JUVENIS-LIÇÃO 02

domingo, 30 de janeiro de 2011

 

Rev.Juvenis-mestre-1-trim-2011 Conteúdo adicional para as aulas de Juvenis

Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2011
A História da Igreja

Lição 02 - A Expasão da Igreja

Em Lucas 2.1 lemos: “E aconteceu, naqueles dias, que saiu...

A HISTÓRIA DA IGREJA
Texto Bíblico: Atos 11.19-26


FORMAÇÃO DA IGREJA PRIMITIVA: INFLUÊNCIA, ROMANA, GREGA E JUDAICA
Em Lucas 2.1 lemos: “E aconteceu, naqueles dias, que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse”; e, ainda, em Gálatas 4.4 diz: “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”.
Jesus Cristo veio ao mundo em carne.

O “Emanuel - Deus conosco” se fez presente em um tempo: histórico, geográfico, social e político. Ele, o nazareno, fundou a Sua Igreja no mundo, através do Espírito Santo, e de acordo com contemporaneidade desse período histórico.
A Igreja foi inaugurada num contexto onde as políticas romanas, a intelectualidade grega e a religiosidade judaica contribuíram para a formação de sua identidade cultural. A Comunidade Primitiva, vivendo na plenitude do tempo, teve sucesso na sua expansão com a ação e direção do Espírito Santo, mas também de acordo com o desdobramento histórico, cultural, filosófico e político do mundo onde estava inserida.


Contribuição Romana
Os romanos, como nenhum outro povo, desenvolveram um sentido de unidade da espécie humana sob uma lei universal. A lei romana dava ênfase sobre a dignidade do indivíduo e desenvolvia uma tendência de agrupar homens de etnias diferentes numa só organização política. O Evangelho, que proclamava a unidade dos povos, ao anunciar a pena do Pecado e o Salvador do Pecado, estabelecia o plano salvífico de Deus dentro de uma concepção universalista do império romano.
Com o aumento do poderio imperial romano, pompeu varreu os piratas do Mediterrâneo e os soldados romanos garantiam a paz nas estradas da Ásia, África e Europa, esse processo ficou conhecido como a PAX ROMANA. Naturalmente, com o mundo relativamente pacífico, foi fácil a movimentação dos primeiros cristãos na propagação do evangelho nas cidades.

O sistema de estradas (que auxiliou os apóstolos nas viagens missionárias), a conversão de homens que participavam do exército romano (em suas viagens propagavam o evangelho) e a insatisfação religiosa dos povos (o avanço romano levava à falta de fé em seus deuses) contribuíram na construção de um ambiente favorável para a propagação do cristianismo em sua origem.
Contribuição Grega

A língua oficial mundial do 1° século era o grego Koinê (comum). Através do grego comum foi possível se comunicar com outros povos do mundo antigo. Como o Novo Testamento foi escrito em grego Koinê, conclui-se que o evangelho foi escrito numa língua comum à época, e por isso sua propagação foi eficaz.

A filosofia grega também preparou, consideravelmente, a vinda do cristianismo. Ela auxiliou na desconstrução de várias religiões à época. O pensamento grego, na maioria dos casos, aspirava por Deus. Ele postulava que a realidade não era temporal e material, mas atemporal e imaterial. Essa busca jamais conduziu o Homem a conhecer o Deus pessoal, mas preparou o caminho para o cristianismo oferecer a revelação histórica do Bem, da Beleza e da Verdade na pessoa verdadeira, humana e divina, o Cristo. 

A disposição para conhecer o novo e a liberdade de se discutir as religiões do mundo antigo serviram de plataforma para a expansão do evangelho em diversas culturas.
Contribuição Judaica

O monoteísmo é, sem dúvida, a maior herança judaica no mundo. No contexto onde o politeísmo era praticado majoritariamente, a dispersão judaica contribui na propagação da existência de um único Deus. Juntamente com essa fé, se estabelece um forte Sistema Ético onde o elevado padrão dos Dez mandamentos chocava os outros sistemas éticos prevalecentes à época.

O Antigo Testamento também preparou o caminho para vinda do cristianismo. Sabe-se que quando o cristianismo surgiu, os apóstolos e mestres usavam a Escritura do Antigo Testamento, inclusive, o próprio Senhor Jesus. Não havia, ainda, o cânon do Novo Testamento. Os apóstolos explanavam as Escrituras antigas.

A esperança messiânica judaica, também foi uma contribuição importante. Os judeus espalharam pelo mundo a esperança de um Messias que estabeleceria a justiça na terra. Essa esperança fez parte do nascedouro da Igreja. Ela nasceu com a esperança de que o seu Cristo voltaria para implantar o seu reino.

O monoteísmo, o sistema ético, o Antigo Testamento e a esperança messiânica não seriam propagados se as sinagogas não fossem espalhadas nas regiões que os judeus estavam presentes. Nascida por ausência do templo de Jerusalém, a sinagoga passou a ser parte integral da vida judaica. De fato o judaísmo conduziu os homens à revelação cristã (Gl 3.23-25). As primeiras pregações da igreja primitiva foram nas sinagogas. Elas, de fato, funcionaram como “o guarda” de uma cultura riquíssima, mas não somente isto, elas funcionaram como “agências” da Revelação na “Plenitude dos Tempos”.

Conclusão
Naturalmente, nem tudo foi positivo naquele período histórico. Houve muitas heranças malditas que fazem parte em algumas comunidades até hoje (gnosticismo, etc...). Porém, não podemos esquecer que Deus usou o tempo humano para estabelecer a sua Igreja. Prezado professor, explique ao seu aluno que não podemos nos intimidar com a cultura, o contexto social e a perseguição intelectual, mas podemos aproveitar a oportunidade que Deus nos dá de afirmar a razão da nossa fé. Mostre a eles o quanto é significativo que, entre todas as religiões praticadas no Império Romano ao tempo do nascimento de Jesus, o Cristianismo e o Judaísmo tenham conseguido sobreviver ao dinamismo da história humana. “E assim Deus fez na Plenitude dos Tempos!”


Referência Bibliográfica
CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos: Uma História da Igreja Cristã. Rio de Janeiro: Vida Nova, 2004.
______________________________________1A escatologia da Igreja Primitiva, até o século IV, se enquadra no Pré-Milenismo Histórico.

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