o ataque pelo lado oriental da planície do Estado oeste, avançando, gradualmente, pelos terraços que levam ao topo. Desta forma, poderiam usar os seus carros e conservar a batalha em perfeita linha de forma. Com um formidável exército, não lhes foi difícil desbaratar os dispersos e desanimados grupos que cercavam Saul. O desastre foi tremendo e o valente rei e seus filhos lutaram desesperadamente, sem qualquer idéia de recuo, até caírem nos campos de batalha. Assim caiu, nos altos de Gilboa, o homem que lançou os fundamentos do Império hebreu, deixando todo o norte de Israel em poder dos filisteus. A cidade meio Cananéia de Bete-Seã logo se rendeu aos filisteus, porque o corpo de Saul foi pendurado nos muros da cidade, logo após a batalha, como uma afronta aos hebreus. Dos altos de Gilboa, vieram os homens de Jabes-Gileade, marchando pela noite, através do Jordão, para tomarem o corpo do rei vencido e enterrá-lo em seu próprio território, pagando, assim, a grande dívida que tinham para com o seu libertador.

Davi, rei de Judá – A morte de Saul e Jônatas representa o epílogo de uma luta longa entre Saul e Davi. O desastre de Gilboa tinha sido há muito previsto, pois que o rei, não contando mais com a proteção divina e cada dia se afundando mais em seus próprios atos, terminaria em desastre fatal, não só para a dinastia, mas também para o próprio Estado. Até aqui as forças estavam divididas. Muitos seguiam Saul, mesmo que o soubessem que estava errado; outros seguiam Davi apesar de julgarem difícil a sua vitória. As tribos de leste do Jordão sempre tinham sido leais a Saul, talvez devido a algumas de suas batalhas serem feridas contra inimigos desta região. Derrotadas as forças de Saul, o remanescente do outrora exército invencível refugiou-se a leste, em Manaim de Gilboa. O local exato desta cidade ainda não se conhece, mas acredita-se que ficasse entre as atuais ruínas de Mané, ao norte da atual cidade de Aijalom. Outros a identificam com a importante cidade de Gerasa, a moderna Jerashe, situada num lado do ribeiro que passa ao norte do Jaboque. Algumas referencias bíblicas sugerem, todavia, que ela fica perto do Jordão, nas planuras ao norte do Jaboque. Em qualquer caso, não deveria ficar longe da moderna Mané. Aqui o filho de Saul, Isbosete, que lhe sucedeu ficava longe da linha direta de ataque dos filisteus e também fora do alcance das tribos israelitas do Sul, que já tinham proclamado a sua independência, depois da batalha de Gilboa.

Durante a vida de Saul, Davi já fora declarado herdeiro do trono, mas passou os anos finais do seu reinado de Saul em fuga devido ao ciúme do rei. Davi buscou refúgio em muitos lugares, inclusive na corte de um rei filisteu.
Começou seu reinado em Hebrom, onde, pela segunda vez, ele foi ungido rei ( 2 Sm 2-5). Ele mudou a capital de Israel para Jebus (só agora conquistada das mãos dos jebuseus), e alterou o nome para Jerusalém, “cidade de paz”. A arca da aliança foi levada com cerimônia para a cidade ( 2 Sm 6).


Jerusalém nos tempos de Davi

A conquista de Jerusalém efetuada por Davi completou a conquista de Canaã. A cidade Jebuséia que Davi conquistou fora construída num contraforte de um monte ao norte. Além de sua boa posição defensiva, com altos muros a cercá-la, este local também foi escolhido por causa de sua provisão de água, as águas de Giom, que se achavam ao pé da encosta oriental e fluíam pelo vale de Cedrom. Pensa-se que Davi conquistou a cidade fazendo um ataque surpresa pelas águas de Giom.

Havia espaço limitado neste local, e muitas casas tiveram de ser construídas em terraços de pedra nos declives. À medida que a cidade se expandiu na época de Salomão, o centro mudou em direção norte para o topo mais aplainado da colina. Davi escolheu uma antiga eira, supostamente o local do sacrifício de Isaque no monte Moriá, como o lugar par ao altar ( 2 Sm 24.18), e foi ali que Salomão construiu o Templo.

Tendo construído um palácio para si em Jerusalém, Davi estava extremamente entusiasmado para construir uma casa para Deus. Mas o profeta Natã o proibiu, dizendo-lhe que seu filho construiria o Templo ( 2 Sm 11-16).







CONCLUSÃO


A grande preocupação de Davi era com união do seu povo. Ele fazia de tudo para que o povo de Israel fosse unido num só propósito. E isso ele consegui. Sem guerra e sem violências, Davi unificou o reino de Israel. O que Saul tentou fazer por meio da espada e da violência, Davi fez por meio de uma administração equilibrada e harmoniosa.
Devemos à maneira de Davi fazer de tudo pela nossa união no corpo de Cristo, a Igreja do Senhor.






Bibliografias usadas:

• Antônio Neves de Mesquita, Povos e Nações do mundo antigo, HAGNOS.
• Pequeno Atlas,TIM Dowley, CPAD.
• Valdemir Damião, História da Religiões, CPAD.
• Lawrence Richards, Comentário do Professor, VIDA.

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