SUBSÍDIOS 2CORÍNTIOS-LIÇÃO 13

sábado, 27 de março de 2010



LIÇÃO 13

28 de março de 2010

SOLENES ADVERTÊNCIAS PASTORAIS

TEXTO ÁUREO
“Examinai-vos a vós mesmos se permane
ceis na fé; provai-vos a vós mesmos”
(2 Co 13.5a).

VERDADE PRÁTICA

Uma das responsabilidades pastorais
e disciplinar a igreja com amor, a fim
de que está desenvolva-se espiritual
mente saída.

HINOS SUGERIDOS 298, 305, 340

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Refletir a respeito da firmeza e determinação do apóstolo Paulo.
Compreender que o objetivo da disciplina na igreja é edificar moral e espiritualmente as pessoas, e não destruí-las.
Saber que o amor fraternal deve prevalecer na vida do cristão autêntico.

INTERAÇÃO

Com a graça de Deus, chegamos mais uma vez ao final de um trimestre. Quando terminamos de lecionar uma lição já alegramos, não porque concluímos uma lição, mas alegramos porque aprendemos algo novo. Imagine terminar um trimestre que alegria não será? Quantas coisas novas não aprendemos?Quantas coisas que tínhamos esquecidos e agora foram lembradas?
As necessidades, as dificuldades, as lutas e os problemas da igreja de Corinto, são também as mesmas dos nossos dias na igreja. A diferença está no tempo e na cultura.
Também podemos dizer que as soluções são as mesmas. E isso muito nos alegra, pois encontramos na igreja de corinto muitos problemas, mas também encontramos muitas soluções ministradas pelo apóstolo Paulo.
Acreditamos que não há igreja sem problemas. Também acreditamos que não há igreja cujos seus problemas não possam ser resolvidos, e isso com a graça de Deus.


INTRODUÇÃO

O apóstolo Paulo, ainda continua sua defesa, mas agora, o faz de maneira solene, chamando os irmãos coríntios à responsabilidade. Ele não os avalia, mas faz com que os coríntios avaliem a si mesmos, bem como o seu ministério entre eles.
Agora o apóstolo está mais confiante para uma terceira vista à corinto. Tendo em vista, que sua primeira vista não foi nada boa, ele agora adverte aos coríntios para se preparem para sua terceira vista, e isso ele faz de maneira pastoril.


“Ao se aproximar do fim dessa epístola, o zelo de Paulo pelos corintos parece aumentar. Ele deseja o melhor para os seus filhos na fé. Repete três vezes “receio” (11.3; 12.20,21). De que teria medo? Que seus queridos coríntios não se mantivessem fiéis a Cristo e ao puro Evangelho da salvação pela fé.” (Hoover, Reginaldo Thomas. 1 e 2 Coríntios.RJ.CPAD,1999,p.204).

O apóstolo Paulo, defendeu seu ministério vigorosamente desde o primeiro capítulo até o final desta epístola. Na defesa de seu ministério, o apóstolo ataca vigorosamente aos seus opositores fraudulentos, aqueles que tentavam desacreditar a autoridade apostólica de Paulo.
Essa defesa, não era em prol de si mesmo, mas, sobretudo em prol dos irmãos coríntios que estavam sendo enganados pelos “falsos apóstolos”, que tentavam desviar os coríntios da sã doutrina ensinada pelo apóstolo Paulo.
Daí a necessidade do apóstolo defender seus filhos na fé. Ele revela uma atitude paternal em relação aos coríntios, pois foi ele quem fundara aquela igreja.

I.PREOCUPAÇÕES PASTORAIS DE PAULO (12.19-21)

1.Defender seu apostolado em Cristo. (v.19).
Como tínhamos dito supra, Paulo não está defendendo a si mesmo, mas sim os coríntios dos falsos apóstolos que os tenta desviar da sã doutrina por ele ensinada.

É interessante observar que

“Os problemas que Paulo trata na primeira carta aos coríntios foram criados por membros da congregação local. Os problemas que ele trata na segunda carta foram criados por gente de fora, por intrusos da Palestina que pregavam um “evangelho diferente” (2Co 11.4) e que procuravam fortalecer seu controle sobre a jovem congregação com vigorosos ataques sobre a autoridade de Paulo.”(Richards,O.Lawrence.Comentário Histórico-Cultural do N.T.RJ:CPAD,2007,pp.392).

Como bem escreveu Thomas Reginald Hoover,

“O amor que Paulo sentia por Cristo e sua igreja transparece por toda essa eloqüente defesa do seu ministério. As acusações dos falsos apóstolos provocavam não somente essa autodefesa por parte de Paulo, mas também sua expressão de lealdade e devoção aos crentes coríntios. Paulo se refere aos seus sofrimentos, viagens e experiências espirituais. Expressa o seu zelo e preocupações pelas igrejas fundadas por ele. Nos capítulos 11 e 12, vemos a vida íntima do apóstolo e algo do preço pago por ele na realização do ministério que Deus lhe dera. A exceção do próprio Cristo, nenhuma outra personalidade no Novo Testamento se abre para nós com tamanha intimidade.”
(Hoover, R. Thomas. 1 e 2 Coríntios.RJ.CPAD,1999,pp.199,200).

Sua defesa, portanto, tinha por objetivo provar à igreja que Deus era o seu juiz, e sua comunhão com Cristo dava-lhe autoridade para pregar e representá-lo na terra.


2. O temor de Paulo em relação à igreja de corinto (v.20).

Paulo tinha um zelo muito grande pela igreja de Corinto. Assim com um pai cuida de seus filhos e tem especial amor por eles, assim era Paulo para com a igreja de Corinto. Isto é apresentado exatamente pelas palavras seguintes: Pois sou zeloso a vosso respeito, tendo um zelo piedoso, pois vos noivei com um só esposo para vos apresentar a Cristo como uma virgem pura; eu temo que, de alguma maneira, como a serpente com sua astúcia enganou Eva, vossas mentes possam ser desviadas da simplicidade a Cristo. Aqui Paulo não se refere ao ciúme do esposo, mas ao zelo oficial do paraninfo, ou do padrinho de casamento, o qual, entre os judeus como também entre os gregos, dispunha o noivado e tornava em ponto de honra ver que as virgens eram corretamente instruídas e preparadas para a vida no casamento, o qual, acima de tudo, zelava pelo fato que a castidade delas fosse imaculada. Por isso Paulo insinua que o atual estado de coisas em Corinto lançava dúvidas sobre sua honra, como senão tivesse bem seu trabalho, como se não tivesse sido zeloso.
Paulo, porém, expressa um profundo desapontamento e temor, a saber, que a pureza e virgindade imaculada, da qual tanto se orgulhou, podem ter sido corrompidas pela ação dos falsos mestres, que suas mentes podem ter sido desviadas da simplicidade e sinceridade para com Cristo, assim como a serpente enganou completamente Eva por meio de suas muitas artes, Gn. 3. Assim como no jardim do Éden, Satanás, o tentador da humanidade, está constantemente ativo, enganando e seduzindo à crença falsa, desespero e outra grande vergonha e vício. Paulo temeu que isto tivesse acontecido em Corinto, pois pareceu que os membros dessa congregação se houvessem mostrado muito dispostos para escutar a ensinos falsos; que suas mentes já não estavam mais dirigidas para Cristo em singeleza de coração,
mas, ao contrário, estivessem dando atenção à voz do tentador. Paulo, em resumo, quer dizer: “Mas uma coisa me preocupa e me leva a ter cuidados, sim, estou cioso e zeloso a vosso respeito (mas com zelo santo, não de raiva ou de ódio), que não vos entregue a ninguém outro; pois a nada temo tanto como o fato que o diabo vos corteja para longe de Cristo.


3. A situação da igreja de Corinto. (v.20,21).

Na primeira epístola, Paulo tinha instruído os corintos sobre muitos assuntos. E muitos problemas que havia tais como: invejas, pendências judiciais, brigas, divisões, difamações, e imoralidade sexuais, aparentemente forma resolvidos.
A igreja passou algum tempo bem espiritualmente até chegar os “falsos apóstolos”, vindo de Jerusalém para incomodar esses crentes que acabara de se reerguer dos problemas anteriores de partidarismos.
A igreja de Corinto nesse momento estava vivendo uma situação muito difícil. Pois, agora, o problema vem de fora pra dentro da igreja, isto é, os falsos obreiros não eram da igreja de Corinto, mas de Jerusalém, de onde se esperava apoio espiritual e consolo. Esses “falsos apóstolos” trouxeram para igreja de Corinto muitas dores e problemas. Não somente para igreja, mas também ao apóstolo Paulo.
Observando a situação na igreja de Corinto, nem parece que ela era uma igreja espiritual cheia de dons espirituais. Essa é a realidade também em nossos dias, muitas igrejas saturadas das manifestações carismáticas, mas cheias de problemas morais e espirituais.
Isso também nos ensina que as manifestações carismáticas, não são garantias de espiritualidade e maturidade cristã autênticas. Deve sim, haver um equilíbrio entre os dons espirituais e os ensinos da Palavra de Deus. A palavra de Deus é o elemento controlador e equilibrador de todas as manifestações na igreja.
Paulo agora estava diante duma situação difícil, disciplinar a igreja, e se achava na obrigação de fazer isso, mas com amor.


II. O PROPÓSITO DA DISCIPLINA DA IGREJA POR PAULO (12.21; 13.2-4).

1. Promover a paz e o arrependimento dos pecadores (vv.12.21; 13.2).
A disciplina é necessária na igreja local. Sem ela não há ordem nem decência no culto ao Senhor. E sua importância não fica apenas aos cultos, mas em todas as áreas da nossa vida, quer espiritual, social, ou psicológica. Precisamos receber a disciplina como algo saudável e benéfico.
A disciplina aplicada por Paulo aos coríntios, não foi uma disciplina severa, com rigor como parece ser. Pelos menos, é isso que deixa subentendido, quando ele diz: “digo aos que antes pecaram e a todos os mais que, se outra vez for não lhes perdoarei”, mas então acrescenta, “visto que buscais uma prova de Cristo que fala em mim”. A seguir, Paulo diz: “(Cristo) não é fraco para convosco; antes, é poderoso entre vós”. (13.2,3).
Paulo não usou de brutalidade, nem de autoritarismo para com os coríntios, antes os ensinou a viver e reconhecer o verdadeiro evangelho da graça.

2. Afirmar o caráter cristão de seu apostolado (13.2,3).
Paulo ao defender seu apostolado, ele na verdade, estava afirmando a sua autenticidade em Cristo. Nos capítulos 10-13 o apóstolo apresenta as respostas especificas de seu apostolado e sua verdadeira origem.
O árduo trabalho de Paulo, seus sofrimentos, sua profunda preocupação com as igrejas, e o fato de que Deus trabalhou poderosamente por meio dele, apesar de sua evidente fraqueza – são as evidências convincentes do caráter de seu apostolado.

CONCLUSÃO

“Paulo amou os coríntios ao ponto de sacrificar-se por eles. Em vez de depender do sustento deles, fabricava tendas enquanto pregava e ensinava, até receber ofertas de outras igrejas. Como é eloqüente a declaração de 2 Coríntios 12.15: “ Eu, de muita boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas”. Paulo era um autêntico seguidor de Cristo!” (Hoover, R.Thomas)

“A liderança espiritual na igreja de Jesus Cristo é papel desafiador, não somente para o líder,mas também para toda a congregação. Freqüentemente nossa visão de liderança é terrena, e tem muito mais em comum com a abordagem dos críticos de Paulo do que com a abordagem que Paulo esquematiza nesta epístola.” (Richards O.Lawrence).









Bibliografias:


-Richards O. Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2007.
-Hoover Reginaldo Thomas. Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios.RJ:CPAD,1999

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