ENSINADOR CRISTÃO 2CORÍNTOS LIÇÃO 5

sábado, 30 de janeiro de 2010









LIÇÃO 5


TESOUROS EM VASOS DE BARRO


Para ensinar aos coríntios o valor da humildade, Paulo traça um paralelo entre o poder da mensagem do Evangelho e a forma que Deus escolheu para comunicar essa mensagem tão poderosa: por meio de pessoas imperfeitas. A figura que ele utiliza é a de um vaso de barro contendo um grande tesouro. Qualquer pessoa escolheria um lugar mais seguro e resistente para colocar seus bens. Pela estrutura do receptáculo, esse seria o lugar mais inseguro e frágil para se esconder um tesouro. Mas é desta forma que Deus escolheu comunicar sua glória de forma a este mundo caído. Conforme pesquisas feitas por especialistas, “o barro era extraído na localidade e deixado exposto ao tempo até ficar pronto para uso. A seguir, era misturado com água e pisado até ser transformado em lama plástica. Depois disso, o material era levado para uma bancada, onde mediante a adição cuidadosa de água, ele chegava à consistência certa para ser trabalhado. Aditivos como gesso moído eram às vezes adicionados ao barro para que o artigo acabado resistisse melhor ao calor e pudesse ser usado para cozinhar...tigelas e jarros eram feitos na roda e colocados para secar. Depois de seca, era possível decorar a vasilha conforme o gosto da pessoa...Além do uso da roda, o barro era comprimido” (Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, CPAD,págs.147-151).

VASOS DE BARRO QUEBRAVAM-SE COM FACILIDADE. Seu material de fabrico era comumente encontrado na Palestina. Geralmente, tinham pouco valor para as donas-de-casa, e não ficavam expostos, como os vasos de metal, que eram mais valiosos, duráveis e bonitos.

Apontando a si mesmo e aos coríntios como um vaso de barro, Paulo deixa claro que não tem a intenção de estar em evidência, como se fosse uma pessoa de extrema importância. Ele coloca a mensagem que traz consigo como a verdadeira coisa importante em sua vida.O vaso em si pode ter pouco valor, mas o conteúdo é preciso demais para ser desprezado. Quem poderia imaginar que um bem precioso pudesse ser guardado em um recipiente facilmente quebrável e de pouca importância? Aqui entra o motivo de Deus escolher “recipientes” tão simples e frágeis para depósito de algo celeste: a excelência do poder é de Deus, e não nossa. Isto nos remete ao fato de que Deus opera apesar de nós, e não por nossa causa. “Paulo é dominado pelo contraste entre o valor insondável e duradouro deste “tesouro do evangelho” e a indignidade humana (vasos de barro) daqueles que agora levam-no ao mundo. Ele também percebe que esse paradoxo é necessário. Deus escolheu trazer o Evangelho ao mundo através de seu poder de salvação possa ser vista como sua obra, e não como uma ação humana” (Comentário Bíblico Pentecostal, CPAD,pág.1091).




*Extraído da Revista Ensinador Cristão, Ano 11 N° 41, CPADA, Pr. Alexandre Coelho

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