Teologia Brasileira - Artigo: A quem honra, honra: honremos nossos pais

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

 

A quem honra, honra: honremos nossos pais

Teologia Brasileira - Artigo: A quem honra, honra: honremos nossos pais

A quem honra, honra: honremos nossos pais Introdução: O tesouro paterno
“Não devem os filhos entesourar1 para os pais, mas os pais, para os filhos” (2Co 12.14). Paulo entendia que como pai na fé dos crentes coríntios (1Co 4.14-15; 2Co 6.13/1Co 3.6,10; 9.1)2 deveria alimentá-los e fortalecê-los em sua fé. Esta analogia fala-nos, portanto, da responsabilidade do pastor em buscar o suprimento necessário, por intermédio da Palavra, para o progresso espiritual de seu rebanho. Por isso é que “a infidelidade ou negligência de um pastor é fatal à Igreja”.3
Curiosamente a nossa palavra patrimônio (patrimonium) está associada etimologicamente à palavra pai. Recebemos nosso patrimônio de nossos pais. De fato, de modo especial na infância, com raríssimas exceções, dificilmente podemos contribuir para o aumento dos bens de nossos pais; nós apenas os recebemos. No futuro, possivelmente nossos filhos receberão os nossos bens, muito ou pouco; contudo, certamente entesourados por nós e pelos nossos pais. Salomão, inspirado por Deus, escrevera: “A casa e os bens vêm como herança dos pais....” (Pv 19.14a).
1. Com os nossos Pais
O designativo “Pais” foi aplicado aos bispos da Igreja no segundo século. A obra anônima, O Martírio de Policarpo, escrita por uma testemunha ocular do ocorrido, por volta do ano 155 AD, relata que “a turba pagã e judia desejando matar Policarpo, por ser cristão, vociferou: ‘Eis o doutor da Ásia, o pai dos cristãos, o destruidor dos deuses, que com seu ensino, afasta os homens dos sacrifícios e da adoração’.”.4 (Destaque meu). Isto indica que na época era comum referir-se aos bispos cristãos como “Pais” (no sentido acima descrito, ti-nha uma conotação pejorativa, como “pai de uma heresia” ou “pai dos hereges”). O emprego dessa expressão disseminou-se de tal forma que, no quarto século, todos os pastores e mestres que haviam participado do Concílio de Nicéia (325) eram chamados de “Pais da Igreja”.5
Entre os cristãos, a expressão aplicada aos bispos assume uma conotação carinhosa, indicando também a sua responsabilidade: “O conceito de ‘Padre da Igreja’ evidencia um aspecto da rica figura paterna: o bispo como autêntico transmissor e garante (sic) da verdadeira fé, aquele que vela pela sucessão ininterrupta da fé desde os apóstolos bem como pela continuidade e unidade da fé na comunhão com a igreja. Ele é o fiel mestre da fé, ao qual se pode recorrer nas dúvidas da fé. Essa autoridade na verdade não torna o Padre da Igreja individualmente inerrante em todos os pormenores – ele deve se ater à Sagrada Escritura e à regula fidei da igreja universal – mas, em sintonia com elas, ele é testemunha autêntica da fé e da doutrina da Igreja”.6
Etienne Gilson (1884-1978), seguindo uma compreensão clássica, diz que um “Pai” deveria apresentar quatro características: “ortodoxia doutrinal, santidade de vida, aprovação da Igreja, relativa Antiguidade (até fins do século III aproximadamente)”.7
Curiosamente, na única carta escrita por Calvino a Lutero (25/01/1545), a qual este, ao que parece, jamais recebeu, Calvino se dirige a Lutero como “meu respeitadíssimo pai”, “respeitadíssimo pai no Senhor” e “meu pai sempre honorável”.8
2. Nós e os nossos Pais
Os documentos da Igreja que recebemos não são infalíveis (nem mesmo naquilo que é consensual), nem ja-mais pretenderam isso; contudo, são os tesouros históricos e teológicos que nos foram legados. A sua auto-ridade é relativa.9 No entanto, a Igreja não pode sobreviver sem a consciência de seu passado, de suas lutas, dificuldades, fracassos e, certamente, por graça, de suas vitórias. Esta consciência deve gerar em nós um es-pírito de gratidão, humildade e desafio diante da magnitude da Revelação de Deus.
Muitas vezes em nossas lutas presentes somos terrivelmente dominados pela sensação delas serem únicas ou as mais violentas. A história de nossos pais pode ser fonte de grande estímulo e consolo para nós. Por meio da história de sua vida e testemunho podemos descobrir – às vezes para vergonha nossa –, o quanto nossos irmãos do passado lutaram bravamente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos e da qual so-mos herdeiros. O nosso presente tende a assumir dentro de alguns contextos o caráter de onipresença, como se fosse um presente contínuo,10 assim, pensamos estar sozinhos em nossa empreitada, nos esquecendo da ação abençoadora e preservadora de Deus ao longo da história que hoje, cabe ser escrita por nós. Crer no Deus Triúno é uma declaração de que não estamos sozinhos; o Pai, o Filho e o Espírito Santo estão conosco; Deus veio a nós criando a nossa fé.11 E mais: todos estamos irmanados pela mesma fé ao longo da história. O Deus em quem cremos é o meu Deus e o Deus de muitíssimos irmãos que ao longo da história têm viven-ciado e testemunhado a mesma fé.
Veith escreve com propriedade:

Os cristãos modernos são os herdeiros de uma grande tradição intelectual cristã. Essa tradição de pensamento ativo e solução prática de problemas é uma aliada vital dos cristãos que lutam contra as tendências intelectuais do mundo contemporâneo. O uso das perspectivas do passado pode fornecer uma perspectiva valiosa sobre as questões atuais. Podemos, assim, livrar-nos da tirania do presente, a suposição de que a maneira que as pessoas pensam hoje é o único modo possível de pensar.12
Na Reforma Protestante do século XVI, o uso de Catecismos e Confissões, foi de grande valia para a educa-ção dos crentes, partindo sempre do princípio da necessidade da fé explícita, de que todos os cristãos devem conhecer a sua fé, sabendo no que creem e porque creem. No Brasil, quando o presbiterianismo foi iniciado (1859), o ensino dos símbolos de Westminster teve papel decisivo na consolidação de sua identidade como Igreja Reformada. Hoje, em nome de um suposto “pluralismo” pretensamente acadêmico, o que podemos perceber, é um enfraquecimento desta ênfase, mesmo nos Seminários ditos Reformados, acarretando um desfiguramento doutrinário por parte de muitos de seus pastores e consequentemente, dos membros da igre-ja. Por trás de todo pluralismo há o mito da neutralidade acadêmica,13 como se fosse possível alguém ensinar sem seus pressupostos que conduzem a sua perspectiva da realidade. A nossa percepção e ação fundamen-tam-se em nossos pressupostos14 os quais são reforçados, transformados, lapidados ou abandonados em prol de outros, conforme a nossa percepção dos “fatos”. Os pressupostos se constituem na janela (quadro de refe-rência) por meio da qual vejo a realidade; o difícil é identificar a nossa janela, ainda que sem ela nada en-xerguemos.15 Assim, falar sobre a nossa cosmovisão, além de ser difícil verbalizá-la, é paradoxalmente des-necessário. Parece que há um pacto involuntário de silêncio o qual aponta para um suposto conhecimento comum: todos sabemos a nossa cosmovisão. Deste modo, só falamos, se falamos e quando falamos de nossa cosmovisão, é para os outros, os estranhos, não iniciados em nossa forma de pensar.16
Tenho observado que se você sustentar uma posição teológica “histórica”, independentemente de sua tradi-ção e de sua argumentação, ela tenderá a ser considerada radical e limitada. Contudo, se você simplesmente se limitar a fazer críticas às tradições teológicas, valendo-se de clichês repetidos e mesmo já abandonados, sem propor nenhuma alternativa bíblica e historicamente viáveis, você será considerado um intelectual pro-fundo, com grande argúcia e capacidade crítica. Talvez até ouça a seu respeito: “aquele cara é meio liberal, mas, é uma capacidade; ele nos faz pensar...”. Esta é uma das falácias do chamado “academicismo” moder-no.
A epistemologia antecede à lógica e esta, por mais coerente que seja, se partir de uma premissa equivocada nos conduzirá a conclusões erradas e, portanto, a uma ética com fundamentos duvidosos e inconsistentes. Portanto, a questão epistemológica antecede à práxis e em grande parte a determina.
Contudo, como nos aprofundar no campo intelectual se abandonamos as questões epistemológicas? As pala-vras de Machen (1881-1937) no início do século XX não se tornam ainda mais eloquentes nos dias de hoje?: “A igreja está hoje perecendo por falta de pensamento, não por excesso do mesmo”.17
No início do século XIX, ouvia-se o clamor de determinados grupos independentes nos Estados Unidos, que diziam o seguinte: “Nenhum credo senão a Bíblia”.18 Atitude similar ainda hoje é observada em grupos ou pessoas, dentro de denominações chamadas históricas, que manifestam de forma clara o seu desprezo para com os Credos da Igreja ou, de modo velado, não se interessando por eles, como se os Credos fossem apenas uma série de pronunciamentos antiquados, sem nenhuma relevância para a igreja contemporânea ou como se eles pretendessem se constituir numa declaração de fé que rivalizasse com as Escrituras Sagradas, devendo, portanto, ser rejeitados por não estarem de acordo com o espírito da Reforma que, corretamente, enfatizou “Sola Scriptura”.
Quando tratamos deste tema, as questões que logo vêm à baila são: estariam tais grupos ou pessoas errados? Por outro lado, as denominações que têm as suas Confissões de Fé estariam incorrendo em erros? Neste caso, os Credos e as Confissões não estariam sendo colocados no mesmo nível das Escrituras, contrariando, assim, um dos princípios da Reforma, que diz: “Sola Scriptura”?
Consideramos oportuno realçar preliminarmente, que “Lutero e os reformadores não queriam dizer por Sola Scriptura que a Bíblia é a única autoridade da igreja. Pelo contrário, queriam dizer que a Bíblia é a única au-toridade infalível dentro da Igreja”.19 A autoridade dos Credos era indiscutivelmente considerada pelos re-formadores – tendo inclusive Lutero e Calvino elaborado Catecismos para a Igreja –; contudo, somente as Escrituras são incondicionalmente autoritativas. Um juízo adequado envolve a justa medida; portanto, nem subestimar, nem superestimar. Por isso, os documentos da Igreja devem ser lidos com reverência e proveito dentro dos limites de sua riqueza e falibilidade.20
Considerações Finais
“Deus permitiu aos heréticos fustigarem sua Igreja exatamente para despertar a mente pelo conflito e para levá-la a buscar a Palavra de Deus”, afirmou Abraham Kuyper.21
Ao refletir sobre este assunto, ainda que introdutoriamente, devemos ter um espírito de gratidão, tendo como desafio nos apropriar das contribuições de nossos pais (tradição) e, em submissão ao mesmo Espírito, par-tindo das Escrituras, única autoridade infalível, e deste patrimônio riquíssimo buscar respostas para as inda-gações e questionamentos contemporâneos.
“Ouvimos, ó Deus, com os nossos próprios ouvidos: Nossos pais nos têm contado....” (Sl 44.1). Como bons filhos devemos atender ao Mandamento de Deus honrando os nossos Pais.

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1 Mt 6.19,20; Lc 12.21; Rm 2.5; 1Co 16.2; 2Co 12.14; Tg 5.3; 2Pe 3.7.
2 Irineu (c. 120-202) usa a mesma expressão, dizendo: “Quem foi instruído por outro por meio da palavra é chamado filho de quem o instruiu e este pai daquele” (Irineu, Irineu de Lião, São Paulo: Paulus, 1995, IV.41.2. p. 513). Do mesmo modo Agostinho (Veja-se: Agostinho, Comentário aos Salmos, São Paulo: Paulus, 1997, Vol. 1, (Sl 44), p. 768).
3 João Calvino, As Pastorais, São Paulo: Paracletos, 1998, (1Tm 4.16), p. 126.
4 O Martírio de Policarpo, XII.2. In: H. Bettenson, Documentos da Igreja Cristã, São Paulo: ASTE., 1967, p. 39. Para um estudo crítico deste documento, inclusive no que se refere à data do martírio, veja-se: J.B. Lightfoot, The Apostolic Fathers, 2ª ed. Peabody Massachusetts: Hendrickson Publishers. © 1989, Vol. I, p. 646-722. Para uma visão abreviada desta discussão, ver: J.B. Lightfoot, The Apostolic Fathers, 10ª ed. Grand Rapids, Michigan: Baker, 1978, p. 103-106.
5 Agostinho (354-430) parece ter sido o primeiro a ampliar o conceito, incluindo São Jerônimo, um presbítero, entre os Pais (Cf. B. Altaner; A. Stuiber, Patrologia, 2ª ed. São Paulo: Paulinas, 1988, p. 19). Seguindo o exemplo de Agostinho, Vicente de Lérins em 434, aplicou o termo Pai a diversos escritores eclesiásticos sem nenhuma distinção hierárquica. (Ver: Vicente de Lérins, Commonitorium, 31 e 33. In: Philip Schaff; Henry Wace, eds. Nicene and Post-Nicene Fathers of Christian Church, Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, (reprinted). (Second Series), 1978, Vol. XI, p. 155 e 156. 
6 Hubertus R. Drobner, Manual de Patrologia, Petrópolis, RJ: Vozes, 2003, p. 11-12.
7 E. Gilson, A Filosofia na Idade Média, São Paulo: Martins Fontes, 1995, “Introdução”, p. XXI. Do mesmo modo: Hubertus R. Drobner, Manual de Patrologia, p. 12; B. Altaner; A. Stuiber, Patrologia, p. 20.
8 João Calvino, Cartas de João Calvino, São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 53 e 54.
9 Vejam-se: Confissão Gaulesa, Cap. V; François Turretini, Compêndio de Teologia Apologética, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, Vol. 1, p. 228-234 (com valiosos documentos); Karl Barth, Esboço de uma Dogmática, São Paulo: Fonte Editorial, 2006, p. 13.
10 Dentro de outro contexto e abordagem, o historiador britânico contemporâneo, Eric Hobsbawn (1917-), num de seus livros, analisando a nossa presente era, diz que “quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem” (A Era dos Extremos, São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 13).
11 Veja-se: Karl Barth, Esboço de uma Dogmática, São Paulo: Fonte Editorial, 2006, p. 16-17.
12 Gene Edward Veith, Jr., De Todo o Teu Entendimento, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p. 97.
13 A “neutralidade” é impossível tal qual a “objetividade” completa, no entanto, deve ser buscada. Gilberto Freyre expressou bem isto, ao dizer: "A perfeição objetiva nas Ciências do homem ou nos Estudos Sociais talvez não exista. Mas o afã de objetividade pode existir. É a marca do historiador intelectualmente honesto. E sua ausência, o sinal do intelectualismo desonesto" (Gilberto Freyre, na Apresentação da obra de Davi Gueiros Vieira, O Protestantismo, A Maçonaria e a Questão Religiosa no Brasil, Brasília, Editora Universidade de Brasília, 1980, p. 9).
14 “As pressuposições ainda determinam nossos destinos, mesmo a despeito de alguma inconsistência no caminho” (R.K. McGregor Wright, A Soberania Banida: Redenção para a cultura pós-moderna, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1998, p. 15).
15 “Seria atenuar os fatos dizer que a cosmovisão ou visão de mundo é um tópico importante. Diria que compreender como são formadas as cosmovisões e como guiam ou limitam o pensamento é o passo essencial para entender tudo o mais. Compreender isso é algo como tentar ver o cristalino do próprio olho. Em geral, não vemos nossa própria cosmovisão, mas vemos tudo olhando por ela. Em outras palavras, é a janela pela qual percebemos o mundo e determinamos, quase sempre subconscientemente, o que é real e importante, ou irreal e sem importância” (Phillip E. Johnson no Prefácio à obra de Nancy Pearcey, A Verdade Absoluta: Libertando o Cristianismo de Seu Cativeiro Cultural, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2006, p. 11).
16 Veja-se: James W. Sire, O Universo ao Lado, São Paulo: Hagnos, 2004, p. 21-22.
17 J.G. Machen, Cristianismo y Cultura, Barcelona: Asociación Cultural de Estudios de la Literatura Reformada, 1974, p. 19.
18 Cf. M.A. Noll, Confissões de Fé: In: Walter A. Elwell, ed. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, São Paulo: Vida Nova, 1988-1990, Vol. I, p. 340. Este tipo de declaração também tornou-se comum pelo menos, no início do século XX, quando alguns fundamentalistas além de repetirem a afirmação supra, também bradavam: “Nenhum ‘CREDO', senão Cristo” (Vejam-se:. R.B. Kuiper, El Cuerpo Glorioso de Cristo: La Santa Iglesia, Grand Rapids, Michigan: SLC., 1985, p. 100; L. Berkhof, Introduccion a la Teologia Sistematica, Grand Rapids, Michigan: T.E.L.L., c. 1973, p. 22; Gordon H. Clark, Em Defesa da Teologia, Brasília, DF.: Monergismo, 2010, p. 41). Entre o final dos anos 50 e início dos anos 60, Lloyd-Jones disse com tristeza: “No presente século há marcante aversão por credos, confissões e por definições precisas. O cristianismo tornou-se um vago e indefinido espírito de boa vontade e filantropia” (David M. Lloyd-Jones, A Unidade Cristã, São Paulo: PES, 1994, p. 213).
19 R. C. Sproul, Sola Scriptura: Crucial ao Evangelicalismo: In: J.M. Boice, ed. O Alicerce da Autoridade Bíblica, São Paulo: Vida Nova, 1982, p. 122.
20 Veja-se: François Turretini, Compêndio de Teologia Apologética, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, Vol. 1, p. 234.
21 Abraham Kuyper, A Obra do Espírito Santo, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 57.

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A ORIGEM DA BÍBLIA

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

 

A ORIGEM DA BÍBLIA

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A origem da BíbliaA Bíblia é a revelação de Deus aos homens: o Todo-Poderoso revelou-se à humanidade plenamente através de seu Filho Jesus Cristo – palavra viva; tornou-se homem para dar ao gênero humano uma idéia concreta, definida e palpável do que seja a pessoa que devemos ter em mente quando pensamos em Deus – Deus é tal qual Jesus.

Toda a Bíblia se desenvolve ao redor da bela história de Cristo e de sua promessa de vida eterna. Seu aparecimento na terra, indubitavelmente, é o acontecimento central de toda a história. Cristo é o Verbo Divino, a Palavra de Deus em ação, tema unificador: o assunto central da Bíblia.

O Antigo Testamento forneceu o cenário para o surgimento do Messias. O Novo, descreve-o com perfeição. Assim, Cristo se esconde no Antigo Testamento e é desvendado no Novo.

Os crentes anteriores a Cristo olhavam adiante com grande expectativa, ao passo que os crentes de nossos dias vêem em Cristo a concretização dos planos de Deus: o perfeito e harmonioso cumprimento da Bíblia.

Quem é o autor da Bíblia? Quem é seu real interprete?

Deus é o autor da Bíblia por excelência, e o Espírito Santo, seu real intérprete. Embora Deus seja o genuíno autor da Bíblia, inspirou cerca de 40 homens para escrevê-la. Esses homens tinham diferentes atividades, viviam distantes uns dos outros, tinham estilos e características distintas e eram provenientes de três continentes. O trabalho de todos levou pelo menos uns 1.500 anos – de Moisés ao apóstolo João.

Independente dessas circunstâncias, na Bíblia há um só plano, que de fato mostra que há um só autor divino, guiando os humanos. Isto é o que garante a unidade da revelação bíblica.

A formação do cânon sagrado

Você conhece a origem da Bíblia? Sabe como, em quanto tempo e, em quais condições ela foi formada? Sabe o que ela representa e sempre representará para a humanidade? A palavra “cânon”, expressão latina, deriva-se do termo grego kanõn, que significa literalmente “vara reta de medir” ou “régua de carpinteiro”. Em outras palavras, este termo denota um padrão de medida excelente e rigoroso. Aplicado às Escrituras o Cânon significa aquilo que serve de norma, regra de fé e prática. Deste modo, o Cânon Sagrado é uma coleção de livros que foram aceitos por sua autenticidade e autoridade divinas. Isto significa que os livros que hoje formam a Bíblia satisfizeram o padrão, ou seja, foram dignos de serem aceitos e incluídos. Os livros da Bíblia são denominados canônicos para não serem confundidos com os apócrifos, escritos não inspirados e não autorizados por Deus. O emprego do termo “cânon” foi primeiramente aplicado aos livros da Bíblia por Orígenes (185-254 d.C).

Como se formou, e em quanto tempo se completou o Cânon do Antigo Testamento?

O Cânon do Antigo Testamento foi formado num período aproximado de 1.046 anos – de Moisés a Esdras. Moisés começou a escrever o Pentateuco cerca de 1491 a.C., Esdras surge por volta de 445 a.C. Esdras, segundo a literatura judaica, na qualidade de escriba e sacerdote, presidiu um conselho formado por 120 membros chamado Grande Sinagoga. A Grande Sinagoga selecionou e preservou os rolos sagrados, determinando naquele tempo o cânon das Escrituras do Antigo Testamento (Ed 7.10,14). Foi essa mesma entidade que reorganizou a vida religiosa nacional dos repatriados e, mais tarde, deu origem ao supremo tribunal judaico denominado sinédrio.

A formação do Cânon se deu gradualmente

Antes mesmo de Deus ter ordenado a Moisés que escrevesse, pela primeira vez, um memorial a respeito da vitória de seu povo sobre os amalequitas, a Palavra de Deus já circulava entre os homens sob o método da transmissão oral: “Escuta-me, mostrar-te-ei; e o que tenho visto te contarei; o que os sábios anunciaram, ouvindo-o de seus pais, e o não ocultaram…” (Jó 15.17,18). Agora observe as evidências da formação do cânon na própria narrativa bíblica.

Moisés

Moisés começou a escrever o Pentateuco cerca de 1491 a.C., concluindo-o por volta de 1451 a.C. Não há evidência de que o homem tivesse a palavra de Deus escrita antes do dia em que Jeová disse a Moisés: “Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué…” (Êx 17.14). A memória de Amaleque seria riscada para sempre. Esse foi o juramento que fez o Senhor. O Todo-Poderoso queria que aquela vitória fosse registrada num livro para que Israel jamais se esquecesse daquele livramento, provisão e justiça divinos. Mais tarde, Deus haveria de configurar o Livro santo e reafirmar seus propósitos a Moisés: “Escreve estas palavras; porque conforme o teor destas palavras tenho feito aliança contigo e com Israel” (Êx 34.27). [grifo nosso]

Josué e Samuel

Josué (1443 a.C), sucessor de Moisés, escreveu uma obra que colocou “perante o Senhor” (Js 24.26). Samuel (1095 a.C), último juiz e profeta, também escreveu, pondo seus escritos “perante o Senhor” (1 Sm 10.25). Afinal de contas, o que significa escrever e colocar “perante o Senhor”? Sobre isto, Deus já havia instruído a Moisés: “E porás o propiciatório em cima da arca, depois que houver posto na arca o testemunho que te darei” (Êx 25.21). Tudo nos leva a crer que, naquele tempo, os livros sagrados eram depositados na Arca do Concerto à medida que iam sendo escritos. Deste modo, quem intentaria pelo menos tocar na santíssima Arca, onde o Altíssimo fulgurava sua glória? Deus havia arrumado uma forma bem original de preservar as Sagradas Escrituras.

Isaías

Isaías (770 a.C), profeta e conselheiro de confiança do rei Ezequias, afirma que suas inspiradas profecias se cumpririam cabalmente e estariam registradas por escrito no “Livro de Jeová”. Trata-se de explícita referência às Escrituras na sua formação: “Buscai no livro do Senhor, e lede…” (Is 34.16).

Salmos

Em 726 a.C. os Salmos já eram cantados: “Então o rei Ezequias e os príncipes disseram aos levitas que louvassem ao Senhor com as palavras de Davi, e de Asafe. E o louvaram com alegria e se inclinaram e adoraram” (2 Cr 29.30).

Jeremias

O Senhor ordenou a Jeremias (626 a.C) que registrasse sua promessa de trazer seu povo do cativeiro: “A palavra que do Senhor veio a Jeremias dizendo: assim diz o Senhor Deus de Israel: Escreve num livro todas as palavras que te tenho falado” (Jr 30.1,2).

Josias

No tempo do rei Josias (621 a.C), época em que o templo estava sendo reparado, o sacerdote Hilquias achou o “Livro da Lei” (2 Rs 22.8-10). Quando o Livro santo foi lido perante o rei, o grande monarca percebeu quanto o povo estava fora da vontade de Deus e renovou a aliança com o Senhor.

Este episódio é uma evidência da formação do cânon naquela época, porém, também patenteia-nos uma grande lição para os nossos dias. Quando a Palavra de Deus é relegada, o povo se corrompe.

Daniel

Daniel (553 a.C) refere-se aos “livros” (Dn 9.2). Eram os rolos sagrados das Escrituras de então.

Zacarias

Zacarias (520 a.C) declara que os profetas que o precederam falaram da parte do Espírito Santo (7.12). Não há aqui referências direta a escritos, mas há inferências. Zacarias foi o penúltimo profeta do Antigo Testamento, isto é, profeta literário.

Neemias

Neemias nos seus dias (445 a.C), achou o livro das genealogias dos judeus que já haviam regressado do exílio (7.5). Certamente havia outros livros.

Ester

Nos dias de Ester, o Livro Sagrado estava sendo escrito. Ester e Mardoqueu foram usados por Deus para livrar Israel do extermínio, intentado pelo maléfico Hamã. Para que esse feito fosse lembrado perpetuamente, instituíram e registraram “no livro” a festa de Purim: “… e escreveu-se no livro” (Et 9.32).

Nos dias de Jesus

Na época de Jesus, os 39 livros do Antigo Testamento já eram plenamente aceitos pelo judaísmo como divinamente inspirados. O Senhor referiu-se repetidas vezes ao Antigo Testamento, reconhecendo-o como a Palavra de Deus (Mt 19.4 e 22.29). Para se conferir a confiança que os escritores do Novo Testamento tinham do Antigo, basta conferir as centenas de citações da Lei, dos profetas e dos escritos feitos por eles.

Concluímos que, começando por Moisés, à proporção que os livros iam sendo escritos, eram postos no tabernáculo, junto ao grupo de livros sagrados. Esdras, como já dissemos, após a volta do cativeiro, reuniu os diversos livros e os colocou em ordem, como coleção completa. Destes originais eram feitas cópias para as sinagogas largamente disseminadas.

O Cânon do Antigo Testamento só foi realmente reconhecido e fixado no Concílio de Jâmnia em 90 d.C. Houve muitos debates acerca da aprovação de certos livros, porém, o trabalho desse Concílio foi apenas ratificar aquilo que já era aceito por todos os judeus através dos séculos.

Os livros apócrifos do Antigo Testamento

A palavra “apócrifo” significa, literalmente “escondido”, “oculto”, isto em referência a livros que tratem de coisas secretas, misteriosas, ocultas. No sentido religioso, o termo significa não genuíno, espúrio, suposto, ilegítimo. Os livros apócrifos foram escritos entre Malaquias e Mateus, ou seja, entre o Antigo e o Novo Testamento, numa época em que cessara por completo a revelação divina. Nunca foram reconhecidos pelos judeus como parte do cânon hebraico. Jamais foram citados por Jesus nem foram reconhecidos pela igreja primitiva. Apareceram pela primeira vez na Septuaginta, a tradução do Antigo Testamento feita do hebraico para o grego. Quando Jerônimo traduziu a famosa Vulgata, no início do século V, incluiu os apócrifos oriundos da septuaginta. São 11 os escritos apócrifos: sete livros e quatro acréscimos a livros. Os sete livros apócrifos constantes das Bíblias de edição católico-romana são: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, 1 Macabeus, 2 Macabeus. Os quatro acréscimos ou apêndices são: Ester (a Ester 10.4–16.24); Cânticos dos três santos filhos (a Daniel 3.24-90); História de Suzana (a Daniel cap.13); Bel e o Dragão (a Daniel cap.14). Em 1546, no concílio de Trento, a Igreja Romana aprovou os apócrifos (escritos que apoiavam seus falsos ensinos) para combater o movimento da Reforma Protestante.

O Cânon do Novo Testamento

Como no Antigo Testamento, homens inspirados por Deus escreveram aos poucos os livros que compõem o cânon do Novo Testamento. Sua formação levou apenas duas gerações: quase 100 anos. Em 100 d.C. todos os livros do Novo Testamento estavam escritos. O que demorou foi o reconhecimento canônico, isto motivado pelo cuidado e escrúpulo das igrejas de então, que exigiam provas concludentes da inspiração divina de cada um desses livros. Outra coisa que motivou a demora na canonização foi o surgimento de escritos heréticos e espúrios com pretensão de autoridade apostólica. Trata-se dos livros apócrifos do Novo Testamento.

Por que formar um cânon para o Novo Testamento?

Jesus foi o redentor de quem o Antigo Testamento deu testemunho. Suas palavras, segundo eles, não podiam ter menos autoridade do que a Lei e os Profetas. Convencidos disto, os cristãos as repetiam sempre e as colocaram na forma escrita que se tornou o núcleo do cânon.

O tempo estava passando. Enquanto a regra tradicional da “doutrina apostólica baseada nos ensinos de Cristo e na interpretação do seu trabalho” foi mantida, não houve necessidade de escrevê-la. Mas, com a morte dos apóstolos, um a um, a tradição oral tornou-se insuficiente. As dissensões nas igrejas também tornaram o apelo à palavra escrita tanto natural quanto necessário.

Nenhum livro podia ser declarado Escritura, se não contivesse as ênfases que o tornasse como tal. Prevalecia uma unanimidade surpreendente entre as igrejas quanto aos escritos que falavam convincentemente de Deus.

O cânon do Novo Testamento aumentou sob a orientação de um instinto espiritual, em lugar da imposição de uma autoridade externa. Os escritos aceitos eram de autoria daqueles honrados pela Igreja – Mateus, João, Paulo, Pedro – assim como de pessoas menos conhecidas, apoiadas por uma autoridade apostólica – Pedro por trás de Marcos, Paulo por trás de Lucas. Alguns livros levaram mais tempo para alcançar a canonicidade. O Cânon do Novo Testamento se fixou de forma quase universal no século IV d.C., com Atanásio de Alexandria (325 d.C.). No ano de 367 d.C. Atanásio enviou uma carta estabelecendo a lista dos livros sagrados que deviam ser lidos nas igrejas. Essa lista era exatamente a mesma que contém os atuais vinte e sete livros do Novo Testamento. Porém, o cânon neotestamentário só foi definitivamente reconhecido e fixado, quando uma lista idêntica a de Atanásio foi aprovada no concílio de Cartago em 397 d.C.

A Bíblia é fruto da mente de Deus

Concluímos que a Bíblia é como a construção de um grande prédio, em que há muitos operários empregados. Cada um sabe bem o seu ofício, porém todos dependem do plano do arquiteto. Ela é perfeita e harmoniosa. Embora tivesse havido tantos autores humanos, a unidade, simplicidade e singularidade da Bíblia indicam que houve uma só mente por trás de todas, a mente de Deus. Os autores humanos fornecem variedade de estilo e matéria. O autor divino garante unidade de revelação e ensino. Teólogos liberais, através da danosa Alta Crítica, fazem de tudo para colocar a Bíblia em descrédito. Chegam a sustentar que ela é uma espécie de história secular do esforço do homem por encontrar a Deus. Rejeitamos essa idéia com repugnância! A Bíblia é a Palavra viva de Deus que narra o esforço do Todo-Poderoso por revelar-se e salvar o homem perdido.

Marcos Tuler é pedagogo, bacharel em teologia, pós-graduado em docência superior, conferencista, articulista, professor e orientador pedagógico do Seminário Evangélico Boa Esperança no Rio de Janeiro. É chefe do setor de Educação Cristã da CPAD e autor dos livros Manual do Professor da Escola Dominical e Recursos Didáticos para a Escola Dominical. (escoladominical@cpad.com.br)

faecad.com.br » A ORIGEM DA BÍBLIA

Paulo, um Modelo de Líder-Servidor

 

Paulo, um Modelo de Líder-Servidor

O líder-servidor não age egoisticamente, antes serve ao povo de Deus com espírito voluntário e solícito.

Líder-servidor: Indivíduo que, na moderna administração, é visto como o modelo ideal de liderança, pois, em vez de chefiar friamente, serve aos liderados de modo que constrange-os a trabalhar em prol do bem coletivo.

Você é um cooperador de Cristo? Atualmente muitos querem exercer liderança, mas poucos querem servir ao Mestre e a Sua Igreja. Jesus, enquanto homem perfeito, é o nosso exemplo de líder-servidor. Certa vez, Ele declarou que não veio a esse mundo para ser servido, mas para servir (Mt 20.26-28). Paulo foi um homem que seguiu as pisadas do Mestre. Ele procurou servir a Jesus em todo o tempo. Mesmo sofrendo retaliação e rejeição de alguns, Paulo amou, liderou e serviu a igreja.

No capítulo seis de 2 coríntios, Paulo em sua defesa, dando provas e descrevendo seu ministério de reconciliação, no qual ele atuava como embaixador de Cristo, representando os interesses do Reino de Deus na terra nos deixa uma lição para hoje, vejamos.

Sua liderança é demonstrada em serviço, e ele até se identifica em algumas de suas cartas como servo (Rm 1.1; 2 Co 4.5; Tt 1.1). Seu modelo de líder-servidor era o próprio Jesus, que nos deixou um grande exemplo (Jo 13.1-17; Fp 2.5-8). Por isso, Paulo exortou aos coríntios que o imitassem assim como ele imitava ao Senhor (1 Co 11.1).

PAULO SE IDENTIFICA COMO SERVIDOR DE CRISTO (2 Co 6.1,2)

1. Paulo se descreve como cooperador de Deus no ministério da reconciliação (v.1). A organização dos capítulos da Bíblia (não somente das epístolas paulinas) muitas vezes não obedece à estrutura lógica dos versículos. Os dois primeiros versículos do capítulo 6 são um complemento do capítulo cinco. Quando Paulo usa o plural e “nós, cooperando também com ele”, refere-se ao Senhor Jesus que realizou a obra expiatória, pois o Pai o fez pecado por nós (5.21), a fim de pagar a dívida da humanidade, reconciliando-nos com o Criador.

Ao tornar conhecida a obra da redenção, Paulo afirma que estamos cooperando com Jesus Cristo. Deus não depende de ninguém para fazer o que precisa ser feito, mas Ele deseja uma relação de comunhão e serviço em conjunto com o homem, para que este tenha o privilégio de participar do ministério da reconciliação.

2. Paulo, um modelo de líder-servidor. Paulo aprendeu com Jesus que o serviço é a postura ideal para quem deseja liderar, pois o Mestre mesmo disse que não tinha vindo ao mundo para ser servido, mas para servir (Mt 20.26-28). O apóstolo dedicou, pois, sua vida e personificou sua liderança como um líder-servidor. Ele procurou imitar o Mestre em tudo, servindo apenas aos interesses da Igreja de Cristo (2 Co 12.15; Fp 2.17; 1 Ts 2.8).

3. Paulo desperta os coríntios para a chegada do tempo aceitável (v.2). O versículo dois é uma citação de Isaías 49.8. Neste vaticínio do profeta messiânico, surge o Servo do Senhor (que é o Cristo profetizado), com a promessa de ajuda no dia em que a salvação for manifestada aos gentios. Paulo usa a profecia para anunciar que o tempo aceitável (favorável) é agora, o dia da salvação é hoje, e a proclamação do Evangelho que pregava está no presente. O tempo aceitável por Deus e pelos homens é agora, e todos podem participar livremente da reconciliação oferecida em Cristo. A parte final do versículo dois evidencia a preocupação paulina com os coríntios em relação à graça de Deus. A graça salvadora é para “agora”, porque este é o momento oportuno de sua aceitação.

Paulo aprendeu com Jesus que o serviço é a postura ideal para quem deseja liderar na vida eclesiástica, pois o Mestre mesmo disse que não tinha vindo ao mundo para ser servido, mas para servir.

A ABNEGAÇÃO DE UM LÍDER-SERVIDOR (6.3-10)

1. O cuidado de um líder-servidor. Paulo volta a descrever as agruras do seu ministério apostólico, a fim de fortalecer o fato de que o líder na Igreja de Cristo precisa estar pronto para enfrentar as dificuldades inerentes ao ministério. O apóstolo afirma essa verdade, com as seguintes palavras: “não dando nós escândalo em coisa alguma” (v.3). Em outras palavras, ele estava dizendo que evitava dar qualquer “mau testemunho”, para que o seu ministério em particular e o de seus companheiros não fossem desacreditados.

2. Experiências de um líder-servidor (vv.4-6). Nos versículos 4 a 6, Paulo descreve seu ministério apostólico apresentando uma série de seis tribulações e aflições experimentadas por ele. Didaticamente, ele separa esses acontecimentos em três conjuntos, contendo três “experiências” cada. Nos versículos 4 e 5, ele menciona: “aflições, necessidades e angústias” e “açoites, prisões e tumultos”. O primeiro e segundo conjuntos descrevem as várias situações de sofrimento, que causaram danos físicos e materiais ao apóstolo Paulo. Ainda no versículo cinco, ele menciona “trabalhos, vigílias e jejuns”, referindo-se às dificuldades enfrentadas em seu ministério. Porém, apesar de tudo isso, Paulo não se envergonha do Evangelho de Cristo nem desiste de continuar seu trabalho.

3. Os elementos da graça que o sustentaram nestas experiências (vv.7-10). Em contraposição às seis dificuldades mencionadas acima, no versículo seis, Paulo apresenta outros seis “elementos” que lhe deram força interior, resultantes da graça, e que o sustentaram, bem como a seus companheiros, naquelas tribulações: “pureza, ciência (conhecimento), longanimidade, benignidade, a presença do Espírito Santo e o amor não fingido (verdadeiro)”.

A “pureza”, que é o primeiro elemento, tem a ver com a atitude de um coração íntegro e mãos limpas para realizar a obra de Deus. Ao citar “ciência”, Paulo referia-se ao conhecimento da Palavra de Deus. “Longanimidade” fala da capacidade de suportar injúrias e desprezos, sem nutrir ressentimentos. A “benignidade”, traduzida às vezes por bondade, possibilita o líder cristão a não agir com revanche ou desforra. Fazer algo no Espírito Santo significa reconhecer a sua direção em todas as decisões da nossa vida. Por último, Paulo fala do “amor”, que deve este ser a nossa maior motivação para o exercício ministerial. Todos esses elementos positivos têm sua fonte no Espírito Santo (v.6), o qual produz o amor não fingido.

AS ARMAS DE ATAQUE E DEFESA DE UM LÍDER-SERVIDOR

1. As armas da justiça numa guerra espiritual (v.7). Quando usa a metáfora de “armas”, a mente de Paulo parece transferir-se para um campo de batalha. Como embaixador de Cristo, sente-se também como “um soldado” preparado para a luta. Suas armas não são materiais ou exteriores; são espirituais (Ef 6.11-17; 1 Ts 5.8). Sua força interior é o “poder de Deus” que o capacita a enfrentar as adversidades sem se render ou transigir em sua integridade moral e espiritual.

2. Os contrastes da vida cristã na experiência de um líder-servidor (vv.8-10). Nos versículos 8 a 10, o texto mostra alguns paradoxos da experiência de Paulo como servo do Senhor. O Comentário Bíblico Pentecostal da CPAD afirma que Paulo “experimentou louvor e vergonha; foi elogiado e caluniado, visto como um genuíno servo de Deus e como uma fraude enganosa; foi tratado como uma celebridade e também ignorado” (p.1099). Ora, em todas essas ocasiões, Paulo superou as dificuldades e circunstâncias sem perder de vista a perspectiva divina. Essas experiências deram-lhe condições de ter alegria frente à tristeza e, pela pobreza material, ter a certeza da inefável riqueza celestial.

3. Paulo dá uma resposta aos adeptos da Teologia da Prosperidade (v.10). “Como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo”. Paulo fala literalmente de pobreza material. Não há nada metafórico nessa frase. Ele fortalece o conceito de que a possessão material não é símbolo de riqueza espiritual. Por isso, a riqueza que Paulo podia oferecer era proveniente do Evangelho de Cristo. Dessa forma, o apóstolo demonstra que a pobreza terrena não significa nada, e que ninguém precisa tornar-se pobre para obter riquezas espirituais. A questão aqui é: Qual a nossa prioridade - Deus ou o dinheiro? Pois ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6.24).

Paulo superou as dificuldades e circunstâncias sem perder de vista a perspectiva divina. Estas experiências lhe deram condições de ter alegria frente à tristeza e, pela pobreza material, ter a certeza da riqueza celestial.

CONCLUINDO

Se quisermos servir ao Senhor com inteireza de coração, precisamos seguir os passos de Jesus que foi, é e sempre será o modelo perfeito de líder-servidor. Ele viveu para fazer a vontade do Pai e servir a todos (Mc 10.45).

“Agora é o Dia da Salvação 6.1,2. Como cooperadores de Deus, que pertencem a Ele, como também trabalham para Ele, e como embaixadores de Cristo (2 Co 5.20), Paulo e sua equipe exortavam os coríntios a não receber a graça de Deus sem resultado algum. Os coríntios tinham recebido a graça de Deus, inclusive a salvação por Cristo, mas eles não deviam supor que a salvação é mantida automaticamente. É possível ‘deixá-la ir por nada’ (2 Co 6.1, NEB). Isto aconteceria se eles voltassem à antiga maneira de viver ou se dessem ouvidos aos críticos ‘superespirituais’ ou aos falsos apóstolos que estavam ensinando um evangelho diferente (cf. 2 Co 11.4; Gl 2.21). Precisamos viver de acordo com a nova vida que nos foi dada (cf. Jo 15.2; Deus tira os ramos que não dão frutos). A seguir, Paulo cita Isaías 49.8 e o aplica aos coríntios. Eles estavam vivendo nos dias em que a profecia estava sendo cumprida. É o dia de Deus, o tempo de Deus. Paulo não diminui a importância da era futura ou as últimas coisas. Mas eles têm de reconhecer que esta é a era final antes da era milenar. Agora é o dia em que Deus torna possível a reconciliação a Ele por Cristo. Hoje é o dia da salvação (cf. Hb 3.12-15). À medida que nos aproximamos do fim dos tempos também temos de aplicar as observações de Paulo à nossa época, de forma que não recebamos a graça de Deus ‘em vão’ [...]. Nada seria mais triste que ter recebido a graça de Deus e, no fim, se perder”.

(HORTON, S. M. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções. 1.ed. RJ, CPAD, 2003, pp.213-14.)

Bibliografia Elienai Cabral

Paulo, um Modelo de Líder-Servidor

A alegria do crente é ultra-CIRCUNSTANCIAL

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

 

A alegria do crente é ultra-circunstancial

Tiago, líder da igreja de Jerusalém, escreve para as doze tribos da dispersão, gente que estava vivendo no vale do sofrimento, perdendo seus bens e sua liberdade. Para esses crentes fuzilados pelos ventos da perseguição, Tiago traz uma palavra de encorajamento. Destacaremos, aqui, alguns pontos importantes:
Em primeiro lugar, as provações na vida do crente são necessárias. Tiago escreveu: "Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações (Tg 1.2). Passar pelo vale da prova não significa ausência do amor de Deus. Ser provado não é falta de fé nem expressão de imaturidade espiritual. A prova é diferente da tentação. O inimigo nos tenta para nos enfraquecer; Deus nos prova para nos fortalecer. O inimigo nos tenta para nos derrubar; Deus nos prova para nos transformar. Um atleta só tem um desempenho notório quando se submete à disciplina das provas. Através das provas, Deus vai esculpindo em nós o caráter de Cristo. Por meio do sofrimento, Deus vai nos burilando e nos tornando semelhantes a Cristo, que aprendeu pelas coisas que sofreu.
Em segundo lugar, as provações na vida do crente são variadas. Tiago diz que os crentes passam não por poucas, mas por várias provações. Essa palavra significa "de diversas cores". Há provas amenas e provas severas. Há provas leves e provas pesadas. Há diversas tonalidades de provas. Para cada prova, entretanto, há uma graça especial de Deus que nos capacita a enfrentá-la. Deus não nos prova além de nossas forças. Com a prova, Deus provê também o livramento. As provas não são produto do acaso, mas têm sua gênese na soberana providência divina. Mesmo quando o diabo e suas hostes lançam seus dardos inflamados contra nós, Deus transforma essas situações em bênção para nós. Podemos afirmar, com uma convicção inabalável: "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rm 8.28).
Em terceiro lugar, as provações na vida do crente são passageiras. As provas vêm e vão, mas nós prosseguimos em nossa jornada rumo ao céu. Cruzamos desertos tórridos, descemos a vales escuros, escalamos montanhas íngremes e atravessamos pântanos perigosos, mas mesmo sangrando nossos pés nesse caminho estreito, marchamos resolutamente rumo à bem-aventurança eterna. Nós nos alegramos não por ficarmos nas provas, mas por passarmos por elas.
Em quarto lugar, as provações na vida do crente são propositais. O projeto de Deus é nossa maturidade espiritual. A provação produz perseverança e a perseverança tem como objetivo sermos perfeitos e íntegros, em nada deficientes (Tg 1.3,4). Não há maturidade espiritual sem prova. Não há fortalecimento das musculaturas da nossa alma sem exercício. Somos provados para sermos aprovados. A fornalha das provações queimam apenas nossas amarras. Deus nos predestinou para sermos conformes à imagem do seu Filho e Deus está trabalhando em nós, transformando-nos de glória em glória, na imagem de Cristo. O cinzel de Deus é a prova. As provações tem como propósito nos desmamar das glórias deste mundo e colocar nossos olhos na recompensa eterna.
Em quinto lugar, as provações na vida do crente são enfrentadas com toda alegria. Não somos como os estoicos que acreditam num destino cego. Não vivemos debaixo do rolo compressor das circunstâncias irremediáveis. Nossa vida é governada pelas mãos daquele que está assentado na sala de comando do universo e governa o mundo. Alegramo-nos não no sofrimento da prova, mas na convicção de que Deus está no controle de toda e qualquer situação e utilizará até mesmo a nossa dor para o nosso bem final. Afirmamos, portanto, com entusiasmo, que a alegria do crente é ultra-circunstancial.

Rev. Hernandes Dias Lopes

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A SALVAÇÃO NA PERSPECTIVA DO TEMPO

terça-feira, 6 de novembro de 2012

 

A salvação na perspectiva do tempo

A salvação é obra de Deus e não do homem. É salvação do pecado e não no pecado. É salvação pela graça divina e não pelo mérito humano. É recebida pela fé e não pelas obras. A salvação foi planejada na eternidade, é executada na história e será consumada no segunda vinda de Cristo. A salvação pode ser analisada na perspectiva do tempo. Quanto ao passado já fomos salvos, quanto ao presente estamos sendo salvos e quanto ao futuro seremos salvos. Quanto ao passado, já fomos salvos da condenação do pecado; quanto ao presente, estamos sendo salvos do poder do pecado; e quanto ao futuro, seremos salvos da presença do pecado. Vejamos esses três tempos da salvação:
Em primeiro lugar, quanto à justificação já fomos salvos. A justificação é um ato e não um processo. É feita fora de nós e não em nós. Acontece no tribunal de Deus e não em nosso coração. Pela justificação, Deus nos declara justos em vez de nos tornar justos. A justificação é completa e não possui graus. Todos os salvos estão justificados de igual forma. A justificação é um ato legal e forense. Com base na justiça de Jesus, o Justo, Deus justifica o injusto sem deixar de ser justo. Seria injusto Deus justificar o injusto. Porém, Deus, é justo e o justificador do que crê. Isso, porque Deus satisfez sua justiça quando entregou seu Filho, o Advogado Justo, para sofrer as penalidades que nós deveríamos sofrer. Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Agradou a Deus moê-lo. Jesus foi traspassado pelos nossos pecados. Ele foi feito pecado por nós. Ele bebeu, sozinho, todo o cálice cheio da ira de Deus contra nós, pois éramos filhos da ira. Pela morte de Cristo a lei foi cumprida e a justiça foi satisfeita, de tal maneira que, agora, Deus pode ser justo e justificador. Deus considerou satisfatório o sacrifício substitutivo do seu Filho e nos declarou quites com sua justiça. Já não pesa mais nenhuma condenação sobre aqueles que estão em Cristo Jesus, pois o próprio Jesus é a nossa justiça.
Em segundo lugar, quanto à santificação estamos sendo salvos. A salvação já está consumada pelo sacrifício perfeito e irrepetível de Cristo. Diante do tribunal de Deus já estamos salvos. Nossos pecados passados, presentes e futuros já foram tratados na cruz de Cristo. Porém, quanto ao processo da santificação, estamos sendo transformados de glória em glória na imagem de Cristo. Agora, Deus está trabalhando em nós, formando em nós o caráter de seu Filho. Se a justificação é um ato, a santificação é um processo que começa na regeneração e só terminará na glorificação. Se a justificação não tem graus, a santificação tem. Nem todos os salvos estão na mesma escala de crescimento rumo à maturidade. Precisamos, dia a dia, negarmo-nos a nós mesmos. Precisamos de alimento sólido e de exercício contínuo, a fim de fortalecermos as musculaturas da nossa alma. Se Cristo é o nosso substituto na justificação, ele é o nosso modelo na santificação.
Em terceiro lugar, quanto à glorificação seremos salvos. A salvação é um fato pretérito, uma realidade presente e uma garantia futura. Todos aqueles que foram conhecidos por Deus de antemão, foram também predestinados, chamados, justificados e glorificados. Muito embora a glorificação seja um fato consumado nos decretos de Deus, há de historificar-se apenas na segunda vinda de Cristo. Nós, que já fomos salvos da condenação do pecado e estamos sendo salvos do poder do pecado, seremos, então, salvos da presença do pecado. Receberemos um corpo imortal, incorruptível, poderoso, glorioso e celestial, semelhante ao corpo da glória de Cristo. Quando Cristo voltar, em sua majestade e glória, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro e os que estiverem vivos, serão transformados e arrebatados para encontrarem o Senhor Jesus nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Essa expectativa bendita não é apenas uma vaga esperança, mas uma certeza inabalável. Nós que fomos escolhidos na eternidade e chamados eficazmente no tempo, seremos recebidos na glória!

Rev. Hernandes Dias Lopes

Hernandes Dias Lopes

Editora Fiel - Artigo: Um Desafio às Mulheres

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Editora Fiel - Artigo: Um Desafio às MulheresEditora Fiel - Artigo: Um Desafio às Mulheres 

 

Um Desafio às Mulheres

John Piper

John Piper é um dos ministros e autores cristãos mais proeminentes e atuantes dos dias atuais, atingindo com suas publicações e mensagens milhões de pessoas em todo o mundo. Ele exerce seu ministério pastoral na Bethlehem Baptist Church, em Minneapolis, MN, nos EUA desde 1980.

Neste breve texto, o pastor John Piper enumera, como que em oração, uma lista de importantes conselhos direcionados às mulheres cristãs, a fim de que vivam para a glória de Cristo.

  1. Que tudo da sua vida - em qualquer esfera - seja devotado à glória de Deus.
  2. Que as promessas de Cristo sejam confiadas tão plenamente que paz, alegria e força encham sua alma a ponto de transbordar.
  3. Que essa plenitude de Deus abunde em atos diários de amor, de forma que as pessoas possam ver suas boas obras e glorificar ao seu Pai no céu.
  4. Que vocês sejam mulheres do Livro, que amem, estudem e obedeçam a Bíblia em cada área do seu ensino. Que a meditação sobre a verdade bíblica possa ser a fonte de esperança e fé. E que vocês continuem a crescer em entendimento através de todos os capítulos de sua vida, nunca pensando que o estudo e o crescimento são apenas para os outros.
  5. Que vocês sejam mulheres de oração, de forma que a Palavra de Deus se abra para vocês; e o poder da fé e santidade desça sobre vocês; e sua influência espiritual crescerá no lar, na igreja e no mundo.
  6. Que vocês sejam mulheres que tenham uma profunda compreensão da graça soberana de Deus, fortalecendo todo esse processo espiritual; que sejam pensadoras profundas sobre as doutrinas da graça, e amantes e crentes profundos dessas coisas.
  7. Que vocês sejam totalmente comprometidas ao ministério, seja qual for o seu papel específico, que não desperdicem o seu tempo em revistas de senhoras ou hobbies inúteis, assim como seus maridos não deveriam desperdiçar o tempo deles em esportes excessivos ou coisas sem propósito na garagem. Que você redima o tempo para Cristo e seu reino.
  8. Que vocês, se solteiras, explorem seu solteirismo para a plena devoção a Cristo e não sejam paralisadas pelo desejo de se casar.
  9. Que vocês, se casadas, apoiem a liderança do seu marido de maneira criativa, inteligente e sincera, tão profundamente como uma obediência a Cristo permitir; que vocês o encorajem em seu papel designado por Deus como o cabeça; que vocês o influenciem espiritualmente primariamente através da sua tranquilidade destemida, santidade e oração.
  10. Que vocês, se tiverem filhos, aceitem a responsabilidade com o seu marido (ou sozinhas, se necessário) de criar os filhos que esperam no triunfo de Deus, compartilhando com ele o ensino e a disciplina das crianças, e dando aos filhos aquele toque e cuidado protetor especial que vocês são unicamente capacitadas para dar.
  11. Que vocês não assumam que o emprego secular é um desafio maior ou um melhor uso da sua vida que as oportunidades incontáveis de serviço e testemunho no lar, na vizinhança, comunidade, igreja e no mundo. Que não proponham somente a pergunta: Carreira vs. Mãe em tempo integral? Mas que perguntem tão seriamente: Carreira em tempo integral vs. Liberdade para o ministério? Que vocês perguntem: O que seria maior para o Reino - ser empregado de alguém que lhe diga o que você deve fazer para seu negócio prosperar, ou ser um agente livre de Deus, sonhando o seu próprio sonho sobre como seu tempo, seu lar e sua criatividade poderiam fazer o negócio de Deus prosperar? E que em tudo isso você faz suas escolhas não sobre a base de tendências seculares ou expectativas de estilo de vida, mas sobre a base do que fortalecerá a sua família e promoverá a causa de Cristo.
  12. Que vocês parem e (com seus maridos, se forem casadas) planejem as várias formas da sua vida ministerial em capítulos. Os capítulos são divididos por várias coisas - idade, força, solteirismo, casamento, escolha de emprego, crianças no lar, crianças na escola, netos, aposentadoria, etc. Nenhum capítulo é tudo alegria. A vida finita é uma série de permutas. Encontrar a vontade de Deus, e viver para a glória de Cristo plenamente em cada capítulo é o que faz dele um sucesso, não se ele se parece com o capítulo de outra pessoa ou se tem nele o que o capítulo cinco terá.
  13. Que vocês desenvolvam uma mentalidade e um estilo de vida guerreiro; que nunca se esqueçam que a vida é breve, que milhões de pessoas estão entre o céu e o inferno todos os dias, que o amor ao dinheiro é suicídio espiritual, que os objetivos de mobilidade ascendente (roupas chiques, carros, casas, férias, comidas, hobbies) são um substituto pobre para os objetivos de viver para Cristo com toda a sua força, e maximizar sua alegria no ministério ao ajudar pessoas.
  14. Que em todos os seus relacionamentos com os homens vocês procurem a direção do Espírito Santo ao aplicar a visão bíblica da masculinidade e feminilidade; que vocês desenvolvam um estilo e comportamento que faça justiça ao papel único que Deus deu aos homens para serem responsáveis pela liderança graciosa com relação às mulheres - uma liderança que envolve elementos de proteção, cuidado e iniciativa. Que vocês pensem criativamente e com sensibilidade cultural (assim como ele deve fazer) ao moldar o estilo e ajustar o tom de sua interação com os homens.
  15. Que vocês vejam a direção bíblica para o que é apropriado e inapropriado para os homens e mulheres em relação uns para com os outros, não como restrições arbitrárias sobre a liberdade, mas como prescrições sábias e graciosas de como descobrir a verdadeira liberdade do ideal de complementaridade de Deus. Que vocês não mensurem sua potencialidade pelas poucas funções restringidas, mas pelas incontáveis oferecidas.

Fonte: Desiring God
Tradução: Desiring God

Editora Fiel - Artigo: Um Desafio às Mulheres

Editora Fiel - Artigo: A Maldição do Homem Moderno

terça-feira, 31 de julho de 2012

Editora Fiel - Artigo: A Maldição do Homem Moderno 

A Maldição do Homem Moderno

A.W. Tozer

Existe uma maldição antiga que permanece conosco até hoje — a disposição da sociedade humana de ser completamente absorvida por um mundo sem Deus.
Embora Jesus Cristo tenha vindo a este mundo, este é o pecado supremo dos incrédulos, o qual levou o homem a não sentir — nem sentirá — a presença dEle que permeia todas as coisas. O homem não pode ver a verdadeira Luz, tampouco pode ouvir a voz do Deus de amor e verdade.
Temos nos tornado uma sociedade “profana” — completamente envolvida em nada mais do que os aspectos físico e material desta vida terrena. Homens e mulheres se gloriam do fato de que são capazes de viver em casas luxuosas, vestir roupas de estilistas famosos e dirigir os melhores carros que o dinheiro pode comprar — coisas que as gerações anteriores nunca puderam ter.
Esta é a maldição que jaz sobre o homem moderno — ele é insensível, cego e surdo em sua prontidão de esquecer que existe um Deus. Aceitou a grande mentira e crença estranha de que o materialismo constitui a boa vida. Mas, querido amigo, você sabe que o seu grande pecado é este: a presença eterna de Deus, que alcança todas as coisas, está aqui, e você não pode senti-Lo de maneira alguma, nem O reconhece no menor grau? Você não está ciente de que existe uma grande e verdadeira Luz que resplandece intensamente e que você não pode vê-la? Você não tem ouvido, em sua consciência e mente, uma Voz amável sussurrando a respeito do valor e importância eterna de sua alma, mas, apesar disso, tem dito: “Não ouço nada?”
Muitos homens imprudentes e inclinados ao secularismo respondem: “Bem, estou disposto a agarrar minhas chances”. Que conversa tola de uma criatura frágil e mortal! Isto é tolice porque os homens não podem se dar ao luxo de agarrar as suas chances — quer sejam salvos e perdoados, quer sejam perdidos. Com certeza, esta é a grande maldição que jaz sobre a humanidade de nossos dias — os homens estão envolvidos de tal modo em seu mundo sem Deus, que recusam a Luz que agora brilha, a Voz que fala e a Presença que permeia e muda os corações.
Por isso, os homens buscam dinheiro, fama, lucro, fortuna, entretenimento permanente ou apego aos prazeres. Buscam qualquer coisa que lhes removam a seriedade do viver e que os impeça de sentir que há uma Presença, que é o caminho, a verdade e a vida.
Eu mesmo fui ignorante até aos 17 anos, quando ouvi, pela primeira vez, a pregação na rua e entrei numa igreja onde ouvi um homem citando uma passagem das Escrituras: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim... e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11. 28,29).
Eu era realmente pouco melhor do que um pagão, mas, de repente, fiquei muito perturbado, pois comecei a sentir e reconhecer a graciosa presença de Deus. Ouvi a voz dEle em meu coração falando indistintamente. Discerni que havia uma Luz resplandecendo em minhas trevas.
Novamente, andando pela rua, parei para ouvir um homem que pregava, em um cantinho, e dizia aos ouvintes: “Se vocês não sabem orar, vão para casa, ajoelhem-se e digam: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador”. Isso foi exatamente o que eu fiz. E Deus prometeu perdoar e satisfazer qualquer pessoa que estiver com bastante fome espiritual e muito interessado, a ponto de clamar: “Senhor, salva-me!”
Bem, Ele está aqui agora. A Palavra, o Senhor Jesus Cristo, se tornou carne e habitou entre nós; e ainda está entre nós, disposto e capaz de salvar. A única coisa que alguém precisa fazer é clamar com um coração humilde e necessitado: “ó Cordeiro de Deus, eu venho a Ti; eu venho a Ti!”

Editora Fiel - Artigo: A Maldição do Homem Moderno

Blog Fiel » Pensando biblicamente sobre o pretenso “casamento homossexual” (1)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

 

Pensando biblicamente sobre o pretenso “casamento homossexual” (1)

 

O “pretenso ‘casamento homossexual’” está sendo intensamente debatido no mundo ocidental. Queremos ajudá-lo a pensar de forma bíblica e amorosa. Então, estamos começando uma série de artigos sobre o assunto. Abaixo segue a primeira parte traduzida da pregação de John Piper sobre “‘Digno de honra entre todos seja o matrimônio’ – Pensando biblicamente sobre o pretenso casamento homossexual pregada no dia 16 de Junho de 2012.


Por John Piper

Seja constante o amor fraternal. Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos. Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados. Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros. Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem? (Hebreus 13:1-6)

A mensagem de hoje é construída em torno de oito pontos projetados para dar uma visão bíblica do casamento em relação à homossexualidade, e em relação à Emenda sobre Casamento proposta em Minessota. Eu pedi para lerem Hebreus 13:1-6 não porque darei uma exposição do texto, mas porque quero enfatizar aquela frase do versículo 4: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio”. É isso que desejo progredir para a glória de Deus e para sua orientação e seu bem.

1. O casamento foi criado e definido por Deus nas Escrituras como uma união sexual e pactual entre um homem e uma mulher em uma aliança vitalícia e exclusiva entre eles, como marido e mulher, com o intuito de revelar o relacionamento pactual de Cristo com Sua Igreja, comprada por Seu sangue.

Isso é mais claramente visto em quatro passagens onde estas verdades são tecidas em conjunto.

1. Gênesis 1:27, 28

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra… (Gênesis 1:27, 28)

2. Gênesis 2:23, 24

Então, Deus liga seu projeto de masculinidade e feminilidade com o casamento em Gênesis 2:23, 24. Quando a mulher é criada do lado do homem, este exclama: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”

Em outras palavras, Deus criou a humanidade macho e fêmea para que houvesse uma união sexual de uma só carne e um apego pactual com o intuito de multiplicar a raça humana, e mostrar a aliança de Deus com seu povo, e finalmente a alinça de Cristo com sua Igreja.

3. Mateus 19:4-6

Surpreendentemente, Jesus pegou essa relação entre criação e casamento e aliança vitalícia, tecendo juntos exatamente esses dois textos de Gênesis. Mateus 19:4-6:

“Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher [Gênesis 1:27] e que disse [citando Gênesis 2:24]: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.”

E em nossa situação cultural, as palavras “não separe o homem o homem e a mulher que Deus ajuntou” tem um significado muito maior do que qualquer um pensaria que tivesse.

4. Efésios 5:24-32

Mais um texto sobre o sentido do casamento faz a distinção entre homem e mulher – esposo e esposa –como retrato pactualmente significativo de Cristo e da Igreja. Efésios 5:24-32:

“Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, [...] Eis por que [citando Gênesis 2:24] deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja.”

Em outras palavras, desde o princípio houve um significado profundo e misterioso do casamento. E Paulo agora revela este mistério. E este o é: Deus fez o ser humano macho e fêmea com suas naturezas distintas de masculinidade e feminilidade e com papeis distintos no casamento para que no casamento, como marido e mulher, eles pudessem exibir Cristo a Igreja.

Os que significa que os papéis básico de um esposo e esposa não são intercambiáveis.  Marido exibe o amor sacrificial da liderança de Cristo  e a esposa exibe o papel submisso do corpo de Cristo. O mistério do casamento é que Deus tem essa exibição dupla (do marido e da mulher) em mente quando Ele criou a humanidade como macho e fêmea. Portanto, a realidade mais profunda do universo subjaz o casamento como uma união pactual entre um homem e uma mulher.

2. Não há algo como o pretenso “casamento do mesmo sexo”, e não seria sábio chamá-lo assim.

O ponto aqui não é apenas que o assim chamado “casamento homossexual” não deva existir, mas que ele não existe e não pode existir. Aqueles que acreditam que Deus nos falou verdadeiramente na Bíblia não devem ceder dizendo que a parceria comprometida e vitalícia de relações sexuais entre dois homens ou duas mulheres seja um casamento. Não é. Deus criou e definiu o casamento. E o que Ele uniu nessa criação e nessa definição não pode ser separado, e ainda chama-lo de casamento aos olhos de Deus.

[veja a segunda parte aqui]

Por John Piper © 2012 Desiring God Foundation. Usado com permissão. Website em português: www.satisfacaoemdeus.org

Tradução: Vinícius Musselman Pimentel – Editora Fiel © Todos os direitos reservados

 

Blog Fiel » Pensando biblicamente sobre o pretenso “casamento homossexual” (1)

O Que Diz A Bíblia Sobre O Homem do Lar

sábado, 12 de maio de 2012

 

O Que Diz A Bíblia Sobre O Homem do Lar

Todos os males da sociedade, sejam financeiros, políticos, trabalhistas, escolares ou religiosos têm a sua origem no coração do homem. Sabemos como é o coração do homem (Jer. 17:9; Rom 3:10-23). A instituição que Deus estabeleceu, ainda no jardim do Éden, que ajuntou duas pessoas em maneiras especificas para ser uma unidade é o que chamamos de família. O ambiente que é formado pelo amor exercitado entre todos da família cria o que chamamos de .o lar.. O lar tem suma importância na vida humana pois é o berço de costumes, hábitos, caráter, crenças e morais de cada ser humano, seja no contexto mundial, nacional, municipal ou familiar. Então, podemos dizer, como vai o lar vai o mundo, e também, o que é bom para a família é bom para o mundo.

Tal lar, tal mundo

Reconhecendo a existência e influência do pecado, sabemos que todos os lares não estão operando com as mesmas regras e propósitos com os quais um lar cristão opera. Aprender o que a Bíblia ensina sobre o assunto do lar é uma garantia de que atingiremos o alvo o qual Deus tem para nós na relação de família.

I. O HOMEM DO LAR

A. Homem foi o primeiro criado

1. A realidade Gên 2:7-8, 18-22, v.18, .Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.. v. 22, .E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher. I Tim 2:13, .Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva..
2.A responsabilidade
· De ser primeiro formado como Adão, ou por ser o primogênito como Rúben ou Esaú e outros, trouxe privilégios e responsabilidades (Lei - Deut 21:15-17; veja os exemplos com Rúben ,Gên 49:3; Esaú , Gên 27:19 e na parábola de Lu 15:11-32).
· O homem foi feito por Deus e assim Deus tem autoridade sobre o homem. A mulher foi formada do homem e ele tem autoridade sobre ela. As crianças vêm dos pais e assim os pais têm autoridade sobre os filhos. · O exemplo de Cristo: Col 1:15-19, .E ele é antes de todas as coisas, ... E ele é a cabeça do corpo ... toda a plenitude nele habitasse. · No jardim do Éden, depois do pecado, Deus veio chamando Adão e não Eva para explicar o que tinha acontecido. Deus falou com Adão como cabeça do lar e responsável pelas ações do lar. Gên 3:9. · Foi Adão que respondeu pelas ações da família como o responsável do lar. Gên 3:10-12. · Adão não procurou essa posição, como nenhum homem a procura, mas foi desde o princípio .conforme o propósito dAquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade. (Ef 1:11; I Cor 4:7).

Seqüência de aparecimento
Deus + Cristo + Homem + Mulher + Crianças = ordem de autoridade e responsabilidade

· Na igreja, é o homem que tem responsabilidades várias. I Tim 2:12; 3:1-13.
· No lar, é o homem que tem o mandamento de iniciar o amar em todos os aspectos. Em Ef 5:25, .Vós, maridos, amai vossas mulheres. a palavra amai vem da palavra grega Philía que significa amor que é medido por sacrifício. Então o homem tem primeiro essa responsabilidade de amar todos no lar na maneira certa por ser o primeiro formado.
Então, pelo homem ser primeiro formado no jardim do Éden, Deus mostrou a sua vontade para o homem ter uma posição primária no lar. Essa posição, de ser formado primeiro, traz com ela responsabilidades intransferíveis das quais ele tem que dar conta diante de Deus (Gên 3:9; I Sam 3:13) e que a falta de levá-las sério, pode ter um efeito intenso sobre a sua comunhão com Deus (I Ped 3:7).
OBS: Há os que argumentem deste fato do homem tendo autoridade sobre a mulher e da família por ser formado primeiro dizendo que as árvores devem então ter autoridade sobre o homem pois elas eram primeiras. Neste argumento é negado o fato que foi o homem feito na imagem de Deus e não as arvores e qualquer parte outra da criação. O homem tem supremacia da criação por ser criado na imagem de Deus.

B. Homem é cabeça do lar

1. A posição: I Cor 11:3; Ef 5:23
2. A responsabilidade

  • A posição de cabeça não é para ser vista como o mundo vê, pois o mundo vê o homem como um ditador que reina sobre um país, um senhor que governa um castelo, ou o galo que manda no galinheiro.

  • A autoridade que o homem do lar tem, não é da sua origem.(I Cor 4:7, .Porque, quem te faz diferente?.) É uma autoridade que Deus confia no homem do lar. O homem exercita esta autoridade com firmeza e sabedoria, mas é Deus quem a mantém e a estabeleçe.( The Christian Family, p. 133 )

  • Como Cristo é a cabeça da igreja, o homem é a cabeça da mulher e do lar.

Como foi, podemos perguntar, que Cristo mostrou a sua posição de cabeça? Ele mostrou a sua posição de cabeça da igreja quando .a si mesmo se entregou por ela. (Ef 5:25). A maneira de ser a cabeça está vista no seu amor. O seu amor está visto no seu sacrifício. Lembramos o significado da palavra ágape que é um amor medido pelo seu sacrifício. O homem tem essa responsabilidade de amar com sacrifício pois o mandamento é , .Vós, maridos, amai vossas mulheres.. E o homem há de amar ela como Cristo amou a igreja (Ef 5:25) e como a seus próprios corpos (Ef 5:28). Em I Ped 2:21- 3:18, o exemplo de Cristo padecendo pelos outros, (.pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.. 2:21, e .o Justo pelos injustos. 3:18), é o exemplo para mulheres (3:1), para maridos (3:7) e, finalmente, para todos (3:8).

Como Cristo é a cabeça da igreja, o homem é da mulher.

Pelo homem ser a cabeça da mulher e do lar, a maior parte do sustento do lar deve vir dele (I Tim 5:8). O corpo do homem dá evidência que é para ele suportar o esforço do trabalho físico do lar. O homem tem uma capacidade natural de agüentar o estresse mental que vem em administrar as necessidades do lar. Deus fez o homem se desanimar no coração menos fácil e isso facilita a sua posição de ser a cabeça do lar. Como a igreja deve olhar só a Cristo para seu sustento material e cuidado espiritual, a esposa e a família devem olhar à cabeça do lar para o sustento material, e o cuidado moral e espiritual (Ef 5:25-28).
É da cabeça do lar que deve vir o padrão de iniciativa maior nos assuntos de espiritualidade e moral no lar (Êx 10:2; Deut 6:7-9; Sal 78:5,6; Prov. 13:22,24; Isa. 38:19; Efe. 6:4). Se a cabeça do lar estiver presente não deve ser alguém outro no lar que toma a iniciativa de ter orações nas refeições do lar ou de ter a família incentivada e pronta para os cultos públicos ou de decidir quais serão os limites morais do lar. Outro pode participar neste incentivo, mas é a cabeça que deve ter a responsabilidade geral deste padrão de iniciativa.
É lógico que esta posição serve de modelo de comportamento diante das mulheres dando honra para ser imitado ou copiado por todos no lar. É o marido que Deus instrua .Igualmente vós, maridos, coabitai ... dando honra à mulher, como vaso mais fraco. (I Ped 3:7). Se o homem não está dando honra à sua mulher ele está em desobediência direta. Se ele permite que os filhos desrespeitem a sua esposa, as irmãs deles, a professora na escola ou a vizinha, ele está em desobediência indireta por eles. Ele é a cabeça, o responsável diante de Deus pelo que transcorra por todos no lar ou na sua presença ou na sua ausência. · O homem, para ser a cabeça que deve ser, vai precisar aumentar o conhecimento sobre as suas responsabilidades, as necessidades da sua esposa como mulher, e uma certa sabedoria pedagógica para cuidar dos seus filhos. .Vós maridos, coabitai com elas com entendimento. (I Ped 3;7) traz para o homem responsabilidades de agir com compreensão, percepção e experiência em vez de altivez, emoção, essentimento ou só aquelas ações e atitudes a sociedade aceita. · O Pastor da igreja tem responsabilidades espirituais na igreja e tem que .dar conta. (Heb 13:17), também o marido é responsável por todos sobre quais ele tem responsabilidade e deve responder pelo que se faz na mesma maneira. Eli em I Sam 3:11-14. Eli, sabendo do comportamento dos seus filhos , .não os repreendeu.. O julgamento veio então, não só sobre os filhos, mas sobre Eli, como pai e responsável pelo lar. Por Acã pecar, a família foi destruída, mostrando em parte a influência que Deus coloca na posição do pai. Pelo pai pecar, a semente deste pecado seria prolongado nas ações da família. Josué 7:1-26. A mesma foi repetida em Daniel 6:24.
Pensamos do fato que talvez a mulher ou os filhos não aceitem o homem assumir a sua posição. É capaz que o homem por anos não tem exercitado bem a sua posição. Essa falta de se declarar tem resultado hábitos maus no lar influenciando a esposa que por sua vez tem que tomar uma liderança, e os filhos que por sua vez não têm acostumado de a submeter-se à autoridade do pai. Quando este é o caso, anos de normas que têm criados automaticamente pela falta de cabeça ativa no lar, não podem ser esperado que todos mudem tudo num momento para outro. Se o homem tem reconhecido o fato que ele não desempenhou satisfatoriamente a sua posição, é necessário que ele confesse tal pecado a Deus e procure a sua graça de colocar tudo em ordem no seu lar, sabendo que leva tempo e amor constante até que todos sigam as determinações dele como cabeça do lar. Temos o exemplo de Deus para conosco (I Jo 4:19) e a promessa da Palavra (I Cor 13:8, .O amor nunca falha.) para nos encorajar nessa tarefa admirável.
Em resumo e em resposta à solicitação dos maridos e pais interessados em saber o que podem fazer para agirem na maneira que a posição pede, estas sugestões estão aqui dadas. Dar atenção à família (brincando ou fazendo obras manuais com os filhos, lendo livros a eles, dando ouvido à esposa e aos filhos, passeando ao parque ou centro com todos da família, conversando dos assuntos que eles puxam, etc.); ser atento às necessidades da família (roupa, alimentação, escolaridade, medicamento, conselhos, bem estar mental e emocional); proteger a família de qualquer situação que prenuncia um mal seja de amigos, hábitos, musicas, vizinhos ou parentes; instrua sobre hábitos saudáveis de higiene pessoal, alimentação, boas maneiras, conversação, etc.; ser um exemplo do bem, da Bíblia e de comportamento.

C. Homem é líder do lar

1. O privilégio: Gên 18:19; 35:2: Josué 24:15; Atos 10:2
2. A responsabilidade

· A posição de cabeça mostra que o homem tem autoridade no lar; a posição de líder mostra que o homem é o dirigente ou orientador do lar. Sendo cabeça, o homem tem a posição de agir. Sendo líder, ele tem a responsabilidade de agir.
· Liderança envolve a responsabilidade de agir para o beneficio de um outro, não o direito de mandar os outros a lhe servir. O homem responsável do lar nunca deve pensar da autoridade que ele tem fora do contexto da responsabilidade que ele também tem. Luc. 22:24-47.
· Liderança no lar, é um poder intransferível que Deus tem estabelecido para o homem do lar ter. O homem não deve se esconder desta função, nem procurar se desculpar desta obrigação por achar que não tem uma personalidade forte, experiência adequada, etc. Ele deve aprender cumprir a sua posição pedindo de Deus a sabedoria necessária (Tiago 1:5).
· Liderança envolve também a necessidade de delegar autoridade aos outros. Se ele não transmite poderes transferíveis aos outros capazes, todas as decisões e ações têm que por necessidade ser feitas por ele. Isto exaustará o líder por ele tentando ser um sabe-tudo em todos os lugares. Assim a família logo sentiria alienada dele, e assim ele será responsável de destruir e amarrar os relacionamentos no lar.( p. 240, Man and Woman in Biblical Perspective). Como ela respeita o andamento e limites da responsabilidade do marido, o marido deve respeitar os limites da responsabilidade da esposa não interferindo desnecessariamente na administração que ela dá no lar.

Cristo trata a igreja como esposa e não como uma filha.

· Liderança envolve o líder procurando conselhos e ajuda dos outros. Isso não enfraqueçe a sua posição de líder mas contrariamente, garante a realização da sua posição. Prov. 15:22, .Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam.. (Prov. 11:14; 24:6). .E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente. Tiago 1:5. Salomão foi abençoado por Deus quando ele pediu um coração entendido em vez de pedir muitos dias, riquezas, ou a vida de seus inimigos. (I Reis 3:5-15).
· Deus tem posto ordem no mundo. Na realidade, tudo na criação, até o lar, pede este arranjo para ter paz. Se o fundo do coração da esposa e dos filhos pudessem ser vistos, se poderia ver que eles desejam intensamente que o homem do lar tome a atitude de líder. Quando o líder é submisso a quem não deve ser líder, confusão e espanto no lar é criado, senão visivelmente, nas emoções. A natureza pecaminosa de todos os participantes do lar causa os que devem ser submissos a desafiarem a liderança. Mas, no fundo de tudo, há o desejo de ter a ordem que Deus tem posto no lar. Cristo é a cabeça e o corpo é bem ajustado (Efes. 4:16).
· O desejo para ter paz no lar não deve superar a responsabilidade de liderar no lar. A prática de sacrificar o que o homem do lar vê como saudável, certo e justo só para ter unanimidade no lar não é aceitável. Não há razão por ele aceitar o que é danoso e ofensivo entre os por quem ele é responsável e comprometido a amar e proteger. Deus leva ele como o que tem que dar conta por tudo que ele permite ocorrer no lar. Lembre-se do caso de Eli (I Sam. 3:13,14).
· Por ser líder, não quer dizer que tem que ser rude, duro ou áspero. Um líder pode ser, e deve ser, manso, culto e meigo. Moisés foi um líder de uns três milhões de pessoas por mais de quarenta anos, e é dito .E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. (Núm. 12:3). Cristo também, o modelo para o homem do lar, tinha do Pai, todas as coisas depositadas nas suas mãos, mas ... .Levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se.... e assim ... .começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.. (Jo 13:3-16).
· O verdadeiro líder é primeiramente um líder consigo mesmo. Ele já pratica autocontrole com os seus desejos, ânimos, e apetites. Ele já proporciona bem o seu tempo entre seu trabalho e descanso, e seu prazer e dever. Só depois de ele saber de si controlar, pode ele ser um líder capaz dos outros. (Veja este principio na relação de pastor - igreja, I Tim. 3:4,5; professor - aluno, II Tim. 2:2).
· O homem do lar, interessado em cumprir a sua posição de líder para a glória de Deus e em obediência à Palavra de Deus fará tudo necessário até mesmo de se humilhar diante dos do lar quando errar pedindo lhes perdão. Assim estará seguindo o exemplo de Cristo que foi obediente em tudo (Fil. 2:8).

D. Homem é exemplo no lar

1. O modelo

  • O Pai com seu povo. Lev 19:2; Mt 5:48; Lu 6:36.

  • Cristo com a igreja. Lu 22:26; João 13:1-17; Ef 5:23; I Ped 2:21.

Não há melhor ou mais completo modelo para o homem seguir no seu respeito de ser o que deve no lar do que o exemplo de Cristo para com o Seu povo. O amor de Cristo que levou-se a se entregar pelos Seus não obstando o preço da sua morte é para o homem um modelo de amar a sua esposa e lar não importando as inconveniências que podem vir. Vamos ver Cristo e o Seu Pai.

Exemplo de Cristo

          • Amoroso - Mar 1:11; Jo 13:1.

          • Iniciante no amor - Jo 3:16; Fil. 1:6; I Jo 5:19.

          • Levou peso do outro - I Cor 13:7; Heb 12:2.Iniciou a união - Col 3:14.

          • Sacrifício - Jo 3:16.

          • Zeloso - Zac. 8:2.

          • Exemplar - Jo 14:9.

Lição para o Homem do Lar

          • Seja ativo; não desinteressado, com apatia.

          • Seja valioso à sua família

          • Encare os problemas; não abandone a família.

          • Não seja satisfeito com a destruição da família.

          • Renunciar-se voluntariamente; não seja egoístico

          • Não fique com sentimento morno

          • Não seja vergonhoso, mas algo de orgulho à família.

2. A prática - Jo 13:17

Para o homem do lar ser um exemplo que faz uma diferença para o bem dos filhos e outros no lar, ações precisas têm que ser feitas. I Cor 8:1, .A ciência incha, mas o amor edifica.. Sabendo o que deve ser não é suficiente sozinho, tem que ser posto em ação. (Tiago 1:22-27, v. 25, .Aquele, porém, que ... não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.., Mat. 7:24; João 13:17) Reconhecimento do fato que o seu comportamento, atitude, e prática pesam muito no comportamento, atitude e prática dos que estão sob a sua autoridade já é um ponto de partida. Procurando a sabedoria de Deus em ser conformado à imagem de seu Filho é a prática diária necessária para o homem do lar que quer cumprir a sua posição para o bem. Tiago 1:5
O homem do lar, pela posição que Deus lhe tem dado, automaticamente, e muitas vezes inconscientemente, influi com intensidade nas maneiras de pensar e agir que todos do lar vão adotar nas suas próprias vidas particulares.

  • O que os pais ensinem aos filhos pode ser como adornos à vida dos filhos: Prov. 1:8,9.

  • Somos influenciados pelos outros: Prov. 13:20; 22:24,25; Rom 14:7;I Cor 15:33; I Tess 1:6,7; Heb 10:24; II Ped 2:7,8.

  • O exemplo do homem do lar cria raízes em todos os participantes do lar a praticarem nas suas vidas involuntariamente o mesmo comportamento, e os mesmos costumes, hábitos, morais ou crenças, seja para o bem ou para o mal, que eles têm visto pelo exemplo do homem do lar

  • Não é o que ele diz que produz tal impressão, mas o que ele inspira diariamente, pela sua prática, no decorrer dos anos.

O exemplo do homem do lar tem um efeito longo nos que presenciam o seu exemplo íntimo e continua no lar. Os filhos vão repetir, muitas vezes exagerando, os pecados que o pai reservou só para si. Veja o exemplo do Davi que reservou para ele o prazer da carne com Bate-Seba (II Sam 11:4) que logo seguiu cometer homicídio (II Sam 11:15-17) e levou ela para si. Nos filhos de Davi repetiu estes mesmos males entre eles mesmos. Amnon, filho de Davi, fez incesto com sua irmã Tamar (II Sam 13:11-14). Absolão, filho de Davi, resolveu vingar o mal que Amnon fez à Tamar, e matou Amnon (II Sam 13:23-29,32). Absolão, em tempo, então furtou os corações dos homens de Israel (II Sam 15:6) e assim tirou o reino de Davi. Mais tarde, Salomão, filho de Davi, tinha grande número de esposas, que foi instrumental para afastar o seu coração de Deus (I Reis 11:1-8). Assim prosseguia mais e mais violentamente nos filhos o mal que Davi reservava por si. Este foi para a grande tristeza da sua vida em particular e as da sua família, cumprindo assim a palavra do Senhor, .não se apartará a espada jamais da tua casa. (II Sam 12:10).

Lista parcial do que o exemplo dum pai pode influir sobre os no lar

        • hábitos pessoais de higiene no lar e em publico

        • modos de conduta no lar, igreja e na sociedade

        • atitudes sobre as leis do lar, igreja e da sociedade

        • maneiras de adorar Deus particular e publicamente

        • a importância dada à Bíblia· a reverência dada a Deus

        • procedimentos de trabalhar· responsabilidade no emprego

        • preferências de alimentação

        • opiniões políticas

        • opiniões religiosas

        • conceitos de vestimenta

        • uso de palavras e expressões

        • modos de conversar

        • atitudes sobre substâncias nocivas

        • cuidado dos enfermos, deficientes e pobres

        • o trato de mulheres

        • boas maneiras

        • morais: honestidade, justiça e fidelidade à sua palavra

        • uso do dinheiro· firmeza e liderança

        • padrões de pensamento e raciocínio

        • auto-estima

        • seriedade dada aos estudos

        • profissão

A Bíblia mostra o homem em posições de liderança nas quais são exemplos para os outros:

  • na igreja (profeta, pastor, diácono) I Tim 2:12; Atos 20:28,29; I Ped 5:1-3; Ef 4:1,12; I Tim 3-13

  • na sociedade (rei, governador) Rom 13:1-3

  • no lar (pai, marido, cabeça) I Cor 11:3; Efes. 5:23; 6:4

3. As bênçãos

Uma geração que ponha a sua esperança em Deus - Sal 78:5-8.
Filhos que admirem os pais - Mal 4:5,6.

E. Homem e a Responsabilidade

1. O Princípio

  • Bíblico Responsabilidade Pessoal: Eze 18:20; Jo 12:48; Gal 6:5,7

  • Posição de responsabilidade requer atenção e ação: Eze 33:1-6

  • Capacidades dadas aponta a responsabilidade de usar para o bem: Mt 25:14-30

  • Bênçãos vem em proporção de obediência: I Cor 3:8

I Tim 6:20, .Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado.

2. A Prática

A base primordial de ser pai é vista na idéia de responsabilidade. Sendo consciente do seu senso de responsabilidade do bem estar material e espiritual de outros é a marca distinguidora de um verdadeiro pai. (Weldon Hardenbrook, Recovering Biblical Manhood and Womanhood, p 378).
Por causa do pai ser ausente constantemente da sua posição no lar, seja por profissão ou vontade, tem tornado aceitável pela sociedade que o homem não precisa ser mais participante ativo nas suas famílias. Mesmo que este tem sido aceitável pela maioria, de jeito nenhum deve ser visto como digno de aceitação pelo homem do lar que queira cumprir tudo que Deus deu a ele fazer.
O pensamento que o homem não precisa ser um participante ativo na sua família fere o propósito do homem ser criado primeiro; está em oposição ao princípio do homem ser a cabeça do lar; é contraproducente para o homem ser um líder no lar; é irresponsabilidade na parte do homem se ele é a causa disto, ou se ele se acomoda e deixa isso desenvolver ou permanecer onde que ele tem autoridade. · Para um pai ser o que deve diante da sua esposa e com seus filhos leva coragem. Se ele não mostrar este ingrediente importante, mesmo em pouca quantidade, ele será considerado um vencido, derrotado, aquele que não tem ânimo para enfrentar as dificuldades ou sofrimentos da vida.
Os filhos tomarão o seu exemplo e multiplicarão esta prática para as gerações futuras. Assim logo tem uma sociedade de homens sem garra (pelo menos fora do campo de futebol), faltando convicção própria, e sem princípios pessoais. Isso será visto claramente na administração do país, dos estados, das cidades, e das igrejas. Mas o inverso acontecerá se o pai, em temor a Deus e amor pela família, toma a seriedade de dar importância à sua posição que Deus tem dado a ele e, pela graça de Deus, busca obedecer os princípios da Palavra de Deus, mesmo que isto lhe custe conveniência particular, conforto físico, sentimento de segurança interno ou um estilo menos ambicioso de vida. · O homem do lar faz a sua esposa ser sensível, compassiva e atenciosa pela atenção e amor que ele determina a ela. O homem responsável no amor e estimação à sua esposa e aos seus filhos traz para si amor e estimação vindo da sua esposa e dos seus filhos (Efes. 5:28, .Quem ama a sua mulher, ama-si a si mesmo..)

Tal homem, tal lar

F. O Homem do Lar e o Seu Tempo

1. O Modelo Mat. 28:20; Heb 13:5
Deus com Seu povo e Cristo com a Sua igreja.
2. O Mandamento Geral
Ecl 9:10; 12:13; Efes 5:15-17; Col 4:5
Todos os crentes devem remir o tempo desfrutando dele da melhor maneira para a glória de Deus enquanto estiveram na terra.
3. O Mandamento Particular
Como homem do lar, há uma responsabilidade particular para ele usar o seu tempo com sabedoria junto à família: Gên 2:23,24; Ecl. 9:9; Mat. 19:3-6; Efes 5:28, 29.
4. A Prática.
Em um único ano, há 8.760 horas, 522.00 minutos e 31.320.000 segundos. Quantas delas estão sendo empregadas na vida do lar?
A responsabilidade do homem diante de Deus é de usar o tempo para melhor proveito para a sua glória (Ecl 12:13; Col 4:5).É sempre um desafio ao homem empregar o seu tempo numa maneira adequada, pois os dias são maus (Efe. 5:16).Como seria para nós se Cristo estivesse nos protegendo o tanto quanto que protegemos os da nossa família?
A .porção. do homem é de gozar a vida com a mulher que ama (Ecl. 9:9). Se ele usa o seu tempo desproporcional, até com coisas dignas, ele perde a sua .porção., quer dizer, a benção principal de ser casado. Para .andar com sabedoria. (Col 4:5) é necessário empregar o tempo, cada minuto, para a glória de Deus. Pois o homem tem que responder pelo que se faz com o que Deus o dá (Ecl. 12:14; Mat. 25:14-30).

Uma vez usado o tempo por um propósito,
ele nunca voltará para ser usado por outro propósito.

Ser algo importante na sociedade e ser bem sucedido na vida com bens materiais não pode preceder a importância de obedecer a Deus ou ser responsável com a família. A vida conjugal e o fruto que vem desta união é recompensa suficiente para o homem que quer glorificar Deus com a sua vida (Ecl 9:9).
É crueldade para com a família e desobediência diante de Deus para o homem do lar se separar fisicamente desproporcional do lar por causa da sua paixão de ter louvor na sua profissão, prazer pessoal ou pela corrida de ser rico e famoso. Quando um homem do lar dá mais tempo à outra coisa do que aos do lar, os membros do lar sentem menos prezados, pouco importantes e deixados ao lado. Isto é crueldade que vem justamente da pessoa que publicamente, diante de Deus e o homem, prometeu que estes ele protegerá, cuidará e amará.
Não há segredos ou mágica .cortar caminho. ou criar um substituto que preencha o que um homem responsável, amável e atencioso pode ser e deve ser para o lar senão, gastar tempo em quantidade e qualidade no lar. Uma quantia de dinheiro, um tio, um amigo, um vizinho, ou sogro e sogra não são tão importantes ao lar quanto a presença física e atenção amorosa do homem do lar.

Não pode ser cabeça, líder, exemplo e responsável e ser também ausente a maior parte dos dias.
Ou é um, ou é outro

O homem do lar deve ter a glória de Deus como o alvo principal da sua existência. Isso é conseguido só através de obediência à sua palavra em todas as áreas da sua responsabilidade. Se um homem do lar tem um sucesso na sua vida profissional, mas tem um fracasso no seu lar, tem errado o alvo. Como pode um homem glorificar a Deus sem ser responsável naquilo que Deus estabeleceu antes de qualquer outra instituição - quer dizer, o lar?

Quanto tempo obediente no lar, Tantas bênçãos no lar

Em Gênesis 2:24 o princípio de preeminência que o homem deve dar para o lar e a harmonia e a união que o lar há de ter é mostrado nas palavras .deixará o homem o seu pai e a sua mãe., .e apegar-se-á à sua mulher., .e serão ambos uma carne..

  • Se o homem do lar depende dos pais, ou até outros membros da sua família, para cuidar, financiar, aconselhar, transportar, ministrar, proteger, etc., os de quem ele é primeiramente responsável, como pode ser dito que ele deixou o seu pai e a sua mãe? Se ele está dependendo dos outros para fazer o que ele mesmo deve, ele ainda não .deixou. os laços da sua vida anterior para criar uma nova união.

  • Se um homem está fora do lar a maior parte do tempo, mesmo fazendo o que é digno, como pode ele .apegar-se à sua mulher. ou a sua família, que dizer, ter união e harmonia como uma unidade? Se os membros do lar não estão juntos para planejar os projetos do lar e das vidas de cada um, o lar não terá união ou harmonia nenhuma.

  • Como é que um homem pode ser uma carne, quer dizer, promover harmonia e união íntima na família, se ele não está presente para resolver os contra tempos e problemas que surgem no dia-a-dia com os membros do lar?

O Homem sem Tempo para o Lar é o Homem sem Tempo para Obedecer a Deus

Hábitos entre os membros do lar estão automaticamente criados quando repete um acontecimento pelo menos três vezes. Se o homem do lar estiver fora quando decisões devem ser feitas sobre o dia a dia da família, logo a outra autoridade que é presente na sua ausência resolve os problemas na melhor forma possível. Assim um hábito é formado. Então, quando o homem do lar estiver presente, e ele determinar de ser a cabeça ou líder da família, ele vai entrar em choque com os costumes que a sua própria ausência criou. Dificilmente, de uma hora para outra, ele transformará os costumes feitos e praticados por dias. Ele sendo presente com tempo proporcional procurando ser o que Deus quer que ele seja, cria hábitos saudáveis entre todos no lar. Assim os do lar terão hábitos de seguir o seu exemplo, considerar o seu conselho e respeitar a sua liderança constantemente.
Todos os homens têm dificuldades para enfrentar, interesses pessoais para organizar e desafios na vida para vencer mas em nenhum tempo é aceitável deixar de obedecer os princípios do lar que Deus estipulou (Ecl. 12:14). Se o homem responsável quer sabedoria para equilibrar emprego, lazer, lar, desafios, etc., pode pedi-la de Deus, .que a todos dá liberalmente.. É necessário que este homem peça-a com fé, .em nada duvidando., significando que ele deve ter prontidão para colocar em prática a sabedoria que Deus dá. (Tiago 1:5,6).
Não pode desprezar o tempo em serviço a Deus no lar. O que o homem do lar presta às suas responsabilidades, ele está prestando a Deus no mesmo tempo. Mat. 25:40, .Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes..
Se Deus instituiu o lar, e se Deus estipulou as posições para todos no lar, e se Deus revelou a sua vontade para todos no lar obedecerem, pode então saber que .há tempo para todo o propósito debaixo do céu. (Ecl 3:1). Levará coragem pessoal, amor que é medido pelo sacrifício, e a sabedoria divina. Qualquer homem pode obter tudo o que Deus programou para seu lar (Mar 8:34-37; Fil. 4:13).

.Há tempo para todo o propósito debaixo do céu.


Preparado pelo:
Pastor Calvin G. Gardner
Igreja Batista Independente de Catanduva-SP

Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)

O Que Diz A Bíblia Sobre O Homem do Lar