SUBSÍDIOS 1 JOAO LIÇAO 4

segunda-feira, 27 de julho de 2009




LIÇÃO 4
26 DE JULHO DE 2009-07-27
JESUS, O REDENTOR E PERDOADOR
INTRODUÇÃO

Deus com a sua presciência já sabia que o homem iria pecar, portanto, providenciou um meio de salvar a humanidade e se relacionar com ela.
O sacrifício expiatório do seu Filho, Jesus Cristo, era o único meio justo e legítimo para a redenção e reconciliação dos pecadores para como Deus.
Deus com sua justiça mesclada com sua misericórdia e amor em Cristo Jesus nos redimiu e nos perdoou todos os nossos pecados.
Jesus como nosso Redentor efetuou uma grande redenção, uma redenção eterna e perfeita sem precisar repeti - lá ou renova – lá.

REDENÇÃO
“Em quem temos a “redenção” pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1.7).
A Bíblia emprega a metáfora do resgate ou da redenção, para descrever a obra salvífica de Cristo. O tema da redenção aparece muitas vezes no Antigo Testamento, referindo-se aos ritos da “redenção”, no tocante as pessoas ou aos bens (cf Lv 25; RT 3 e 4).
A doutrina da Redenção nos mostra a obra de Jesus no Calvário. Segundo, o apóstolo Paulo, ela é a garantia da nossa liberdade. “... porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai, pois a Deus no vosso corpo” (1Co 6.20).O apóstolo Pedro, diz que fomos comprados por bom preço pelo nosso Senhor,isto é, fomos resgatados da escravidão do pecado que estávamos à morrer. “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver...mas como o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,..(1 Pe 1.18,19).
No Antigo Testamento, nós encontramos o “parente redentor” funcionava como um go`el. O próprio Javé é o Redentor (heb.go`el) do seu povo (Is 41.14;43.14), e eles são os redimidos, (go`ulim, Is 35.9; 62.12). O Senhor tomou mediadas para redimir (heb.padhah), os primogênitos (Ex.13.13-15).Ele redimiu Israel do Egito (Ex 6.6;Dt 7.8;13.5) e também os remirá do exílio (Jr 31.11). As vezes Deus redime um indivíduo (Sl 49.15;71 23); ou um indivíduo ora, pedindo a redenção divina (Sl 26.11;69.18).Mas a redenção no A.T em alguns textos diz respeito aos assuntos morais.
No Novo Testamento, Jesus é tanto o “Resgatador” quanto o “resgate”; os pecadores perdidos são os “resgatados”. Ele declara que veio “para dar a sua vida em resgate (Gr.lutron) de muitos” (MT 20.28; Mc 10.45).Era um “livramento (Gr. Apolutõsis) efetivado mediante a morte de Cristo, que libertou da ira retributiva de Deus e da penalidade merecida do pecado”. Paulo liga à nossa justificação e o perdão dos pecados à redenção que há em Cristo (Rm 3.24;Cl 1.14), apolutrósis nestes dois textos).
No Novo Testamento, a doutrina da redenção está em foco, quase que em cada seção da Bíblia.
A redenção no Novo Testamento, também tem a idéia de resgate. Ela tem sentido maior na pessoa de Jesus Cristo.
Alguns termos usados que falam da redenção: Agorazo:comprar no mercado,livramento,perdão dos pecados e salvação(Gr.lutron, lat.redeem,mesmo significado).Exagorazo: comprar para fora do mercado.
JESUS COMO NOSSO REDENTOR
No Antigo Testamento encontramos os ritos redentivos que preparam e ensina o povo de Israel a receber o sacrifício perfeito, o Messias, o redentor e salvador de Israel e de todos que Nele crê.
O tabernáculo com seus móveis e os sacrifícios que ali ofereciam simboliza uma redenção perfeita e eterna que havia de se cumpri na pessoa de Jesus Cristo.
A redenção tem significação especial na pessoa de Jesus Cristo. Quando Ele declara: “ porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em “resgate” de muitos”(Mc 10.45). Os Termos que são depreendidos da Bíblia Sagrada sobre redenção, pressupõem um livramento, por meio de um substituto, de um cativo ou devedor incapacitado de efetuar seu próprio livramento.
Os textos que focalizam os elementos da redenção são reiterados, enriquecidos e aprofundados nas Escrituras. Esses elementos afirmam e declaram, que o “ resgate” de uma alma é muito caro (Sl 49,8,9), por se tratar de preço de sangue; por isso, todos os recursos humanos se esgotaria antes. (“Pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes.”)
Então, as Escrituras salientam: somente Cristo, pode e faz a redenção (1Pe 1.18,19; 1Jo 2.2), resgatando-nos: “...todos os que com medo da morte, estavam por toda a vida sujeito a servidão” (cf Hb 2.15;9.12).
A redenção pelo seu sangue. Esta foi uma das declarações do apóstolo Paulo, em Efésios 1.7, que diz: “ Em quem temos a redenção pelo seu sangeu..” De acordo com este sentido de redenção, existe outra palavra característica ainda para descrever a natureza da redenção é “apolytrõsis”.
O substantivo “ apolytrõsis” significa sob pagamento de um preço, e esse preço é justamente a morte expiatória do Salvador. Quando lemos a respeito de “redenção pelo sangue” (Ef.1.7), entendemos que o sangue de Cristo está sendo claramente reputado como o preço da redenção. Assim sendo, somos comprados por preço (1Co 6.19;7.22). E preço altíssimo!
A redenção inclui o “ resgate” que nos livra do pecado, conforme o termo grego por detrás dessa tradução pode significar; mas também fala da totalidade de nossa salvação em Cristo, incluindo todos os seus aspectos.
JESUS COMO NOSSO PERDUADOR
A origem do perdão está em Deus, que em Cristo Jesus nos perdoou (Sl 130.4;Ef.4.2).
Jesus é a nossa propiciação pelos nossos pecados (1 Jo2.2).Mediante o perdão alcançado pela obra do nosso Senhor na Cruz somos reconciliados com Deus.Percebe-se que a doutrina do perdão, precede a doutrina da reconciliação, pois somente através do perdão é que a criatura humana pode ser aceita (Lc 15,etc). Assim sendo, o arrependimento habilita-nos para a recepção do perdão, ainda que não nos dê esse direito. Somente o sangue de Cristo é que garante e pode fazer isso na pessoa humana. É evidente que o princípio do perdão deve funcionar a despeito da ausência de arrependimento. Talvez seja fácil perdoar se o ofensor se mostra arrependido. Lembrem-nos, entretanto, de que Cristo, já na cruz, perdoou aos seus próprios adversários e assassinos.
Somente pela morte e ressurreição de Jesus Cristo é que temos o perdão de nossos pecados. Jesus é o nosso advogado junto ao Pai que intercede por nós.
A Bíblia diz também que o sangue de Jesus nos purifica de todos os pecados.
O cristão precisa ter convicção que Deus perdoou todos os nossos pecados pelos méritos da obra do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
A atitude de Jesus em relação a uma pessoa arrependida sempre vai ser o perdão. Porque Jesus veio ao mundo não para o condená-lo, mas para salvá-lo.
Jesus continua perdoando e salvando vidas; o seu perdão continua estendido aos pecadores. Jesus é suficiente para perdoar pecados.



CONCLUSÃO

A realidade do pecado é indiscutível, pois os fatos nos mostra que estamos vivendo num mundo que jaz no maligno. O mundo sem Deus continua de mal a pior, cada vez mais se autodestruído e rejeitando a Deus e sua Luz.
Há outra realidade, tão real quanto ao pecado, que Jesus continua perdoando, continua salvando e levando para o Céu.
A obra do Senhor na cruz não foi em vão as suas conseqüências são eternas.
Ela teve resultados no passado, no presente e terá no futuro.
O Senhor continua nos redimindo e nos perdoando nesse mundo mal até a volta de Jesus Cristo que nos revestirá da redenção eterna.
Que Deus abençoe a todos.






BIBLIOGRAFIAS USADAS

-Severino Pedro da Silva, A doutrina da predestinação, CPAD.
-Stanley M. Horton, Teologia Sistemática, CPAD.
-Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD

SUBSÍDIOS 1 JOÃO LIÇÃO 3

quarta-feira, 22 de julho de 2009


LIÇÃO 3

19 DE JULHO DE 2009-07-22

JESUS, A LUZ DO CRENTE.
INTRODUÇÃO

No prólogo do Evangelho de João, encontramos oito maravilhosos títulos divinos de
Cristo em Jo 1.151: Verbo (v.1); Vida (v.4); Luz (v.7); Filho Unigênito de Deus (vv.18,49); Cordeiro de Deus (v.29); Messias (v.4); Rei de Israel (v.49); e Filho do Homem (v.51).A deidade, natureza, identidade, encarnação e missão de nosso Senhor e Salvador manifestos em apenas um Capítulo!
Nesta lição iremos mostrar Jesus como a “Luz do mundo” e seus servos como os “filhos da luz”, isto é, aqueles que participam que recebeu de Jesus a luz da vida eterna. Aqueles que vivem na luz, e que não andam mais em trevas, mas foram resgatados das trevas e agora vivem em novidade de vida em cristo Jesus. São aqueles que aceitaram a Jesus com seu Senhor e Salvador pessoal.
CONCEITO DE LUZ
Phõs, cognato phaõ, “dar luz” (das raízes pha- e phan-, expressando “luz conforme é vista pelos olhos”, e, metaforicamente, conforme “alcança a mente”, de onde phainõ, “fazer aparecer”, phaneros, “evidente”, etc.). Primeiramente, luz é uma emanação luminosa, provavelmente de força, proveniente de certos corpos que permitem os olhos discernirem forma e cor. A luz requer um órgão adaptado para sua recepção (Mt.6.22).Quando não há participação dos olhos, ou quando estes, por algum motivo, estão debilitados, a luz é inútil. O homem, naturalmente, é incapaz de receber a luz espiritual, já que lhe falta a capacidade pelas coisas espirituais (1Co 2.14).
Por conseguinte, os crentes são chamados “ os filhos da luz” (Lc 1.8), não meramente porque receberam uma revelação de Deus, mas porque no novo nascimento eles receberam a capacidade espiritual para isso”.(Dic.Vine, Cpad).
JESUS É A LUZ
“Jesus é a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo”.A Bíblia diz que Deus é Luz (1Jo1.5;Sl27.1).Esse título divino também é aplicado ao Senhor Jesus.Desde o Antigo Testamente já se aplicava esse título ao Senhor Jesus.Esse título divino seria uma designação do Messias, o Servo do Senhor (Is42.6,7;9.2;Mt4.16).
O termo “luz” aparece cerca de 30 vezes nos escritos de João e muitas das vezes ele está citando o Jesus: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” Jo 8.12; veja 9.5; 12.46).
“Luz” e “trevas” são termos morais nos escritos de João. O caráter de Deus é expresso como luz; a índole do homem pecador é expresso como trevas.
No Relato da Criação, lemos que Deus, pelo poder da sua Palavra, fez surgir a luz, que desfez o caos (Gn 1.2,3). O Senhor Jesus é a “luz” que alumia ao mundo”(Jô 1.9), e por isso, desfaz o caos da vida humana ( 2Co 4.6).
LUZ EM CONSTRASTE COM AS TREVAS
O dualismo de luz e treva é característica marcante da Teologia Joanina.
O “Mundo de baixo”é do mal e está em trevas, recusa-se aceitar a luz, é governado pelas trevas(Mal), mas o “Mundo de cima” é de Deus – da luz. Jesus veio trazer a verdadeira luz para os homens não permanecerem mais nas trevas, a fim de praticarem a verdade sem tropeço (Jô 1.5; 8.12; 9.5; 11.9; 12.35,46). Os que desprezam a luz, descrêem em Jesus, coroam o Mal.
VIVENDO COMO FILHOS DA LUZ
“Se dissermos que temos comunhão com Ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade (1Jo 1.6). “ Se afirmarmos(dissermos)”, é repetida três vezes nesta curta carta seção. Em cada caso, a “afirmação” é colocada contra uma realidade que expõe a afirmação como sendo falsa, e que revela a verdadeira maneira de Deus tratar como a ampla disparidade entre a Sua natureza, e a do homem.
Somente reconhecendo esta disparidade, e tratando os nosso erros de acordo com a maneira de Deus, é que podemos viver a verdadeira comunhão com Deus.(C.Hist.cult.Cpad).
Os “ filho da luz” devem andar e viver na luz, porque Deus é luz.Se queremos estar confortáveis com Deus e viver em comunhão íntima com ele, devemos andar “na luz, como ele está na luz”.
Nossos valores, compromissos, atitudes, e comportamento devem estar em harmonia com o caráter de Deus, não com as paixões naturais da humanidade decaída.
Certamente, João, não está falando da ausência de pecado, “Se, porém, andarmos na luz”, ele disse, “o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”. Mesmo os que andam na luz precisam de perdão e purificação dos pecados cometidos. Embora, para pecar, nunca podemos declarar ser impossível pecar.
CONCLUSÃO
Quanto mais nos afastarmos do foco da luz de um poste, percebemos que nossa sombra alonga-se até que chega um momento em que se perde na distância.Contudo, quando nos posicionamos sob o foco de luz, não há nenhuma sombra. Não se esqueça desta verdade: se quisermos obter uma media exata de quem somos, precisamos, por meio da palavra, estar sob a luz da presença de Deus. É lá que podemos nos aferir, não com base em nossas conquistas, ou na opinião alheia, ou ainda, naquela que nós temos a nosso respeito. Lá podemos ser quem realmente somos na presença daquele que nos conhece e ama. “pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai pois como filho da luz”. (Ef 5.8).

BIBLIOGRAFIAS USADAS:
-Erwin W. Lutzer, Porque pessoas boas fazem coisas más, Cpad.
-Lawrence Richards, Comentário Bíblico do Professor, Vida
-Lawrence O. Richards, Comentário hist.cult.do N.T, Cpad.
-Dicionário Vine, Cpad.
-Lições Jovens/Adultos, 1 Trim.de 2008, Jesus Cristo

SUBSÍDIOS 1 JOÃO LIÇÃO 2

terça-feira, 21 de julho de 2009





LIÇÃO 2
12 DE JULHO DE 2009
JESUS, O FILHO ETERNO DE DEUS.
INTRODUÇÃO

Um conceito teológico errado sobre a Pessoa de Jesus fere todos os pontos essenciais da fé cristã ou parte deles.
Todos os teólogos que ensinam e defendem uma doutrina cristológica estranha ao Novo Testamento se inserem nesse contexto. O apóstolo Pedro afirma que negar ao Senhor que os resgatou são “heresias de perdição”. Veja 2 Pedro 2.1; 2 João 7.
O Senhor Jesus disse: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo17.3). Isso significa que conhecer um Jesus estranho ao Novo Testamento, mencionado 2 Coríntios 11.4, leva o homem a adorar um Deus errado e o fim é terminar também num céu errado.Essa resposta mostra que a Doutrina Cristológica é uma questão de vida ou morte é não uma crença alternativa.
O Esclarecimento dos aspectos cristológicos a respeito da Divindade e da Eternidade de Jesus foi importante para a Igreja Primitiva e não é menos relevante para os nossos dias atuais.

SISTEMA DOUTRINÁRIO ERRÔNEO NOS TEMPOS DO APÓSTOLO

Quando o apóstolo João escrevera o Evangelho que leva seu nome, havia certamente ouvido falar da doutrina gnóstica que destruía a Divindade, a humanidade e o estado de mediador de Jesus.
Possivelmente esse sistema doutrinário errôneo se iniciara por volta do inicio do primeiro século.
Quando o apóstolo João, combateu essa doutrina errônea a respeito de Cristo no seu Evangelho, ela se encontrava em fase de desenvolvimento. Encontramos essa doutrina já bem desenvolvida por volta de 60 D.C e nos tempos do apóstolo João ela já se encontrava em todas as partes do Império Romano.
Encontramos o apóstolo Paulo combatendo essa doutrina na Carta aos Colossenses e também o apóstolo Pedro na sua Segunda Carta contra os falsos mestres gnosticos.
Esse sistema pagão que se desenvolveu nos tempos do apóstolo Paulo, conhecido como gnosticismo – que constituía o maior perigo para a fé da igreja.
Os gnósticos vangloriavam-se de possuírem uma sabedoria muito mais profunda do que aquela revelada nas Sagrada Escrituras, uma sabedoria que era propriedade de alguns favorecidos. “(gnósticos” vem de uma palavra grega que significa “conhecimento”). Os gnósticos pensavam que a matéria em si fosse essencialmente má, razão por que um Deus santo não a poderia ter criado. Os anjos, diziam eles, eram os criadores da matéria. Um Deus puro não tinha comunicação direta com o homem pecador, mas comunicava-se com ele por meio de uma cadeia de anjos intermediários, que formavam quase uma escada da terra ao céu.
O Dr. Jowett descreve da seguinte maneira uma forma da sua crença: “A carne é essencialmente má, Deus é essencialmente santo e entre o essencialmente mau e o essencialmente santo não pode haver comunhão. É impossível, diz a heresia, que o essencialmente santo tenha contato com o essencialmente mau. Há um abismo infinito entre os dois e um não pode ter intimidade nem contato com o outro.
A heresia então teve de inventar meios pelos quais este abismo fosse atravessado e o Deus essencialmente santo pudesse entrar numa comunhão com o estado essencialmente mau do homem. O que se podia fazer? A heresia diz que do Deus essencialmente santo emanou um ser um pouco menos santo, e que deste segundo ser santo emanou um terceiro ainda menos santo, e deste terceiro um quarto e assim por diante, com um enfraquecimento cada vez maior, até que apareceu um (jesus) que estava tão despojado de divindade e tão semelhante ao homem, que podia entrar em contato com ele”.
É esta heresia que incomodava os irmãos nos tempos de João. E também e a mesma que João combate na sua primeira epístola!

SISTEMAS DOUTRINÁRIOS ERRÔNEOS DOS NOSSOS TEMPOS

Nos nossos dias, não é diferente as velhas e novas heresias a respeito de Jesus Cristo continuam. E o pior que elas agora usam a Bíblia para iludir os incautos e macular a sã doutrina.
Cabe a nós Joãos defendermos com ousadia e poder de Deus as Doutrinas Bíblicas Cristã das heresias dos nossos dias.
As seitas e seus ensinamentos acerca da pessoa de Jesus:
As Testemunha de Jeová afirmam que Jesus é um deus de segunda categoria, que o Espírito Santo é uma força ativa e impessoal e que a Trindade é uma doutrina pagã. Os mórmons pregam a divindade do homem e chama as três pessoas da Trindade de três Deuses. Dizem que a divindade de Jesus é igual a de toda a humanidade, pois ensinam que “ Como o homem é, Deus foi; como Deus é, o homem vir a ser”.
A Nova Era prega o panteísmo e a divindade do homem. A Igreja Local de Witness Lee, apesar de usar o com freqüência o nome Trindade em suas publicações e defendem a deidade de Cristo, negam-na na exposição dela: é uma crença unicista. Todas as seitas orientais e ocultistas recusam a doutrina bíblica da Trindade.
A Ciência Cristã ensina que Jesus possuía apenas a natureza humana, sua divindade é meramente uma idéia. Os Meninos de Deus, que a partir de 1994 adotaram um novo nome “ A Família”, afirma que Jesus teve um início. O Reverendo Moon nega a ressurreição de Jesus e afirma que sua morte foi um erro lamentável.
A Ciência Divina ensina que Cristo é um princípio interior e a Ciência Religiosa prega que Jesus deve ser distinto de “Cristo”. A Teosofia ensina que o Jesus histórico era meramente humano e os unicistas negam a Trindade e ensinam que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma só Pessoa. Todos esses conceitos cristológicos contraiam o ensino bíblico e estão no contexto petrino de “negarão ao Senhor que os resgatou” e o fim deles é a perdição.


O QUE O APÓSTOLO JOÃO ENSINOU

I - JESUS MANANCIAL DA VIDA ETERNA
“Nele estava a vida”.Jesus declarou que além de possuir a “vida em si mesmo”(Jo5.26) era a “ ressurreição e a vida” (Jo11.25;5.25).No Antigo Testamento, o Pai é identificado como a fonte e o manancial de vida (Gn2.7;Dt30.20;Sl36.9).
Era um título que pertencia exclusiva e unicamente ao Criador de toda a vida (Sl133.3).
Cristo, entretanto, atribui a si mesmo essa designação divina(Jô 5.21,26) e, como tal, foi reconhecido seja através de seus sinais(Jo5.32-35;11.25) seja por meio de seus atos milagrosos (Jo11.42-45;Mt9.18,23-25).
A vida em Cristo é eterna não apenas no sentido de sua duração, mas por sua qualidade (Cl3.4;1Tm 1.1;2Tm 1.10).A vida que provém de Deus é cheia de gozo,paz e alegria.Jesus assegurou-nos: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.Ninguém vem ao Pai senão por mim”(Jo14.6).
João apresenta Jesus com um corpo que se pode ver e tocar, isto é, que tem um corpo físico, contrariando os ensinamentos gnósticos.
Entretanto, é bom lembrar que, uma vez que todos somos feituras de suas mãos, Jesus transcende toda e qualquer consideração de tempo que alguém tente fazer a seu respeito. Ele está acima da vida física e espiritual.
II - JESUS FILHO DE DEUS
Jesus o filho gerado por Deus. “Tu és meu filho, hoje te gerei”.
A expressão “Filho de Deus” nas Escrituras, indica claramente a natureza divina de Jesus. Sua procedência revela que ele compartilha a mesma essência do Pai. O mestre mesmo o disse: “ Sai e vim do Pai ao mundo” (Jo16.28).
O ensino de que o Verbo tornou-se Filho a partir da sua encarnação não tem apoio entre os teólogos conservadores. O Filho de Deus é eterno; sempre existiu; Ele já era chamado Filho mesmo antes da sua encarnação, como vemos em 1 João 4.9: “Deus enviou seu Filho Unigênito ao mundo, para que por ele vivamos”.
Jesus como Filho de Deus é superior aos anjos. Os anjos são criaturas espirituais,mas limitadas. Eles estiveram presentes no ministério terreno de Jesus.Aliás, Jesus é adorado pelos próprios anjos: “ E todos os anjos de Deus o adorem” (Hb1.6).
III - JESUS LUZ VERDADEIRA
A palavra de Deus enfaticamente ensinam que Deus é luz(1Jo1.5;Sl27.1) e que “habita na luz inacessível” (1Tm6.16). Esse título divino seria também uma designação do Messias, o Servo do Senhor (Is42.6,7;9.2;Mt4.16).O termo “luz” aparece várias vezes nesta epistola e, na maioria das ocasiões, refere-se a Jesus como Luz.
O Senhor Jesus é a “luz que vem ao mundo”, e por isso desfaz as trevas da vida humana.
VI - JESUS, VERDADEIRO HOMEM, VERDADEIRO DEUS.
Jesus viveu entre nós, empregando as qualificações e características humanas, exceto o pecado.
Como Deus, Ele manifestou todo o seu poder e glória. Ele é o Eterno e verdadeiro Deus, e ao mesmo tempo, verdadeiro e perfeito homem, algo desconhecido na raça humana devido à queda no Éden.

CONCLUSÃO

O Novo Testamente mostra tanto a divindade quanto a humanidade do Senhor.
Qualquer doutrina que nega essa verdade ou parte dela é heresia.


Bibliografias usadas:

-Lição Jovens/Adultos 1 Trimestre de 2008
-Lawrence O. Richards,Comentário hist.cultural do N.T, CPAD
-Esequias Soares, Manual Apologética Cristã, CPAD
-Mayer Pearlman, Através da Bíblia Livro por Livro, CPAD

SUBSÍDIOS 1 JOAO-LIÇAO 1

quarta-feira, 15 de julho de 2009







LIÇÃO 01
05 de julho de 2009
A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO
INTRODUÇÃO

As epístolas de João, juntamente com o livro do Apocalipse, são os últimos textos do Novo Testamento. Todos foram escritos no final da vida do amado apóstolo, que sobreviveu aos seus companheiros por aproximadamente três décadas. Irineu (aprox.130-200 d.c) escreveu que “todos os presbíteros, que se uniram a João, o discípulo do Senhor, na Ásia, testemunham que João lhes transmitiu (estas coisas). Pois ele permaneceu com eles até a época de Trajano (98-117 d.c)..E também a igreja de Éfeso fundada por Paulo – com a qual testemunha fiel da tradição dos Apóstolos.
Todo cristão, ao ler essa epístola é impulsionado pelo Amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo a viver uma vida cristã autêntica sem pecados. Consciente da segurança que há em Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador.
ENTENDENDO A CARTA DE JOAO, O APOSTOLO.
O evangelho de João expõe os atos e palavras que provam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; A primeira epístola de João expõe os atos e palavras obrigatórios àqueles que crêem nesta verdade. O evangelho trata dos fundamentos da fé cristã, a epístola, dos fundamentos da vida cristã, O evangelho foi escrito para dar um fundamento de fé; A epístola para dar um fundamento de segurança. O evangelho nos conduz ao limiar do pai; A epístola, familiariza-nos com sua casa. A epístola é uma carta afetuosa de um pai espiritual a seus filhos na fé, na qual ele as exorta a cultivar a piedade prática que produz a união perfeita com Deus, e a evitar a forma de religião em que a vida não corresponde à profissão.
É importante comparar as cartas de João com as últimas cartas de Paulo, Pedro e Judas sobre a perseguição futura. Em sua segunda carta, como na segunda carta de Paulo e a de Judas, o apóstolo adverte sobre o perigo representado pelos falsos mestres. João, que viveu os desafios que os outros três previram, escreve de uma maneira afetuosa e pastoral sobre a reação da igreja a tais desafios. Esta reação deve reafirmar a verdade básicas da fé, e enfatizar o modo de vida positivo do amor e da obediência que nasce de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo.
A primeira carta de João é, sem dúvida, o livro mais difícil de esquematizar. Ela está cheia de pensamentos e temas recorrente, pois João retorna diversas vezes às suas ênfases sobre a comunhão com Deus, a verdade, o amor, a justiça e a fé. Esse padrão levou a maioria dos comentaristas a crer que o livro não tem um plano lógico e é marcado pela associação destas idéias básicas. Outros se esforçaram para identificar uma estrutura que eles acreditam que existe ali, mas sem sucessos convincentes.
A tentativa de discutir a teologia dos escritos joaninos dividindo-os entre as categorias tradicionais da Teologia Sistemática (ex.escatologia, pneumalogia) gera algumas distorções, pois João não organizou seu material de acordo com essas linhas. Ao contrário, ele tinha em foco central, Jesus Cristo.
Todavia, isso não quer dizer que João não fala sobre essas Disciplinas Teológicas Sistemáticas.
Ainda, assim, parece produtivo se lermos simplesmente este livro bonito e persuasivo, parágrafo por parágrafo, e pensamento por pensamento, sem a preocupação com a estrutura global. A carta de João é, antes de mais nada, pastoral e verdadeiramente devocional.
Apesar da perseguição na última parte do século I, as calorosas cartas pastorais de João chamam os cristãos a viver uma vida de amor simples e de obediência. A vida interior do homem e da mulher de Deus, era o importante para João, pois esse aspecto é responsável pelas questões mais profundas de nossas existências.
O APOSTOLO JOÃO NOS SEUS ESCRITOS
Não é difícil perceber as personalidades de Pedro e Paulo, nos seus textos do NT. Nos evangelhos, o Pedro explosivo expressava bruscamente seus primeiros pensamentos; Em atos, um Pedro maduro e cheio do Espírito dominava a história da igreja primitiva.
E Paulo falou tão abertamente dos seus sentimentos e motivações, que ás vezes somos desconcertados por suas revelações totalmente honestas.
Mas é difícil visualizarmos João. É tão humilde, que em seu evangelho não chega a mencionar o seu próprio nome. Com uma alegria silenciosa, refere-se evasivamente ao “discípulo a quem Jesus amava” (Jô 21.7).
Nós sabemos que João fazia parte do círculo íntimo de Jesus, junto com seu irmão Tiago e Pedro.
Temos conhecimento também de João ter sentado o mais próximo possível de Jesus, na última ceia.
Quando João e seu irmão Tiago, os filhos de Zebedeu, começaram a seguir a Jesus, eram aparentemente bem jovens e intempestivos. Certa vez, os discípulos estavam passando por Samaria a caminho de Jerusalém. Tiago e João foram à frente, para encontrar alojamento na vila. Quando os Samaritanos que odiavam os Judeus tanto quanto eram odiados, perceberam o grupo viajando para Jerusalém, recusaram-lhe abrigo. Furiosos, Tiago e João confrontam Jesus. “Senhor” “eles pediram,” queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los (Lc9. 54). O apelido deles era apropriado “filhos do trovão”.
Numa outra ocasião, os discípulos viram um homem expulsando demônios em nome de Jesus, mas esse homem não era um deles.
“Procuramos impedi-lo”, disse João, “porque ele não era um dos nossos” (mc9.38). João foi novamente corrigido por Jesus porque seu zelo o impedia de entender o espirito do seu mestre.
O incidente final do evangelho (Mt 20.20-28), completa o quadro de João.
Esse João incendiário e tempestivo, apresentado nos evangelhos só vamos entender quando começamos a ler seus escritos, encontramos um homem diferente. Nos deparamos com um homem, cuja palavra favorita é amor; uma pessoa tão gentil, altruísta, e raramente menciona a sim mesmo, ou os seus sentimentos, a não ser quando se relacionam com as necessidades dos homens e mulheres a quem ministra.
Descobrimos um homem que foi transformado, demonstrou em sua própria personalidade a promessa da Bíblia, de podermos ser mudados ao contemplar a Jesus (2Co 3.12).
PROPOSITO E OCASIÃO
O propósito de I João é, claramente, advertir os leitores acerca do perigo, para a fé cristã, das atividades e ensinos de homens heréticos (4:1-5), cujo aparecimento é um sinal certo de que a "última hora" é chegada (2:18). Estes mestres herejes haviam sido membros do grupo cristão, mas não haviam sido crentes reais (2:19). Sua negação de que Jesus é o Cristo coloca-os fora da comunidade da fé e os agrupa juntamente com os "anticristos" (2:18,22; 4:3). Eles tinham o espírito do anticristo, e não o Espírito de Deus (4:1-3), e a natureza real de seus ensinos manifesta-se na negação da encarnação (4:3), na iniqüidade (1:6-10) e na falta de amor (4:7-13, 20,21). Contra estes três aspectos da heresia, João enfatiza muito fortemente as três marcas do cristianismo autêntico: Jesus é verdadeiramente o Cristo vindo na carne, obediência aos mandamentos de Deus através de Jesus Cristo e uma atitude de amor a Deus e pelo próximo.
Mas, qual o tipo de heresia contra a qual João escreve? Geralmente os estudiosos do Novo Testamento concordam que é o gnosticismo. Mas que tipo de gnosticismo? Os sistemas gnósticos desenvolvidos podem ser divididos em dois grupos básicos: docético e cerintiano. Estes emergiram como tipos definidos no segundo século e desenvolveram seu próprio corpo de doutrinas. Um elemento básico a todos os sistemas de gnosticismo, entretanto, é a idéia de que Deus, sendo o bem perfeito, não poderia ter criado o mundo físico (que é mau); portanto, o Cristo, sendo divino, não poderia ter-se encarnado. O docetismo tirou seu nome do verbo grego doke/w (dokeo: parecer) e ensinava que Jesus não foi uma pessoa real, de carne e sangue; ele era um fantasma, que apenas parecia ter substância física. Quem morreu na cruz foi Simão Cireneu. O Cristo não poderia sofrer, e não sofreu. Muitos estudiosos do Novo Testamento interpretam I João 4:2 ("...Jesus Cristo veio em carne") como uma indicação de que o gnosticismo é do tipo docético. Inácio (que morreu em c.115 d.C.) escreveu mui fortemente contra este tipo de gnosticismo (Epístola aos Esmirnenses, c.110 d.C.).
O cerintianismo tira seu nome de um certo Cerinto de Alexandria, que, tendo-se mudado para Éfeso, foi um contemporâneo de João e Policarpo. Irineu apresenta as doutrinas básicas deste tipo de gnosticismo (Ad. Haereses, I, xxvi, 1): Jesus foi o filho natural de José e Maria; o Cristo, em forma de uma pomba, desceu sobre Jesus depois de seu batismo e dominou completamente seu ser; o Cristo deixou Jesus antes do sofrimen¬to e Crucificação e voltou para Deus; Jesus morreu, ressuscitou e simplesmente desapareceu. Cerinto também insistia sobre a adoração no sábado e a circuncisão. Muitos estudiosos interpretam I João 5:5-9 como uma indicação de que o gnosticismo é do tipo cerintiano.
Ê mais provável que I João foi escrita antes que o gnosticismo tivesse desenvolvido seus sistemas de doutrina. Aquilo contra o que João escreve é a negação de que o Cristo era de fato Jesus em carne (4:1-3; 5:5-9). Há possíveis elementos de ambos os sistemas gnósticos refletidos em I João; contudo, nenhum sistema é dominante. A alegação de conhe¬cimento avançado de Deus (2:4; 4:8), o amor de Deus (4:20) e a comunhão com Deus (1:6; 2:6,9) é comum a todos os tipos. As experiências estéticas (4:1-3) e estar-se fora da contaminação do pecado (1:8-10) são básicos aos ensinos gnósticos.
O autor escreve para mostrar como alguém pode saber que está na verdade: a verdadeira teologia é que Jesus é o Filho de Deus (3:23; 5:5,10,13) e que Cristo verdadeiramente veio em carne (4:2); a ética prática para o crente é guardar os mandamentos de Deus (1:5,6; 2:23;3:5,9); e a verdadeira comunhão é demonstrada pelo amor prático (4:7-21). Foi sugerido que o autor escreveu não somente para advertir contra a heresia, mas também para apresentar alguns critérios positivos, pelos quais o leitor tivesse convicção de sua relação com Deus (McDowell, "1-2-3 João", p.193): 1) obediência, ou andar na luz (1:7; 2:3-6); 2) andar no amor de Deus para com todos os irmãos (2:9-11; 3:10,15-16; 4:7, 20; 5:1,2); 3) aceitação de Jesus Cristo e fé nele como o Filho de Deus (2:23; 4:15; 5:1-13); 4) vitória sobre o pecado (3:4-10; 5:18); 5) a presença do Espírito Santo no crente (3:24; 4:13).
João resume a epístola inteira dizendo: "Estas coisas vos escrevo, a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna" (5:13). Ele escreve a cristãos, para certificá-los de que sua comunhão uns com os outros e com Deus é segura por causa de sua aceitação de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
BIBLIOGRAFIAS USADAS

-Myer pearlman, Através da Bíblia livro por livro, Cpad
-David H. Stern, Comentário Judaico do Novo Testamento, Atos.
-Lawrence Richards, Comentário Bíblico do Professor, Vida.
-Lawerence O. Richards, Comentário hist-cultural do NT,Cpad.
-F.Davidson, O Novo Comentário da Bíblia, Vida Nova
-Broadus David Hale, Introdução ao Novo Testamento, Juerp
-Biblia de Estudo Pentecostal, Cpad

Apostólo JOÃO nos Escritos de Eusébio de Cesareia

sábado, 4 de julho de 2009

XVIII
[Sobre o apóstolo João e o "Apocalipse"]
1. É tradição que, neste tempo, o apóstolo e evangelista João, que ainda vivia, foi condenado a habitar a ilha de Patmos por ter dado testemunho do Verbo de Deus.
2. Pelo menos Irineu, quando escreve acerca do número do nome aplicado ao anticristo no chamado Apocalipse de João , diz no livro V Contra as heresias, textualmente sobre João o que segue:
3. Mas se fosse necessário atualmente proclamar abertamente seu nome , seria feito por meio daquele que também viu o Apocalipse, já que não faz muito tempo que foi visto, mas quase em nossa geração, ao final do império de Domiciano."
4. Mas deve-se saber que de tal maneira brilhou por aqueles dias o ensinamento de nossa fé, que até os escritores alheios a nossa doutrina não vacilaram em transmitir em suas narrativas a perseguição e os martírios que então ocorreram. Indicaram inclusive com total exatidão a data ao referir que no décimo quinto ano de Domiciano, Flávia Domitila, filha de uma irmã de Flávio Clemente, um dos cônsules daquele ano em Roma, junto com muitos outros, foi castigada com o desterro à ilha de Pontia, por causa de seu testemunho sobre Cristo.

XXIII
[Relato sobre o apóstolo João]
1. Por este tempo vivia ainda na Ásia o mesmo a quem Jesus amou, o apóstolo e evangelista João, e ali continuava regendo as igrejas depois de regressar do desterro na ilha, depois da morte de Domiciano.
2. Que João permanecia em vida por este tempo é suficientemente confirmado por duas testemunhas. Estas, representantes da ortodoxia da Igreja, são bem dignas de fé, tratando-se de homens como Irineu e Clemente de Alexandria.
3. O primeiro deles, Irineu, escreve textualmente em alguma parte do livro II de sua obra Contra as heresias como segue:
"E todos os presbíteros que na Ásia estão relacionados com João, o discípulo do Senhor, dão testemunho de que João o transmitiu, porque ainda viveu com eles até os tempos de Trajano."
4. E no livro III da mesma obra manifesta o mesmo com estas palavras: "Mas também a igreja de Éfeso, por ter sido fundada por Paulo e porque nela viveu João até os tempos de Trajano, é um testemunho veraz da tradição dos apóstolos."
5. Por sua parte, Clemente assinala o mesmo tempo, e em sua obra que intitulou Quem é o rico que se salvai Acrescenta uma narrativa valiosíssima para os que gostam de escutar coisas belas e proveitosas. Toma pois, e lê o que ali escreveu:
6. "Escuta uma historieta, que não é uma historieta, mas uma tradição existente sobre o apóstolo João, transmitida e guardada na memória. Efetivamente, depois que morreu o tirano, João mudou-se da ilha de Patmos a Éfeso. Daqui costumava partir, quando o chamavam, até as regiões pagãs vizinhas, com o fim de, em alguns lugares, estabelecer bispos; em outros, erguer igrejas inteiras, e em outros ainda, ordenar a algum dos que haviam sido designados pelo Espírito.
7. Veio pois a uma cidade não muito distante e cujo nome alguns inclusive mencionam. Depois de consolar os irmãos em tudo o mais, tendo visto um jovem de grande estatura, de aspecto elegante e de alma vivaz, fixou seu olhar no rosto do bispo instituído sobre a comunidade e disse: 'Eu te confio este com toda a atenção, na presença da igreja e com Cristo como teste¬munha.' O bispo aceitou o jovem, prometendo-lhe tudo, mas João insistia no mesmo e apelando para as mesmas testemunhas.
8. Logo regressou a Éfeso, e o presbítero levou para casa o jovem que lhe havia sido confiado e ali o manteve, rodeou-o de afeto e por fim batizou-o. Depois disto afrouxou um pouco sua grande solicitude e vigilância, pensando que havia imposto a salvaguarda perfeita: o selo do Senhor.
9. Mas certos rapazes de sua idade, malandros, dissolutos e tendentes ao mal, perverteram-no. Sua liberdade era prematura. Primeiramente atraíram-no por meio de suntuosos banquetes; depois levaram-no consigo, inclusive de noite, quando saíam para o roubo, e por fim exigiram-lhe participar com eles de maldades maiores.
10. O jovem foi se acostumando a isto sem perceber, e desviando-se do caminho reto, como cavalo de boca dura, brioso e que rejeita o freio, por seu vigor natural foi-se precipitando com mais força ao abismo.
11. Acabou perdendo a esperança na salvação divina. Desde então não planejava coisas pequenas, mas, tendo já cometido grandes crimes, já que estava perdido de uma vez por todas, considerava justo correr o mesmo risco dos demais. Assim foi que, juntando-se aos mesmos e formando um bando de salteadores, era ele seu líder resoluto, o mais violento, o mais homicida, o mais temível de todos.
12. Depois de algum tempo surgiu certa necessidade e voltaram a chamar João. Este, depois de ter resolvido os assuntos pelos quais tinha vindo, disse: 'Bem, bispo, devolve-me o depósito que eu e Cristo te confiamos na presença da igreja que presides e que é testemunha.'
13. O bispo a princípio ficou estupefato, acreditando ser vítima de calúnia sobre algum dinheiro que ele não havia recebido: não podia crer no que não tinha nem podia deixar de crer em João. Quando este lhe disse: 'O jovem é o que te peço, e a alma do irmão', o ancião prorrompeu em profundos soluços e, marejado de lágrimas, disse: 'este está morto'. Como? Morto de quê? 'Está morto para Deus - disse -, pois afastou-se transformado num perverso, um perdido, e para o cúmulo, um salteador, e agora ocupa o monte que está frente à igreja, com uma quadrilha de sua mesma índole.'
14. Rasgou o apóstolo sua roupa e, golpeando a cabeça, com grande lamento exclamou: 'Bom guardião deixei para a alma do irmão! Mas tragam já um cavalo e alguém que me guie no caminho.' E dali, tal como estava, saiu da igreja e foi-se.
15. Chegou ao lugar. Os sentinelas dos bandidos deitaram-lhe as mãos, mas ele não fugia nem suplicava, mas aos gritos dizia: 'Para isso vim, levem-me ao vosso chefe.'
16. Este, entretanto, aguardava armado como estava, mas ao reconhecer João naquele que se aproximava, fugiu cheio de vergonha. João o perseguia com todas suas forças, esquecido de sua idade e gritando:
17. 'Por que foges de mim, filho, de mim, teu pai, desarmado e velho? Tem pie¬dade de mim, filho, não tema. Ainda tens esperança de vida. Darei conta por ti a Cristo, e se for necessário, com gosto sofrerei por ti a morte, como o Senhor a sofreu por nós. Por tua vida eu darei em troca a minha própria. Pára! Tenha fé! Foi Cristo que me enviou!'"
18. O jovem, ao ouvi-lo, primeiramente deteve-se, com os olhos baixos; em seguida largou as armas, e tremendo, abraçou-se a ele. Seus lamentos eram já um discurso de defesa, e suas lágrimas serviam-lhe de segundo batismo. Apenas ocultava a mão direita.
19. Mas João foi-lhe fiador, jurando que havia alcançado o perdão para ele por parte do Salvador, caiu de joelhos, suplicante, e beijou a mesma mão direita considerando-a já purificada pelo arrependimento. Reconduziu-o à igreja, orou com súplicas abundantes, acompanhou-o em sua luta com jejuns prolongados e foi cativando seu espírito com os variados atrativos de sua palavra, e segundo dizem, não saiu dali até tê-lo consolidado na igreja, depois de ter dado grande exemplo de verdadeiro arrependimento e grandes sinais de regeneração, como troféu de uma ressurreição visível.

REINO DE DEUS & REINO DOS CÉUS

INTRODUÇÃO

O antigo testamento, em especial os profetas profetizaram sobre o reino de Deus. Dentre eles podemos citar: Daniel, Ezequiel, Isaías, Zacarias, Jeremias e muitos outros. Esses profetas, não somente profetizaram mais também almejaram esse reino escatológico de justiça e paz.
O Novo Testamento também dá muita ênfase ao Reino de Deus em especial os evangelhos sinóticos.
Sobre o Reino dos Céus ou de Deus que fora profetizado no Antigo Testamento e pregado por Jesus e seus discípulos que iremos tratar neste trabalho

REINO DE DEUS & REINO DOS CÉUS
JESUS REI

Jesus no seu ministério terreno cumpriu-se três ofícios ou funções profetizadas pelo Antigo Testamento, que Jesus seria Profeta, Sacerdote e Rei. Esses ofícios eram exercidos por homens escolhido, ungidos e investidos na função.
Jesus reuniu esses três ofícios, nesta nova dispensação Ele é o profeta, o sacerdote e o Rei, tornando-se o mediador perfeito e completo de uma nova aliança.
Todos que viviam na época do ministério de Jesus reconheciam que Jesus era profeta. O próprio Jesus, afirmava ser profeta (Mt 13.57; Mc 6.4; Lc 4.24; 13.33; Jo 4.44).
Quanto à identificação do sacerdote com os homens, também se cumprira plenamente em Cristo, através do ministério da encarnação. Jesus é sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque (Sl 110.4).
As profecias do Antigo Testamento, anunciaram um rei que viria da casa de Davi, para governar Israel e as nações com justiça, paz e prosperidade ( Is 11.1-9)). O Anjo disse á Maria que Jesus seria Rei. “ Eis que em teu ventre conceberás, e darás á luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim” (Lc1.31-33).
Jesus nasceu no reinado de Herodes o grande, rei da Judéia, mas o verdadeiro Rei, o prometido pelos profetas havia agora nascido em Belém da Judéia e já era reconhecido com Rei até mesmo pelos magos do Oriente que vieram á Jerusalém procurá-lo, “porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo”. O sinal do Rei foi notório a todos! Jesus já nasceu Rei e sempre será Rei eternamente.


REINO DE DEUS & REINO DOS CÉUS
DEFININDO O REINO

Pouco se ensina acerca do Reino de Deus e de sua natureza nas igrejas. No entanto, conhecer o que a Bíblia diz sobre o Reino é algo primordial para aclarar o nosso pensamento quanto ao propósito da Igreja no mundo e nosso papel como cidadão do Reino de Deus.
O Reino de Deus pode ser definido como o domínio eterno de Deus em todas as eras, exercendo a sua soberania sobre o universo, intervindo na história para conduzi-la ao ápice - a restauração de todas as coisas – e “ revelando-se com poder na execução de todas as suas obras”. O Reino de Deus tem, portanto, uma dimensão presente, que se configura no cumprimento em Cristo de todas as promessas messiânicas do Antigo Testamento. A expressão “é chagado”, que aparece tanto em Mateus 4.12 como em 12.28, segundo pensam os eruditos, denota a idéia de “presença real”, agora, e não de proximidade, como algo apenas para o futuro. Ou seja, a presença pessoal do Messias na história implica a presença efetiva do Reino de Deus entre os homens. Ele se manifesta a partir do coração de cada um, daí onde se percebe que o Reino está presente é também possível sentir os seus efeitos. Jesus disse: “Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguinte chegado a vós o Reino de Deus” (Mt 12.28; Lc 11.20; Lc 17.20b, 21).A primeira mensagem de Jesus a seus ouvintes assim com a de João, o batista foi : “ Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus” (Mt3.2).
No entanto, não podemos esquecer do caráter escatológico do Reino de Deus. Será o tempo no qual cumprir-se-á a profecia de Daniel em que os reinos deste mundo serão destruídos, o mal aniquilado, restabelecer-se-á a comunhão perfeita com Deus e o Senhor reinará com justiça para sempre.Não será o resultado da utopia socialista, do avanço dos conhecimentos científicos, da unificação dos credos em uma só religião mundial, nem de qualquer desenvolvimento moral da sociedade, mas da propósito original para a criação. Na presente manifestação do Reino de Deus, ser salvo implica a libertação do poder e dos valores do mundo, em Deus deter o poder de Satanás e dos demônios, mas em sua dimensão escatológica traduz a idéia da redenção do corpo – “ o livramento da mortalidade” – em que o crente redimido assemelhar-se-á ao próprio Senhor em sua imortalidade. Nessa bendita era o inimigo e os seus agentes já terão sido banidos para o lago de fogo. Com a plena ausência do mal e o pleno triunfo do bem. Será também a época em que a comunhão restaurada em sua plenitude terá como símbolo maior o banquete entre Cristo e a Igreja.

Alguns argumentos sobre uma diferença entre o “ reino de Deus” em outros evangelhos e o “ reino dos céus” no de Mateus.
Uma explicação muito provável é que Mateus esteja sendo cuidadoso para não ofender os judeus que ele está tentando alcançar. Era uma prática judaica comum usar uma perífrase como “céus” para referir-se a Deus.
Muitos insistem em vincular “Reino dos Céus” apenas ao período chamado Milenial. Quando se força este tipo de interpretação, desconsidera-se que nas várias vezes em que “ Reinio do Céus” aparece, citado por Mateus, vem acompanhado de promessas e bênçãos que jamais têm sentido apenas para o futuro, mas também para o presente. Ora, se “Reino dos Céus” tem apenas sentido escatológico, então as bênçãos que o acompanha também seriam exclusivas para aquela época, o que soa contraditório, porque em todas as passagens a idéia é de plena vigência nesta era. Anthony A Hoekema corrobora esta tese:

Embora alguns tenham tentado encontrar uma difença de sentido entre estas duas expressões, deve ser mantido que Reino dos céus e Reino de Deus são sinônimos em sue significado. Uma vez que os judeus evitavam o uso do nome divino, na prática judaica ulterior, a palavra céus era usada frequentemente como um sinônimo para Deus; porque Mateus estava escrevendo primeiramente para leitores judeus. Podemos entender sua preferência por esta expressão (embora até Mateus utilize o termo Reino de Deus quatro vezes).

Ou seja, o “Reino dos Céus” é apenas uma forma de identificar o mesmo Reino em suas dimensões presentes e escatológicas com todas as bênçãos daí decorrentes.
O doutor Scofield, afirma que o Reino do Céus pode ser o Reino de Deus.Mas o Reino de Deus não é necessariamente a mesma coisa que o Reino dos Céus. Em Mateus 1.28 e em outras passagens similares, o “ Reino dos Céus” é completamente apresentado no início da pregação de João Batista e segue até a rejeição de Jesus como Rei: suspenso aqui e reiniciado no “inicio do Mileno”.
Já o Reino de Deus, porém, tem em si mesmo um caráter mais abrangente e desde que foi “implantado nos corações” (Rm 14.17) seguirá seu curso até a eternidade.
• O Reino de Deus é universal, incluindo todas as criaturas voluntariamente sujeitas á sua vontade, sejam os anjos, a igreja, ou os santos do passado, do presente e do futuro( Lc13.28,29;Hb12.22,23;Ap 11.15), todas as dispensações da história humana podem ser apropriadamente chamadas despensações do Reino de Deus.É o mais incluso dos dois termos. Enquanto que o Reino dos Céus é messiânico, mediatorial e davídico, e tem por alvo o estabelecimento do Reino de Deus sobre a terra (Mt 3.2;1Co 15.24,25).
• Visto que o Reino dos Céus é a esfera terrestre do Reino Universal de Deus, os dois têm quase tudo em comum. Por este motivo muitas parábolas e outros ensinos são referidos ao Reino dos Céus em Mateus e ao Reino de Deus em Marcos e Lucas. Mas tanto as omissões como os acréscimos são significativos.
• O Reino de Deus não vem com a aparência exterior (Lc17.20), mas é mais interior e espiritual (Rm 14.17), enquanto que o Reino dos Céus é orgânico, e será, manifestado com glória na terra e durará para sempre( Zc 12.8;Mt 17.2;Lc 31.33;1Co 15.24).
• Entra-se no Reino de Deus somente pelo novo nascimento(Jo3.5-7),mas o Reino dos Céus é a esfera da profissão que pode ser verdadeira ou falsa (Mt 13.3;25.1,11,12).
• O Reino dos Céus se tornará o Reino de Deus quando Cristo entregar o Reino a Deus, o pai (1Co 15.24,25).
Por isso convém que Ele reine! Assim no toque da sétima trombeta, o Reino dos Céus, representado pelo Milênio, entrará na terra com poder e grande glória e depois do julgamento juízo final converter-se-á no Reino Eterno de Deus para todo o sempre.

CONCLUSÃO

O nosso Rei Jesus, nos transportou do reino de trevas ao qual nos encontrávamos para o Reino de Deus ou Reino dos Céus onde nós vivemos em paz e em justiça aguardando o maravilhoso dia da sua vinda.
Esse Reino que é escatológico, também o é presente e a sua maior expressão e a igreja. Sua mensagem é o evangelho e a porta para esse reino é o arrependimento.



Bibliografias usadas

-Geremias do Couto – A tansparencia da Vida Crista Cpad
-Serverino Pedo da Sival – Escatologia Doutrinas das ultimas Coisas, Cpad
-Lawrence O. Richards Comentário Hist.-Cultrural do N.T, Cpad
-Biblia de Estudo Pentecostal