A MENSAGEM DE JEREMIAS (REVISTA ENSINADOR)

sábado, 27 de março de 2010

A MENSAGEM DE JEREMIAS

Introdução a Jeremias

O livro de Jeremias tem menos capítulos que Isaías, porém o texto é mais longo. Na verdade, é um dos livros mais extensos da Bíblia. Os livros desses profetas não são realmente como os vemos hoje. Ao examinar Jeremias, você não encontra uma introdução, um corpo de texto e uma conclusão. Talvez seja melhor ver Jeremias como uma coletânea de discursos entremeada com diversos episódios históricos da vida do profeta. Esses discursos, ou profecias, foram compilados e postos em ordem cronológica apenas no sentido mais tosco. O capítulo 1 apresenta o chamado original de Jeremias à profecia, e o capítulo 44 registra sua última profecia, no Egito. No entanto, você não pode presumir que algo que lê no capítulo 17 aconteceu no capítulo 13. Por isso, digo que é melhor ler esse livro mais como uma coletânea de discursos ordenados por tema.

Basicamente, Jeremias é a mensagem de Deus para seu povo sobre a justiça vindoura. Sempre que tendemos a nos sentir céticos ou cansados do mundo em que vivemos, Jeremias pode ser bom para o que nos aflige. E, talvez, esse livro seja até mais importante para as pessoas que não anseiam por justiça, pois Jeremias revela que a justiça está vindo.

JUSTIÇA PARA O POVO DE DEUS (CAPS.1-45, 52).

Os primeiros 45 capítulos de Jeremias destacam com clareza a justiça de Deus que virá contra o seu povo. Talvez, aqui, um pequeno pano de fundo histórico seja útil. Jeremias viveu cerca de cem anos depois do profeta Isaías, o qual profetizou no Reino do Sul (Judá), na mesma época em que o Reino do Norte (Israel) caiu sob a Assíria, o que ocorreu em 722 a.C. Os assírios continuaram a incomodar o Reino do sul e Jeremias por todo o século VII e boa parte do século VIII. Contudo, a Assíria perdeu poder gradualmente até, em 622 a.C., ser derrubada pela Babilônia.

Entretanto, em meio ao declínio da Assíria e antes da total da total maturidade da Babilônia, Judá tirou vantagem da situação para recuperar sua força. Em 640 a.C, Josias tornou-se rei e, como governante devoto, aproveitou esse vazio de poder dos inimigos para ajudar a nação de Judá a retornar à vida religiosa. Ele também acabou com a prática de pagar tributo ao imperador assírio, pois este já não tinha mais o poder para apoiar a exigência de tributo.

Todavia, mesmo com a queda da Assíria, a Babilônia provou ser um inimigo ainda mais poderoso. Por um tempo, pareceu que o Egito vivenciava um renascimento, e muitos em Judá começaram a olhar para o Egito em busca de proteção contra a Babilônia. Contudo, no fim do século VII, até mesmo o Egito sofreria uma derrota embaraçosa nas mãos dos babilônios. E, no fim, a Babilônia saquearia Jerusalém.

Foi em meio a esse período tumultuoso que Deus trouxe Jeremias.

Ao ler esse livro e pensar a respeito dos outros profetas, ocorreu-me que, com freqüência, os grandes profetas de Deus surgiram em meio a períodos de decadência entre o povo do Senhor e em volta dele. De forma típica, Deus, em sua misericórdia, fornece um vislumbre das coisas duradouras sempre que o mundo começa a mostrar sua natureza transitória, sempre que as coisas supostamente imutáveis da vida começam a ruir e a falhar. Sempre que um governo - ou uma nação, ou uma organização – é novo, queremos acreditar que seu prognóstico é brilhante. Todavia, quando alguma coisa arrasta-se lentamente e, depois, começa a declinar em direção ao seu fim total, com freqüência, descobrimos que nossa mente se volta para Deus.
Isso também aconteceu quando Deus começou a falar por intermédio de Jeremias.

Cerca de cem anos antes, o povo desfrutara de um grande rei – Ezequias – durante a época em que Isaías profetizara. No entanto, depois de Ezequias, houve uma sucessão de muitos reis horríveis. Depois, em Josias, eles tiveram de novo um grande rei, porém Josias nunca foi capaz de reformar a nação totalmente. E depois de sua morte, a nação logo voltou para o pecado, até mesmo pecados terríveis!

De muitas formas, os primeiros 45 capítulos dos 52 que compõem o livro parecem uma longa ação judicial de um pedido de divórcio. Deus sente ira ardorosa por seu povo. A certa altura, Ele promete: “Porque, eis que, na cidade que se chama pelo meu nome, começo a castigar” (25.29). Você vê a tragédia? O Senhor decide trazer justiça sobre o povo que se chama pelo seu nome.

O MOTIVO DO JULGAMENTO

Quais eram as acusações? Bem, o livro as expõe em grande extensão.
Como disse, o livro não segue a ordem cronológica, porém, esse tema está presente do começo ao fim da maioria dos capítulos. Mesmo no chamado inicial de Jeremias para profetizar, o tema é mencionado (Jr 1.16). Jeremias foi chamado para profetizar exatamente por que o povo de Deus quebrou sua aliança com o Senhor. Eles o abandonaram. Eles adoraram ídolos. Essa é a petição de Deus contra eles. Ou, para usar suas palavras irônicas, eles adoraram as “obras das suas mãos”.
Que coisa, evidente em si mesma, ridícula de fazer! No entanto, essa é exatamente a acusação que o Deus onisciente faz contra seu povo.

Na verdade, é provável que você possa imaginar uma insanidade dessas se pensar no assunto. Provavelmente, há outras coisas feitas pro suas mãos ou pelas de outra pessoa às quais seu coração se inclina, se sente atraído.
Bem, essa coisa, cuja estupidez é evidente em si mesma, é exatamente o que o povo do Senhor fazia. Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem de mim, indo após a vaidade e tornando-se levianos?”, Jr.2.5.

A seguir, o Senhor divide essa acusação em duas outras mais específicas: “Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas rotas, que não retêm as águas” (2.13). Primeiro, eles o abandonaram e, segundo, cavaram seu próprio poço da vida inaproveitável.

Alguns versículos adiante, Deus, com outra imagem chocante, descreve o que tudo isso representa: eles são como prostitutas (Jr 2.20). E Deus continua apresentando o seu caso (Jr 2.23-28).

No capítulo 3, a acusação continua (3.1-5). O livro de Jeremias prossegue dessa maneira por 45 capítulos. Deus é claro com seu povo: eles se tornaram descarados em seu pecado. Ele não têm vergonha. Eles se acostumaram tanto a se prostituir com outros deuses que nem mesmo choram. E mentem quando afirma ser devotados ao Senhor. Mais de uma vez, Ele disse-lhes: “Porque os teus deuses, ó Judá, são tão numerosos como as tuas cidades”.

Deus lhes faz perguntas com bastante franqueza (Jr 5.7-9). A última ressoa por todo o livro: “Ou não se vingaria a minha alma? (...) Deixaria eu de castigar estas coisas?” Quando o povo de Deus pede sua justiça, chamam o julgamento dEle sobre si mesmos, não apenas sobre o povo mau de fora.
O Senhor lhes diz para se esquecerem dos outros povos e também declara: “Como, vendo isso, te perdoaria?”.

As acusações apenas aumentam, e o Senhor mostra-se mais e mais resolvido a puni-los (Jr 32.30-34).
Toda a nação a nação pecou contra Deus. Até a devoção religiosa deles era errada.
No que é conhecido como o sermão de Jeremias do Templo, o Senhor repete zombeteiramente a declaração do povo de sentir seguro, porque têm o Templo de Jeová diante deles. Com certeza, nada aconteceria com eles no Templo, certo?

Durante todo o tempo, a Babilônia se aproxima com seus exércitos, e o Senhor repreende-os por intermédio de Jeremias (Jr 7.9-11). Eles até queimavam os filhos e as filhas no fogo em adoração a Moloque, oferecendo os membros da própria família em sacrifício humano em sua religião falsa e detestável. Eles chegaram a um impasse terrível em que Deus não se importava com a adoração religiosa vazia deles. Entravam na casa de Jeová e, ás vezes, faziam a coisa certa, mas o Senhor sabia todas as outras que estavam fazendo. Sabia que não se importavam com sua Palavra (Jr 6.19,20).
Na verdade, sua Palavra tornara-se “vergonhosa” para eles (Jr 6.10).

O que aconteceu quando a Palavra de Deus se torna vergonhosa para seu povo? Eles adotam professores e profetas que lhes ensinaram alguma outra coisa (Jr 5.30,31ª). Profetas, os porta-vozes de Deus, profetizaram mentiras?
Sacerdotes, os mediadores de Jeová, levam vida imoral? E o povo do Senhor deseja que seja dessa maneira? Deus não se vingaria de nações como essa?

A PROMESSA DE JULGAMENTO

Deus enviou Jeremias para profetizar a mensagem do julgamento vindouro, mesmo contra o povo que se chama pelo nome do Senhor. Na verdade, a promessa de justiça era especificamente contra a nação santa porque era chamada pelo seu nome (Jr 6.30).

Como exatamente o Senhor julgaria seu povo? Parte da resposta inclui coisas como falsos profetas e fome.
Todavia, Deus responderia, principalmente, à desobediência do povo com um exército: Ele destruiria a nação.
O Senhor simbolizou essa destruição com um vaso de barro que mandou Jeremias comprar e destruir na frente da multidão com as seguintes palavras: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Deste modo quebrarei eu este povo e esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro”, (Jr 19.11).

Talvez tenha havido uma quantidade dos assim chamados profetas que correm por toda parte gritando “Paz,paz”, ma não houve paz (Jr 6.14;8.11).Em vez disso, Deus entregou seu povo àqueles em quem realmente confiavam. Ele os exilou na Babilônia final durante setenta anos. O capítulo final de Jeremias apresenta o relato histórico relatado em 2 Reis (24.18-25.21), que descreve a queda de Jerusalém, a captura do rei Ezequias, a destruição do Templo e do muro da cidade e, por fim, o exílio do povo.

Do começo ao fim das profecias de Jeremias, Deus responde de forma apaixonada a seu povo e à sua desobediência. Ele soa como um marido pesaroso. Uma vez após a outra, Deus entrelaça as imagens de idolatria e de adultério a fim de mostrar a seu povo que os tomara como sua noiva especial, que se casara com eles, que se comprometera com eles, que até pusera sua reputação em risco ao partilhar seu nome com eles, mas eles foram infiéis. Ao viver e ao adorar como fizeram, trouxeram desgraça para o nome dEle.

Deus revela-se no livro de Jeremias e em outras passagens como um Deus pessoal que é santo e que se importa.
Não podemos exigir que um Deus tão santo e amoroso não seja crítico com pessoas como nós. Ele, cem seu amor, não nos deixará como pessoas quebradas, feridas, obstinadas, frustradas consigo mesmas e caídas, como estávamos quando Ele nos encontrou.
Em Cristo, Ele nos ama de forma eficaz e nos faz melhor do que somos. Na verdade, no fim, Ele nos fará perfeitos como Cristo.



*Texto extraído do livro A Mensagem do Antigo Testamento (CPAD), Mark Dever.

Fonte: Revista Ensinador Cristão-Ano 11-n°42-pp. 14 15,16.













SUBSÍDIOS 2CORÍNTIOS-LIÇÃO 13



LIÇÃO 13

28 de março de 2010

SOLENES ADVERTÊNCIAS PASTORAIS

TEXTO ÁUREO
“Examinai-vos a vós mesmos se permane
ceis na fé; provai-vos a vós mesmos”
(2 Co 13.5a).

VERDADE PRÁTICA

Uma das responsabilidades pastorais
e disciplinar a igreja com amor, a fim
de que está desenvolva-se espiritual
mente saída.

HINOS SUGERIDOS 298, 305, 340

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Refletir a respeito da firmeza e determinação do apóstolo Paulo.
Compreender que o objetivo da disciplina na igreja é edificar moral e espiritualmente as pessoas, e não destruí-las.
Saber que o amor fraternal deve prevalecer na vida do cristão autêntico.

INTERAÇÃO

Com a graça de Deus, chegamos mais uma vez ao final de um trimestre. Quando terminamos de lecionar uma lição já alegramos, não porque concluímos uma lição, mas alegramos porque aprendemos algo novo. Imagine terminar um trimestre que alegria não será? Quantas coisas novas não aprendemos?Quantas coisas que tínhamos esquecidos e agora foram lembradas?
As necessidades, as dificuldades, as lutas e os problemas da igreja de Corinto, são também as mesmas dos nossos dias na igreja. A diferença está no tempo e na cultura.
Também podemos dizer que as soluções são as mesmas. E isso muito nos alegra, pois encontramos na igreja de corinto muitos problemas, mas também encontramos muitas soluções ministradas pelo apóstolo Paulo.
Acreditamos que não há igreja sem problemas. Também acreditamos que não há igreja cujos seus problemas não possam ser resolvidos, e isso com a graça de Deus.


INTRODUÇÃO

O apóstolo Paulo, ainda continua sua defesa, mas agora, o faz de maneira solene, chamando os irmãos coríntios à responsabilidade. Ele não os avalia, mas faz com que os coríntios avaliem a si mesmos, bem como o seu ministério entre eles.
Agora o apóstolo está mais confiante para uma terceira vista à corinto. Tendo em vista, que sua primeira vista não foi nada boa, ele agora adverte aos coríntios para se preparem para sua terceira vista, e isso ele faz de maneira pastoril.


“Ao se aproximar do fim dessa epístola, o zelo de Paulo pelos corintos parece aumentar. Ele deseja o melhor para os seus filhos na fé. Repete três vezes “receio” (11.3; 12.20,21). De que teria medo? Que seus queridos coríntios não se mantivessem fiéis a Cristo e ao puro Evangelho da salvação pela fé.” (Hoover, Reginaldo Thomas. 1 e 2 Coríntios.RJ.CPAD,1999,p.204).

O apóstolo Paulo, defendeu seu ministério vigorosamente desde o primeiro capítulo até o final desta epístola. Na defesa de seu ministério, o apóstolo ataca vigorosamente aos seus opositores fraudulentos, aqueles que tentavam desacreditar a autoridade apostólica de Paulo.
Essa defesa, não era em prol de si mesmo, mas, sobretudo em prol dos irmãos coríntios que estavam sendo enganados pelos “falsos apóstolos”, que tentavam desviar os coríntios da sã doutrina ensinada pelo apóstolo Paulo.
Daí a necessidade do apóstolo defender seus filhos na fé. Ele revela uma atitude paternal em relação aos coríntios, pois foi ele quem fundara aquela igreja.

I.PREOCUPAÇÕES PASTORAIS DE PAULO (12.19-21)

1.Defender seu apostolado em Cristo. (v.19).
Como tínhamos dito supra, Paulo não está defendendo a si mesmo, mas sim os coríntios dos falsos apóstolos que os tenta desviar da sã doutrina por ele ensinada.

É interessante observar que

“Os problemas que Paulo trata na primeira carta aos coríntios foram criados por membros da congregação local. Os problemas que ele trata na segunda carta foram criados por gente de fora, por intrusos da Palestina que pregavam um “evangelho diferente” (2Co 11.4) e que procuravam fortalecer seu controle sobre a jovem congregação com vigorosos ataques sobre a autoridade de Paulo.”(Richards,O.Lawrence.Comentário Histórico-Cultural do N.T.RJ:CPAD,2007,pp.392).

Como bem escreveu Thomas Reginald Hoover,

“O amor que Paulo sentia por Cristo e sua igreja transparece por toda essa eloqüente defesa do seu ministério. As acusações dos falsos apóstolos provocavam não somente essa autodefesa por parte de Paulo, mas também sua expressão de lealdade e devoção aos crentes coríntios. Paulo se refere aos seus sofrimentos, viagens e experiências espirituais. Expressa o seu zelo e preocupações pelas igrejas fundadas por ele. Nos capítulos 11 e 12, vemos a vida íntima do apóstolo e algo do preço pago por ele na realização do ministério que Deus lhe dera. A exceção do próprio Cristo, nenhuma outra personalidade no Novo Testamento se abre para nós com tamanha intimidade.”
(Hoover, R. Thomas. 1 e 2 Coríntios.RJ.CPAD,1999,pp.199,200).

Sua defesa, portanto, tinha por objetivo provar à igreja que Deus era o seu juiz, e sua comunhão com Cristo dava-lhe autoridade para pregar e representá-lo na terra.


2. O temor de Paulo em relação à igreja de corinto (v.20).

Paulo tinha um zelo muito grande pela igreja de Corinto. Assim com um pai cuida de seus filhos e tem especial amor por eles, assim era Paulo para com a igreja de Corinto. Isto é apresentado exatamente pelas palavras seguintes: Pois sou zeloso a vosso respeito, tendo um zelo piedoso, pois vos noivei com um só esposo para vos apresentar a Cristo como uma virgem pura; eu temo que, de alguma maneira, como a serpente com sua astúcia enganou Eva, vossas mentes possam ser desviadas da simplicidade a Cristo. Aqui Paulo não se refere ao ciúme do esposo, mas ao zelo oficial do paraninfo, ou do padrinho de casamento, o qual, entre os judeus como também entre os gregos, dispunha o noivado e tornava em ponto de honra ver que as virgens eram corretamente instruídas e preparadas para a vida no casamento, o qual, acima de tudo, zelava pelo fato que a castidade delas fosse imaculada. Por isso Paulo insinua que o atual estado de coisas em Corinto lançava dúvidas sobre sua honra, como senão tivesse bem seu trabalho, como se não tivesse sido zeloso.
Paulo, porém, expressa um profundo desapontamento e temor, a saber, que a pureza e virgindade imaculada, da qual tanto se orgulhou, podem ter sido corrompidas pela ação dos falsos mestres, que suas mentes podem ter sido desviadas da simplicidade e sinceridade para com Cristo, assim como a serpente enganou completamente Eva por meio de suas muitas artes, Gn. 3. Assim como no jardim do Éden, Satanás, o tentador da humanidade, está constantemente ativo, enganando e seduzindo à crença falsa, desespero e outra grande vergonha e vício. Paulo temeu que isto tivesse acontecido em Corinto, pois pareceu que os membros dessa congregação se houvessem mostrado muito dispostos para escutar a ensinos falsos; que suas mentes já não estavam mais dirigidas para Cristo em singeleza de coração,
mas, ao contrário, estivessem dando atenção à voz do tentador. Paulo, em resumo, quer dizer: “Mas uma coisa me preocupa e me leva a ter cuidados, sim, estou cioso e zeloso a vosso respeito (mas com zelo santo, não de raiva ou de ódio), que não vos entregue a ninguém outro; pois a nada temo tanto como o fato que o diabo vos corteja para longe de Cristo.


3. A situação da igreja de Corinto. (v.20,21).

Na primeira epístola, Paulo tinha instruído os corintos sobre muitos assuntos. E muitos problemas que havia tais como: invejas, pendências judiciais, brigas, divisões, difamações, e imoralidade sexuais, aparentemente forma resolvidos.
A igreja passou algum tempo bem espiritualmente até chegar os “falsos apóstolos”, vindo de Jerusalém para incomodar esses crentes que acabara de se reerguer dos problemas anteriores de partidarismos.
A igreja de Corinto nesse momento estava vivendo uma situação muito difícil. Pois, agora, o problema vem de fora pra dentro da igreja, isto é, os falsos obreiros não eram da igreja de Corinto, mas de Jerusalém, de onde se esperava apoio espiritual e consolo. Esses “falsos apóstolos” trouxeram para igreja de Corinto muitas dores e problemas. Não somente para igreja, mas também ao apóstolo Paulo.
Observando a situação na igreja de Corinto, nem parece que ela era uma igreja espiritual cheia de dons espirituais. Essa é a realidade também em nossos dias, muitas igrejas saturadas das manifestações carismáticas, mas cheias de problemas morais e espirituais.
Isso também nos ensina que as manifestações carismáticas, não são garantias de espiritualidade e maturidade cristã autênticas. Deve sim, haver um equilíbrio entre os dons espirituais e os ensinos da Palavra de Deus. A palavra de Deus é o elemento controlador e equilibrador de todas as manifestações na igreja.
Paulo agora estava diante duma situação difícil, disciplinar a igreja, e se achava na obrigação de fazer isso, mas com amor.


II. O PROPÓSITO DA DISCIPLINA DA IGREJA POR PAULO (12.21; 13.2-4).

1. Promover a paz e o arrependimento dos pecadores (vv.12.21; 13.2).
A disciplina é necessária na igreja local. Sem ela não há ordem nem decência no culto ao Senhor. E sua importância não fica apenas aos cultos, mas em todas as áreas da nossa vida, quer espiritual, social, ou psicológica. Precisamos receber a disciplina como algo saudável e benéfico.
A disciplina aplicada por Paulo aos coríntios, não foi uma disciplina severa, com rigor como parece ser. Pelos menos, é isso que deixa subentendido, quando ele diz: “digo aos que antes pecaram e a todos os mais que, se outra vez for não lhes perdoarei”, mas então acrescenta, “visto que buscais uma prova de Cristo que fala em mim”. A seguir, Paulo diz: “(Cristo) não é fraco para convosco; antes, é poderoso entre vós”. (13.2,3).
Paulo não usou de brutalidade, nem de autoritarismo para com os coríntios, antes os ensinou a viver e reconhecer o verdadeiro evangelho da graça.

2. Afirmar o caráter cristão de seu apostolado (13.2,3).
Paulo ao defender seu apostolado, ele na verdade, estava afirmando a sua autenticidade em Cristo. Nos capítulos 10-13 o apóstolo apresenta as respostas especificas de seu apostolado e sua verdadeira origem.
O árduo trabalho de Paulo, seus sofrimentos, sua profunda preocupação com as igrejas, e o fato de que Deus trabalhou poderosamente por meio dele, apesar de sua evidente fraqueza – são as evidências convincentes do caráter de seu apostolado.

CONCLUSÃO

“Paulo amou os coríntios ao ponto de sacrificar-se por eles. Em vez de depender do sustento deles, fabricava tendas enquanto pregava e ensinava, até receber ofertas de outras igrejas. Como é eloqüente a declaração de 2 Coríntios 12.15: “ Eu, de muita boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas”. Paulo era um autêntico seguidor de Cristo!” (Hoover, R.Thomas)

“A liderança espiritual na igreja de Jesus Cristo é papel desafiador, não somente para o líder,mas também para toda a congregação. Freqüentemente nossa visão de liderança é terrena, e tem muito mais em comum com a abordagem dos críticos de Paulo do que com a abordagem que Paulo esquematiza nesta epístola.” (Richards O.Lawrence).









Bibliografias:


-Richards O. Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2007.
-Hoover Reginaldo Thomas. Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios.RJ:CPAD,1999

ADULTIZAÇÃO INFANTIL(ENSINO DOMINICAL)





Por: Marcos Tuler

“Tudo o que será aprendido deve ser disposto segundo a idade, para que nunca se ensine nada que não possa ser compreendido”. (Comenius – Didática Magna)

“O aprendizado depende do nível de desenvolvimento do indivíduo. Ele não pode aprender o que suas estruturas cognitivas ainda não podem absorver” (Piaget).

“Quando eu era criança falava como criança, sentia como criança, discorria como criança” (1 Co 13.11).

INTRODUÇÃO

Hoje em dia, as crianças estão se comportando como se fossem “pequenos adultos”. Cada vez mais cedo, elas assumem responsabilidades, disputam posições em determinadas atividades, buscando múltiplas competências. Desprotegidas, recebem de forma direta a influência de uma sociedade que exige seres perfeitos.

Como se isso não fosse bastante, muitos pequenos sentem o peso das exigências de “gente grande” como a falta de dinheiro ou o problema do desemprego na família.

Esse seminário tem por objetivo questionar a adultização da criança nos dias atuais, discutir suas principais causas e consequências, e apontar a necessidade de mobilização de toda sociedade, especialmente a cristã, a fim de resgatarmos a infância perdida de nossas crianças. O que podemos fazer como cidadãos, pais e educadores cristãos, diante desse processo de adultização da infância? Afinal, o que é infância?

I. A INFÂNCIA CONSIDERADA HISTORICAMENTE

1. A infância na Idade Média.

Até o século XVI, as crianças eram vistas como “adultos em miniatura”; símbolo da força do mal; um ser imperfeito esmagado pelo peso do pecado original, ou simplesmente um companheiro natural do adulto.
Neste sentido, a infância era concebida apenas como um percurso para a vida adulta. Uma visão negativa, pois, nesta idéia, a criança seria um ser inacabado; sem nada específico e original, sem valor positivo.

2. A infância resgatada nos tempos modernos.

No decorrer da história da infância aconteceram diversas transformações do pensamento social em relação á família e á própria infância. A partir do século XVI começa a surgir na sociedade o sentimento e a idéia de infância. A criança, antes relegada ao último plano, passou a conquistar seu espaço social. Desde então, surgiram várias pesquisas fortalecendo o reconhecimento cultural dos pequenos.

Dentre os pesquisadores, Jean Jaques Rousseau (séc. XVIII) merece notoriedade. Em sua obra “Emílio”, na qual defendeu a criança como detentora de uma natureza própria que deve ser desenvolvida, assim asseverou: “A infância é, também a idade do possível. Pode-se projetar sobre ela a esperança de mudança, de transformação social e renovação moral”. E tal visão, perpetuou-se ao longo dos tempos ainda que de forma não linear.

3. A infância nos dias de hoje.

A idéia de infância ressurge fortemente com a sociedade capitalista, urbano-industrial, na medida em que muda a inserção e o papel social desempenhado pela criança na comunidade.
No decorrer dessas transformações e devido ao amadurecimento do pensamento social, a criança passou a conquistar seu reconhecimento na sociedade. A segunda metade do século XX é considerada o período da legitimação do direito da criança. Ela deixa de ser uma “criança-adulto”, para ser um sujeito social. Todavia, é preciso destacar que junto a essas conquistas de reconhecimento dos direitos da criança e sua valorização surgiram também determinadas condições. A mesma sociedade que legitima esse ser social usa de poder para manipulá-lo e sujeitá-lo às novas correntes de pressão social. O cenário da criança hoje, devido a diversas circunstâncias, aponta para uma infância a caminho do desaparecimento. Uma fase que após anos de construção, encontra-se em processo de extinção.

II. OS VILÕES DA INFÂNCIA

Durante muitos séculos a sociedade agiu de maneira indiferente com relação à infância. As crianças, de maneira muitas vezes sutil ou subliminar, são pressionadas a serem pequenos adultos. Imitam hábitos e costumes dos adultos e muitas vezes já nem sentem alegria pela infância, seu desejo é alcançar a maioridade.

1. As mídias, de modo geral. Em se tratando de poder, as mídias são atualmente fortes instrumentos de influência e manipulação na educação e construção desses novos seres “adultizados”. No Brasil, as músicas que as crianças cantam, não são mais tão infantis. As maquiagens, roupas e calçados copiam o adulto como se os gostos fossem os mesmos. As danças sensuais e canções com palavras obscenas já fazem parte do repertório preferido dos pequenos. Meninas usam roupas e objetos que estimulam a sexualidade precoce, assistem aos mesmos programas de televisão e falam a mesma linguagem dos adultos. Garotinhas usam salto alto e meninos de apenas cinco anos de idade já querem se vestir como adultos e já não aceitam usar roupas que possuam qualquer desenho infantil que os faça parecer crianças. Abraçar e pegar na mão do filho é considerado motivo de vergonha. Crianças trabalham e apresentam programas de televisão.

2. Videogames e filmes. Os jogos infantis também mudaram, a diversão agora são os videogames e os filmes repletos de violência. Os brinquedos já vêm prontos, tudo é industrializado, só é preciso manusear. Campeonatos infantis é atração para os pais, que cobram dos filhos ótimos resultados de placar. E quanto a alimentação não há mais distinção entre o lanche do adulto e da criança, todos devem saborear os deliciosos “hambúrgueres” em qualquer tempo. Sem falar da literatura infantil que também está mudando. Até as ruas que antigamente eram lugar de socialização, hoje refletem a falta de relacionamento e interação entre pessoas.

III. REAIS OBJETIVOS DA ADULTIZAÇÃO

Mas afinal, qual a razão de se negar às crianças a alegria das brincadeiras espontâneas? Por que lhes podar a criatividade de fabricarem seus próprios brinquedos? Qual o motivo da sociedade aplaudir tudo isso como se fosse algo natural?
1. Interesse econômico. O fato inegável é que há um interesse econômico por detrás desta realidade. Uma intenção que possui um objetivo: educar as crianças a serem consumidores em potencial. Educar para o consumo e para a submissão de idéias. Produzir consumidores mirins que satisfarão cada vez mais os desejos desse sistema que insiste em condicionar o verdadeiro sentido da infância ao status, dinheiro e mecanização. As crianças estão sendo pressionadas a crescerem depressa, quando na verdade deveriam respeitar seu processo de desenvolvimento, pois não pensam, não sentem nem aprendem como os adultos. Elas precisam de tempo para crescer e pressioná-las a viver como adultas só produzirão seres com dificuldades, inseguranças e conflitos no futuro.

IV. ADULTIZAÇÃO NO ÂMBITO DA IGREJA

1. Cantores, pregadores e mestres mirins.
Muitas crianças têm perdido a infância por conta de certos “educadores” que no intuito de realizarem nelas o que gostariam para si mesmos, podam-lhes a alegria, a imaginação, a inventividade e o divertimento. Às vezes, são pais que gostariam de ser cantores, pregadores ou professores de escola dominical, mas que por falta de vocação natural, ou até mesmo de uma chamada divina específica, projetam nos filhos, seus sonhos ou objetivos não-realizados.
Quem nunca viu um menino com menos de dez anos vestido de terno e gravata, cantando, pregando ou dirigindo um culto. E na escola dominical, quantas meninas e meninos são colocados à frente de uma turma, quando na realidade, deveriam estar aprendendo em uma classe de sua faixa-etária.

V. O QUE É SER CRIANÇA? O QUE DIZ A PEDAGOGIA ATUAL?

Na verdade, o que se fala hoje a respeito da infância não condiz com a realidade das nossas crianças, nem com o que fazemos com elas.

É preciso resgatar a verdadeira infância, na qual há um mundo de fantasia, imaginação, criatividade e brincadeiras. Aqui entra o papel do pedagogo cristão, pois como estimulador do conhecimento, poderá trazer para o espaço da escola dominical desafios e valores que conduzam seus alunos a descobrirem a verdadeira identidade da criança segundo os ensinamentos da Bíblia.

Poderá trabalhar dentro dos estágios de desenvolvimento da criança, incentivá-la na leitura da vida e não apenas da palavra, estimulando-a a ler nas “entrelinhas” e a constituir-se como um cidadão capaz de transformar sua própria realidade. Como educador evangélico poderá também questionar junto aos educandos a postura das mídias e se posicionar como um instrumento iluminador de pensamentos e idéias.

Aqui entra a intervenção dos pais, professores de escola dominical, pastores, e de toda a sociedade, que precisa romper com os muros do doutrinamento consumista. Devemos exigir dos setores sociais, inclusive da própria família, da igreja e dos setores de comunicação, uma educação que valorize mais o ser do que o ter. Uma censura a ser respeitada, digna do público infantil e até a criação de um código de defesa do telespectador ou leitor de mídias. É preciso acreditar numa educação de qualidade para todos, a qual prepare as crianças para conhecer, fazer, ser e conviver.

CONCLUSÃO

A história da criança não deve retroceder a um passado de isolamento, e sim estabelecer-se como a história de um sujeito possuidor de direitos, inclusive o direito de voz e o de não ser manipulado pelos adultos. Está-nos proposto o desafio: protegeremos a infância ou continuaremos a reproduzir os interesses de um sistema que insiste em nos dominar?

Pr. Marcos Tuler é pedagogo, escritor, conferencista e reitor da FAECAD (Faculdade de Ciência e Tecnologia da CGADB).

www.prmarcostuler.blogspot.com.br
prof.marcostuler@faecad.com.br

FONTE:http://www.ensinodominical.com.br

RAZÕES VERDES P/ AMAMENTAR (REVISTA CRESCER)

terça-feira, 23 de março de 2010






Razões verdes para amamentar

É mais econômico, não precisa de embalagem e evita o desperdício. Além de fazer bem para a mãe e o bebê, o leite materno protege também a saúde do planeta. Aqui, listamos os principais motivos ecológicos para incentivar ainda mais essa prática.


1. O leite materno já vem pronto
É um dos poucos alimentos produzidos e liberados para consumo sem nenhuma poluição. Completamente natural, é feito de acordo com as necessidades de cada bebê.

2. Não precisa de complemento
O leite materno atende a todas as necessidades de nutrientes e sais minerais da criança até os 6 meses.Isso significa que você vai economizar em fórmula infantil.

3. Economiza água
Ao dar de mamar para seu filho, você não usa água para preparar as fórmulas infantis, nem para lavar e ferver as mamadeiras.

4. Não gasta energia elétrica
A fórmula infantil, por ser um produto industrializado, consome energia elétrica ao ser confeccionada. Já o leite materno é feito pela natureza (ou seja, você!) e, como tem a temperatura ideal, dispensa aquecimento elétrico ou a gás.

5. Não precisa de embalagem
Está sempre pronto para ser ingerido. E quer coisa mais gostosa do que passar aqueles minutos olhando para o bebê que mama no seu peito?

6. Reduz a quantidade de lixo
Mamadeiras, bicos e demais acessórios são feitos de plástico, vidro, borracha e silicone, geralmente reutilizáveis, mas raramente reciclados ao final de sua vida útil. Todos esses produtos desperdiçam recursos naturais, causam poluição desnecessária na sua produção e empacotamento. Isso sem falar que depois viram lixo. Ao dar de mamar para seu filho, você evita que todos esses materiais sejam despejados na natureza.

7. O seio não precisa ser esterilizado
Ao contrário da mamadeira, a mama não precisa ser esterelizada. Isso também favorece a economia de água, gás e energia elétrica.

8. Evita o contato com o bisfenol A
Presente em alguns plásticos (como a mamadeira), o bisfenol A é considerado perigoso para a saúde. Como a substância é liberada depois de aquecida, o uso das mamadeiras seria desaconselhado – exceto os modelos sem a substância em sua composição. Ao dar de mamar, portanto, você adia o contato do seu filho com esse produto químico.

9. Não gasta combustível para ser transportado
O leite materno não precisa ser transportado, pois toda mulher já tem o seu estoque de leite, que ela leva para aonde quer que vá. O industrializado, pelo contrário, passa por uma longa cadeia de produção que contribui para a poluição do planeta: sai das fazendas, é esterilizado, ganha uma embalagem e depois é distribuído.

10. Se “sobrar”, pode ser doado
Quando o leite é mais do que suficiente para o seu bebê, você pode doar uma parte para bancos de leite humano. A retirada pode ser feita em casa, mas requer cuidados para evitar contaminação ou armazenagem incorreta. Geralmente, os bancos fazem a coleta domiciliar. Para saber se há o serviço na sua cidade, acesse http://www.redeblh.fiocruz.br.

Fontes: Márcia Regina, enfermeira-chefe do Gaam (Grupo de Aleitamento Materno) do Hospital e Maternidade São Luiz (SP); Green Baby (Editora DK) ; site da Waba (World Alliance for Breastfeeding Action) sobre a Semana Mundial de Amamentação de 1997; Lélia Cardamone Gouvêa, pediatra da Unifesp (SP); Alessandro Danesi, pediatra do Hospital Sírio-Libanês (SP).

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI124668-10473,00-RAZOES+VERDES+PARA+AMAMENTAR.html

SETOR EDUCAÇÃO CRISTÃ CPAD-LIÇÃO 13

segunda-feira, 22 de março de 2010





Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

Subsídios extras para a lição 2ª Coríntios - "Eu de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas"

1º trimestre/2010



Lição 13 - Solenes advertências pastorais


Leitura Bíblica em Classe

2 Co 12.19-21; 13.5-11

Introdução

I. Preocupações pastorais de Paulo (12.19-21)
II. O propósito da disciplina da igreja por Paulo (12.21; 13.2-4)
III. Algumas recomendações finais (vv.5-11)

Conclusão

Tema do Subsídio

COMENTÁRIO SOBRE 2 Co 13.1-4

Prezado professor, estamos encerrando o 1º trimestre de 2010. Recapitule os pontos importantes das lições ao longo do trimestre. Para o subsídio de hoje, expomos um comentário dos vv. 1-4 de 2 Coríntios onde o assunto da disciplina é tratado de forma minuciosa.

Paulo Adverte Quanto a Uma Possível Disciplina (13.1-4)

Tendo declarado seus temores pessoais sobre a esperada terceira visita, Paulo assume a postura autoritária de um apóstolo e profere uma severa advertência. Os coríntios podem estar certos de que a verdade será descoberta e revelada. Para sustentar seu ponto, o apóstolo cita uma parte de Deuteronômio 19.15: “Por boca de duas ou três testemunhas, será confirmada toda a palavra”. A que Paulo está se referindo quando menciona as “duas ou três testemunhas” é incerto. Será que teria três indivíduos em mente: a si mesmo, a Timóteo, e Tito – todos três que eram conhecidos em Corinto e que poderiam dar testemunho da verdade? Será que teria em mente a convocação de uma assembleia na presença da igreja (veja 1Co 5.3-5; cf. Mt 18.15-17)?
O mais provável, a luz do versículo 2, é que Paulo veja as testemunhas como suas advertências. Como indicado acima, havia proferido uma advertência (provavelmente através da sua primeira carta) contra “aqueles que dantes pecaram” (cf. 12.21). Lembra então aos coríntios que lhes havia dado outra advertência quando esteve com eles pela segunda vez (isto é, durante a “visita dolorosa”). Agora repete esta advertência pela terceira vez, “estando ausente”. Os coríntios estavam amplamente prevenidos; chegou a hora dos embusteiros apostólicos e seus partidários (“qualquer dos outros”) serem chamados a prestar contas. Estes impostores escarneceram da mansidão de Paulo (10.1), e, de modo incrível, os coríntios não apenas suportaram seu uso abusivo da autoridade (11.20), mas estavam impressionados por isto. Aparentemente identificaram esta exibição exterior de autoridade como prova do apostolado (como prova de que Cristo estava falando através deles). Em termos direitos, Paulo lhes diz que se estiverem procurando este tipo de evidência encontrá-la-ão em sua visita iminente, quando não poupará ninguém. Afinal, o Cristo que fala através de Paulo não é fraco, mas uma força poderosa entre eles (13.3).
Mas o falso critério que os falsos apóstolos e seus seguidores insistem afirmar como sendo o correto para o apostolado, os trai, expondo a ignorância deles a respeito daquilo que é necessário para ser um servo apostólico de Cristo. Além do mais, revela uma falha trágica em sua fé e na compreensão do próprio evangelho. Afinal, foi através da fraqueza da cruz que Deus manifestou seu poder de ressurreição, tornando-o disponível a todo aquele que se identificar com Cristo (v.4). Cristo humilhou-se voluntariamente e assumiu a fraqueza de uma existência humana a fim de obedecer a vontade de Deus, até mesmo a ponto de morrer em uma cruz (Fp 2.8). Paulo escolheu seguir o exemplo de Jesus, que, como um cordeiro levado ao sacrifício (Is 53.7) não executou qualquer tipo de retaliação contra seus opressores, mas confiou em Deus para o vindicar (53.11,12). Mesmo vivendo Cristo agora através do poder da ressurreição, Paulo, embora fraco aos olhos de outros homens, vive pelo Espírito (2 Co 3.3,6,8) para servi-lo no poder do Cristo ressuscitado.(extraído do Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. 2ª ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004).

Reflexão:

“A Igreja é “a luz do mundo”, que afasta a ignorância moral; é o “sal da terra”, que o preserva da corrupção moral. A Igreja deve ensinar aos homens como viver bem, e a maneira de se preparar para a morte. Deve proclamar o plano de Deus para regulamentar todas as esferas da vida, da sociedade, deve ela levantar a sua voz de admoestação. Em todos os pontos de perigo colocar uma luz como sinal de perigo.”

(Myer Pearlman)

O AMOR RESTAURADOR DO PAI E A VOLTA DO PRÓDIGO AO LAR

O amor restaurador do Pai e a volta do pródigo ao lar

Em Lucas 15 Jesus contou três parábolas imortais. Todas elas têm a mesma ênfase: a restauração dos que haviam se perdido. Há algumas progressões nessas parábolas: de cem ovelhas, uma se desviou; de dez moedas, uma foi perdida; de dois filhos, um abandonou a casa paterna. A ovelha se desviou por descuido; a moeda foi perdida por negligência; o filho foi embora de casa por ingratidão. Nos três casos, há um processo de busca ou espera. As parábolas terminam com o mesmo enfoque, a alegria do reencontro com os que se haviam perdido. As três parábolas, embora com nuances diferentes, têm a mesma lição central: Deus ama os pecadores, mesmo aqueles que são enjeitados pela sociedade, ou rejeitados pela religião. Deus se alegra na salvação deles e festeja a sua volta ao lar. Vamos nos deter, agora, na última parábola.

Embora essa seja mundialmente conhecida como a parábola do filho pródigo, sua lição central recai não na fuga do filho rebelde, nem mesmo no seu arrependimento e volta ao lar, mas no amor gracioso do pai. A despeito do pródigo não valorizar o conforto do lar nem a companhia do pai e do irmão; a despeito do pródigo pedir sua herança antecipada e assim, considerar o seu pai morto; a despeito do pródigo romper os laços com sua família de forma tão radical e sair para uma terra distante para viver na dissolução, esbanjando os seus bens com os prazeres do pecado; a despeito do pródigo, com profunda ingratidão, ter calcado debaixo dos seus pés o amor do pai e todos os valores morais aprendidos com ele; a despeito do pródigo ter esbanjado toda a herança com vida desregrada e colher os frutos amargos de sua maldita semeadura; a despeito do pródigo voltar para casa maltrapilho e sujo, arruinado e falido, o pai corre ao seu encontro, o abraça, o beija, o restaura e celebra a sua volta. Esse amor restaurador do pai tem algumas características:

Em primeiro lugar, é o amor que procura e espera a volta do pródigo. Não é o homem perdido que busca a reconciliação com Deus; é Deus quem o procura, quem muda seu coração e quem o recebe de volta. Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. Tudo procede de Deus. É ele quem nos escolhe, chama, justifica, glorifica e festeja a nossa volta aos seus braços.

Em segundo lugar, é o amor que perdoa e restaura o pródigo. O filho pródigo não foi recebido de volta como um escravo, mas como filho. O pai corre ao seu encontro e o abraça e o beija. O pai manda lhe colocar vestes novas, sandálias nos pés e anel no dedo. O perdão é real e a restauração é completa. Para sermos reconciliados com Deus, três atitudes divinas foram tomadas: Primeiro, Deus não imputou a nós as nossas transgressões (2Co 5.19). Segundo, Deus colocou as nossas transgressões sobre Jesus (2Co 5.21a). Terceiro, Deus imputou a justiça de Cristo a nós (2Co 5.21). Estamos não apenas de volta ao lar, mas também perdoados e justificados.

Em terceiro lugar, é o amor que celebra a volta do pródigo ao lar. Deus não só perdoa e restaura, ele também festeja a volta do filho prodigo ao lar. Há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende. Houve festa, música e alegria na casa do Pai, porque o filho que estava perdido foi encontrado, o filho que estava morto, reviveu. Deus se alegra quando os pródigos voltam para casa. Deus celebra com entusiasmo quando os pecadores se arrependem. Os anjos de Deus comemoram a chegada dos pródigos ao lar paterno. Deus tem prazer na misericórdia. Ele se deleita na salvação dos perdidos. Oh, amor bendito! Oh, graça infinita! Oh, salvação gloriosa!


Rev. Hernandes Dias Lopes

FONTE:http://ministerio.hernandesdiaslopes.com.br/news/109.htm

ENSINADOR CRISTÃO - LIÇÃO 13







LIÇÃO 13




SOLENS ADVERTÊNCIAS PASTORAIS


O apóstolo Paulo termina aqui sua Carta, fazendo suas últimas observações e dando suas recomendações para que os crentes sejam aperfeiçoados em santidade, olhem para si mesmos e aprendam a ser pessoas alegres em Deus.

A motivação dos escritos do apóstolo Paulo: Ele mostra a verdadeira intenção que tinha para com os coríntios: a santificação destes. “cuidais que ainda nos desculpamos convosco? Falamos em Cristo perante Deus , e tudo isto, ó amados, para vossa santificação”, 2Co 12.19. Há obreiros hoje, como os acusadores de Paulo em Corinto, que possuem motivações espúria em relação ao ministério e à pregação do Evangelho. Desejam dominar o rebanho, humilham os congregados, pregam um Evangelho diferente daquele descrito nas Sagradas Escrituras, não tem amor pelo rebanho e agem com violência quando lhes convêm. Isto em nada conduz as pessoas à santidade nem as aproxima de Deus.
Paulo tinha por objetivo a edificação daqueles crentes e vê-los separados para Deus, o verdadeiro sentido da santidade, era a recompensa do apóstolo.

Olhando para si mesmos. A auto-análise sempre foi necessária na vida cristã. Deus nos convida e incentiva a que olhemos para nós mesmos e utilizemos nossas consciências com o objetivo de ver onde estamos agindo de forma certa ou errada, se nossas motivações e atitudes estão coerentes com que pregamos. Por ocasião da Santa Ceia, a recomendação é que cada um examine a si mesmo, para depois participar do evento. “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos...Se não é que já estais reprovados”,2Co 13.5.

Coisas importantes na vida cristã. “Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco”, 2Co 13.11. Paulo fala que seu motivo para escrever é que a igreja seja perfeita em santidade, e manda que os crentes coríntios sejam pessoas alegres.
Santidade não está divorciada da alegria, como algumas pessoas pensam. É possível e totalmente recomendável que a alegria e a santidade andem juntas, pois isto alegra o coração de Deus. Santidade não é sinônimo de um rosto quase triste, como se a face circunspecta e aflita indicasse maior aproximação entre a pessoa e Deus. O salmo 32.11 diz: “Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, ó justo; exaltai, vós todos que sois retos de coração”, Sl32.11. Como diz a Palavra de Deus, os justos e retos de coração tem motivos de estar alegres no Senhor. Outra coisa importante é a consolação, o pensamento dentro do mesmo propósito e a convivência pacífica, para que Deus esteja conosco. Deus não aprova a divisão nem a falta de apoio de uns para com os outros em momentos de aflição.


*Extraído da Revista Ensinador Cristão, Ano 11 N° 41, CPADA, Pr. Alexandre Coelho

ENSINADOR CRISTÃO - LIÇÃO 12








LIÇÃO 12



VISÕES E REVELAÇÕES DO SENHOR


Seguindo a seqüência de lições, observamos que Paulo defende seu ministério e mostra o quanto trabalhou e sofreu em prol do Reino de Deus. Mas em meio aos seus trabalhos e lutas, Paulo partilhou de momentos que nenhum apóstolo participou, como ser arrebatado e conhecer coisas sobre os céus. É evidente que um tipo de conhecimento como esse deixaria qualquer pessoa cheia de si, e nesta lição, veremos o recurso de Deus para que o apóstolo não fosse uma pessoa soberba diante das revelações que teve da parte do Senhor.

Ele começa o verso 1, do capítulo 12 de 2 Coríntios, dizendo do que não era conveniente gloriar-se por causa dos desafios que teve de enfrentar. Suas lutas haviam sido recompensadas com uma mostra do que o aguardava quando terminasse sua carreia: o céu. Ele esteve no paraíso e viu, como o próprio texto diz, coisas que ao homem não é lícito falar. É evidente que muitas coisas que Deus mostra a alguns de seus servos não serão compreensíveis a todos os outros filhos do Reino, mas mesmo grandes revelações atraem para si grandes responsabilidades. Uma grande chamada é acompanhada de igual desafio à sua concretização. O desafio de Paulo não era guardar a excelência da revelação, mas manter-se útil diante de Deus e com humildade.

As revelações eram maravilhosas. Quem pode mensurar a parcela da Eternidade que ficou à disposição da mente de Paulo? E quem pode mensurar a possibilidade de um homem como Paulo se tornar uma pessoa arrogante por causa da grandiosidade do que tinha visto quando foi arrebatado? Nós não podemos mensurar, mas Deus pôde. E com a permissão divina, Deus utilizou-se de um expediente que manteria Paulo dentro do padrão desejado por Ele: o famoso espinho na carne.

A bíblia não especifica a espécie de “espinho na carne” ao qual Paulo foi submetido (algumas pessoas dizem que foram as marcas dos açoites e as conseqüências destes para a saúde de Paulo; outros dizem que era a aparência dele, ou o provável problema de vista, pois quando foi curado da cegueira que lhe fora acometida na estrada de Damasco, caíram de seus olhos algo como escamas). Ele não se preocupa em detalhar a natureza do espinho, mas diz a sua causa: “Para que eu não me exaltasse pelas excelências das revelações... um mensageiro de Satanás, para me esbofetear”, 2Co 12.7.
Quando alguém quer ferir uma pessoa, usa a agressão, mas, quando quer humilhar essa pessoa, dá um tapa em seu rosto.
Esse era o objetivo do espinho permitido por Deus na carne de Paulo: Não permitir que Paulo se achasse melhor que qualquer outra pessoa pelas revelações que teve. Aquela era uma prova caba de que Deus amava seu servo e que desejava usá-lo ainda mais, mas que era preciso que Paulo mantivesse com humildade o conhecimento que recebera.



*Extraído da Revista Ensinador Cristão, Ano 11 N° 41, CPADA, Pr. Alexandre Coelho

SUBSÍDIO 2CORÍNTIOS -LIÇÃO 12 (ENSINO DOMINICAL)

sábado, 20 de março de 2010





LIÇÃO 12

Visões e Revelações do Senhor


por

Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Instruir a igreja quanto às experiências espirituais, destacando que essas, além de não serem credenciais do apostolado genuino, devam ser respaldadas pela Palavra de Deus.

INTRODUÇÃO

Os falsos apóstolos de Corinto argumentavam, contra Paulo, que esse não tinha recebido visões do Senhor, uma credencial considerada relevante para eles. Na lição de hoje, o Apóstolo, devido à exigência da situação, narra, com modéstia e sutileza, as visões e revelações que teve do Senhor. Em seguida, mostra que, para que ele não se vangloriasse delas, o Senhor lhe pôs um espinho na carne. Ao final, destacaremos o caráter altruísta do ministério apostólico de Paulo.

1. VISÕES E REVELAÇÕES

Não convém a Paulo se gloriar, por isso, ele o faz constrangido, devido às exigências da situação. É nesse contexto que o Apóstolo resolve repassar as visões e revelações que recebeu do Senhor. A primeira, e certamente a mais importante delas, ocorreu na estrada de Damasco, quando Paulo se encontrou com o Senhor Jesus (II Co. 12.1; At. 22.6-11). Posteriormente, Paulo teve uma visão do homem da Macedônia que o chamou para ajudar (At. 16.9,10). O próprio evangelho que Paulo pregava, conforme ressaltou aos crentes da Galácia, lhe havia sido revelado (Gl. 1.12), bem como as revelações escatológicas provenientes de Deus (Ef. 3.3-5; I Co. 2.9,10; I Ts. 4.15). Certamente Paulo teve outras revelações do Senhor, mas resolve destacar uma para confrontar seus opositores. Narra que, há quatorze anos, um homem, referindo-se a ele mesmo, mas utilizando-se de modéstia, que havia sido arrebatado até ao terceiro céu. É digno de destaque que Paulo utiliza, aqui, o mesmo verbo grego harpazo de quando se refere ao arrebatamento da igreja (I Ts. 4.17). Talvez, por isso, o Apóstolo não tenha certeza se esse arrebatamento se deu no corpo ou fora dele. Ao ser levado para o paraíso, Paulo ouviu palavras inefáveis, as quais não são lícitas ao homem referir. Com essa restrição, o Apóstolo ressalta a natureza sacra da revelação, e, provavelmente, algo que apenas a ele dizia respeito, ou, talvez, que fosse impossível se ser descrito em palavras (II Co. 3,4). Fato é que ele não quer parecer presunçoso em relação às suas visões e revelações, pois não pretende se vangloriar delas. Ao invés de se gloriar das visões e revelações, Paulo prefere se gloriar das suas fraquezas, isto é, em ser um tesouro em vaso de barro (II Co. 4.7; 11.30; 12.5,6).

2. O ESPINHO NA CARNE

Para que ele não se ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-lhe posto um espinho na carne. Paulo expõe aos seus adversários suas limitações, destacando que, para que ele não viesse a se gloriar das visões e revelações que recebeu, veio-lhe um mensageiro de Satanás, para esbofeteá-lo, a fim de que ele não se exaltasse. Muitas são as controvérsias a respeito do que seria o espinho na carne de Paulo, mas todas as afirmações não passam de especulações teológicas. É mais provável, ainda que não seja passível de comprovação bíblica, que o Apóstolo teria algum problema físico nos olhos (II Co. 12.7; Gl. 4.15). Paulo pediu três vezes ao Senhor para que afastasse esse espinho, mas a resposta foi negativa, ainda que encorajadora: a minha graça de basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. Os falsos apóstolos, e os superpastores contemporâneos, vestem uma carapuça de indestrutibilidade. Investem tão maciçamente na aparência que ocultam suas fragilidades. Há pastores que criticam o rebanho por exigir demais deles, mas não percebem que são eles mesmos os culpados, pois criam uma áurea que fazem com que as pessoas acreditem que são perfeitos. Diferentemente desses, Paulo consegue conviver com suas fragilidades, sabe lidar com elas, já que o Senhor lhe revelou que é através delas que o Seu poder se aperfeiçoa. Somente aqueles que foram feridos são capazes de entender as dores do outro. Apenas aqueles que reconhecem suas fragilidades poderão ser fortalecidos pelo Senhor. Diante dessa verdade espiritual, o Apóstolo dos Gentios prefere antes se gloriar nas fraquezas, para que, sobre ele, repouse o poder de Cristo (II Co. 12.8-10).

3. ALTRUÍSMO MINISTERIAL

O ato de gloriar-se, por causa das exigências da igreja de Corinto, é reconhecido, pelo próprio Paulo, como uma insensatez. Os crentes daquela cidade o constrangeram a fazer tal coisa. Ele preferia que os irmãos tivessem sensibilidade espiritual suficientes para ver as credenciais do Apóstolo (II Co. 12.11). Os coríntios tiveram ampla oportunidade de testemunharem as credenciais apostólicas de Paulo. Se eles tivessem comparado suas credenciais com as dos seus opositores, notariam que em nada ele seria inferior (II Co. 12,13). Paulo pretende, mais uma vez, ir a Corinto, para rever os irmãos, e adianta: “não vos serei pesado, pois não vou atrás de vossos bens, mas procuro a vós outros”. Como pai espiritual daquela igreja, deveria ser Paulo, e não os coríntios, que deveria prover o sustento (II Co. 12.14). De modo que, agindo como pai, se dispõe, de boa vontade, a se gastar, e não só isso, a se deixar gastar em prol das almas dos crentes. O verbo “gastar”, tanto em português como em grego, dá idéia de dispensar dinheiro. Paulo o utiliza tanto na voz ativa quando na passiva. Ele estava disposto a sacrificar sua vida em prol da salvação dos crentes. Paradoxalmente, há obreiros que não mais se gastam pelas ovelhas, tomados pelo comodismo, evitam o contato com problemas. Eles se colocam como as primeiras pessoas depois delas mesmas. Ao invés de irem atrás de suas ovelhas, esperam, comodamente, que elas cheguem até eles (II Co. 12.15). Paulo, diferentemente desses, se gasta, e, a todo custo, evita ser pesado aos irmãos da igreja. Ele justifica que a ninguém explorou, antes agiu em amor, com altruísmo e integridade (II Co. 12.16-18). A proposta central do seu ministério não é a exaltação própria, a posição eclesiástica, investir em contatos que lhe abram caminhos para auferir lucros ou poder, mas a edificação da igreja (II Co. 12.19). Na terceira visita que pretende fazer àquela igreja, espera não encontra-los na mesma condição na qual se encontram: com contendas, invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumultos.

CONCLUSÃO

O líder verdadeiramente espiritual não ostenta glória própria. A motivação central do seu ministério é a salvação das almas. Suas atitudes são respaldadas, prioritariamente, pelo amor cristão. A fim de que tenha bom êxito nessa empreitada, ele sacrifica seus interesses e evita se tornar um fardo para os crentes. E, ao invés de se gloriar em visões e revelações, algumas delas biblicamente questionáveis, não tem receio de gastar-se por amor aos crentes, sendo esta sua principal credencial. Ele não é um superobreiro, mas alguém normal, e como qualquer cristão, tem seu “espinho na carne”. E estes, na verdade, servem para que a graça de Deus superabunde, para que o Seu poder se aperfeiçoe na fraqueza.



BIBLIOGRAFIA
HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.

Fonte: http://www.subsidioebd.blogspot.com

LIÇÕES DO VÉU RASGADO

quinta-feira, 18 de março de 2010


LIÇÕES DO VÉU RASGADO


Mt 27:50,51 "E Jesus clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras."

1º.) Para entendermos a história dos véus que estavam no Tabernáculo, e depois no Templo, temos que entender porque Deus pediu que
s
e construísse.

2º.) Não devemos esquecer qual era o significado dos véus e porque existiam. Por que Deus ordenou que fossem postos em sua Casa? - A resposta é simples: Separação. O Véu dizia que existiam obstáculos ao homem para se chegar a Deus.

3º.) Mas Jesus deu o brado de vitória na Cruz, "Está Consumado!" e, ao entregar seu espírito ao Pai, então a terra começa a tremer, as rochas se partem... E, o VÉU DO TEMPLO SE RASGA EM DUAS PARTES, DE ALTO A BAIXO.

4º.) E, esta é a Mensagem que vos prego nesta rica oportunidade: LIÇÕES DO VÉU RASGADO (Mt 27:50,51)

1. A LIÇÃO DO CAMINHO INAUGURADO

a. Aquele véu por muitos séculos pregava uma só mensagem: "Todos pecaram e separados estão da Glória de Deus" (Rm 3:23) "Os vossos pecados fazem separação entre vós e o vosso Deus" (Is 59:2).

b. Desde que o homem pecou, Deus se dispôs a preparar outra vez o caminho de volta para o homem.

c. Jesus na Cruz abriu o caminho com seu Sangue. O escritor aos Hebreus compara o véu rasgado com a carne do Senhor (rasgada na Cruz), Hb 10:20.

d. Caminho Construído, chega o momento da inauguração (Ilustração: A fita de inauguração).

e. Que maravilha! O Caminho está pronto!

Hoje você pode ter acesso a Deus - Jo 14:6

Hoje você pode ser salvo - Jo 10:9

Hoje você pode ir até a Sala do trono - Hb 4:14

Hoje você pode ser perdoado e justificado - Rm 5:1,2

Hoje você pode chegar ao coração do Pai - Ef 2:18

Hoje você pode tomar posse das bênçãos - Ap 3:8

Hoje você pode entrar no Santo dos Santos - Hb 10:19,20

2. A LIÇÃO DA SALVAÇÃO QUE VEM DO ALTO

a. Consideremos como era este Véu: Ex 26:31-33. "Depois, farás um véu de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho torcido; com querubins de obra prima se fará. E o porás sobre quatro colunas de madeira de cetim cobertas de ouro, sobre quatro bases de prata; seus colchetes serão de ouro. Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e meterás a arca do Testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o lugar santo e o lugar santíssimo."

b. Alguns fatos que são relevantes sobre o Véu sendo rasgado no momento que Jesus morreu:

1º.) Deus estava dizendo para o véu: "Aqui termina a tua missão e o teu ofício de séculos." Ao ser rasgado, ficou ali suspenso, porém a visão de todos podia penetrar através dele e além dele. Algo maravilhoso acontecera: A separação entre Deus e o homem já não mais existia! O véu desmantelou-se no seu próprio lugar, diante do Santo dos Santos - como quem se demitia de seu ofício.

2º.) O véu não rasgou-se por processo natural de apodrecimento do tecido, notemos que se partiu ao meio em duas partes de forma divinamente uniforme. E, que o véu sendo rasgado, não caiu em pedaços.

3º.) O véu não sofreu nenhuma intervenção humana ou animal. O véu tinha em torno de 18 metros de altura. O historiador judeu Flávio Josefo nos informa que este véu tinha 12 cm de grossura - e que dois cavalos puxando o véu (um de cada lado), não conseguiriam rasgá-lo.

4º.) O véu foi rasgado de alto a baixo - Mt 27:51. A Bíblia não diz que foi rasgado de baixo para cima.

c. QUE LIÇÕES ESTA VERDADE NOS DÁ?

1ª.) Que a Salvação vem do Alto - Salmo 3:8 - Ml 4:2 - Lc 1:78 - Tg 1:17 - Pv 18:10 - Sl 91:1 - Cl 3:1,2

2a.) Que a Salvação do Alto é o próprio Jesus - Lc 2:8-11 - Jo 1:14 - Fp 2:5-11 - 2 Co 8:9

3. A LIÇÃO DA COMUNHÃO RESTAURADA

a. Lv 21:23 "Porém até ao Véu não entrará..."

b. O pecado trouxe separação. Jesus veio restituir a Comunhão. Todas as vezes que olhava para o véu, imediatamente lembravam: "Porque pecamos, estamos separados de Deus" (Rm 3:23; Is 59:2)

c.Quando o véu se rasgou, Deus proclamou a nós:

1ª.) Que Jesus é o Mediador entre Deus e o homem - 1 Tm 2:5

2ª.) Que Jesus nos reconciliou com Deus - Cl 1:20

3ª.) Que a Comunhão foi restaurada pelo Sangue derramado - Ef 2:13

4. A LIÇÃO DA POSSE DAS BENÇÃOS

a. Quando o véu se rasgou, se abriu a porta do Céu com suas bênçãos.

b. A Bíblia fala de aproximadamente 9 mil qualidades de bênçãos e são todas para nós.

c. Agora atente para isto, a Bíblia nos diz que todas as bênçãos nos são dadas através de Jesus, e que não há benção fora dEle - Jo 1:16; Ef 1:3; Rm 8:32; Fp 4:19

d. - A Benção da Salvação é por Jesus - Lc 19:10

A Benção da libertação é por Jesus - Jo 8:32

A Benção da Vida abundante é por Jesus - Jo 10:10

A Benção da Reconciliação é por Jesus - Jo 14:6

A Benção da purificação é por Jesus - Ap 1:5

A Benção da Luz da Vida é por Jesus - Jo 8:12

A Benção da Completa Redenção é por Jesus - Ef 1:7

A Benção do refrigério e do descanso é por Jesus - Mt 11:28

A Benção da perfeita paz é só por Jesus - Jo 14:27

A Benção da vitória é só por Jesus - 1 Co 15:57

A Benção da proteção e segurança é só por Jesus - Jo 10:28

A Benção do Batismo no Espírito Santo é só por Jesus - Mt 3:11

A Benção da Cura Divina - Is 53:4; At 9:32

A Benção do fortalecimento espiritual é só por Jesus - 2 Tm 2:1; Fp 4:13

A Benção da solução de problemas é só por Jesus - Lc 1:37

e. Repito: O Véu rasgado nos diz que as bênçãos são tuas através de Jesus. Creia nisto!

Esta mensagem foi pregada no púlpito da Assembléia de Deus em Plant City, Florida - USA


Pastor Marcos Antonio

FONTE:http://www.familiaegraca.com.br/familiaegraca/artigos_detalhe.asp?cod=889&sessao=24


O FEIXE DOS QUE VIVEM COM O SENHOR

O FEIXE DOS QUE VIVEM COM O SENHOR


"Se algum homem se levantar para te perseguir e buscar a tua vida, então a tua vida será atada
no feixe dos que vivem com o Senhor teu Deus..." (1 Sm 25:29)



1. O Texto bíblico nos revela a possibilidade de sermos atacados

"Se algum homem se levantar para te perseguir e buscar a tua vida..."

a. O inimigo busca nos atacar de três maneiras: roubando, matando e destruindo - Jo 10:10

b. Ele nos ataca diuturnamente (não descansa, não dá tréguas) - Sl 56

c. Ele nos ataca com dardos inflamados (portanto, nos urge termos o escudo da Fé) - Ef 6:16


2. Por mais que sejamos atacados, existe um lugar onde estamos salvos - O FEIXE DOS QUE VIVEM COM O SENHOR

a. Neste feixe há plena proteção - Jo 10:28

b. Neste feixe há Salvação - Is 59:1

c. Neste feixe há segurança e refrigério - Sl 91:1


3. A notícia mais linda: Este FEIXE está na Mão do Senhor

Privilégios de estar neste feixe dos que vivem com o Senhor:

a. Primeiro - Isto diz que pertencemos a Ele - Tt 2:14; Sl 100:3

b. Segundo - Isto revela total abrigo e proteção - Cl 3:1-3

c. Terceiro - Isto revela o amor e o cuidado de Deus para conosco - 1 Pe 5:7

Conclusão:
Jamais saia de Sua Potente Mão. Jamais se afaste do feixe (Sl 133). Assim sendo, que por maior que seja os ataques do inimigo, você estará atado neste FEIXE DOS QUE VIVEM COM O SENHOR.

Sermão pregado na
Assembly of God em Plant City, Florida, USA
Julho de 2009

Pastor Marcos Antonio
FONTE:http://www.familiaegraca.com.br/familiaegraca/artigos_detalhe.asp?cod=1075&sessao=24

SETOR EDUCAÇÃO CRISTÃ CPAD-LIÇÃO 12

quarta-feira, 17 de março de 2010



Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

Subsídios extras para a lição 2ª Coríntios - "Eu de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas"

1º trimestre/2010



Lição 12 - Visões e Revelações do Senhor


Leitura Bíblica em Classe

2 Co 12.1-4,7-10,12

Introdução

I. A glória passageira de sua biografia (vv.11-33)

II. A glória das revelações e visões espirituais (12.1-4)

III. A glória dos sofrimentos por causa de Cristo (12.7-10)


Conclusão

Tema do Subsídio

Perspectivas bíblicas e teológicas para o problema do sofrimento

A Bíblia Sagrada, Palavra de Deus, declara que o sofrimento humano é consequência da queda de Adão. A representação humana, por Adão, no jardim do Éden, trouxe a condenação a todos os homens. Esse ato não surgiu da volição de Deus, mas da vontade humana.
Na Escritura Sacra a questão não é “Se Deus é Justo?”, mas “como podemos (nós os humanos) justificarmos?” A queda foi resultado da rebelião de Adão. O pecado fez o homem cair, denotando as catástrofes de natureza cosmológica (Rm 8.20,22). Logo a natureza do sofrimento humano precisa ser vista sobre o ponto de vista bíblico antropológico, ou seja, as consequências das ações do homem.

O servo sofredor e a expiação de Cristo

O Evangelho de Cristo é integral, tanto corresponde a esfera material (corpo) quanto a esfera imaterial (alma/espírito). Em Isaías 53, é estabelecido o sofrimento do Servo Sofredor como pressuposto para a cura divina na expiação. O evangelista Mateus afirma exatamente o caráter curador físico da expiação. Isso é totalmente relevante porque os ensinos bíblicos da salvação e a natureza humana acham-se interligados, já que o ser humano não é uma associação desorganizada de corpo, alma e espírito. O ser humano é uma unidade e a salvação se aplica a todas as facetas da existência humana. “O Evangelho inteiro para a pessoa inteira” é um tema genuinamente bíblico que precisa ser reiterado a cada dia.

Reflexão:

“Se a raça humana foi criada por Deus para desfrutar integralmente de tudo, e esta era mesmo a sua intenção é razoável deduzir pelas evidências bíblicas que a cura (pelo menos num sentido limitado) faz parte da obra salvífica de Deus em Cristo.”

HORTON, Stanley M., Ed. Teologia Sistemática, uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, 1996, p. 512.

Problemas Doutrinários sobre o sofrimento e o caráter limitado da restauração humana

A concepção triunfalista da extinção do sofrimento não é amparada pelos pressupostos bíblicos. O desejo de Deus é abençoar a sua criação e jamais amaldiçoá-la (Gn 12.3; Tg 1.17), porém, isso não significa que no tempo presente estamos livres de todo e qualquer tipo de sofrimento.
A conhecida fórmula da fé, baseada nas confissões humanas, tem sido o maior empecilho para compreender e viver de fato as benesses do Evangelho genuíno. Há vários problemas relacionados a esse movimento da fórmula da fé. Para eles é vergonhoso o crente está enfermo, porque há promessa da libertação total do sofrimento físico, riquezas e glórias são o que esperam os crentes. A confissão positiva mascara a realidade óbvia da vida, ou seja, o estabelecimento de um novo pensamento que nega a realidade do mundo físico é uma fuga da realidade.
Todos esses pressupostos são contraditórios aos ensinos das Escrituras. O apóstolo Paulo se refere aos sofrimentos da vida (físicos) que serão completamente removidos na redenção futura desse corpo físico, quando então os crentes a semelhança do Cristo ressuscitado terão seus corpos transformados. Em Romanos 8.18-27 fica explícita a condição presente da vida humana, totalmente envolvida em aflição e gemidos, denotando o caráter limitado da restauração humana no tempo presente, ou seja, a completa restauração do homem ainda estar por vir (Rm 8.18; 1 Co 15.42-47,50-55; 1 Jo 3.2).

Reflexão:

“O erro da teologia da fé é atribuir à cura divina [ou ausência de sofrimento] poderes que somente irão se manifestar nos fins dos tempos” (HORTON, Stanley M., Ed. Teologia Sistemática, uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, 1996, p. 527).

Paulo e o sofrimento

“Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.19b,20).

Para os cristãos judeus a autoridade apostólica era sinônimo de transportações de experiências espirituais portentosas. Paulo, porém, afirma que estas experiências não são evidência de autoridade apostólica e nem são de proveito para a congregação. Evidentemente, Paulo não nega o valor do dom de revelação dado pelo Espírito Santo (1Co 14.6,26,30), mas ele está lhe dando com os argumentos dos falsos apóstolos e em relação ao apostolado ele afirma que não está abaixo de ninguém, porque a experiência dada pelo Espírito Santo foi tão portentosa que para ele não se envaidecer, como os falsos apóstolos, foi-lhe dado um espinho na carne. A humildade de Paulo é tão clara, que ele narra o acontecimento na terceira pessoa, sendo honesto com a natureza da experiência, ou seja, ele não sabia se a visão fora dada dentro ou fora do corpo, “Deus o sabe” (v.3).
Fraqueza, limitações e sofrimentos eram características presentes na vida de Paulo. Não há certeza o que era o espinho na carne de Paulo, mas o Eterno por vontade soberana decretou a Graça consoladora em sua vida dando refrigério e paz. A expiação de Cristo propicia cura mediante a vontade soberana de Deus, “Paulo, no entanto, não foi curado. Alguns sustentam que Deus responderá a qualquer oração basta que acreditemos. Paulo não carecia de fé, mas não foi curado. Esta e outras passagens do Novo Testamento, como Filipenses 2.25-27, nos lembram que os cristãos podem sofrer em decorrência de uma saúde precária, além de outras dificuldades, sem que isso represente pecado ou falta de fé. Ao permitir os sofrimentos de Paulo, Deus tinha um propósito para sua vida [não se ensoberbecer]. Como é bom estarmos confiantes em duas situações: Quando sofremos, Deus tem em mente uma boa razão. Quando estamos fracos, podemos aguardar até que Deus nos mostre seu poder em, e através de nós”.

RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia, uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro, CPAD, p. 784

Prezado professor, nesta lição enfatize ao seu aluno a importância de reconhecermos que mesmo em meio ao sofrimento podemos ser aprovados por Deus e desfrutar das maiores e mais sublimes experiências espirituais.

Reflexão:

“A garantia de Cristo de que sua graça é suficiente e seu poder se aperfeiçoa na fraqueza nos motiva hoje. Em vez de tentar controlar nosso próprio destino, temos de nos submeter à vontade de Deus. Sempre que nos sentirmos impotentes, [quer física, relacional, financeira ou estruturalmente], podemos dizer: ‘Não se faça a minha vontade, mas a tua’ (Lc 22.42). Então, a medida que obedecemos o Senhor ativamente, poderemos reivindicar sua suficiente graça e experimentar seu poder, que ‘se aperfeiçoa na fraqueza’”.

HORTON, Stanley M. I & II Coríntios, os problemas da Igreja e suas soluções. Rio de Janeiro, CPAD, p. 248

Referência Bibliográfica

HORTON, Stanley M., Ed. Teologia Sistemática, Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, 1996.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor Bíblico, uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro, CPAD, 2005.
HORTON, Stanley M. I & II Coríntios, os problemas da Igreja e sua soluções. Rio de Janeiro, CPAD, 2003.

SETOR EDUCAÇÃO CRISTÃ CPAD-LIÇÃO 11

quinta-feira, 11 de março de 2010



Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

Subsídios extras para a lição 2ª Coríntios - "Eu de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas"

1º trimestre/2010



Lição 11 - Características de um autêntico líder




Leitura Bíblica em Classe

2 Co 10.12-16; 11.2,3,5,6

Introdução

I. Os Desafios do apostolado paulino (10.9-18)

II. As marcas de um verdadeiro líder

III. Paulo, um líder segundo a vontade de Deus


Conclusão

Tema do Subsídio

Exemplos de caráter nas esferas pessoal e ministerial de um líder cristão

Exemplo é aquilo que deve ser imitado ou copiado. É uma ação visível que estabelece paradigmas. Em relação à obra de Deus, há paradigmas que precisam ser estabelecidos a partir de exemplos que falam por si mesmo. Na lição deste domingo, enfatize os exemplos que se esperam de líderes nas seguintes esferas: Pessoal e Ministerial.

Exemplo pessoal

Hoje o tema caráter tem sido enfatizado de maneira negativa. A mídia divulga centenas de péssimos exemplos, criando a falsa sensação de que não existe mais caráter ilibado. No senso comum, o caráter expressa a integridade pessoal, a firmeza de atitudes, as qualidades, o modo de ser e outros adjetivos. Entretanto, esse mesmo senso comum preocupa-se com a sensação da ausência de caráter dos líderes políticos, empresariais, profissionais e religiosos. A falha no caráter de desses líderes, divulgados abertamente pela mídia, tem sido motivo de grande ceticismo sobre todos os que exercem o papel de liderança.
O apóstolo Paulo sabia que suas ações poderiam influenciar tanto no aspecto positivo quanto no aspecto negativo. O apóstolo dos gentios tinha a ciência que qualquer falha de caráter poria em cheque o seu apostolado. Uma das tentações no exercício da liderança é a Soberba. Contra ela Paulo afirma que “estão sem entendimento” (v. 12) os que louvam a si mesmo, medem a si mesmo e se comparam a si mesmo. O exemplo paulino denota que o conhecimento e a eloquência longe da obediência de Cristo (2 Co 10.5) corrompe o caráter , este uma vez corrompido, nunca mais será recuperado. Na perspectiva cristã o bom caráter chega a ser mais importante que bens materiais (Pv 22.1 ) e a ordenança de Cristo é que onde estivermos, sejamos autênticos servos de Deus para gozarmos de suas bênçãos (Mt 25.23). O exemplo pessoal de quem está exercendo a liderança, manifestará a sua integridade ou denunciará a sua corruptibilidade.

Reflexão:

“O caráter nunca é comprovado por uma declaração escrita ou oral de convicções. É demonstrado pelo modo como vivemos, pelo comportamento, pelas escolhas e decisões. Caráter é a virtude vivida” (Manual do Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. Rio de Janeiro, CPAD, p. 115.)

EXEMPLO MINISTERIAL

Os termos Ministro ou Ministério empregados no contexto original do AT e NT, deixam patentes que estes envolvem mais funções de serviços, que privilégios. No AT a palavra mais comum para Ministro é mesharet, a expressão pode indicar aquele que assiste uma pessoa de alta posição. Os exemplos de relação ministerial no serviço do AT podem ser encontrados em: Josué e Moisés (Êx 24.13), Elias e Eliseu (1Rs 19.21), os oficiais reais (1Rs 10.5; 2Cr 22.8), os anjos de Deus (Sl 104.4) e a ministração dos sacerdotes no Templo (Dt 10.8; Ed 8.17; Is 61.6;).
No NT há três palavras referentes aos termos analisados, Leitourgos, se refere ao emprego público, ou seja, o cidadão que presta serviço para o Estado; Hyperetes, é um termo grego composto que significa trabalhador de navio de transportação de escravo; E diakonos, é usado para aqueles que servem as mesas. É o termo diakonos que aparece no NT na ênfase de submissão do serviço cristão (Mt 20.26; Mc 10.43). Os apóstolos são chamados de Ministros de Deus (2Co 6.4), de Cristo (Cl 1.7) do Evangelho (Ef 3.6,7) e da Igreja (Cl 1. 24,25). É neste contexto que o apóstolo Paulo dá o seu exemplo ministerial. O apóstolo que fundou várias igrejas, discipulou pessoas, formou líderes e era respeitado pelos demais apóstolos da igreja de Jerusalém. Esse exemplo denota que o verdadeiro líder ministerial é o que serve a igreja, que respeita os seus liderados e que entende a sua missão como um verdadeiro despenseiro de Cristo. O amor, o zelo e o cuidado são características que denota o verdadeiro líder cristão. Definitivamente o exemplo paulino de ministério afirma que o verdadeiro líder não tem privilégios, mas tem privilegiados.

Prezado professor, procure enfatizar a importância de todo o corpo de Cristo (líderes e liderados) cultivar uma vida piedosa com frutos manifestos no seu caráter, onde sua pessoalidade seja integralmente exposta em seu ministério. Ensine que somos chamados por Deus para sermos exemplo de vida pessoal e ministerial.

Extraído de:
Manual do Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. Rio de Janeiro, CPAD.

Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD

MARIDOS, AMAI VOSSA MULHER

quarta-feira, 10 de março de 2010


POR HERNANDES DIAS LOPES

Se a palavra que caracteriza o dever da esposa é submissão, a palavra que caracteriza o papel do marido é amor. O marido nunca deve usar sua liderança para esmagar ou neutralizar a esposa. A ênfase bíblica não está na autoridade do marido, mas no seu amor por ela (Ef 5:25,28,33). O que significa submissão? É entregar-se a alguém; o que significa amar? É entregar-se por alguém. Assim, submissão e amor são dois aspectos da mesmíssima coisa.

Os cinco verbos que definem a ação do marido
O apóstolo Paulo, escrevendo em Efésios 5:24-33, usa vários verbos para descrever a ação do marido em relação à sua mulher. Em primeiro lugar, ele usa o verboamar. O marido deve amar a esposa como Cristo amou a Igreja. O amor de Cristo pela igreja foi proposital, sacrificial, santificador, altruísta, abnegado e perseverante. Em segundo lugar, Paulo usa o verbo entregar-se. O marido deve amar sua mulher com um amor não egoísta, ou seja, um amor devotado. Em terceiro lugar, Paulo usa o verbo santificar. O amor visa o bem da pessoa amada. A mulher que é amada pelo marido é protegida de muitas tentações e sua vida é santificada. Em quarto lugar, Paulo usa o verbo purificar. O amor busca a perfeição da pessoa amada. Finalmente, Paulo usa o verbo apresentar. O amor visa a felicidade plena da pessoa amada e com a pessoa amada.

O marido deve cuidar da vida espiritual da esposa
O marido é o responsável pela vida espiritual da esposa e dos filhos. Ele é o sacerdote do lar. O marido precisa buscar a santificação da esposa. Deve ser a pessoa que mais exerça influência espiritual sobre ela. Ele deve ser uma bênção na vida dela (Pv 31:11,12,23,28,29).

O marido deve cuidar da vida emocional da esposa
O marido fere a si mesmo, ferindo a esposa. Ele cuida de si mesmo, cuidando da esposa. Mas, como o marido deve cuidar da esposa?
Em primeiro lugar, ele não deve abusar dela. Um homem pode abusar do seu corpo, comendo ou bebendo em excesso. Um homem que faz isso é néscio, porque ao maltratar o seu corpo, ele mesmo vai sofrer. De igual modo, o marido que maltrata a esposa é néscio. Ele machuca a si mesmo ao ferir a esposa. Um marido abusa da esposa ao ser rude com ela; não dando tempo, atenção e carinho a ela; usando palavras e gestos grosseiros com ela; ou sendo infiel a ela.
Em segundo lugar, ele não deve descuidar dela. Um homem pode descuidar do seu corpo. E se o faz é néscio e vai sofrer por isso. Se você tiver com a gargantainflamada não pode cantar nem mesmo falar direito. Todo o seu trabalho será prejudicado. Você tem idéias e mensagem, mas não pode transmiti-las. Quando o marido descuida da esposa, ele se priva dos mais excelentes privilégios. O marido descuida da esposa quando substitui trabalho por relacionamento; quando passa todo o tempo disponível em frente da televisão, do computador ou com os amigos. Há viúvas de maridos vivos. Há maridos que querem vivera vida de solteiros. O lar para eles é apenas um albergue.

O marido deve cuidar da vida física da esposa
O marido deve zelar da vida física da esposa (a alimenta e dela cuida). Como o homem sustenta o corpo? a) A dieta – Um homem deve pensar em sua dieta. Deve tomar suficientes alimentos e tomá-los regularmente. Assim também o marido deveria estar pensando no que ajudará sua esposa; b) Prazer e deleite – Quando ingerimos nossos alimentos não só pensamos em termos de calorias ou proteínas. Não somos puramente científicos. Pensamos também naquilo que nos dá prazer. Desta maneira o marido deve tratar a esposa. Ele deve estar pensando no que a agrada. O marido deve ser criativo no sentido de sempre alegrar e agradar a esposa; c) Exercício – A analogia do corpo exige mais este ponto. O exercício é fundamental para o corpo. O exercício é igualmente essencial para o casamento. É o diálogo. É a quebra da rotina desgastante.
A comunicação no casamento é vital; d) Carícias – A palavra cuidar só aparece em Efésios 5:29 e em 1 Tessalonicenses 2:7. A palavra significa acariciar. O marido precisa ser sensível às necessidades emocionais e sexuais da esposa. O marido precisa aprender a ser romântico, cavalheiro, gentil e cheio de ternura com sua esposa. Numa época como a nossa de falência da virtude, enfraquecimento da família e explosão de divórcio, precisamos nos voltar para os preceitos da Palavra de Deus para termos uma vida santa e feliz.

FONTE: http://ministerio.hernandesdiaslopes.com.br/news/108.htm
Rev. Hernandes Dias Lopes

ENSINADOR CRISTÃO LIÇÃO 11

domingo, 7 de março de 2010








LIÇÃO 11




CARACTERÍSTICAS DE UM AUTÊNTICO LÍDER


Não há que se falar em igreja sem liderança. Deus dispõe ao rebanho as pessoas que Ele deseja que exerçam a liderança em Seu nome, em prol do seu Reino. Paulo é apresentado como um líder que se destacou na história bíblica, por seu empenho em relação à missões e ao cuidado para com o rebanho de Deus.
Ele se preocupava com o estado do rebanho e pela unidade dele.
Paulo liderou e influenciou por meio do exemplo, de forma planejada, fazendo com que todo o grupo trabalhassem em torno de um propósito específico e atingisse um objetivo comum: viver para agradar a Deus. Um homem ou uma mulher conseguem ser líderes quando conseguem igualmente lidar com pessoas totalmente diferentes e conduzi-las a que trabalhem juntas em prol do Reino de Deus.

Paulo não se gloriava em trabalho que não tinha feito. De acordo com 2 Coríntios 10.15, percebemos que os falsos líderes gostavam de atrair a atenção para si mesmos, gloriando-se em coisas que não faziam. Aqueles homens não haviam evangelizado aquela cidade, não doutrinaram aquele igreja nem deram de sim mesmos para edificar a congregação. Não é muito difícil ser “obreiro” assim. Basta mentir, ser arrogante, crer que o que é exclusivamente de Deus é propriedade sua e debochar daqueles que realmente levam a obra de Deus a sério. Aqueles homens tratavam da obra iniciada por Paulo como se deles fosse, exercendo uma autoridade sobre a igreja que era incompatível tanto com o histórico quanto com a vocação - duas coisas que eles não tinham. Paulo deixa claro que ele não participava desta política, pois prezava por pregar em lugares onde ninguém antes tinha ido e dizia aquilo que tinha feito, para que não se gloriasse naquilo que já tinha sido feito antes, como faziam seus acusadores: “não nos gloriando fora de medida nos trabalhos alheios; antes, tendo esperança de que, crescendo a vossa fé, seremos abundantemente engrandecidos entre vós, conforme a nossa regra”. Paulo via a grandeza de seu ministério com integridade, ciente de que falava e escrevia a Verdade. Liderança se faz com integridade, não com mentiras.

Paulo não pregava onde já haviam pregado. Um dos diferenciais do ministério apostólico de Paulo é o fato que de ele não pregava onde o evangelho já havia chegado. Ele era um desbravador, não um aproveitador. Ele “abria picadas”, enquanto muitos de seus acusadores apenas “seguiam a trilha”.
É menos dispendioso abrir uma congregação onde já existem outros trabalhos, e sempre mais difícil implantar novos campos de pregação. Este tipo de liderança demanda uma grande visão estratégica e espiritual, e poucos obreiros estão dispostos a seguir esse modelo desbravador. Infelizmente, não são poucos os obreiros que preferem aproveitar “estruturas” alicerçadas, das quais não participaram na feitura.



*Extraído da Revista Ensinador Cristão, Ano 11 N° 41, CPADA, Pr. Alexandre Coelho