O CASAMENTO CRISTÃO

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O CASAMENTO CRISTÃO

 

INTRODUÇÃO

 

O casamento cristão não é um compromisso irresponsável; não é um voto impensado; não é um contrato alheio ao casal. O casamento cristão é o meio lícito de constituir família, sendo a família projeto de Deus, o matrimônio é um voto sagrado entre duas pessoas do sexo oposto, o qual expressa as seguintes verdades:

1. Um propósito sério. (Ec 5.5; Mt 19.6) Pessoas sérias cumprem suas promessas e votos. A falta de seriedade pode ser uma questão de caráter. Para enriquecer o casamento, é necessário compromisso perseverante e fé determinada - algo que talvez alguns casais jamais puderam observar nos lares de suas respectivas infâncias.

2.Votos que obrigam. (Mt 5.37) Ninguém é obrigado a votar, porém, depois que o fizeram, são obrigados a cumprir esses votos.

A Bíblia desde Gênesis ao Apocalipse mostra a importância da família para a sociedade, para igreja e para todo mundo. Quando a Bíblia enfatiza o valor da família, também o faz ao casamento. Dando ao casamento um valor sacro-santo e indissolúvel, isto é, até que a morte os separe.

O que foi prometido deve ser cumprido até que a morte os separe. Segundo o que foi projetado por Deus, casamento não é um relacionamento descartável, é um compromisso que deve durar a vida inteira

O CASAMENTO CRISTÃO

No plano de Deus a união do casamento é indissolúvel. Jesus ensinou: ". . .o que Deus ajuntou não o separe o homem". Mateus 19:6. Lemos também: "A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor." I Coríntios 7:39.

Essa posição não é aceita por alguns especialistas do assunto. Para eles, o casamento é compromisso sério, mas não tão sério ao ponto de haver circunstância adversa que anula esse compromisso. Eles usam parte isolada da Bíblia para confirmar essa posição. Em Mateus 19.6a “Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério...”. Desse trecho bíblico, eles entendem que Jesus estava mostrando uma permissão para o divórcio, isto é, só em caso de infidelidade conjugal é permitido o divórcio na Bíblia.

Jesus não era casamenteiro, mas era especialista no assunto de casamento.Como especialista no assunto ele indicava que o divórcio ou separação do casal era dureza de atitude das pessoas (Mc 10.5). Esse tipo de dureza de atitude é uma válvula de escape para fugir à responsabilidade do casamento. Também se constitui uma transgressão a vontade perfeita de Deus. É forma desrespeitosa e teimosa que se manifesta não somente contra o casamento santo, mas especialmente a Deus.

A posição de Jesus com respeito ao divórcio é que este ocorria não pela vontade de Deus, mas por causa da dureza do coração dos homens.A posição errônea dos homens sobre o valor do casamento se justifica ao agirem de forma a defender o divórcio veementemente.

“Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mc 10.9). Este dito representa a posição de Jesus acerca do casamento cristão. Ocorre tanto em Marcos como em Mateus como a posição final de Jesus sobre o assunto.

O casamento é uma obra de Deus o homem não tem o direito destruí-la. Nessas passagens é fácil perceber a ação de Deus em ajuntar, e a responsabilidade do homem não separar, quer esteja no casamento quer fora.

A pergunta dirigida a Jesus foi feita objetivando uma resposta que apoiasse àqueles que defendiam uma posição mais liberal do divórcio o que Jesus não fez.

Havia duas posições em relação ao divórcio nos dias de Jesus: A posição do rabino Shammai e sua escola que ensinava que o único motivo para o divórcio era a infidelidade.O rabino Hillel e seus discípulos afirmavam que qualquer motivo que o marido tivesse daria base para o divórcio.

A posição de Jesus foi totalmente diferente dessas duas escolas rabínicas. Jesus mostrou que o casamento é um projeto de Deus, portanto não é pensamento humano que o estabelece, mas sim Deus na sua palavra. E mostra essa verdade desde o Antigo Testamento dizendo: “Mas no princípio não era assim”. Os princípios que estabelece o casamento e todas as suas nuances são maiores e anteriores aos pensadores rabínicos.

Jesus mostra a importância do casamento naquilo que Deus planejou, não naquilo que Moisés permitiu. Certamente a escola de Hillel que era mais praticada por ser mais liberal em relação ao divórcio ficou assustada com essa posição.A escola de Shammai representa aqueles que lutam para preservar o casamento, mas sem entendimento e sem direção de Deus. Jesus mostrou que o casamento cristão é muito mais sério do que aquilo que pensava Shammai. Jesus baseado na palavra de Deus e nos ensinos de Moisés mostra que o casamento não é aquilo que o rabino Hillel ensinava, nem o divórcio é a vontade de Deus para seu povo.

CONCLUSÃO

A Lei que aprovava a prática do divórcio no Antigo Testamento, não era aprovação de divina, mas uma regulamentação que restringia o seu uso. Na verdade, Deuteronômio 24.1-4 diz: “Se você divorciar sua esposa não voltará mais para você”.

Então, podemos concluir que o divórcio não encontra guarida na vontade de Deus.Jesus proíbe a separação do casal, mas o que ele está fazendo é proibindo o divórcio. “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”. (Mc. 10.9).

 

 

 

Damião silva.

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