O MINISTÉRIO PROFÉTICO NA BÍBLIA - LIÇÃO 5

sexta-feira, 30 de julho de 2010

 

A AUTENTICIDADE DA PROFECIA

Temos muitas provas incontestáveis da autenticidade da Profecia Bíblica, sua origem, inspiração e veracidade.

O cumprimento das inúmeras profecias a respeito de Reis, Reinos e Nações, das grandes cidades antigas e seus povos, são fatos conhecidos por todos, quer seja leigo ou letrado, religioso ou não, todos sabem direta ou indiretamente.

Para melhor entendermos a autenticidade da profecia vamos ler um texto sobre a Bíblia e como ela chegou até nós do pastor John Mein:

[...] A Bíblia ensina que Deus escolheu um povo particular para ser o interme­diário da revelação. Abraão, conhecido como pai dos fiéis, foi chamado para deixar a sua terra e parentela e ser condutor do próprio povo de Deus. Para confirmar o seu concerto com o seu servo, Deus disse-lhe: «Não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te hei posto» (Gên. 17:5). Deus escolheu o povo judaico (Deut. 14:2) e o separou para que fizesse dele repositório da sua verdade e por ele entregasse a Bíblia ao mundo; «As palavras de Deus lhe foram confia­das» (Rom. 3:2). Depois que a família de Abraão ficou provada Deus permitiu que o povo fosse ao Egito em escravidão. No auge dos sofrimentos do povo de Deus, Ele preparou maravilhosamente Moisés, «o qual recebeu as palavras de vida para no-las dar» (At. 7:36). E lemos que Moisés «escreveu todas as palavras do Senhor» (Êx. 24:4).

«Deus fez de homens livros» antes de dar a palavra escrita. Adão trouxe a história da criação através de 930 anos e, sem dúvida, contou-a, assim como a sua queda, a Lameque, pai de Noé, de quem foi contemporâneo por 56 anos. Lameque, por sua vez, foi contemporâneo de Sem, filho de Noé, por mais de 90 anos. Pelas pala­vras: «Noé era varão justo e reto em suas gera­ções» (Gên. 6:9), podemos saber como Deus, por meio de um só pregador, garantiu a transmissão verbal da sua revelação.

Noé foi contemporâneo de sete gerações antediluvianas e de onze pós-diluvianas, assim vivendo durante 58 anos da vida curta do pa­triarca Abraão, e morreu 17 anos antes da saída dele para a terra da promessa. Não nos é difícil compreender como ele ouvisse dos seus antepas­sados das grandezas e longanimidade de Deus e, por sua vez, as narrase à sua descendência, acrescentando as histórias do dilúvio e a confu­são de línguas. Abraão assim veio a saber de tudo e a ter sua fé robustecida.

Podemos imaginar Abraão historiando os fa­tos ao seu netinho Jacó, que tinha 14 anos quando o «Pai dos fiéis» faleceu. Quão interes­santes ao menino seriam as histórias da criação, da trasladação de Enoque, do dilúvio, da confu­são das línguas, das suas próprias experiências, como a da saída da sua própria terra, dos concertos, de como Deus lhe mudou o nome e da ocasião de levar Isaque para a terra de Moriá, quando Deus o submeteu à maior prova e ele chegou a conhecê-lo como «Jeová-Jiré» (Gên. 22:14).

Jacó jamais poderia apagar da sua memória estas coisas e durante todos os anos da sua vida meditaria sobre as maravilhas divinas. Em nar­rar tudo ao seu neto Coate, Jacó poderia acres­centar as suas próprias experiências em Betel e no vau de Jaboque. Coate relatava a história a Anrão, e este, por sua vez, a Moisés, o seu filho, que assim teve todas as informações necessárias para escrever o livro de Gênesis, quando Deus lho ordenou a fazer. Portanto, podemos traçar a história da transmissão verbal da palavra de Deus desde o dia em que Ele falou a Adão (Gên. 1:28) até o tempo em que ordenou a Moisés que a escrevesse num livro (Êx. 17:14). Adão transmi­tiu-a a Lameque; Lameque a Noé; Noé a Abraão; Abraão a Jacó; Jacó a Coate; Coate a Anrão e Anrão a Moisés. Sete homens trouxeram a revela­ção desde a criação até que a Bíblia começou a ser escrita. Sete é o número bíblico que significa perfeição. Assim, Deus deu a sua palavra, «por­que a profecia não foi antigamente produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram pelo Espírito Santo» (II Ped. 1:21). [...] (Mein, John. A Bíblia E Como Chegou Até nós. 8° ed. Rj.JUERP,1990.p.2).

Mesmo depois do pecado, Deus continuou falando com o ser humano, não deixando este sem a revelação divina. Vemos Deus falando com Adão e Eva no Jardim. Depois vemos Deus falando por meios dos seus servos e profetas. Em todo o Antigo Testamento, vemos Deus preocupado com sua criação, em especial, o ser humano.

Deus na sua soberania escolheu um povo para ser seu mensageiro as nações. Para ser luz aos gentios de todo o mundo. Esse povo se chama Israel, um povo separado por Deus, de onde viria o Messias, O esperado de todas as nações, O Salvador do mundo.

A existência desse povo é uma prova real da autenticidade da profecia bíblica.

Quando o assunto é profecia, não podemos deixar de mencionar o povo de Israel. Pois, Israel é o povo de Deus no Antigo Testamento, os mensageiros de Deus, os profetas, falaram a palavra de Deus ao povo de Deus. Muitas profecias no Antigo Testamente dizem respeito somente ao povo de Israel; como também muitas promessas.

Israel é prova viva da veracidade das profecias bíblicas. Esse povo que foi humilhado, perseguido, espalhado, quase destruído, mas preservado por Deus em cumprimentos de suas profecias!

Sobre Israel e sua importância na profecia bíblica o pastor Abraão de Almeida escreve:

[...] Não se pode negar a influência de Israel no destino dos povos. A promessa foi feita por Deus a Abrão em Gênesis 12.3; “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” tem sido rigorosa e admiravelmente cumprida através dos séculos, até os nossos dias.

As nações que apóiam e protegem os israelitas são prósperas e abençoadas, ao passo que as que os perseguem são sempre castigadas: ou desaparecem, ou estagnam, ou são humilhadas, e, invariavelmente, perdem a bênção divina.

Israel é também uma afirmação viva de que um poder supremo, um poder inteligente, um poder que planeja, cuida, e executa, dirige os destinos deste mundo. Certo imperador alemão, religioso, mas não crente; “protetor” da fé, mas não salvo, na sua hora da morte teve a presença de um sacerdote luterano que procurava incutir-lhe na mente a fé salvadora. A esse religioso desafiou o imperador:

­­­­­­­­­­­­ - Dá-me uma prova da existência de Deus.

- O povo judeu, Majestade! – respondeu sem vacilar o sacerdote.

Sim, Israel é uma prova concreta de que Deus existe.

Apesar de humilhado, perseguido, banido, massacrado, quase destruído por vezes, e isso durante milênios, vive ainda Israel! E agora vive como nação poderosa e próspera.

Israel vive ainda porque tem, dada por Deus, uma missão a cumprir no fim do Século Presente – não pode desaparecer.

Se Israel é uma prova irrefutável da existência de Deus; se Israel influi no destino das nações, quiçá no das pessoas, então é preciso estudar com profundidade a vida desse povo, mas estudá-la em todas as suas faces, para conhecer as mais estranhas e verdadeiras circunstâncias, que servem de roteiro para as pessoas e as nações.

[...] Esse Israel se firma como inequívoco sinal dos tempos. A Bíblia avisa: “Quando virdes acontecer estas coisas...” O prometido reinado messiânico sobre Israel se aproxima e o lugar do Messias está vago, pois, providencialmente, o atual governo de Israel não possui rei: eles, inconscientemente, aguardam o Rei Jesus, e para Ele reservam o trono. [...]

[...] A história de Israel é o relato fiel do cumprimento das profecias [...]

(Almeida de, Abraão. Manual de Profecia Bíblica. 5°ed. RJ. CPAD, 2009)

Ainda acerca de Israel, o pastor Esequias Soares escreve:

Israel é o relógio de Deus sobre a Terra. Jesus disse: “Olhai para a figueira, e para todas as árvores; quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-os, que perto está já o verão” (Lc 21.29,30).

A figueira é a figura de Israel. Pela mensagem de Jesus, ficamos sabendo quão próximo está “o verão”, pois a figueira está brotando. A igreja, como os filhos de Issacar, da época de Davi, eram “destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer” (1Cr 12.32), da mesma forma a Igreja tem a capacidade do Espírito Santo para interpreter e compreender os acontecimentos do Oriente Médio e da política internacional à luz da Bíblia e anunciar que a vinda de Jesus se aproxima. (Soares,Esequias.O ministérioa Profético na Bíblia.RJ.CPAD,2010)

O profeta Isaías é chamado de profeta Messiânico. Pois ele profetizou mais a respeito do Messias do que qualquer outro profeta no Antigo Testamento.

  [...] Em Isaías 53.1-3, Isaías avisa Israel a não esperar que o primeiro advent de Cristo seja como o de um grande general ou de um soberano terreno. Antes, seria como a raiz duma terra seca (v.2); Ele não teria parecer, nem formosura (v.2) e seria desprezado, rejeitado por seu próprio povo (v.3). Isso fala da sua humildade e mostra até que ponto elel sofreu.

Os versículos 4 a 9 dão uma descrição da morte de Cristo sob as perspectivas teológicas (4-6), e histórica (7-9). Sob a perspective teológica, a morte de Cristo pelos pecados do mundo, foi o meio dele efetuar a expiação vicária da alma perdida. Note as três obras efetuadas através do seu sacrifício na cruz:

Expiação para a cura do corpo----------(v.4)

Expiação pelos pecados individuais-----(v.5)

Expiação pelo pecado(sua fonte e origem)--(v.6)

Nos versículos 7-9, Isaías prediz os detalhes históricos do sofrimento e da morte de Cristo. No versículo 7, Ele é descrito como mantendo silêncio perante o Sinédrio e os romanos. O versículo 8 relata a sua morte, e o versículo 9, prediz que Ele sera sepultado no túmulo de um rico.

A ressurreição de Cristo, bem como o resultado da sua morte vicária, são descritas em Is 53.10-12. A ressurreição é retratada nas frases: “verá a sua posteridade prolongará os seus dias” (v.10), e “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito” (v.11).

O resultado ou efeito da sua morte é visto nas frases: “quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado” (v.10); “o meu servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos” (v.11); “levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressors intercedeu” (v.12).[...] (Gibbs B,Carl.Os Profetas Maiores-As profecias de Isaías,Jeremias e Ezequiel.2°ed.EETAD)

A AGONIA DE JESUS NO JARDIM

Quando Jesus entrou no Getsêmani, ele sabia que seria preso lá e que passaria por uma série de julgamentos e humilhações que o levariam implacavelmente à cruz. Na verdade, quando o apóstolo João descreve a chegada dos soldados para prender Jesus ele registra este fato: “Sabendo, pois, Jesus, todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?” (Jo 18.4, ênfase acrescentada).

Todos os escritoires do evangelho deixaram claro que Jesus “[sabia] todas as coisas que viriam sobre ele”. Nada nessa noite era accidental. Nada lhe veio como surpresa. Ele estava completamente ciente de tudo o que estava acontecendo. Nada estava for a do controle dele e do Pai.

A oração de Jesus no Getsêmani, ele revela a sua própria batalha com a realidade terrível que ele estava a pronto de sofrer.Aqui nós temos uma janela surpreendente para o coração do Deus-homem.

Jesus ao chegar no Jardim, era aproximadamente meia-noite. Era um fim de uma semana muito agitada e o fim de um dia ocupado. Mas Cristo tinha afazeres no jardim que eram mais importantes que o sono, e nada o impediria de ir orar lá.

Enquanto Jesus orava, seus discipulos não aguentanto mais o cansaço e a fadiga dormiram. A mente pertubadaa deles estava buscando uma saída. Assim eles dormiram, deixando que Jesus suportasse sozinho sua angústia.

Não foi hyperbole quando Jesus disse aos seus discípulos que sua aflição era tão severa que o tinha levado até à beira da morte. A agonia que ele suportou no jardim era literalmente suficiente para matá-lo __ e isso poderia ter acontecido se Deus não o estivesse preservando para uma outra forma de morte. Lucas registra que “o seu sour se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lc 22.44). Isso descreve uma enfermidade rara, porém bem-documentada, conhecida como hematidrosis que às vezes acontce sob aflição emocional pesada. Vasos capilares subcutaneous estouram sob tensão e o sangue se mistura com a transpiração, saindo pelas glândulas de sour.

 

Bibliografia:

  • Abraão de Almeida – Manual da Profecia Bíblica, CPAD.
  • John Mein - A Bíblia e como chegou até nós, JUERP.
  • John MacArthur, Jr. A morte de Jesus-Prisão,julgamento e crucificação de Cristo – e o seu significado redentor, EDITORA CULTURA CRISTÃ.
  • Esequias Soares - O Ministério Profético na Bíblia, CPAD.
  • Carl B.Gibbs-Os Profetas Maiores-As profecias de Isaías, Jeremias, Ezequiel,EETAD.

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