O MINISTÉRIO PROFÉTICO NA BÍBLIA - LIÇÃO 5

sexta-feira, 30 de julho de 2010

 

A AUTENTICIDADE DA PROFECIA

Temos muitas provas incontestáveis da autenticidade da Profecia Bíblica, sua origem, inspiração e veracidade.

O cumprimento das inúmeras profecias a respeito de Reis, Reinos e Nações, das grandes cidades antigas e seus povos, são fatos conhecidos por todos, quer seja leigo ou letrado, religioso ou não, todos sabem direta ou indiretamente.

Para melhor entendermos a autenticidade da profecia vamos ler um texto sobre a Bíblia e como ela chegou até nós do pastor John Mein:

[...] A Bíblia ensina que Deus escolheu um povo particular para ser o interme­diário da revelação. Abraão, conhecido como pai dos fiéis, foi chamado para deixar a sua terra e parentela e ser condutor do próprio povo de Deus. Para confirmar o seu concerto com o seu servo, Deus disse-lhe: «Não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te hei posto» (Gên. 17:5). Deus escolheu o povo judaico (Deut. 14:2) e o separou para que fizesse dele repositório da sua verdade e por ele entregasse a Bíblia ao mundo; «As palavras de Deus lhe foram confia­das» (Rom. 3:2). Depois que a família de Abraão ficou provada Deus permitiu que o povo fosse ao Egito em escravidão. No auge dos sofrimentos do povo de Deus, Ele preparou maravilhosamente Moisés, «o qual recebeu as palavras de vida para no-las dar» (At. 7:36). E lemos que Moisés «escreveu todas as palavras do Senhor» (Êx. 24:4).

«Deus fez de homens livros» antes de dar a palavra escrita. Adão trouxe a história da criação através de 930 anos e, sem dúvida, contou-a, assim como a sua queda, a Lameque, pai de Noé, de quem foi contemporâneo por 56 anos. Lameque, por sua vez, foi contemporâneo de Sem, filho de Noé, por mais de 90 anos. Pelas pala­vras: «Noé era varão justo e reto em suas gera­ções» (Gên. 6:9), podemos saber como Deus, por meio de um só pregador, garantiu a transmissão verbal da sua revelação.

Noé foi contemporâneo de sete gerações antediluvianas e de onze pós-diluvianas, assim vivendo durante 58 anos da vida curta do pa­triarca Abraão, e morreu 17 anos antes da saída dele para a terra da promessa. Não nos é difícil compreender como ele ouvisse dos seus antepas­sados das grandezas e longanimidade de Deus e, por sua vez, as narrase à sua descendência, acrescentando as histórias do dilúvio e a confu­são de línguas. Abraão assim veio a saber de tudo e a ter sua fé robustecida.

Podemos imaginar Abraão historiando os fa­tos ao seu netinho Jacó, que tinha 14 anos quando o «Pai dos fiéis» faleceu. Quão interes­santes ao menino seriam as histórias da criação, da trasladação de Enoque, do dilúvio, da confu­são das línguas, das suas próprias experiências, como a da saída da sua própria terra, dos concertos, de como Deus lhe mudou o nome e da ocasião de levar Isaque para a terra de Moriá, quando Deus o submeteu à maior prova e ele chegou a conhecê-lo como «Jeová-Jiré» (Gên. 22:14).

Jacó jamais poderia apagar da sua memória estas coisas e durante todos os anos da sua vida meditaria sobre as maravilhas divinas. Em nar­rar tudo ao seu neto Coate, Jacó poderia acres­centar as suas próprias experiências em Betel e no vau de Jaboque. Coate relatava a história a Anrão, e este, por sua vez, a Moisés, o seu filho, que assim teve todas as informações necessárias para escrever o livro de Gênesis, quando Deus lho ordenou a fazer. Portanto, podemos traçar a história da transmissão verbal da palavra de Deus desde o dia em que Ele falou a Adão (Gên. 1:28) até o tempo em que ordenou a Moisés que a escrevesse num livro (Êx. 17:14). Adão transmi­tiu-a a Lameque; Lameque a Noé; Noé a Abraão; Abraão a Jacó; Jacó a Coate; Coate a Anrão e Anrão a Moisés. Sete homens trouxeram a revela­ção desde a criação até que a Bíblia começou a ser escrita. Sete é o número bíblico que significa perfeição. Assim, Deus deu a sua palavra, «por­que a profecia não foi antigamente produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram pelo Espírito Santo» (II Ped. 1:21). [...] (Mein, John. A Bíblia E Como Chegou Até nós. 8° ed. Rj.JUERP,1990.p.2).

Mesmo depois do pecado, Deus continuou falando com o ser humano, não deixando este sem a revelação divina. Vemos Deus falando com Adão e Eva no Jardim. Depois vemos Deus falando por meios dos seus servos e profetas. Em todo o Antigo Testamento, vemos Deus preocupado com sua criação, em especial, o ser humano.

Deus na sua soberania escolheu um povo para ser seu mensageiro as nações. Para ser luz aos gentios de todo o mundo. Esse povo se chama Israel, um povo separado por Deus, de onde viria o Messias, O esperado de todas as nações, O Salvador do mundo.

A existência desse povo é uma prova real da autenticidade da profecia bíblica.

Quando o assunto é profecia, não podemos deixar de mencionar o povo de Israel. Pois, Israel é o povo de Deus no Antigo Testamento, os mensageiros de Deus, os profetas, falaram a palavra de Deus ao povo de Deus. Muitas profecias no Antigo Testamente dizem respeito somente ao povo de Israel; como também muitas promessas.

Israel é prova viva da veracidade das profecias bíblicas. Esse povo que foi humilhado, perseguido, espalhado, quase destruído, mas preservado por Deus em cumprimentos de suas profecias!

Sobre Israel e sua importância na profecia bíblica o pastor Abraão de Almeida escreve:

[...] Não se pode negar a influência de Israel no destino dos povos. A promessa foi feita por Deus a Abrão em Gênesis 12.3; “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” tem sido rigorosa e admiravelmente cumprida através dos séculos, até os nossos dias.

As nações que apóiam e protegem os israelitas são prósperas e abençoadas, ao passo que as que os perseguem são sempre castigadas: ou desaparecem, ou estagnam, ou são humilhadas, e, invariavelmente, perdem a bênção divina.

Israel é também uma afirmação viva de que um poder supremo, um poder inteligente, um poder que planeja, cuida, e executa, dirige os destinos deste mundo. Certo imperador alemão, religioso, mas não crente; “protetor” da fé, mas não salvo, na sua hora da morte teve a presença de um sacerdote luterano que procurava incutir-lhe na mente a fé salvadora. A esse religioso desafiou o imperador:

­­­­­­­­­­­­ - Dá-me uma prova da existência de Deus.

- O povo judeu, Majestade! – respondeu sem vacilar o sacerdote.

Sim, Israel é uma prova concreta de que Deus existe.

Apesar de humilhado, perseguido, banido, massacrado, quase destruído por vezes, e isso durante milênios, vive ainda Israel! E agora vive como nação poderosa e próspera.

Israel vive ainda porque tem, dada por Deus, uma missão a cumprir no fim do Século Presente – não pode desaparecer.

Se Israel é uma prova irrefutável da existência de Deus; se Israel influi no destino das nações, quiçá no das pessoas, então é preciso estudar com profundidade a vida desse povo, mas estudá-la em todas as suas faces, para conhecer as mais estranhas e verdadeiras circunstâncias, que servem de roteiro para as pessoas e as nações.

[...] Esse Israel se firma como inequívoco sinal dos tempos. A Bíblia avisa: “Quando virdes acontecer estas coisas...” O prometido reinado messiânico sobre Israel se aproxima e o lugar do Messias está vago, pois, providencialmente, o atual governo de Israel não possui rei: eles, inconscientemente, aguardam o Rei Jesus, e para Ele reservam o trono. [...]

[...] A história de Israel é o relato fiel do cumprimento das profecias [...]

(Almeida de, Abraão. Manual de Profecia Bíblica. 5°ed. RJ. CPAD, 2009)

Ainda acerca de Israel, o pastor Esequias Soares escreve:

Israel é o relógio de Deus sobre a Terra. Jesus disse: “Olhai para a figueira, e para todas as árvores; quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-os, que perto está já o verão” (Lc 21.29,30).

A figueira é a figura de Israel. Pela mensagem de Jesus, ficamos sabendo quão próximo está “o verão”, pois a figueira está brotando. A igreja, como os filhos de Issacar, da época de Davi, eram “destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer” (1Cr 12.32), da mesma forma a Igreja tem a capacidade do Espírito Santo para interpreter e compreender os acontecimentos do Oriente Médio e da política internacional à luz da Bíblia e anunciar que a vinda de Jesus se aproxima. (Soares,Esequias.O ministérioa Profético na Bíblia.RJ.CPAD,2010)

O profeta Isaías é chamado de profeta Messiânico. Pois ele profetizou mais a respeito do Messias do que qualquer outro profeta no Antigo Testamento.

  [...] Em Isaías 53.1-3, Isaías avisa Israel a não esperar que o primeiro advent de Cristo seja como o de um grande general ou de um soberano terreno. Antes, seria como a raiz duma terra seca (v.2); Ele não teria parecer, nem formosura (v.2) e seria desprezado, rejeitado por seu próprio povo (v.3). Isso fala da sua humildade e mostra até que ponto elel sofreu.

Os versículos 4 a 9 dão uma descrição da morte de Cristo sob as perspectivas teológicas (4-6), e histórica (7-9). Sob a perspective teológica, a morte de Cristo pelos pecados do mundo, foi o meio dele efetuar a expiação vicária da alma perdida. Note as três obras efetuadas através do seu sacrifício na cruz:

Expiação para a cura do corpo----------(v.4)

Expiação pelos pecados individuais-----(v.5)

Expiação pelo pecado(sua fonte e origem)--(v.6)

Nos versículos 7-9, Isaías prediz os detalhes históricos do sofrimento e da morte de Cristo. No versículo 7, Ele é descrito como mantendo silêncio perante o Sinédrio e os romanos. O versículo 8 relata a sua morte, e o versículo 9, prediz que Ele sera sepultado no túmulo de um rico.

A ressurreição de Cristo, bem como o resultado da sua morte vicária, são descritas em Is 53.10-12. A ressurreição é retratada nas frases: “verá a sua posteridade prolongará os seus dias” (v.10), e “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito” (v.11).

O resultado ou efeito da sua morte é visto nas frases: “quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado” (v.10); “o meu servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos” (v.11); “levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressors intercedeu” (v.12).[...] (Gibbs B,Carl.Os Profetas Maiores-As profecias de Isaías,Jeremias e Ezequiel.2°ed.EETAD)

A AGONIA DE JESUS NO JARDIM

Quando Jesus entrou no Getsêmani, ele sabia que seria preso lá e que passaria por uma série de julgamentos e humilhações que o levariam implacavelmente à cruz. Na verdade, quando o apóstolo João descreve a chegada dos soldados para prender Jesus ele registra este fato: “Sabendo, pois, Jesus, todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?” (Jo 18.4, ênfase acrescentada).

Todos os escritoires do evangelho deixaram claro que Jesus “[sabia] todas as coisas que viriam sobre ele”. Nada nessa noite era accidental. Nada lhe veio como surpresa. Ele estava completamente ciente de tudo o que estava acontecendo. Nada estava for a do controle dele e do Pai.

A oração de Jesus no Getsêmani, ele revela a sua própria batalha com a realidade terrível que ele estava a pronto de sofrer.Aqui nós temos uma janela surpreendente para o coração do Deus-homem.

Jesus ao chegar no Jardim, era aproximadamente meia-noite. Era um fim de uma semana muito agitada e o fim de um dia ocupado. Mas Cristo tinha afazeres no jardim que eram mais importantes que o sono, e nada o impediria de ir orar lá.

Enquanto Jesus orava, seus discipulos não aguentanto mais o cansaço e a fadiga dormiram. A mente pertubadaa deles estava buscando uma saída. Assim eles dormiram, deixando que Jesus suportasse sozinho sua angústia.

Não foi hyperbole quando Jesus disse aos seus discípulos que sua aflição era tão severa que o tinha levado até à beira da morte. A agonia que ele suportou no jardim era literalmente suficiente para matá-lo __ e isso poderia ter acontecido se Deus não o estivesse preservando para uma outra forma de morte. Lucas registra que “o seu sour se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lc 22.44). Isso descreve uma enfermidade rara, porém bem-documentada, conhecida como hematidrosis que às vezes acontce sob aflição emocional pesada. Vasos capilares subcutaneous estouram sob tensão e o sangue se mistura com a transpiração, saindo pelas glândulas de sour.

 

Bibliografia:

  • Abraão de Almeida – Manual da Profecia Bíblica, CPAD.
  • John Mein - A Bíblia e como chegou até nós, JUERP.
  • John MacArthur, Jr. A morte de Jesus-Prisão,julgamento e crucificação de Cristo – e o seu significado redentor, EDITORA CULTURA CRISTÃ.
  • Esequias Soares - O Ministério Profético na Bíblia, CPAD.
  • Carl B.Gibbs-Os Profetas Maiores-As profecias de Isaías, Jeremias, Ezequiel,EETAD.

ADOLESCENTES-LIÇÃO 5

quinta-feira, 29 de julho de 2010

 

rev.adolescentes 3 tri 2010 Conteúdo adicional para as aulas de Adolescentes

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2010
Minha missão no mundo

Lição 05 - Viver é fácil, difícil é conviver

 

Texto bíblico: Gn 37.1-36; 2 Rs 5.1-19

A família não é um grupo de pessoas rivais, alheias aos interesses umas das outras. Em termos de unidade, é o conjunto de pessoas que vivem sob o mesmo teto, proteção ou dependência do dono da casa ou chefe, que visa o bem-estar do lar; enfim que se comunicam, se amam e se ajudam. Essa convivência exige o uso e a aplicação de toda a capacidade de viver em conjunto, a bem do perfeito e contínuo ajustamento entre os membros da família e destes para com Deus. O convívio entre os familiares indica o grau e o nível das relações com o Pai e determina o curso do sucesso na família.
A relação familiar é tão importante para Deus, que o apóstolo Paulo afirmou que negligenciar as responsabilidades familiares é o mesmo que negar a fé.
Professor pergunte aos alunos acerca do que eles têm feito do para manter a afetividade e harmonia em seu lar?


 

 

Texto extraído da Revista de Mestre Pré-adolescentes 7,CPAD,p.16

PRÉ-ADOLESCENTES-LIÇÃO 5

 

 

rev.pre adolescentes 3 tri 2010 Conteúdo adicional para as aulas de Pré-Adolescentes
Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2010

Descobrindo meus direitos e deveres

 

 

Lição 05 - Vivendo em segurança

 

Texto Bíblico: 1 Reis 3.5,7,9-13


“Um piloto de avião bastante experiente achou-se de repente em meio a uma terrível tempestade. Quando as nuvens se fecharam e visibilidade foi reduzida a menos de seis metros, ele rapidamente perdeu o senso de direção. Sem saber se ia para a esquerda ou para a direita, para cima, ou para baixo, o piloto decidiu confiar por completo em seus instrumentos de voo. Às vezes, seus instintos lhe diziam que estava indo na direção errada, mas ele ignorou tais sensações e continuou a confiar em seus instrumentos. Quando chegou a exatamente trinta metros do chão, ele saiu das nuvens e posou com o avião com sucesso.
Quando as nuvens das tempestades se formam em sua vida, você pode perder a perspectiva e não saber que direção tomar. Surgem situações que nunca enfrentou antes, com as quais você não possui nenhuma experiência, e por isso não sabe lidar com elas. Durante estes momentos, você pode ser tentado a confiar em seus próprios instintos e “dar asas a si mesmo”. No entanto, se fizer isto, você estará fazendo um voo cego.
Da mesma forma que o piloto confiou em seus instrumentos para guiá-lo através da tempestade, você precisa confiar no Senhor para ajudá-lo a atravessar os tempos de incerteza em sua vida. Somente Deus sabe exatamente onde você está, aonde precisa ir, e que rota precisa tomar. No entanto, Ele não pode guiá-lo se você obstinadamente insistir em seguir o seu sistema de direção. Você tem deixar os controles, e confiar completamente nEle.
Quando você confiar em Deus, Ele o guiará pela tempestade, trazendo-o são e salvo, e o abençoará com a sua graça em todo o processo. Ele edificará a sua fé e o fortalecerá, para você saber lidar com a próxima tempestade que está bem além do horizonte”.


 

Texto extraído do livro: Graça Diária, p.251, CPAD

SETOR EDUCAÇÃO CRISTÃ CPAD - O MINISTÉRIO PROFÉTICO NA BÍBLIA - LIÇÃO 5

quarta-feira, 28 de julho de 2010

 

g32850 Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

Subsídios extras para a lição O Ministério Profético na Bíblia,
a voz de Deus na Terra

3º trimestre/2010

Lição 05 - A Autenticidade da Profecia

Leitura Bíblica em Classe
Deuteronômio 13.1-5; 18.10-12
I. O desprezo do Senhor
II. A paixão e a morte de nosso Senhor Jesus Cristo
III. Lições Doutrinárias do sacrifício de Cristo


Prezado professor, a revista Lições Bíblicas de Mestre, lição 5, na página 37, desse trimestre, trás um diagrama que o auxiliará para o uso deste subsídio. Para o fim de introduzir a lição, você poderá apresentar o diagrama que reproduz a história mundial através do sonho do rei Nabucodonosor, da Babilônia.
A autenticidade das profecias veterotestamentárias é inquestionável, principalmente, quando analisada de acordo com os acontecimentos dos históricos mundiais. A autoridade e a capacitação divinas confirmam a exatidão das profecias expressas sobre dois assuntos completamente desconhecidos pelos profetas em sua época: a transição dos impérios e o reinado de Cristo. Quem poderia desvendar a história mundial que culminaria na implantação do grande reino literal, o milênio? A história contada a partir do sonho do rei Nabucodonosor, da Babilônia, e interpretada divinamente pelo profeta Daniel, remonta um evento profético nunca visto antes: Deus de antemão revela seu plano para o mundo em detalhes.


O Sonho Profético do rei Nabucodonosor

O rei Nabucodonosor sonhou com uma estátua de ouro, prata, bronze e ferro/barro sendo atingida por uma pedra. Seus membros representavam os quatro grandes impérios mundiais e seus poderes futuros no mundo. A cabeça de ouro era a Babilônia, o peito e os braços de prata representavam os Medos e os Persas, os quadris de bronze representavam a Grécia, e as pernas e os pés de barro/ferro simbolizavam o Império Romano.
A pedra representa o Messias de Israel que feri os pés de barro/ferro da estátua esmiuçando-a completamente. Deus estabelece seu futuro reino que jamais terá fim. Esse reino se refere ao futuro reino messiânico de Cristo Jesus (Dn 2.44; Is 60.12; Zc 14.16-19).
O desdobramento dessa profecia deixa clara a absoluta soberania de Deus sobre os assuntos da humanidade. Independentemente das condições políticas, econômicas, sociais e religiosas; Deus conhece o passado, estabelece o presente e revela o futuro. Por isso na condução da história da humanidade, os impérios se formaram sempre a partir da ação de Deus como justiça em sua Terra.

Resumo Histórico dos Impérios
O império babilônico foi anunciado por Deus quando chegara a Israel para dominá-lo (605 – 539 a.C.). Babilônia teve sua grande ascensão, mas de imediato começou a desintegrar-se cedendo lugar, no cenário mundial, ao reino medo-persa (539 a.C.).
O rei medo-persa, Ciro, foi chamado por Deus de servo “o pastor que cumprirá tudo o que me apraz” (Is 44.28). Ainda que inferior ao reino babilônico, o império dos medos foi por muito tempo majoritário no cenário mundial. Porém, como os babilônicos, foi posteriormente dominado e preterido pelo Império Grego fundado por Alexandre Magno (330 a.C.).
O jovem imperador foi conquistando terras e desbravando territórios até que repentinamente a morte o subjugou. Com a morte de Alexandre o império grego foi dividido dando lugar ao longo domínio do famoso Império Romano (67 a.C). Roma dominou o mundo numa amplitude que nenhum outro império dantes fizera. Mas após sua divisão (impérios ocidental e oriental) depois do reino de Teodósio (395 d.C.), o império romano finalmente sofreu a queda (império ocidental - 476). Esse pequeno resumo histórico mostra a precisão cirúrgica da profecia que o sonho interpretado pelo profeta Daniel descreveu a respeito dos rumos do mundo.
Apesar de esses impérios terem caídos, suas influências são experimentadas até hoje. A astrologia babilônica, a ética medo-persa, a arte e filosofia grega e a ideia de que se pode conquistar a paz através do poderio militar
[1], remontam os intensos desejos que a humanidade tem em usufruir da verdadeira paz. Porém, a filosofia de vida e os valores desse mundo darão lugar, ao estabelecimento integral do reino de Cristo Jesus. Ele encherá a terra inteira e estenderá o seu governo aos novos céus e a nova terra (Ap. 21.1). Diferentemente dos reinos anteriores, o de Cristo não será transitório, imperfeito e inacabado; mas a eternidade, a perfeição e estabelecimento final serão a ratificação do plano salvífico orquestrado por Deus antes da fundação do mundo (Hb 9.26).
Professor, sua tarefa neste domingo é autenticar a veracidade da profecia bíblica para o seu aluno afirmando que Deus é Soberano e Senhor da história humana. Ele intervém soberanamente segundo o conselho de sua vontade. Se Ele cumpriu o que predisse a mais de dois mil anos atrás, devemos aguardar com fé revigorada o cumprimento completo do estabelecimento do seu reino na Terra. Mostre ao seu aluno que a melhor forma de fazer isso é vivendo as características, a ética e as premissas do reino de Deus como se tivéssemos nele (Mt 5, 6 e 7).


Boa aula!


Referência Bibliográfica


SOARES, Ezequias. O Ministério profético na Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B.
Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.
LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed.
Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro, CPAD, 2008.

[1]
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, p. 1248.

JUVENIS - LIÇÃO 5

 

rev.juvenis 3 tri 2010 Conteúdo adicional para as aulas de Juvenis.

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2010
O adolescente e seus relacionamentos

Lição 05 - Os Dons do Espírito Santo

Texto Bíblico: 1 Coríntios 12.4-11


DEFINIÇÕES GERAIS


Em seu sentido geral o termo “dom” tem mais de um emprego. Há os dons naturais, também vindos de Deus na criação, na natureza: a água, a luz, o ar, o fogo, a vida, a saúde, a flora, a fauna, os alimentos, etc. Há também os dons humanos, por Deus concedidos na esfera do ser humano: os talentos, os dotes, as aptidões, as prendas, as virtudes, as qualidades, as vocações inatas, etc.
O dom espiritual é uma dotação ou concessão especial e sobrenatural pelo Espírito Santo, de capacidade divina sobre o crente, para serviço especial na execução dos propósitos divinos para e através da Igreja. “São como que faculdades da Pessoa divina operando no ser humano” (Horton). Dons espirituais como aqui estudados não são simplesmente dons humanos aprimorados e abençoados por Deus.
As principais passagens sobre os dons espirituais são sete: 1 Co 12.1-11, 28-31; 13; 14; Rm 12.6-8; Ef 4.7-16; Hb 2.4; 1 Pe 4.10,11. Além destas referências, há muitos outros textos isolados através da Bíblia sobre o assunto.

TERMOS DESIGNADORES


Dons espirituais.
Ou pneumatika (1 Co 12.1). Os críticos e opositores dos dons alegam que, no original, aqui, não consta a palavra “dom”. Não consta neste versículo, mas consta a seguir, em 1 Coríntios 12 e nos capítulos seguintes. O referido termo refere-se às manifestações sobrenaturais da parte do Espírito Santo através dos dons (cf. 1 Co 12.7; 14.1).


Dons da graça. Ou charismata (1 Co 12.4; Rm 12.6). Falam da graça subsequente de Deus em todos os tempos e aspectos da salvação.

Ministério. Ou diakonai (1 Co 12.5). Isso fala de serviço, trabalho e ministério prático. São ministrações sobrenaturais do Espírito através dos membros da igreja como um corpo (1 Co 12.12-27).


Operações.
Ou energemata (1 Co 12.6). Isto é, os dons são operações diretas do poder de Deus para realização de seus propósitos e para abençoar o povo (cf. vv. 9,10).

Manifestação. Ou phanerosis (1 Co 12.7). Os dons são sobrenaturais da parte de Deus; mas, conforme o sentido do termo original, aqui, eles operam igualmente na esfera do natural, do tangível, do sensível, do visível.


 

 

Texto Extraído da obra: Verdades Pentecostais: Como obter e manter um genuíno avivamento pentecostal nos dias de hoje. CPAD, pp. 68,9.

LIÇÃO 5 - A AUTENTICIDADE DA PROFECIA

segunda-feira, 26 de julho de 2010

 

 

A AUTENTICIDADE DA PROFECIA

 

    A profecia, como já foi dito, não trata apenas de predições sobre o futuro, mas também fala das questões sociais da humanidade. No aspecto preditivo, tendo em vista o plano da Salvação, Deus sinalizou em diversas profecias que enviaria ao mundo o Salvador da humanidade, Jesus. E nesse aspecto, podemos fazer uma análise da autenticidade da profecia quando olharmos para os eventos que marcaram a vinda de Jesus, seu ministério terreno e sua obra, comparando-os com as profecias que descreviam esses fatos. Isto deve nos remeter à autenticidade da profecia: sendo ela divina, Deus zela por cumprir seus planos na história, deixando-nos os sinais que demarcariam o cumprimento de sua vontade.Esta também é uma das formas com que consideramos uma profecia como sendo divina: seu cumprimento mostra que não veio do homem, mas do próprio Deus.

   Se uma profecia é autêntica, se vem da parte de Deus, ela deve ter um cumprimento na história.O passar do tempo apenas reforça a expectativa do que Deus disse que ia acontecer. No tocante à pessoa de Jesus, a Bíblia fala:

  • Que Ele seria descendente de Abraão(Gn 12.3), cumprido em Mt 1.1: "Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão").
  • Por ocasião de sua morte, nenuhum de seus ossos seria quebrado, como era o costume nos casos de crucificação, quando a pessoa que estava na cruz tinha suas pernas quebradas para morrer mais rápido (Êx 12.46, cumprindos em Jo 19.32,33: "Foram, pois, os soldados e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele fora crucificado. Mas, vindo a Jesus e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas").
  • Ele seria tido por profeta (Dt 18.15, cumprido em Mt 21.11: "E a multidão dizia: Este é Jesus, o Profeta de Nazaré da Galiléia").
  • Jesus deveria ser descendente de Boaz e Rute (Rt 4.12-17,Lc 3.23,32.).
  • Até as crianças lhe prestariam louvor (Sl 8.2, cumprido em Mt 21.15-16: "Vendo, então, os principais dos sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia e os meninos clamando no templo: Hosana ao Filho de Davi, indignaram-se e disseram-lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim, nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?").
  • O Messias seria golpeado na face (Lm 3.30, cumprido em Jo 18.22: " E, tendo dito isso, um dos criados que ali estava deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote?").

    Estas são algumas das muitas predições relatadas acerca de Jesus. Tanto seu pronunciamento quanto seu cumprimento encontram-se nas Escrituras.

 

 

Pr.Alexandre Coelho.

 

Extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 11 - nº 43 - p.38 - http://www.cpad.com.br/

LIÇÃO 4 -PROFECIA E MISTICISMO

quinta-feira, 22 de julho de 2010

 

PROFECIA E MISTICISMO

Não é de admirar a popularidade hoje do espiritualismo. Haja vista a nossa constituição: corpo, alma e espírito. Isto é, há em nós uma parte imaterial (alma e espírito), que clama e busca incessantemente por algo espiritual.

Mas nem sempre esses clamores e procuras são direcionados à fonte legítima de espiritualidade. É o que vemos mais na nossa atualidade, uma busca cega e incessante por uma experiência mística estranha à verdadeira experiência espiritual dos salvos em Cristo Jesus.

Há um vazio de verdadeira espiritualidade no coração do homem pós-moderno.

Quando pensamos num mundo físico, imediatamente vem à nossa imaginação um mundo espiritual. E isso acontece, não é por acaso, mas porque realmente o mundo espiritual existe.

E também a de se admitir,assim como no mundo físico há “pessoas boas” e “pessoas más”,também é verdade para o mundo espiritual. Onde Deus e seus anjos são essas “pessoas boas” e Satanás e seus demônios” essas pessoas más.

Poderia dizer que há dois mundos espirituais, mas prefiro acreditar só em um, onde ocorrem todas as ações de seres espirituais bons e maus, isto é, seres de ordem angelical, celestial e diabólica.

Como Satanás é um falsário, usurpador ele usa meios legítimos divinos para seu próprio interesse diabólico. Ele tenta imitar a autêntica experiência dos verdadeiros profetas de Deus. E isso se vê no uso da profecia no Antigo Testamente até os nossos dias.

Deus levantou os seus verdadeiros profetas contra o misticismo dos seus dias.

A REALIDADE DE UM REINO TENEBROSO NO MUNDO ESPIRITUAL

A crença em Deus e nos seus anjos bons é universal. É verdade também para o mundo tenebroso espiritual. Onde Satan ou Satanás e seus demônios habitam de uma forma bem estrutura e organizada de governo.

Há quem não acredite na existência do mundo tenebroso espiritual, chegando até mesmo, a recusar a existência de um ser espiritual maligno. Tal mentalidade deve ser fruto de ignorância ou descrença. Porque a Bíblia desde o Gênesis ao Apocalipse revela a existência de um ser que escolheu ser maligno, que opõe a Deus e as suas obras.

O apóstolo Paulo se refere à obra desse ser maligno, Satanás, como sendo segundo o poder, os sinais e prodígios forjados na mentira e no engano (2Ts 2.9).Em Efésios 2.2, declara-nos de que o ar que envolve a terra abunda de espíritos rebeldes deveria, pelo menos, preparar-nos para suas manifestações ocasionais e interferência direta. Certamente, Deus limitou ou proibiu esses seres espirituais malignos de comunicarem-se diretamente com o homem ou de influenciarem-no para o mal.No entanto, como diz G.H.Pember, são desobedientes e não estão no momento coibidos por força, seria razoável supor que, ás vezes,tais espíritos infrinjam tanto a primeira ordem quanto desafiem continuamente a segunda. Esta suposição é confirmada pelas Escrituras; encontramos inúmeras alusões a contratos entre homens e demônios no Antigo Testamento, ao passo que, o Novo, a feitiçaria é tratada como uma das obras manifestas da carne (Gl 5. 20).

A maneira como as Escrituras Sagrada de Deus tratavam toda a forma de culto, intermediação a esses espíritos malignos tenebrosos, como sentenças severas: “A feiticeira não deixarás viver”. (Êx 22.18); “Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro”. (Dt 18.10); “Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um espírito adivinho ou for encantador, certamente morrerão; com pedras se apedrejarão; o seu sangue é sobre eles.” (Lv 20.27);“e tirarei as feitiçarias da tua mão, e não terás agoureiros” (Mq 5.12); O rigor da punição nos mostra claramente que essa atividade oculta não era mera superstição ou engano, mas assinala uma comunhão intencional com os poderes do mal.

A Bíblia claramente reconhece a existência de espíritos por detrás dos ídolos do paganismo e afirma tratar-se demônios.

As Escrituras, assim, nada contêm que negue a existência de deuses falsos; pelo contrário, afirma e aceita tal realidade como fato – por exemplo, quando, prevendo a morte dos primogênitos de homens e animais, o Senhor deixou clara Sua intenção de também punir os deuses do Egito (Êx 12.12).Referindo-se ao mesmo evento, Moisés escreveu mais tarde: “...enquanto estes sepultavam todos os seus primogênitos, a quem o Senhor havia ferido entre eles;também contra os deuses executou o Senhor juízo” (Nm 33.4).

Os espíritos desencarnados que assombram o ar são os seres a quem os pagãos cultuam,inspiradores de oráculos e adivinhos que deram origem a toda forma de idolatria quer seja pagã ou papista, poderes que estão sempre tentando, de diferentes maneiras, submeter a raça humana a seu domínio.

Podemos deduzir que o paganismo, desde seu estágio mais intelectual até o nível mais baixo de fetichismo, não é apenas o culto a troncos e pedras, mas também a adoração a espíritos rebeldes quer seja consciente ou inconsciente, direta ou por diversos meios.

Toda forma de culto idólatra está irremediavelmente ligada à magia e ao exercício de poder sobrenatural. Por isso, a raça humana pode ser escravizada pelos demônios tão-somente por meio de uma exibição contínua de tal poder ou, pelo menos, pela firme crença neste poder.

Sempre que a Escritura ergue o véu e permite-nos vislumbrar temporariamente o Reino das Trevas, deparamo-nos com comunidades malignas de fato, mas perfeita em termos de ordem e governo, sedenta pela subjugação da raça humana.

O grande alvo, portanto, dos milagres satânicos é colocar os homens sob a influência de demônios. O diabo não usará de nenhum meio para destruir a crença no sobrenatural, mas sim para aumentá-la,indicando a si mesmo, e não Cristo, como o cabeça de tronos, domínios,principados e podres e apressando o tempo em que se assentará como Deus no santuário de Deus, ostentando ser o próprio Deus (2Ts2.4).Para atingir este fim, o diabo direciona todo o ensino de seus sinais e prodígios, não importando quão bem estejam disfarçados e são aparições sem formas tangíveis ou vaporosas, visões ou oráculos – o que raramente ajuda de verdade, mas, muitas vezes, atrai o homem à destruição pela ambigüidade de suas respostas – adivinhações – às vezes surpreendentemente verídicas,mas nunca confiáveis -, psicografia, vozes do além, curas por magnetismo ou qualquer outra exibição de poder.

Também não podemos examinar as muitas superstições confirmadas por estes milagres sem nos espantar com a habilidade de adaptá-los ao propósito de fascinar o ser humano. Afinal, não é esta a intenção óbvia por detrás de comunicações com os espíritos, presságios, agouros, talismãs, dias e épocas de azar ou sorte, purificações, água benta, encantamentos, poções, amuletos, sortilégios, fetiches, relíquias, imagens, retratos, cruzes, crucifixos e todos os inúmeros ditames dos sistemas demoníacos?

Normalmente, os sinais falsos são manifestados por intermédio de agentes humanos selecionados pelos demônios, que talvez percebam alguma afinidade entre eles e o objeto de sua escolha.

PRATICANTES DAS ARTES SOBRENATURAIS PROIBIDAS

Examinaremos, agora, os termos das Escrituras usados para descrever aqueles que praticam as artes sobrenaturais, mencionado, em cada caso, a palavra hebraica correspondente com uma tentativa de explicação.

Chartummim. “Magos” (Gn 41.8). É o nome dado aos mágicos do Egito no tempo de José e Moisés (Êx 7.11) e também aos da Babilônia nos dias de Daniel. A palavra parece estar ligada ao hebraico cheret, um estilo ou caneta, e aplicava-se aos membros da casta sacerdotal que, apesar de também praticar outros tipos de mágicas, estavam mais preocupados com a escrita. Talvez, fossem idênticos aos nossos médiuns que praticam a psicologia hoje em dia e que, de acordo com o autor de Gilmpses of a Brighter Land (Vislumbres de uma Terra Mais Brilhante), estão divididos em cinco classes como sangue: aqueles cuja mão passiva é movida pelo demônio sem qualquer vontade mental de sua parte; aqueles em cuja mente cada palavra é insinuada separada e instantaneamente com sua escrita automática no papel; aqueles que escrevem o que as vozes dos espíritos lhes ditam; aqueles que copiam palavras e frases que vêem no ar ou sobre algum objetos apropriado em letras reluzentes; e, por último, aqueles em cuja presença mãos espirituais, às vezes visíveis, outras vezes invisíveis, tomam a caneta e escrevem a comunicação.

Chakhamim. “Sábios” (Êx 7.11). Como esta palavra está ligada a Chartummim, e parece que os chakhamim transformaram suas varas em serpentes, logo não eram denominados como meros filósofos ou homens de experiência, mas como pessoas que mantinham relações com seres sobrenaturais, com a ajuda dos quais conseguiram exibir uma sabedoria sobre-humana e poder milagroso. Podemos compará-lo ao termo “feiticeiro”, que, em inglês, originalmente significava um homem sábio ou erudito.

No décimo oitavo capítulo de Deuteronômio, há uma passagem impressionante que, na versão em português, diz o seguinte: “Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo que faz tal cousa é abominação ao Senhor” (Dt 18.10-12).

Esta lista de abominações começa com aquele que “faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha”, uma frase que não deve ser entendida como a queima de crianças em sacrifício a Moloque, mas um tipo de purificação pelo fogo, ou batismo por fogo, por meio do qual eram consagradas ao deus e supostamente libertas do pavor de uma morte violenta. Sendo um tipo de encantamento ou feitiço, obviamente está classificado entre as bruxarias. Iremos, agora , examinar os termo s restantes na ordem em que aparecem.

Qosem. Um adivinhador, que descobre coisas ocultas do passado, presente ou futuro por meios sobrenaturais. Este parece ser um termo abrangente, aplicando-se a um adivinhador que se utiliza de presságios e sinais ou da comunicação direta com espíritos.

Meonen. Alguns acham que é derivada de uma raiz que forneceria uma variedade de significados, pois a palavra pode significar tanto um praticante de artes ocultistas quanto alguém que usa as nuvens para fazer adivinhações. Porém, uma ligação com ayin, o olho, é bem mais provável, e, a partir daí, podemos chegar ao significado de alguém que fascina com os olhos ou, na linguagem moderna, um hipnotizador que, ao colocar certa pessoa em um sono magnético, obtém dizeres oraculares a seu respeito. Muitos, no entanto, preferem o sentido de “observador”, isto é, aquele que examinam minuciosamente as entranhas para extrair presságios, em contraposição ao adivinho, que prediz por meio de sinais, requerendo o uso do ouvido assim como aquele utiliza o olho.

Menachesh. Esta palavra está associada à nachash, uma serpente, e normalmente lhe é atribuído o significado de sibilador ou sussurrador, e, a partir daí, murmurador de encantamentos. O uso do verbo, porém, cujo particípio é Piel, parace apontar para outra direção. No trigésimo capítulo de Gênesis, Labão roga a Jacó que fique com ele, “pois”, diz ele, “tenho percebido – ou, mais lieteralmente, percebo por observação – que o Senhor me abençoou por amor a ti” (Gn 30.27). De novo, quando Acabe responde à súplica dos servos de Ben-Hadade: “Pois ainda vive? É meu irmão” (1Rs 20.32,33), somos informados de que aqueles homens “adivinharam”, “tomaram por presságio”, as palavras que ele havia dito.

Dessa forma, o verbo parece ter tido usado basicamente para extrair alguma inferência com base em uma rápida observação e, depois, na adivinhação. Do primeiro significado, provém nachash, uma serpente, devido à sua aguçada e rápida inteligência; do segundo, menachesh, um adivinho, aquele que adivinha ao observar sinais e símbolos tais como o canto e vôo de pássaros, fenômenos aéreos, outros sons e visões.

Mekhashsheph. A raiz desta palavra quer dizer “orar”, mas apenas a falsos deuses e demônios. Talvez, por isso, seja aplicada àqueles que usam encantamentos ou fórmulas mágicas.

Chobher chebher. Literalmente, alguém que une um grupo ou feitiço, isto é, um fabricante de amuletos e talismãs materiais ou, muito mais provável, alguém que, por meio de encantamentos e feitiços, associa-se a demônios a fim de obter ajuda ou informação. Trata-se de uma prática bastante comum abrir uma sessão espírita usando uma cantilena ou cantando hinos para invocar a presença dos espíritos.

Shoel obh. Alguém que consulta demônios, ou seja, aquele que já estabeleceu tal grau de comunhão que consegue comunicar-se com eles diretamente e não precisa fazê-lo por intermédio de sinais ou presságios nem tampouco necessita da ajuda de feitiço para atraí-los.

Um obh é um demônio de adivinhação, mas, em um uso mais antigo, também se aplica à pessoa ligada a este demônio. Originalmente, significava um odre, e sua transição do primeiro significado para o segundo torna-se muito clara na seguinte declaração de Eliú: “Porque tenho muito que falar, e o meu espírito me constrange. Eis que dentro em mim sou como o vinho, sem respiradouro, como odres novos, prestes a arrebentar-se” (Jô 32.18,19). A palavra parece ter sido usada para referir-se àqueles nos quais entrou algum espírito imundo, pois demônios, quando prestes a proferir oráculos, faziam o corpo dos possuídos inchar e intumescer. Podemos, talvez, comparar a descrição que Virgílio fez da adivinha Sibila (Eneida VI.48-51), porquantonos diz que o peito dela começou a intumescer em um frenesi e parecia que ela aumentava de estatura à medida que o espírito do deus aproximava-se. De acordo com alguns, no entanto, o médium era chamado de obh apenas por ser um vaso ou invólucro do espírito; contudo, em quaisquer dos casos, o termo posteriormente passou a ser aplicado ao demônio dito.

Yidoni. Aquele que sabe, ou seja, uma pessoa capaz de fornecer a informação requerida por meio de espíritos com os quais está associado.

Doresh el hammethim. Aquele que procura os mortos, um necromante, alugém que consulta os mortos para pedir conselho ou informação. O familiar deveria invocar o espírito pedido, assim como no espiritismo moderno, mas, conforme veremos em muitos casos pelo menos ou, talvez, até em todos, é provável que o próprio obh personificasse o morto.

Tais são, portanto, as abominações mencionadas o capítulo 18 de Deuteronômio. Todavia, há ainda outros termos na Escritura usados com referência a praticantes de artes semelhantes ou afins.

Ittim. Esta palavra é mencionada em Isaías (Is 19.3) e parece significar sussurrantes ou murmuradores, isto é, aqueles que repetem encantamentos e feitiços.

Na descrição que Isaías faz da Babilônia, cidade famosa por seus astrólogos, encontramos menção ao Hobhre Shamayim (Is 47.13), ou seja, aos dissectores dos céus, astrólogos que dividem os céus em casas para conveniência de suas previsões.

As mesmas pessoas são, então, descritas como Chozim bakkokhablim, os que observam e estudam as estrelas com o propósito de fazer horóscopos.

Por último são chamados de Modiim lechodashim aqueles que proferem previsões mensais baseadas em suas observações.

Ashshaph (Dn 1.20).Um encantador, verdadeiro praticante das artes proibidas, pois a palavra é ligada à ashpah, uma aljava na qual se escondem flechas.

Gazrin (Dn 2.27). Aqueles que decidem e determinam; praticantes da arte de prever o futuro. Aplica-se a astrólogos que, com base no conhecimento da hora do nascimento, determinam o destino de homens a partir da posição das estrelas e por várias artes de cálculo e adivinhação.

No Novo Testamento, os seguintes nomes, todos aparentemente gerais e abrangentes, são aplicados àqueles que lidam com o poder das trevas.

Mayou (Magoi). Originalmente, os magos eram uma casta religiosa persa. Entretanto, sua influência estendeu-se, mais tarde, a muitos países. Eles faziam o papel de sacerdotes, determinavam sacrifícios, eram adivinhos, interpretavam sonhos e presságios. Origenes [século 3 a.D] (Contra Celsum, I.60) afirma que mantinham comunicação com espíritos malignos e, por conseguinte, podiam fazer tudo o que estava ao alcance do poder de seus aliados invisíveis. Certamente – se podemos confiar nas declarações dos primeiros escritores cristãos -, eles conheciam bem o hipnotismo e todas as práticas do espiritualismo (espiritismo) moderno.

Farmakéus. Aquele que usa drogas quer seja com o propósito de envenenar ou para uso em poções e feitiços mágicos – usos bem diferenciados na obra de Platão As Leis. Em As Nuvens, de Aristófones, Estrepsídes sugere a contratação de uma bruxa tésala (farmakis) para fazer a lua descer do céu, e o verbo (farmakéuein) é usado por Heródoto para referir-se ao sacrifício de cavalos brancos por meio do qual os magos procuravam seduzir o Strymon. Novamente, (farmakéia) é usada na Septuaginta para referir-se às artes por meio das quais os mágicos do Egito imitavam os milagres de Moisés. Esses exemplos são suficientes para mostrar que a palavra logo passou a ser um termo geral para designar o feiticeiro. Assim ao traçarmos seu significado, não devemos esquecer que, muitas vezes, eram utilizadas drogas pelos antigos com o propósito de produzir um efeito semelhante ao da hipnose.

Duas vezes, no Novo Testamento, feitiçaria (farmakéia) e idolatria são mencionadas juntas (Gl 2.5.20;Ap 21.8).

Hoi ta perierga práxantes.(At 19.19). Aqueles que haviam praticado artes estranhas, ou seja, magias.

Talvez, dentre outras coisas, comercializassem os famosos amuletos chamados de letras efésias, sobre as quais diziam ser cópias de palavras místicas inscritas na imagem de Ártemis e ter o poder de preservar seus usuários de todo mal. Os livros que destruíram podem ter contido cálculos astrológicos, os “Números Babilônicos” de Horácio.

Nesta lista de termos, podemos observar que as artes demonícas podem ser divididas em três classes. A primeira compreende todos tipos de adivinhação por presságios, sinais e ciências proibidas; a segunda , o uso de feitiço e encantamentos como meio de conseguir o que se deseja; e a terceira, todo método de comunicação e cooperação direta e inteligente com demônios.

O Princípio Básico para Testar os Ensinamentos de espíritos ensinadores

Já que o pensamento ou a crença se origina ou do Deus da Verdade ou do pai da mentira (Jo 8.44), só pode haver um princípio básico para se testar a fonte de todas as doutrinas ou pensamentos e crenças, de crentes ou descrentes, qual seja: o teste da Palavra de Deus revelada.

Toda "verdade" está em harmonia com o único canal de ver­dade revelada no mundo: a Palavra escrita de Deus. Todos os "ensinamentos" que se originam de espíritos enganadores:

1-Enfraquecem a autoridade das Escrituras;

2-Distorcem o ensino das Escrituras;

3-Acrescentam pensamentos de homens às Escrituras ou

4-Colocam as Escrituras totalmente de lado.

O objetivo principal é ocultar, distorcer, utilizar mal ou colo­car de lado a revelação de Deus a respeito da cruz do Calvário, onde Satanás foi vencido pelo Deus-Homem e onde a liberdade foi con­quistada para todos os seus cativos.

O teste de todo pensamento e crença, portanto, é:

1-Sua harmonia com a Palavra escrita em todo o corpo da verdade dela, e

2-Sua atitude em relação à cruz e ao pecado.

 

FONTE:

Pember G.H.As Eras Mais Primitivas da Terra,2004.Editora dos Classiscos, Tomo 2.

Penn-Lewis, Jessie.Guerra Contra os Santos, Tomo 1

 

SATANÁS,O ENGANADOR

 

Satanás, o Enganador Também dos Filhos de Deus

O arquienganador não é somente o enganador de todo o mun­do não-regenerado, mas também dos filhos de Deus, com esta diferen­ça: no engano que pratica nos santos, ele muda suas táticas e trabalha por meio das mais precisas estratégias, em artimanhas de erro e enga­no a respeito das coisas de Deus (Mt 24.24; 2 Co 11.3, 13-15).

A principal arma em que o príncipe-enganador das trevas se apoia para manter o mundo sob seu poder é o engano. O inimigo planeja enganar o homem em cada estágio de sua vida, quais sejam: 1) engano dos irregenerados que já são enganados pelo pecado; 2) engano adaptado para o crente carnal e 3) engano ajustado para o crente espiritual, que já passou pelos estágios anteriores e chegou a um plano onde estará aberto para artimanhas mais sutis. Que o en­gano seja removido ainda nos dias de sua condição nâo-regenerada ou no estágio da vida cristã carnal, pois quando o homem emerge para os lugares celestiais, descritos por Paulo na Epístola aos Efésios, ele se encontrará envolvido pelas obras mais intensas das artima­nhas do enganador, onde os espíritos enganadores trabalham ativa­mente para atacar aqueles que estão unidos ao Senhor ressurreto.

O Engano: O Perigo do Finai, dos Tempos

Em Apocalipse, temos a plena revelação da confederação satâ­nica no controle abrangente de toda a terra e da guerra contra os santos como um todo; mas a obra do enganador entre os principais santos de Deus c descrita de forma especial na carta do apóstolo Pau­lo aos efésios, onde, em 6.10-18, o véu é removido e os poderes satâ­nicos são vistos em sua guerra contra a Igreja de Deus e a armadura e as armas para que o crente individual vença o inimigo são descri­tas. Nessa passagem, podemos aprender que no plano da experiência mais elevada do crente em sua união com o Senhor e nos "lugares eleva­dos" da maturidade espiritual da Igreja, as batalhas mais acirradas e intensas contra o enganador e suas hostes serão travadas.

Portanto, conforme a Igreja de Cristo se aproxima do tempo do fim e vai sendo amadurecida para sua transformação pelo poder interior do Espírito Santo, mais o enganador e suas hostes de espíri­tos enganadores dirigem sua força total contra os membros vivos do Corpo de Cristo. Um vislumbre desse ataque de espíritos enganado­res sobre o povo de Deus no final dos tempos é descrito no Evange­lho de Mateus, onde o Senhor usa a palavra enganar para descrever alguns dos sinais especiais dos últimos dias. Ele disse: "Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em Meu nome, dizendo: Eu sou o cristo, e enganarão a muitos (...) levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos (...). Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos" (24.4, 5, 11, 24).

O Engano Relacionado com o Mundo Sobrenatural

A forma especial de engano também é apresentada como rela­cionada com coisas espirituais, e não terrenas, o que mostra que o povo de Deus, no fim dos tempos, estará esperando a volta do Se­nhor e, por isso, ficará bastante aberto a todos os movimentos vindos do mundo sobrenatural, a tal ponto que os espíritos enganadores serão capazes de tirar proveito desse fato e antecipar a vinda do Senhor com falsos cristos e falsos sinais e maravilhas, ou de misturar suas imitações com as verdadeiras manifestações do Espírito de Deus. O Senhor diz que homens serão enganados:

1) a respeito de Cristo e Sua parousia, ou vinda;

2) a respeito de profecias, ou seja, ensinamentos vindos do mun­do espiritual por mensageiros inspirados, e

3) a respeito ao fornecimento de provas em relação aos "ensinamentos" serem verdadeiramente de Deus, por meio de sinais e maravilhas tão semelhantes aos de Deus e, portanto, imitações tão exatas da obra de Deus que seriam indistinguíveis das verdadeiras por aque­les descritos como "Seus eleitos", os quais precisarão utilizar algum outro teste, adicional ao julgamento das aparências, para saber se um sinal é de Deus, se quiserem discernir o falso do verdadeiro.

As palavras do apóstolo Paulo a Timóteo, contendo a profecia especial dada a ele pelo Espírito para a Igreja de Cristo nos últimos dias da dispensação, coincidem exatamente com as palavras do Se­nhor registradas por Mateus.

As duas cartas de Paulo a Timóteo são as últimas epístolas que ele escreveu antes de sua partida para estar com Cristo. Ambas foram escritas na prisão, que foi para Paulo como Patmos foi para João, quando ele, "em espírito" (Ap LIO)3, viu as coisas que estavam por vir. Paulo estava dando suas últimas orientações para Timóteo para a ordem da Igreja de Deus até seus últimos dias na terra; ele estava dando as diretrizes para orientar, não só a Timóteo, mas a todos os servos de Deus, a como lidar com a casa de Deus. Em meio a todas essas instruções detalhadas, sua visão precisa se volta para os "últimos tempos" e, por ordem expressa do Espírito de Deus, ele descreve em breves sentenças, o perigo da Igreja nesses tempos fi­nais, da mesma forma que o Espírito de Deus havia dado aos profe­tas do Antigo Testamento algumas profecias "em gestação", que só seriam completamente compreendidas depois que os eventos vies­sem a acontecer.

Uma Análise Bíblica Sobre o Engano Satânico

O apóstolo disse: "O Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, e que têm cauterizada a própria consciência" (1 Tm4.1, 2).

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3 "Ele estava em espírito - numa condição completamente liberada da terra - transportado por meio do Espírito - no dia do Senhor". (Seiss) (NE)

O Relato de Paulo em 1 Timóteo 4.1, 2: A Única Declara­ção Específica Sobre a Causa do Perigo

A declaração profética de Paulo parece ser tudo o que é dito em palavras específicas sobre a Igreja e sua história no fim da dispensação. O Senhor falou em termos gerais sobre os perigos que Seu povo teria de enfrentar no fim dos tempos, e Paulo escreveu aos tessalonicenses mais especificamente sobre a apostasia e os enganos malignos do Corrupto nos últimos dias, mas a passagem em Timó­teo é a única que mostra de forma explícita a causa especial do perigo que a Igreja enfrentaria em seus últimos dias na terra e como os espí­ritos malignos de Satanás se lançariam sobre os membros dela e, por meio de engano, afastariam a alguns da pureza da fé em Cristo.

O Espírito Santo, na breve mensagem dada a Paulo, descreve o caráter e a obra dos espíritos malignos, reconhecendo: 1) sua exis­tência, 2) seus esforços dirigidos aos crentes com o objetivo de enganá-los e, por meio de engano, afastá-los do caminho da fé simples em Cristo e de tudo que está incluído na "fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Jd 3).

Pode-se entender, a partir do original grego, que é o caráter dos espíritos que está descrito em 1 Timóteo 4.1-3, e não o dos homens que eles, por vezes, usam em sua obra de engano.4

Guerra Contra os Santos

O perigo da Igreja no final dos tempos é, portanto, proveniente de seres sobrenaturais hipócritas, que fingem ser o que não são, que dão ensinamentos que aparentam produzir maior santidade, por meio da severidade ascética para com a carne, mas são, em si mesmos, malignos e impuros, e trazem para aqueles a quem enganam toda a maldade de sua própria presença. Onde eles enganam, ganham a posse; e enquanto o crente enganado pensa estar mais santo e mais santificado, esses espíri­tos hipócritas defraudam o enganado com sua presença e sob uma capa de santidade tomam posse de seu terreno legal e ocultam suas obras.

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4 Pember diz que o v. 2 se refere ao caráter dos espíritos enganadores e deve ser lido deste modo: "ensinamento direto de espíritos impuros, que, apesar de carregarem uma marca em sua própria consciência, como um criminoso é desfigurado - pretendem santificar (i. e., santidade) para ganhar crédito por suas mentiras" (NE)

O Perigo de Espíritos Enganadores

Afeta a Todos os Filhos de Deus

O perigo diz respeito a todos os filhos de Deus, e nenhum crente espiritual ousa dizer que está livre do perigo. A profecia do Espírito Santo declara que:

1) "alguns" apostatarão da fé;

2) a razão da apostasia será obedecer a espíritos enganadores, isto é, a natureza da obra deles não será declaradamente má, mas, sim, engano, que é uma obra disfarçada. A essência do engano é que a obra é vista como sincera e pura;

3) a natureza do engano será doutrinas de demônios, isto é, o engano se dará numa esfera doutrinária;

4) o engano se dará pelo fato de que as doutrinas serão entre­gues com hipocrisia, ou seja, serão faladas como se fossem verdade;

5) dois exemplos do efeito dessas doutrinas de espíritos malig­nos são mostrados: a proibição do casamento e a abstinência de ali­mentos; ambos, disse Paulo, criados por Deus. Portanto, o ensinamento deles é marcado pela oposição a Deus, até mesmo em Sua obra como Criador.

Os Poderes Satânicos Descritos em Efésios 6

Doutrinas demoníacas têm sido geralmente considerados como pertencendo também à Igreja de Roma, devido aos dois resultados de ensinos demoníacos mencionados por Paulo, que caracterizam essa Igreja, ou as "seitas" posteriores do século XX, com sua omissão da idéia de pecado e da necessidade do sacrifício remidor de Cristo e de um Salvador Divino. Mas há um vasto domínio de engano doutri­nário por meio de espíritos enganadores penetrando e interpenetrando a cristandade evangélica, por meio do qual os espíritos malignos, em maior ou menor grau, influenciam a vida até de homens cristãos, exercendo domínio sobre eles; até cristãos espirituais são assim afe­tados no plano descrito pelo apóstolo, em que os crentes unidos ao Cristo ressurreto encontram "forças espirituais do mal nas regiões celestiais." Os poderes satânicos descritos em Efésios (5.12 são apre­sentados divididos em:

1) Principados: poderes e dominadores que lidam com nações e governos;

2) Potestades, com autoridade e poder de ação em todas as esfe­ras abertas a elas;

3) Dominadores do mundo, governando as trevas e cegando o mundo de forma geral;

4) Forças espirituais do mal nos lugares celestiais, que dirigem suas forças contra a Igreja de Jesus Cristo, em artimanhas, dardos infla­mados, ataques violentos e todo engano imaginável sobre doutrinas que sejam capazes de planejar.

O perigo para a casa de Deus não é, portanto, para poucos, mas para todos, pois, obviamente, para começar, ninguém pode apostatar da fé a não ser aqueles que estejam verdadeiramente na fé. O perigo tem sua origem em um exército de espíritos ensinadores derramados por Satanás sobre todos os que estejam abertos aos ensinamentos provindos do mundo espiritual e, por meio da igno­rância a respeito de tal perigo, sejam incapazes de discernir as arti­manhas do inimigo.

O perigo assalta a Igreja vindo do mundo sobrenatural e vem de seres espirituais sobrenaturais que são pessoas (Mc 1.25) com capaci­dade inteligente de planejar (Mt 12.44, 45), com estratégia (Ef 6.11), o engano daqueles que lhes obedecerem.

O perigo é sobrenatural. E os que estão em perigo são os filhos espirituais de Deus, que não serão enganados pelo mundo ou pela carne, mas estão abertos a tudo o que possam aprender das coisas "espirituais", com desejo sincero de ser mais "espirituais" e mais avan­çados no conhecimento de Deus. Pois o engano por meio de doutri­nas não preocuparia tanto o mundo quanto preocupa a Igreja. Os espíritos malignos não tentariam atrair cristãos espirituais para peca­dos declarados, como assassinato, bebedeira, jogatina, etc, mas pla­nejariam o engano na forma de ensino e doutrinas, aproveitando-se do fato de o crente não saber que o engano por meio de ensino e doutrinas permite a espíritos malignos "possuírem" o enganado tan­to quanto por meio de pecado.

Como os Espíritos Malignos Enganam

por meio de "Doutrinas"

A maneira pela qual os espíritos malignos, na qualidade de mestres, levam os homens a receber seus ensinamentos pode ser re­sumida em três pontos específicos:

1. Dando suas doutrinas ou ensinamentos como revelações espirituais àqueles que aceitam tudo que é sobrenatural como Divi­no simplesmente porque é sobrenatural — é certa classe desacostu­mada com o mundo espiritual, que aceita tudo o que é "sobrenatu­ral" como proveniente de Deus. Essa forma de ensino é direta à pes­soa, por meio de "flashes" de luz sobre um texto, "revelações" por meio de visões de Cristo ou seqüências de textos aparentemente dados pelo Espírito Santo.

2. Misturando seus ensinamentos com o próprio raciocínio do homem, para que ele pense que chegou às suas próprias conclusões. Os ensinos dos espíritos enganadores nesta forma aparentam ser tão naturais que parecem vir do próprio homem, como fruto de sua pró­pria mente e consideração. Os espíritos de engano imitam a obra do cérebro humano e introduzem pensamentos e sugestões na mente humana, pois podem se comunicar diretamente com a mente, sem a necessidade de possuir, em qualquer grau, a mente ou o corpo.

Os que são assim enganados acreditam que chegaram às suas próprias conclusões por meio de seus próprios raciocínios, ignoran­do o fato de que os espíritos de engano incitaram-nos a "raciocinar" sem dados suficientes ou baseados em uma premissa errada e, assim, chegar a falsas conclusões. O espírito de ensino atingiu seu próprio objetivo colocando uma mentira na mente do homem pela instrumentalidade de um raciocínio falso.

3. Indiretamente usando mestres humanos enganados, que supõem estar ensinando a "verdade" divina mais pura e em quem as pessoas implicitamente acreditam por causa de sua vida e caráter piedosos. Os crentes dizem: "Ele é um homem bom e um homem santo, e eu creio nele." A Eles tomam a vida do homem como garan­tia suficiente para seu ensino, em vez de julgarem o ensinamento por meio das Escrituras, independente do caráter pessoal de quem ensina. O fundamento disso é a idéia comumente aceita de que tudo o que Satanás e seus espíritos malignos fazem é manifestamente mau. A verdade que não se percebe é que eles operam sob o disfarce da luz (2 Co 11.14), ou seja, se conseguirem que um "homem bom" aceite algumas de suas idéias e as passe adiante como "verdade", ele se torna um instrumento muito melhor para os propósitos de enga­no do que um homem mau que não teria credibilidade alguma.

Falsos Mestres e Mestres Enganados

Há uma diferença entre falsos mestres e mestres enganados. Há muitos mestres enganados entre os mais dedicados mestres hoje em dia, porque não reconhecem que um exército de espíritos ensinadores tem-se apresentado para enganar o povo de Deus e que o especial perigo para a parte mais espiritual da Igreja está no campo sobrenatural, de onde os espíritos enganadores, com ensinamentos, estão sussurrando suas mentiras a todos os que são "espirituais", isto é, abertos a coisas espirituais. Os espíritos ensinadores com suas dou­trinas farão todos os esforços para enganar aqueles que têm de trans­mitir "doutrina," e buscam mesclar seus "ensinamentos" com a ver­dade, para fazer com que sejam aceitos. Hoje em dia, todo crente deve provar seus mestres por si mesmos, pela Palavra de Deus e de acordo com a atitude deles em relação à redentora cruz de Cristo e a outras verdades fundamentais do evangelho, e não ser levado a pro­var o ensino pelo caráter do mestre. Bons homens podem ser enga­nados, e Satanás precisa de bons homens para fazer com que suas mentiras passem por verdade.

Extraído do Livro: Guerra Contra os Santos - Tomo 1- Jessie Penn-Lewis

SETOR EDUCAÇÃO CRISTÃ CPAD - O MINISTÉRIO PROFÉTICO NA BÍBLIA-LIÇÃO 4

g32850 Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

Subsídios extras para a lição O Ministério Profético na Bíblia,
a voz de Deus na Terra

3º trimestre/2010

Lição 04 - Profecia e Misticismo

Leitura Bíblica em Classe
Deuteronômio 13.1-5; 18.10-12
I. Avaliação da profecia
II. Práticas divinatórias
III. A necessidade da profecia bíblica


Conclusão

Prezado professor, na lição deste domingo o tema a ser tratado é “Profecia e Misticismo”. É um assunto bem atual que remonta o contexto de busca pela espiritualidade no Brasil. Porém, o que a mídia e outros setores de comunicação entendem por espiritualidade é uma rede de conceitos completamente frontal aos princípios estabelecidos pela Palavra de Deus. Gostaríamos de destacar alguns termos, os quais aparecem em Deuteronômio 18.10,11, que farão lembrar compreensão equivocada que a sociedade hodierna tem pelo termo espiritualidade. Os termos são:

· Adivinhador – É o que pratica adivinhação e feitiçaria.

· Agoureiro – Significa fazer agouros pela nuvem. Mas o seu sentido pode ser ampliado para “observar os tempos, praticar adivinhação, espiritismo, magia, bruxaria e encantamento.

· Feiticeiro – Fazer encantamento, adivinhação, presságio, feitiçaria, agouro.

· Encantador de encantamentos – Unir, dar um nó mágico. Manipulação de determinados “poderes sobrenaturais”.

· Consultor de espírito adivinhante – A expressão significa médium, espírito, espírito de mortos, necromante e mágico. A expressão “quem consulte os mortos” é literalmente usada para indicar a necromancia. O necromante é aquele que faz adivinhação por meio de consulta aos mortos, ou seja, é a prática mediúnica. A palavra grega para necromante é nekuomanteia cujo significado é “necromancia, adivinhação por meio da evocação dos mortos”.

· Mágico – É o agoureiro, adivinhos.[1]

Os deuses pagãos (que surgem no imaginário do povo pagão) eram uma abominação, porque eles constituíam uma reivindicação rival à soberania do Senhor. Os seus profetas eram igualmente maus. Professavam ouvir a comunicação de outros deuses e, por isso, tinham de ser mortos por ajudar e promover a sedição segundo o mandamento de Deus.

A aparição de falsos profetas e a adoração a falsos deuses (cujo a Bíblia os chama de demônios) está relacionada a prática divinatória.

Antes de Moisés anunciar a promessa de Deus sobre o estabelecimento do ministério profético em Israel (Dt 15.15-22), Deus advertiu o povo para que ninguém se envolvesse com práticas divinatórias e enumerou algumas delas, dizendo serem parte de culto pagão dos cananeus[2]. Em Deuteronômio 15 é evidente que as práticas divinatórias estão relacionadas com a crença de vários deuses e a ação que constitui o estabelecimento do fenômeno religioso do povo pagão primitivo.

Ao estudar a função do profeta, entendemos que seu objetivo nunca foi adivinhar o futuro ou praticar a adivinhação em qualquer esfera. O profeta atuava para atender as reais necessidades do povo como o mensageiro de Deus. Portanto, o conceito de profeta como adivinhador do futuro é completamente impossível pela Escritura. Esperar que o profeta esteja disponível para adivinhar o porvir é abominação aos olhos de Deus!

Sabemos que o Brasil está mergulhado nos mais profundo ocultismo. Mas o que espanta, é esse mal imperar em certos arraiais evangélicos na forma de “experiências espirituais”. Fotos, rosas ungidas, sal grosso, rodopios “espirituais” e etc., envergonham o Evangelho pisando no sacrifício de Cristo e expondo uma grande parte do povo evangélico brasileiro ao ridículo. Em reuniões que acontecem tais manifestações, o que vemos, é uma série de manifestações e expressões que em nada lembrar o verdadeiro poder de Deus.

Professor, converse com seus alunos e explique que os objetivos da aula são: conhecer o termo misticismo; explicar o que são práticas divinatórias; identificar atos maléficos a nossa fé; compreender, de uma vez por todas, que a relevância do Evangelho não está numa suposta experiência espiritual, mas através da experiência viva e iluminadora da manifestação de Cristo Jesus em nós: “o mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações, e que agora, foi manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória” (Cl 1.26,27).

 

Boa aula e Deus lhe abençoe!


 

Referência Bibliográfica


SOARES, Ezequias. O Ministério profético na Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B.
Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.


[1] SOARES, Ezequias. O Ministério profético na Bíblia. Rio de Janeiro, 1. ed. CPAD, 2010, p. 70,1.

[2] Vide a lista da prática divinatória acima.

JUVENIS - LIÇÃO 4

rev.juvenis 3 tri 2010 Conteúdo adicional para as aulas de Juvenis.

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2010
O adolescente e seus relacionamentos

 

 

Lição 04 - O Fruto do Espírito Santo

Texto Bíblico: João 15.1,2,5; Gálatas 5.22-25


V. 22- Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade.

É notável a formulação desta frase em relação com o versículo 19. A mudança de “obras” para “fruto” é importante porque remove a ênfase do esforço humano. É significativo que Paulo use o singular “fruto” e não o plural “frutos”.


Encabeçando a lista está ágape que aparece sempre ao final dos catálogos de virtudes e manifesta deste modo como princípio e fundamento de todas as demais virtudes. Este amor foi derramado em nossos corações com o Espírito Santo e se manifesta na fé enquanto amor “meu”. Ele dirige-se a Deus (Rm 8.28; 1 Co 2.9), a Cristo e ao próximo (Rm 13.8,10; Gl 5.13,14,etc). O amor de Cristo Jesus está dentro dos nossos corações, tendo sido derramado pelo Espírito Santo que atua como força vital divina que funde todos os carismas, é invariável e permanente. Seguindo o amor, está a palavra “alegria” (chará). É a alegria fundamentada num relacionamento consistente com Deus. Pode-se falar dela como uma alegria absoluta (2 Co 13.11; Fp 2.18; 4.4; 1 Ts 5.16), e também qualificá-la, baseada neste último fundamento, como alegria “no Senhor” (2 Pe 3.1; 4.4,10).


A próxima palavra é “paz” (eirene). Várias vezes Paulo usa a expressão “Deus de paz, que indica o tipo de paz profunda por ele. Esta paz é muito consigo a serenidade mental, contrastando-se vivamente com as caóticas “obras da carne”. Em si mesmo, o Espírito está encaminhando para a paz, ordenada, que veio para judeus e gentios em Cristo Jesus. [...]Sendo parte do Fruto do Espírito a paz deve ser buscada.


A palavra traduzida por “paciência e amabilidade” (makrothumia), significa longanimidade, paciência para suportar as injúrias de outras pessoas. É uma característica de Deus e de Cristo atuar com amabilidade. É uma propriedade essencial do amor.

A palavra “bondade” (chrestótes) tem seu uso comumm tanto no grego bíblico, quanto no eclesiástico. [...] Em Paulo, significa benignidade, gentileza. Refere-se a uma disposição gentil e bondosa para com os outros, é característica de “ser bom”.

A palavra traduzida por “fidelidade” (pístis), na maioria dos casos em que ocorre no Novo Testamento significa a fé que é confiança, entrega e obediência totais no que diz respeito a Cristo. [...] Traz o sentido de fidelidade a padrões da verdade ou no sentido de fidedignidade no trato com outras pessoas.

V. 23- Mansidão e domínio próprio.


“Mansidão” (prautes) é doçura, conduta suave, atitude pacífica com o próximo. Contém um sentido de brandura que é visto como disposição de submeter-se à vontade de Deus. É uma característica especial dos cristãos enquanto pessoas espirituais. Este fruto deve ser usado sempre que aparece a ira.
A outra palavra é “domínio próprio” (egkrateia), significa autocontrole, a característica de ter domínio sobre seus próprios apetites. [...] Ela não significa somente capacidade de controle, mas de uma forma mais ampla: o autodomínio e disciplina sexual.


 

 

Texto extraído da obra: Comentário de Gálatas. CPAD, 2009.

ADOLESCENTES-LIÇÃO 4

rev.adolescentes 3 tri 2010 

Conteúdo adicional para as aulas de Adolescentes

 

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2010
Minha missão no mundo

 

Lição 04 - Mas eu nasci assim

Texto bíblico: Gn 25.19-34; Gl 5.16-26

Personalidade é conjunto de atributos e qualidades físicas, intelectuais e morais que caracterizam o indivíduo. Os principais elementos formadores da personalidade são a hereditariedade e o meio ambiente.

Hereditariedade são os fatores herdados, isto é, a natureza humana transmitida pelos pais. Esses fatores hereditários nascem com o indivíduo e afetam e agem no mesmo através:

· Do sistema nervoso;

· Do sistema endócrino (as glândulas de secreção interna);

· Dos demais órgãos internos.

Esses fatores influem no psiquismo da pessoa, determinando o seu biótipo, isto é, sua constituição física, seu temperamento e influindo no, seu caráter. Eles passam de geração a geração e afetam o aprendizado de várias maneiras.

A. Componentes da Personalidade


1. Biótipo ou constituição. É o aspecto físico-morfológico do indivíduo.
2. Temperamento. É o aspecto fisiológico-endócrino do indivíduo. Noutras palavras, é a característica dinâmica da personalidade. Fazem parte dele os impulsos ou instintos, que sãos as força motrizes da personalidade. Os instintos são congênitos; implantados na criatura para capacitá-la a fazer instintivamente o que for necessário, independente de reflexão e para manter e preservar a vida natural. “Se no início de sua vida, o bebê não tivesse certos instintos, não poderia sobreviver, mesmo com o melhor cuidado paterno médico”. Dr. Leander Keyser.

Esses instintos saíram perfeitos das mãos do Criador, mas o pecado que veio pela queda os perverteu e os transtornou.
Os afetos agem sobre o temperamento. É do temperamento que depende a maneira de reagirmos face aos fatos e circunstâncias da vida e ambientes.

3.Caráter. É o aspecto subjetivo da personalidade. O caráter é a característica responsável pela ação, reação e expressão da personalidade. É a maneira própria de cada pessoa agir e expressar-se. Tem a ver com a vontade própria e conduta. É a “marca” da pessoa subjetivamente.


4. O “eu”. É a pessoa consciente de si mesma. É o aspecto espiritual da personalidade. É ele o centro de gravitação, estrutura e equilíbrio de toda a vida psicológica.

Dos mais importantes aspectos ou componentes da personalidade são o caráter e o temperamento, os quais passamos a destacar.

Caráter

· É um componente da personalidade.

· É adquirido, não herdado.

· Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio ambiente: o lar, a escola, a igreja, a comunidade, e o estado sócio-econômico.

· Pode ser mudado, mas ... não é fácil!

· Jesus pode mudar milagrosamente o caráter (2 Co 5.17) e continuar mudando-o, à medida que nos rendemos a Ele ( Rm 12.2; Fp 1.6). Jesus pode salvar (Hb 7.25), e esta salvação abrange espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23).

Temperamento

· É um estado orgânico neuropsíquico.

· É inato, e capaz de desenvolver-se.

· É influenciado pelo sistema nervoso, glândulas de secreção interna, hereditariedade, constituição física.

· Pode ser controlado. O Espírito Santo pode e quer controlar o temperamento do crente (Rm 8.6,13; Gl 5.22).

· Não pode ser mudado.

 

 

 

Texto extraído do livro: Manual da Escola Dominical, pp. 222-224. CPAD