A DOR DA PERDA

sábado, 6 de fevereiro de 2010






RESENHA

CAPÍTULO 23


A DOR DA PERDA

GARY R.COLLINS - Com Adaptações!

O autor, Gary R.Collins, para mostrar que a dor da perda é tão complexa e particular, começa esse assunto, dando exemplo de duas mulheres, que viviam no mesmo bairro,congregavam na mesma igreja. Ambas perderam os maridos.
Meses se passaram e essas duas mulheres cristãs continuam de luto, mas todo mundo percebe que elas estão enfrentando o sofrimento de maneiras diferentes.
Antes da morte de seus maridos, essas mulheres eram amigas e costumavam conversar depois do culto. Agora as duas viúvas parecem estar seguindo caminhos diferentes. Cada uma delas está enfrentando a melancolia à sua maneira.
O luto é uma reação natural á perda de qualquer pessoa, objeto ou oportunidade que era importante para nós. Pode se manifestar através do comportamento, das emoções, dos pensamentos, da fisiologia, do modo como nos relacionamos com os outros e até da nossa espiritualidade.
O luto é a conseqüência da perda de algo, seja agradável ou não. Sempre que uma parte da vida se vai ou é tirada de nós, pode ocorrer o sentimento de luto.
Nós, cristãos, somos confortados pela certeza da Ressurreição, mas isso não elimina o vazio e a dor de sermos forçados a nos separa de alguém que amamos; assim como essas duas mulheres cristãs supra. Certamente uma pessoa cristã, passará por um luto melhor do que uma pessoa não cristã. Uma vez, que, aquela tem esperança e fé religiosa, e esta não.
Todos nós passamos por luto. Em alguns ele se manifesta normal, e em outros de maneira patológica.

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O LUTO

A Bíblia não é um manual de Tanatologia, mas está cheia de relatos sobre a morte e o luto de muitas pessoas.*
Não posso afirmar teologicamente, mas como todo luto envolve tristeza, podemos dizer que Deus foi o primeiro a “sofrer” a perda de alguém que Ele tanto amava - o ser humano. Posteriormente, a gente ver esse Deus misericordioso novamente de “luto” quando da morte de seu filho Jesus o Salvador. *
Desde o Gênises ao Apocalipse a gente encontra pessoas sofrendo a perda de muitas pessoas queridas e não podendo fazer muita coisa, a não ser aceitar com esperança uma ressurreição eterna.
Em o Novo Testamento Jesus deu outro sentido ao luto. Jesus nos ensinou a ter fé e esperança até mesmo nos momentos de dores e angustias.
Para o cristão a morte não é o fim da existência; ela é o começo da vida eterna. Saber disso é algo confortador, mas não acaba com a profunda dor da perda e com a necessidade de consolo.
Jesus também enfatizou a importância do luto. Mandando-nos o Espírito Santo, O Consolador, para nos consolar em tempos de luto.
Portanto, até mesmo para o cristão o sentimento de luto é normal e saudável.

AS CAUSAS DO LUTO

Podemos dizer que a causa principal é perda de alguma coisa de valor; a ausência dessa coisa de valor deixa um vazio na pessoa que sofrera a perda, deixando-a com a sensação de fraqueza e derrota.
Nesse momento, a pessoa enlutada precisa de ajuda para entender que ela precisa voltar à fé e à esperança, para empreender uma nova jornada na vida.
O modo como o luto se manifesta numa pessoa depende muito de sua personalidade, sua história de vida, suas crenças religiosas, seu relacionamento com o morto e sua formação cultural.
Existem algumas evidências de que o luto é mais difícil quando a perda é inesperada. No entanto, é mais difícil prever se a pessoa vai enfrentar o luto de maneira mais tranqüila quando a morte é esperada.
Cada tipo de perda parece provocar uma espécie diferente de sofrimento e de reação.
Quanto mais próximo é a relação entre a pessoa enlutada e o falecido, maior é a intensidade do luto. O luto também é mais intenso, ou mais provável de se tornar patológico se a pessoa enlutada era muito dependente do falecido.
As crenças religiosas têm o seu poder confortador nesse período de luto. A religião provê apoio, explicação e esperança no futuro.
Os que se voltam para Deus sempre têm maior capacidade de superar a perda.
Enfrentar a dor da perda também pode ser mais difícil para as pessoas inseguras, dependentes, ansiosas, incapazes de controlar ou expressar seus sentimentos, predispostas à depressão ou que estão vivendo um período de estresse.
O luto é tão particular e individual que não dar para listar as reações típicas que se apliquem a todas as pessoas.
O luto pode afetar a maneira como uma pessoa se sente e o seu modo de pensar.
As reações patológicas ocorrem quando o luto é negado, protelado, interminável ou distorcido de tal forma que a pessoa sente muito medo, culpa, desamparo, retraimento ou outras evidências de patologia.

O ACONSELHAMETO NOS CASOS DE LUTO

O conselheiro cristão, precisa fazer com que o aconselhando evite a fuga e a lidar com a realidade da perda. O vazio da perda nunca mais será preenchido. Deus consola e torna suportável a perda, mas não preenche o vazio.
As pessoas enlutadas precisam ser compreendidas, de ter contato com pessoas sensíveis que demonstrem interesse por elas.
O conselheiro precisa dar apoio à pessoa enlutada e não estimular uma dependência doentia, nem fugir da realidade e nem incentivar a negação.
A tarefa do conselheiro é transformar o luto patológico num luto normal.
O aconselhando precisa entender que o luto não deve e não pode ser evitado.


Extraído do livro:

Aconselhamento Cristão - Edição Século 21
* Capítulo 23 - Com adaptações!
Neste manual, o Dr. Gary R. Collins trata, dentro de uma cosmovisão cristã, dos principais temas que um conselheiro precisa conhecer para entender melhor o comportamento humano, ter uma perspectiva mais clara sobre as bases bíblicas do aconselhamento e desenvolver as habilidades necessárias para seu trabalho.

Sobre o Autor
Dr. Gary Collins é psicólogo formado, com doutorado em psicologia clínica pela Universidade de Purdue. Escritor e conferencista, também leciona na Trinity Evangelical Divinity School.

Síte do Autor: http://www.garyrcollins.com/

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