ENSINADOR CRISTÃO LIÇÃO 9

domingo, 7 de março de 2010









LIÇÃO 9




O PRINCÍPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE


Ninguém é tão pobre que não tenha algo a dar em prol do Reino de Deus, e ninguém é tão rico que não possa dar mais um pouco ao Senhor. Essa lição pode ser vista no caso dos crentes gregos descritos pelo apóstolo Paulo. Se nos lembrarmos de que os coríntios foram advertidos na Primeira Carta contra as divisões dentro da igreja, a disputa entre quem tinha mais valor na congregação no tocante aos dons e no abuso cometido na Santa Ceia, veremos que os crentes da Macedônia receberam o mais belo elogio em uma citação de desprendimento e desapego com as coisas deste mundo, mais particularmente, o dinheiro. Aqueles crentes pobres perceberam a necessidade de outros irmãos e a possibilidade de manifestar a graça de Deus por meio da generosidade.

Existe uma tendência para se dizer que os ricos são mais mesquinhos que os pobres. Entretanto, na prática, quem tem pouco pode ser tão mesquinho quanto quem tem muito.
Mas observemos o exemplo dos crentes gregos. Paulo fala de uma oferta que foi tirada para os crentes de Jerusalém. Paulo não diz que aqueles crentes eram pessoas pobres, e sim muito pobres (profunda pobreza). Não nos é difícil imaginar que eles deveriam precisar de ajuda para se manter, ao invés de desejarem contribuir para outras pessoas.

Paulo associa a graça de Deus ao fato de eles desejarem contribuir, pois ofertar é um ato que representa o reflexo da graça de Deus em nossas vidas. Uma vida cheia de graça deseja transmitir a graça de alguma forma. Os crentes macedônicos deram acima do seu poder financeiro, e Paulo reforçou seu testemunho dizendo “o que eu mesmo testifico”, indicando que presenciou não apenas a profunda pobreza daqueles crentes, mas também a sua generosidade. O homem e a mulher de Deus não podem ser escravos do dinheiro nem devem ter apego a ele.

Aqui vai o segredo de uma vida cheia de graça de quem sabe o valor de dividir recursos: eles “se deram primeiramente ao Senhor”. Quem se dá inteiramente ao Senhor, seja rico ou seja pobre, não vê os recursos deste mundo como um fim em si mesmos, mas como uma forma de honrar a Deus.
Aqueles crentes paupérrimos se deram de forma inteira ao Senhor, e não tiveram dificuldade em repassar para outras pessoas o que tinham. E outra coisa muito importante deve ser dita acerca desse fato: a doação deve ser feita de forma generosa, não como uma coisa forçada. Não podemos contribuir como se estivéssemos sendo extorquidos. A recomendação de Paulo é que “Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria”, 2Co 9.7.




*Extraído da Revista Ensinador Cristão, Ano 11 N° 41, CPADA, Pr. Alexandre Coelho

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