ENTREVISTA COM O PR.ANTÔNIO GILBERTO

sábado, 30 de janeiro de 2010


Entrevista com o Pastor Antonio Gilberto

Escritor, membro da diretoria da University Global, em Sprigfield, Missouri (EUA), fundador do CAPED e editor da Bíblia de Estudo Pentecostal, destaca a importância da oração.

Por Marcos Cruz - http://www.cpad.com.br


DEPENDER SOMENTE DE DEUS

MC - Depender somente de Deus Quando nos orgulhamos, sem perceber, queremos tomar o lugar de Deus á várias maneiras de estarmos em contato com a Palavra de Deus, como traçar um plano de leitura anual, abrir a Palavra aleatoriamente, ler de Gênesis a Apocalipse, ler pelo menos um capítulo por dia etc. Na sua opinião, qual a forma mais eficiente?

AG - O primeiro requisito para o estudante da Palavra de Deus é conhecer o autor e intérprete da Bíblia – o Espírito Santo. Não é só tê-lo dentro de si, é depender Dele também. Se você pegar uma poesia de Carlos Drummond de Andrade e quiser interpretá-la sem ter famIliaridade, será muito difícil. Agora, se o autor estiver presente, tudo ficará claro. Em segundo lugar, aconselho que aquele que quiser estudar a Bíblia, aplique nela não só o coração, mas também a mente, e adote um método de estudo. O meu método predileto é estudá-la por tema, e em matéria de temas a Bíblia é inesgotável.

MC - O senhor concorda que o número de irmãos matriculados na ED poderia ser mais alto? O que pode ser feito nesse sentido?

AG - Concordo. É preciso mais oração. Eu observo que hoje se lida muito na igreja com programações, mas já não há mais tanto movimento de oração. Estou falando de oração intercessória. Há necessidade de intercessão pela ED. Para aumentar a matrícula tem de se aumentar a freqüência, e para isso é preciso primeiro uma campanha de oração ininterrupta pela ED e, em segundo, divulgação. Por que não se divulga a ED no fim de cada culto? Por que não se divulga em boletins, rádios e faixas? O povo só vai onde é convidado.

MC - Temos visto freqüentemente que o orgulho está superando a humildade, os títulos superando a própria espiritualidade do obreiro. Por que isso vem acontecendo?

AG - Orgulho, soberba, vanglória e exaltação são pecados gerados no espírito. Devemos enfrentá-los em nome de Jesus. O ser humano tem uma disposição muito forte para se orgulhar. Quando a Bíblia fala desse assunto, ela menciona o querubim ungido, ou seja, Satanás antes de ser Satanás. O orgulho da posição que ele ocupava foi o motivo principal da sua queda. Quando nos orgulhamos, sem perceber, queremos tomar o lugar de Deus. Tudo o que temos – vida, casa, esposa, filhos, bens, cultura, cursos, promoções – vem de Deus.

MC - Como alcançar sucesso na vida ministerial?

AG- A pessoa que realmente recebeu uma chamada de Deus, um impulso divino e abraçou a obra do Senhor deve se lembrar que aquele que chamou capacita. Deus chama, unge, capacita, mas, no sentido humano, Ele não prepara. Deus prepara no sentido divino, que é ungir, encher do Espírito, conceder dons. Mas preparo no sentido de ter lastro, subsídios, não. O obreiro precisa estudar, buscar base. Qualquer pessoa que tem uma chamada divina deve fazer cursos, ou ser autodidata, ir a escolas bíblicas, freqüentar a escola dominical, ler livros etc. Deus usa homens para falar a homens.

MC - O senhor está de acordo que o genuíno avivamento produz evangelismo e missões? Por quê?

AG - Sim. O avivamento bíblico, soberano, de dentro para fora, não fabricado, tem como característica despertar o zelo e o impulso missionário. O avivamento produz tanto o surto como o zelo missionário. Que Deus envie nesses últimos tempos um avivamento que permaneça, para que a tarefa inacabada das missões seja concluída.

MC - Como a igreja pode superar a crise socio-econômica para investir na obra de Deus?

AG - Seria muito bom que entre nós se falasse mais, com amor, sobre a contribuição financeira. O assunto é bíblico, dinheiro não é maldição, mas é uma bênção quando usado sabiamente, e ganho honestamente. Devia se ter maior orientação bíblica para o povo sobre contribuição. Contribuição do tempo, contribuição financeira, contribuição de mão-de-obra, doações etc.

MC - Como devemos orar?

AG- A Palavra é rica sobre esse assunto. Creio que a melhor maneira para se aprender a orar não é estudando a oração, mas orando. Conforme a Bíblia, podemos orar verbalizando, clamando, balbuciando, falando; podemos fazer uma oração pensada, orar em espírito, mentalmente – mas orar mesmo. Aprendemos a orar trabalhando, ou seja, trabalhar com a mente orando, depender de Deus mentalmente. Essa é uma forma de orar. Podemos fazer também uma oração sentida, que é aquela quando não temos tempo para se quer pensar a oração, só é possível dar um brado dentro da gente. Deus ouve o nosso clamor porque Ele atenta para o nosso coração.



Fonte: http://www.cpad.com.br

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