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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

 

A SUPREMACIA DA PALAVRA NA VIDA DA IGREJA EM MEIO À SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Páginas do Codex Sinaiticus, escritas em grego (Foto: Reprodução)

Pr. César Moisés

INTRODUÇÃO

Em um mundo que rejeita todo e qualquer princípio universal, verdade objetiva ou obediência hierárquica, só há um caminho: solidificar ainda mais nossa cultura. A única coisa capaz de sustentar nossa estrutura são as bases sobre as quais estamos fundamentados. Por isso, em termos de discussão autoritativa, estabelecer verdades, revisitar conceitos e resgatar a relevância doutrinária, são atitudes básicas, primárias e inadiáveis da igreja no mundo pós-moderno. O próprio ato de falar sobre este assunto já é um desafio, pois não se concebe — em tempos multiculturais como este —, qualquer possibilidade de haver, “verdades universais” (conceitos que são tão comuns e abrangentes que não há como conceber a idéia de que existem pessoas que pensem o contrário).

Se você se sente perplexo por isso, devo lhe dizer: “Bem-vindo à sociedade pós-moderna”.

Neste contexto, o dever mais básico que temos de cumprir é resgatar a supremacia da Palavra de Deus. Isso não significa que os crentes devem comprar mais versões da Bíblia, ou mesmo ouvir mais mensagens durante a semana (ainda que seja indispensável). Não se trata disso, pois em qualquer lugar que se vá existe alguém falando de Deus. O que se requer é que aja uma atitude diferente em nosso relacionamento com a Palavra: nossa motivação, nossa volição, nossa cognição, enfim, todo o nosso ser precisa da influência do modus vivendi prescrito nas Escrituras Sagradas.

E é justamente aqui que se encontra o desafio. Restabelecer a supremacia da Palavra na vida da igreja. É possível que diante deste questionamento, alguém talvez pense: “Mas a Bíblia tem a primazia em nossa vida”. Será? Qual tem sido o tempo reservado para a exposição da Palavra em nossos cultos? Com qual freqüência nos contentamos com uma mensagem bíblica sem buscar algo que seja meramente motivacional, ou de natureza “auto-ajudadora”? Tal busca evidencia que a Bíblia, para muitos cristãos, perdeu a suficiência. Aliás, como disse John McArthur, “talvez a doutrina que mais esteja sob ataque na igreja de nossa geração seja a suficiência das Escrituras”.1 O professor da Grace Community Church, arremata sua asseveração dizendo que “mesmo pessoas que proclamam a autoridade, a inspiração e a infalibilidade das Escrituras, às vezes se negam a afirmar sua suficiência. O resultado é virtualmente o mesmo que negar a autoridade bíblica, porque afasta as pessoas da Bíblia, na busca de outra ‘verdade’”.2

E esta “outra verdade”, decididamente não é a verdade a qual Clemente se referiu, dizendo que “toda verdade é a verdade de Deus”, independentemente de quem tenha partido. É a “verdade” criada a partir do ethos ou da visão particular de cada um. Infelizmente muitos, como escrevi há oito anos na extinta revista Pentecostes, “estão substituindo a Bíblia por caixinhas de promessas, disk-profecias, consultas pessoais, telefônicas ou via Internet aos gurus neopentecostais. Isso tudo é uma clarividência do quanto perdemos nossa verdadeira identidade”.3

I – Fundamentos Transtornados

Quero iniciar este primeiro ponto falando sobre a idéia de “básico”. Muita gente acredita que básico é algo simples, quase sem valor, e do qual se pode prescindir. Nada mais equivocado. Analise apenas um exemplo. Existem milhares de modelos de automóveis, desde os mais populares até os mais luxuosos. Mas, qual a função básica de um veículo automotor? Locomoção, obviamente. Imagine se você adquirisse um carro hidramático que possui direção hidráulica, ar condicionado, sistema de GPS, e vários outros recursos que a tecnologia proporciona, mas que não lhe transportasse, ou seja, não lhe proporcionasse o básico. Você se contentaria apenas com estes recursos? É óbvio que a resposta é um sonoro “não”. Então, está muito claro, retire o aspecto básico de algo e logo você descobrirá que as coisas perdem a razão de ser. Pois básico é tudo aquilo que é fundamental, que faz parte da base.

Com este entendimento, fica claro o porquê de o salmista chamar atenção para o fato de que na “verdade, [...] os fundamentos se transtornam; que pode fazer o justo?” (Sl 11.3). Mesmo sabendo dos aspectos conjunturais do texto bíblico citado, ele traz à baila uma questão crucial para o nosso tempo pós-moderno: o perigo evidente que existe no fato de se abrir mão daquilo que é básico, elementar e fundamental entre nós. Por exemplo, todo cristão sabe que o postulado mais básico e elementar do evangelicalismo é que a Bíblia é a Palavra de Deus. O que acontece se esse fundamento for transtornado, estremecido, retirado ou desprezado? A resposta é óbvia. Mas, infelizmente, não é a crítica textual ou a teologia liberal que estão ameaçando este fundamento básico da fé cristã. Ele está sendo vilipendiado justamente pelos que dizem acreditar nele! Vejamos apenas três amostras desta ameaça:

1) O desprezo à autoridade da Bíblia

Sob a desculpa de sermos pentecostais e, por conseguinte “superespirituais”, muita gente não considera uma mensagem bem elaborada como sendo da parte de Deus. É preciso haver profecias — não como mensagens coletivas para toda a Igreja —, tem que ser individual, de forma que satisfaça os caprichos, anseios e expectativas egoístas de muitos cristãos.

2) A adulteração da Bíblia ao transformá-la em um livro de auto-ajuda

O descrédito em relação ao texto sagrado é tão grande, que agora a Bíblia foi transformada — na boca de alguns — em um livro motivacional, de auto-ajuda. Para que a Bíblia seja utilizada desta forma, ela é submetida ao pior tipo de expediente manipulativo que se possa imaginar — a chamada eisegese. O processo é mais ou menos como um engessamento, pois o pretenso orador se aproxima do texto, com os seus pressupostos, e empresta uma conotação não pretendida pelo hagiógrafo para que a mensagem venha coadunar com suas invencionices.

3) A proibição de a igreja exercer o sacerdócio universal dos crentes

O resgate deste postulado imprescindível da Reforma Protestante vem, de um tempo a esta parte, sendo solapado por aqueles que mais deveriam amar, cuidar e defender a integridade da mensagem bíblica. O terrorismo psicológico se instaura a partir do púlpito com as ameaças de “pregadores” que vociferam: “Se você duvidar do que estou dizendo, Deus pesará a mão sobre sua vida e sua família”. Esta é uma característica paradoxal desse tempo presente, pois o que motivou um elogio do historiador e médico Lucas em relação aos crentes bereanos (At 17.11) agora, estranhamente, provoca aversão naqueles que se dizem porta-vozes por Deus.

Para manter a integridade bíblica, nunca se deve perder de vista o fato de que as “narrativas bíblicas nunca são somente um fim em si mesmas. Sempre contêm lições teológicas ou éticas importantes”4 (veja como a narrativa de José é abruptamente interrompida para dar lugar à descrição do pecado de Judá, Gn 38). Isso não é difícil de ser concluído até mesmo para o leitor iniciante, que logo aprende que a “Bíblia não é apenas uma fonte para a doutrina ou teologia na cosmovisão cristã [como se ela só se preocupasse com a espiritualidade e com a relação do homem com Deus]; também é a fonte para um sistema ético consistente e benevolente”5. O autor deixa bem claro que os preceitos bíblicos servem — também — até mesmo para que a humanidade possa viver em sociedade, com valores igualitários e humanizantes.

O que deve ficar claro já de início nesta reflexão, é que a Bíblia é um livro que exerce influência em toda a maneira de o ser humano viver, seja na esfera ou dimensão espiritual, seja no aspecto existencial. O conteúdo bíblico não tem a finalidade de transformar os homens em anjos ou semi-deuses, antes, seu propósito é que este seja adequado ao modelo de homem perfeito: Jesus Cristo de Nazaré (Ef 4.12,13). Para isso, a mensagem não pode ser mutilada, pois, ao ser interpretada de maneira incorreta, ela perde o seu efeito (At 8.26-40).

II – Mudança de Referenciais

Com o transtorno ou desordem dos fundamentos, outro efeito já pode ser percebido em nosso meio: a perda de referenciais. Este é mais um dos subprodutos da pluralidade pós-moderna. Na realidade, existe um “sincretismo ideológico” no meio evangélico. Em outras palavras, está acontecendo exatamente aquilo que Brian Morley denuncia ao afirmar que os “novos crentes que vêm à igreja trazem consigo sua própria forma de pensar, influenciados pela cultura na qual cresceram; têm sua particular cosmovisão”. Mas isso não é tudo, o pior, é que, ele completa, “os cristãos que já estavam anteriormente na igreja, e que não compreendem as diferentes formas de pensamento do mundo (cosmovisões), não percebem quando estão adotando conceitos não-cristãos”.6

Esse fato é muito grave, pois as pessoas acabam achando que estão mais “críticas”, mais polidas e não percebem que, na verdade, elas apenas substituíram uma visão de mundo por outra, pois estão condicionadas pela visão decorrente do meio onde se encontram inseridas, mas não percebem!

1) Correta interpretação substituída pelo feeling hermenêutico

Silas Daniel afirma que é “cada vez mais comum cristãos atentarem menos para o que a Bíblia diz sobre determinada situação ou assunto, preferindo dar mais valor à sua intuição, à sua emoção e ao seu feeling, enfim, ao seu coração como definidor de certo e errado, e dar a isso o nome de ‘espírito cristão’ ou ‘amor cristão’”. O autor conclui que o resultado deste exercício é que “está se tornando igualmente comum a leitura da Bíblia a partir de interpretações condicionadas”, e o mais preocupante é que “as pessoas estão deixando cada vez menos a Bíblia falar por si mesma e cada vez mais fazendo com que a Bíblia diga o que elas querem que ela diga”.7

Ao que me refiro utilizando a expressão eufêmica “feeling hermenêutico” é exatamente a mania de pregadores e crentes submeterem a Bíblia aos seus sentimentos, ao “eu sinto que esta passagem significa...” Quantas aberrações são propaladas em nome de uma pseudo-espiritualidade? Lutero, com invulgar argúcia dizia que “devemos ler a Bíblia contra nós”, isso significa que, em quase todos os momentos, o Livro Sagrado irá nos confrontar e não o contrário.

2) Descréditos institucional e ministerial

Outro perigo enfrentado na pós-modernidade é a aversão às instituições e ao ministério. Se por um lado é fato que há escândalos, por outro, existe a verdade de que os homens que realmente possuem um caráter exemplar e vida ministerial digna de inspirar as gerações mais novas, na maioria das vezes, são desprezados e vistos como retrógados, reacionários, ultrapassados e que não gostam de “poder”.

Lamentavelmente os pastores — principalmente locais —, não estão mais tendo valor para muitos crentes. A palavra que vale é a do tele-evangelista, do pregador famoso que está no auge naquele momento, do cantor que ministra a palavra profética e por aí vai. Existe muita gente frustrada com Deus, pois, alguém, supostamente usado por Ele, lhe transmitiu uma palavra (a qual até hoje não se cumpriu), e isto faz com que as pessoas percam o respeito pelas coisas de Deus.

III – Estabelecendo a Base Comum

A Babel indecifrável em que estamos vivendo requer de cada um algumas escolhas decisivas. É preciso decidir qual direção tomar diante do pluralismo pós-moderno. Infelizmente já se cristalizou um paradigma entre os cristãos: a polarização. Assim, parece-nos que as reações se resumem a “rejeição total” ou “adesão ingênua”. O problema é que não existe apenas polarização neste sentido (do “lado de fora”, por assim dizer), encontramos dualismos do “lado de dentro” que provocam verdadeiros desarranjos na comunidade de fé. É possível dizer que temos, por falta de uma sólida compreensão bíblica, três grandes áreas de discussão tendo, em cada uma delas, ao menos dois blocos competindo no “cabo-de-guerra da fé”:

1) Usos e costumes: legalistas X irreverentes;

2) Espiritualidade: triunfalistas X céticos;

3) Teologia: anti-intelectuais X pseudo-intelectuais.

Nem é preciso dizer que nenhum dos grupos tem razão ou sensatez. Ambos estão errados. É preciso buscar o caminho da superação, em que exista uma “terceira via”. Antônio Tadeu Ayres afirma em seu livro Reflexos da Globalização sobre a Igreja, que diante desse perigo só existe uma saída, que é “ter um parâmetro que sirva como guia e referencial confiável. Tal parâmetro só pode ser representado pela Palavra de Deus, a cujo crivo a igreja deve estar permanentemente submetida”. Assim, a conclusão de Ayres é que a própria “submissão à Palavra nos ensina que os extremos devem ser evitados. Nem o fanatismo legalista nem o liberalismo inconseqüente constituem posturas adequadas para a [...] atuação [da igreja] frente ao mundo”.8

Todos esses problemas são fortes indicadores e apontam para uma única direção: a de que é preciso estabelecer uma base comum. Falta-nos a postura dos bereanos (At 17.11). A Palavra de Deus oferece algumas ações muito concretas:

1) Não se “conformar” ou tomar a forma deste mundo (Rm 12.2a);

2) Fazer manutenção constante do nosso sistema de pensamento (Rm 12.2b);

3) Ser guardião da integridade do nosso sistema bíblico-doutrinário (Jd 3);

4) Submeter nosso intelecto ao crivo escriturístico (2 Co 10.5).

Qual foi o papel do Decálogo para o povo de Israel (Êx 20.3-17)? Não era exatamente fornecer uma “base comum”, um paradigma, uma superestrutura, a fim de que o que fosse certo para um seria para todos, bem como o contrário? O Décalogo foi resignificado pelo Senhor Jesus Cristo (Mt 22.36-40), que preservou a ética básica do Reino de Deus no célebre Sermão da Montanha (Mt 5—7).

IV – Ortodoxia, Ortopraxia e Ortopatia: Buscando uma compatibilização/integração

Ortodoxia, para alguns, é simplesmente conhecer a Bíblia e defender os seus postulados. Até aí, tudo bem. Entretanto, não se observa — na mesma proporção e cuidado — a “encarnação” das verdades e princípios bíblicos, e isso é muito sério. O descrédito de muitos em relação à Bíblia deve-se, em grande parte, pela falta de vivência, por parte dos ortodoxos, dos princípios práticos e sociais das Escrituras Sagradas, ou seja, falta ortopraxia, a teologia praticada. Ademais, é urgente procurar equilíbrio e administração dos sentimentos à luz do que preceitua a Bíblia, sintonizando nosso coração com as motivações do Reino, isto é ortopatia. Viver, a exemplo dos profetas veterotestamentários, personificando a “compaixão divina, isto é, aquilo que importa a Deus”.9

Paul Steven apresenta as “definições aplicativas” dos três termos e fornece insight interessantíssimo para a busca de uma compatibilização/integração destes temas à vida cristã:

1) Ortodoxia: “A doutrina que se alinha (orthos) com a Escritura é destinada a ser uma benção para a vida diária e, ao mesmo tempo, para louvar a Deus (doxa) na vida em si. Seu objetivo, como afirma J. I. Packer, é a verdadeira piedade, que é a verdadeira humanidade”.10

2) Ortopraxia: “Significa literalmente ‘prática certa ou corretiva’. A verdadeira ação cristã — ortopraxia — é gratuita, livre de artifícios, livre de um espírito calculista, livre de contrato: faço isto para Deus e Ele faz isto para mim. A vida ortopráxica é essencialmente espontânea. Com Jesus no coração, amamos por haver alguém necessitado e não para ganhar a aprovação de Deus ou receber benefícios do ato cristão”.11

3) Ortopatia: “O cultivo do coração — um meio mais completo de saber — é justamente o que a nossa cultura pós-moderna aprova. Contudo, a reação bíblica ao desafio pós-moderno não é abandonar a razão, mas permitir que Deus evangelize nossos corações e nossas mentes, no sentido de desejarmos o que Deus deseja. Como conhecimento prático da unificação do coração e da mente por Deus, a teologia tem o caráter de sabedoria. Mas, onde obtemos sabedoria?”12

Primeiramente é preciso libertar-se do “egoísmo piedoso”, ou seja, deixar de fazer o bem simplesmente porque sabe que receberá algo ainda maior em troca (mesmo que seja apenas prestígio e reconhecimento por estar fazendo nada mais do que o dever). A atitude cristã para aquisição da sabedoria é temer a Deus (confiar reverentemente e odiar o mal; cf. Pv 8.13, ARA), segundo nos revela Salmos 111.10; depois, é obrigatório manter vigilância constante no sentido de sempre averiguar a sabedoria segundo o padrão estipulado em Tiago 3.13-18. É bom entender que a sabedoria “terrena” aludida pelo meio-irmão do Senhor não tem nenhuma correlação com aquela dada a Bezalel (Êx 31.1-11), pois esta é concedida — através da graça comum — até àqueles que não temem a Deus (Mt 5.45). Neste sentido o homem é até considerado sub-criador ou co-criador.

Na verdade, para que a ortopatia seja realmente praticada, é preciso que a paixão de Deus seja a nossa paixão (Jo 3.16). O maior de todos os obstáculos é integrar ortodoxia-ortopraxia-ortopatia, em outras palavras, a questão é haver perfeita simetria e coerência entre teologia-vida-paixão. Daí a imprescindibilidade da formação de uma cosmovisão cristã, ou seja, viver em harmonia com os desígnios de Deus, cumprindo os seus propósitos e descobrindo paulatinamente a sua vontade para a nossa vida (Rm 12.1,2).

Conclusão – Construindo uma Cosmovisão Cristã

Finalizando esta breve reflexão, é preciso ainda — diante do reconhecimento de que os fundamentos estão transtornados — responder à pergunta: “Que pode fazer o justo?” ou, parafraseando, “O que está fazendo o justo?” A resposta oferecida na introdução deste texto torna-se agora mais clara: É preciso solidificar ainda mais nossa cultura. Como temos um cristianismo ainda muito platônico, contemplativo, verborrágico, que denuncia (muitas vezes parece mais ranzinza que crítico), mas raramente anuncia ou oferece respostas, ações concretas e alternativas com saídas plausíveis (e nesta assertiva não há nenhuma concessão ou validação do método pragmático — as famosas “receitas de bolo” — que impera na pós-modernidade, evidenciado através da cachoeira de lixo literário com o nome de “auto-ajuda”). Trata-se apenas do resgate de atitudes que sempre marcaram o engajamento e a prática dos cristãos comprometidos com o cumprimento de seu papel e participação no crescimento e na edificação do Corpo de Cristo (Ef 4.12-16).

Assim, apresento três pequenas ações como forma de aproximação do modus vivendi prescrito na Bíblia. Na realidade, trata-se de uma recomendação prática para iniciar a formação de uma mente cristã ou adquirir uma cosmovisão cristã. Inicialmente, o crente deve aplicar-se a três coisas: (1) conhecer as Escrituras intimamente; (2) estudar a cultura diligentemente; e, (3) analisar os fatos, eventos e assuntos teologicamente. Essas são práticas elementares para que possamos ter uma visão correta da conjuntura histórica, em que estamos inseridos e possamos manter a ortodoxia e integridade bíblica. O maior erro de Israel foi não ter atentado para a ordem divina de criar uma cultura ou uma identidade exclusiva e de não ter sido uma contracultura em meio aos povos corrompidos da Terra Prometida (Dt 4.1-40). Oremos, vigiemos e ajamos para que a Igreja não cometa o mesmo erro e assim se degenere (Mt 5.13-16).

 

 

 

Notas_______________

1 MCARTHUR, John. Pense Biblicamente. Recuperando a visão cristã de mundo. 1.ed. São Paulo: Hagnos, 2005, p.27.
2 Ibid.
3 CARVALHO, César Moisés. Artigo: Perto do Abençoador. Revista Pentecostes. Ano 2, n°15, Rio de Janeiro: CPAD, setembro de 2000, p.22.
4 LEE, Edgar R. O papel da Bíblia na formação do pensamento cristão In PALMER, Michael D. Panorama do Pensamento Cristão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.95-6.
5 Ibid.
6 MORLEY, Brian K. Entendendo nosso Mundo Pós-moderno in MCARTHUR, John. Pense Biblicamente. Recuperando a visão cristã de mundo. 1.ed. São Paulo: Hagnos, 2005, p.27.
7 DANIEL, Silas. A Sedução das Novas Teologias. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.26.
8 AYRES, Antônio Tadeu. Reflexos da Globalização sobre a Igreja. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.13.
9 STEVEN, R. Paul. Os Outros Seis Dias. 1.ed. Viçosa e Niterói: Ultimato & Textus, 2005, p.209.
10 Ibid., p.202.
11 Ibid., pp.205,208.
12 Ibid., p.209.

 

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