O PODER E O MINISTÉRIO DA ORAÇÃO-LIÇÃO 4

sábado, 23 de outubro de 2010

 

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Subsídios para a lição: O Poder e o Ministério da Oração, o relacionamento do cristão com Deus - 4º

Lição 04 - A Oração em o Novo Testamento

Prezado professor, no decorrer da história da Igreja Cristã é possível verificar diversos...

Leitura Bíblica: Lucas 24.46,49,52,53; Atos 1.4,5,12,14


Introdução
I. A ORAÇÃO NO INÍCIO DA IGREJA
II. PRINCÍPIOS DA ORAÇÃO CONGREGACIONAL
III. O APÓSTOLO PAULO E A ORAÇÃO
CONCLUSÃO


A PRÁTICA DA ORAÇÃO: UMA NECESSIDADE PARA A IGREJA


Prezado professor, no decorrer da história da Igreja Cristã é possível verificar diversos elementos que marcam a vivência e a intimidade da Igreja com Deus. O elemento em pauta é o desenvolvimento da prática de oração na Igreja ao longo dos anos.
Compreender a oração no desenvolvimento histórico da Igreja, produz ensinamentos edificantes para nossa vida espiritual.
A ocasião da primeira reunião de oração dos discípulos, após a ascensão de Jesus, denota a motivação clara (e oriunda diretamente de Jesus, o cabeça da Igreja) da igreja em Jerusalém viver a disciplina de uma vida com a prática da oração1  .
Sobre o tema em apreço, o Pastor Claudionor de Andrade analisa brevemente a prática da oração nos primórdios da Igreja e avança séculos, mostrando a continuidade do exercício da oração no período medieval e moderno:

A oração jamais se ausentou da Igreja; sem aquela inexistiria esta. Se Jesus foi um exemplo de oração, por que, diferentemente, agiriam seus discípulos e apóstolos? Veja, por exemplo, Paulo. Seja nos Atos dos Apóstolos, seja em suas epístolas, deparamo-nos com o doutor dos gentios endereçando a Deus as mais ferventes orações.
Depois da era apostólica, os pais da igreja, além de suas lides teológicas, consagravam-se à oração. Ignácio, Tertuliano, Ambrósio e Agostinho. O bispo de Hipona escreveu acerca de seu ministério de oração e intercessão: “Eis que dizeis: ‘Venha a nós o vosso reino. E Deus grita: Já vou’ Não tendes medo?”
E os reformadores? Martinho Lutero foi um grande paradigma na intercessão em favor da Igreja de Cristo naqueles períodos da Reforma Protestante. Mais tarde chegaram os avivalistas. John Wesley levantava-se de madrugada para falar com o Pai celeste. E o irmão Finney? Era um gigante na oração. Com o Movimento Pentecostal a Igreja de Cristo desfez-se em orações e súplicas por aqueles que, sem ter esperança de ver Deus, caminhavam para o inferno. Em suas anotações pessoais, Daniel Berg e Gunnar Vingren descrevem suas ricas experiências oriundas de uma vida de profunda oração2

Ao tomarmos conhecimento de como os antigos da fé perseveravam em oração e que tal prática é uma herança dos apóstolos, podemos concluir, parafraseando John Bunyan: Jamais seremos cristãos verdadeiros, se não formos pessoas de oração. O hábito da oração deve ser cultivado com perseverança, não duvidando que a oração seja atendida.
O hábito da oração nos ensina a depender de Deus, deixando que Ele escolha, em sua liberdade soberana, o tempo, o lugar, o meio e o fim, na certeza de que tudo quanto Ele fizer sempre será o melhor .
Deus é um Ser que intervem na causa humana. Ele se fez humano e é conhecedor de todas as nossas fragilidades. O Deus-Homem denota em nós a certeza de que o “Pai Nosso” nos ouvirá, de fato, como um pai que ouve o seu filho.
Portanto, prezado professor, incentive o seu aluno a cultivar o hábito da oração. Mostre a ele que a disposição para orar pode nascer de maneira bem natural. Ensine-o a aquecer o coração com a meditação das Palavras de Cristo, de Paulo ou dos Salmos, por exemplo. Conclua dizendo que após a meditação da Palavra, a exposição de todas as súplicas do coração será eficaz. O hábito da prática de oração é uma necessidade para a sobrevivência espiritual!

 


Reflexão: “Numa palavra, a oração é a suprema proteção contra o ceticismo que insinua ser o objeto da fé mera ilusão ou uma projeção de nossos anseios na tela do infinito”.

 

 

 

 

BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD, 4. ed., 2007, p. 280.

ANDRADE, Claudionor. As disciplinas da vida Cristã: como alcançar a verdadeira espiritualidade. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 36.

JUVENIS-LIÇÃO 4

 

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Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Cuidado com a influência dos meios de comunicação

Lição 04 - O Impacto da TV na vida cristã

A influência da televisão atualmente é inegável. Tornando esse fato como...

Texto Bíblico Efésios 5.1-8; 1 Timóteo 6.3-5,11-14


Televisão, os perigos da exposição excessiva


A influência da televisão atualmente é inegável. Tornando esse fato como ponto de partida, procuro analisar os perigos da exposição excessiva a mídia. A TV está presente e tem exercido influência em muitos lares evangélicos. Não podemos negar essa realidade. O Ateliê Aurora, programa de pós-graduação em educação da Universidade Federal de Santa Catarina, através de um estudo, constatou que assistir televisão é a atividade mais marcante de todos os contextos sociais. A pesquisa foi feita com alunos da rede pública de ensino (escolas localizadas em comunidades carentes) e privada (escolas de elite) de Florianópolis, no centro da cidade e em vila de pescadores. Mesmo com o avanço das tecnologias digitais, a televisão continua ocupando um espaço privilegiado no cotidiano da maioria das famílias brasileiras. Observe o que nos diz Regina de Assim, diretora da Multirio, e Marcus Tavares sobre o alcance da TV:
Num país de dimensões continentais, a TV alcança praticamente todos os municípios (99,84%) e está presente em 91,4% dos domicílios. A influência sobre a constituição das identidades das crianças é, portanto, notória. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2005, divulgados este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a televisão está presente em 91,4% dos domicílios. O rádio, em 88%. O computador, em 18,6%. O computador com acesso à internet em apenas 13,7% dos domicílios pesquisado.
Antes de adotar uma postura crítica frente ao uso da televisão, é preciso ter consciência de que a mesma não é a única responsável pelo mau comportamento das crianças e jovens. Caso fosse à única vilã bastaria termos uma TV perfeita para vivermos um Éden aqui na Terra. O que acontece é que as crianças e os adolescentes estão se excedendo diante de um veículo de comunicação que tem o poder de manipular  o pensamento, as ideias. Pesquisas mostram que as imagens têm o poder de afetar os dois lados do nosso cérebro.  Retemos mais informações quando nos são apresentadas por meios audiovisuais. E nem sempre a TV mostra aquilo que é saudável. Observe o que nos diz Regina de Assis, Presidente da MULTIRIO e coordenadora do RIO MÍDIA – Centro Internacional de Referência em Mídias para Crianças e Adolescentes:
Várias pesquisas evidenciam que a produção audiovisual tem o poder de estimular os dois lados do cérebro: o tecido neocortical, responsável pelas funções superiores do raciocínio, tais como a constituição do significado de palavras e ações; e o sistema límbico articulador dos instintos, da intuição, dos desejos, afetos e emoções. O cérebro das crianças é por isso cooptado, com facilidade, pelos programas de TV, que tanto exercem atrações sobre seu raciocínio, quanto sobre seus sentimentos, desejos e afetos.

Os perigos da “telinha”

As Escrituras Sagradas nos advertem: “Não porei coisa má diante dos meus olhos...” (Sl 101.3). Atualmente, essa advertência não é apenas divina, pois psicólogos e psiquiatras também alertam e advertem os pais sobre os problemas causados pelo excesso de exposição à mídia, principalmente a TV. A criança brasileira é uma das que passam a maior parte do tempo livre diante da televisão. Segundo uma pesquisa do Painel Nacional de Televisão do Ibope, publicada no livro Crianças do Consumo, de Susan Linn, as crianças brasileiras de 4 a 11 anos  assistem em média a 4h51 minutos de TV por dia. O Brasil ficou em primeiro lugar — antes dos Estados Unidos — na quantidade de tempo que as crianças ficam diante do televisor. A criança evangélica, que freqüenta a ED, também não está de fora desses números.
Jesús Martín-Barbero afirma que, desde a metade do século XX, a função de principal elemento de influência no processo de formação do público infanto-juvenil, ocupada durante séculos pela família, vem sendo mais e mais dividida com os meios de comunicação de massa. Por meio da mídia eletrônica, aponta Barbero, crianças e adolescentes ficam expostos aos diversos tipos de mensagens.

Alguns dos resultados da exposição excessiva
Os resultados negativos da exposição excessiva da mídia são muitos; seria impossível relacioná-los. Portanto, destacamos alguns aspectos. Um deles é o aumento da obesidade infantil as crianças não brincam mais como deveriam. Estão cada dia mais sedentárias. De acordo com dados apresentados pela Escola Paulista de Medicina, na “Primeira Jornada de Alimentos e Obesidade na Infância e Adolescência”, no Brasil 14% das crianças são obesas e 25% estão acima do peso.  As empresas de alimentos infantis têm investido no marketing de produtos colocados à disposição das crianças, uma vitrine atraente, repleta de guloseimas. Segundo os especialistas, os adultos são menos influenciados pela propaganda, cujo poder manipulador afeta profundamente as mentes infantis, aumentando o consumo de alimentos nem sempre saudáveis.
A exposição excessiva à mídia também contribui para o aumento da agressividade. As crianças ficam expostas a imagens violentas e repletas de sexualidade, que comprometem seu comportamento social e seus valores. As crianças que assistem à violência gratuita estão propensas a enxergá-la como uma maneira eficaz de resolver conflitos. Segundo a Academia Americana de Pediatria, “assistir à violência pode levar à violência na vida real”.
O excesso de exposição à mídia também contribui para o aumento da atividade sexual precoce e fora do casamento. A infância e a adolescência tornaram-se curtas e o número de adolescentes grávidas virou uma questão de saúde pública. Brandon Tartikoff, antigo presidente da NBC, declarou: “Realmente, acredito que as imagens influenciam os comportamentos... a TV é financiada por comerciais e a maioria usa comportamentos imitativos”.
Outro fato que podemos constatar é a diminuição do diálogo familiar. Os pais já não conversam como deveriam com seus filhos, pois o tempo que lhes sobra é gasto diante da “telinha”, onde o silêncio é exigido. Vale relatar o que diz Solange Jobim e Souza em sua obra A Subjetividade em Questão:
Nos lares de hoje as famílias não mais contam suas histórias. O convívio familiar se traduz na interação muda entre as pessoas que se esbarram entre os intervalos dos programas da TV e o navegar através do éden eletrônico as infovias. O tato e o contato entre as pessoas, na casa ou no trabalho, cedem lugar ao impacto televisual.
A exposição à mídia também contribui para o consumismo (resultando em inveja, ambição, cobiça, etc). Fica difícil para as crianças e adultos resistirem aos apelos do consumo:
O mundo do consumo se oferece como terra prometida, um lugar a que todos têm direito e onde se é diferente, sendo igual. (Solange Jobim)

A verdade é que acabamos por aceitar a cultura do consumo. Muitos pais fazem o possível e o impossível para que a pseudofelicidade prometida pelo consumo esteja ao alcance de seus filhos. Isso se deve ao fato de que na atualidade o “ter” passou a ser mais importante que o “ser”.  A esse respeito, recorro mais uma vez à pesquisadora Solange Jobim:
Aprendemos a avaliar com perfeição a vida através dos objetos que circulam entre nós. Não são mais os outros, nossos semelhantes, que fornecem os elementos básicos para a constituição de nossas referências éticas e morais.” (Solange Jobim)

Diante de tantos malefícios, fica a pergunta: É lícito interagir com a mídia? Para o cristão, todas as coisas são lícitas, mas nem tudo é proveitoso ou edificante (1 Co 10.23;16.12). Devemos fazer uso da mídia com prudência e discriminação. De acordo com Charles Colson e Nancy Pearcey, podemos desfrutar da mídia desde que estejamos treinados para sermos seletivos e definamos limites para que a cultura popular não molde o nosso caráter.
É importante ressaltar que a mídia comunica crença de valores e sempre expressa uma ideologia. Michael Palmer, no livro Panorama do Pensamento Cristão, diz que “os cristãos que vêem a cultura de mídia de entretenimento têm de aprender a ler essas imagens e rejeitar as que são incompatíveis com os padrões cristãos e a Escritura”. Esse é o problema. As crianças e adolescentes conseguem fazer essa leitura? É difícil! Elas precisam ser ensinadas a fazer isso. Será que fazemos essa leitura? Ou ingerimos tudo? Sem questionamento?

Tem “alguém” por trás da “telinha”
Esse alguém a quem me refiro não são os técnicos, editores, pessoas de carne e osso como nós. Esse alguém não possui um corpo físico. Ele é o Inimigo das nossas almas, lembrando que a sua função neste mundo é matar, roubar e destruir. As estratégias de Satanás para destruir as famílias mudam de tempos em tempos, e especificamente nos tempos pós-modernos. Temos visto o mundanismo na mídia, principalmente na TV, ridicularizando a fé cristã e refletindo de forma negativa em algumas famílias. Quando a família não dá muita ênfase à TV, as crianças, por influência dos amigos, concluem que sua família é “estranha” por priorizar Jesus e a igreja, uma vez que as famílias exibidas nos programas televisivos não vivem como sua família.
As pessoas estão hipnotizadas diante da subjetividade das imagens; muitas não conseguem discernir as artimanhas de Satanás. Precisamos clamar por um avivamento de contrição e santificação (1 Pe 1.15,16; 1 Ts 5.23). Entretanto, se gastarmos nosso tempo diante da televisão, como vamos clamar a Deus? Sobrará tempo para a oração?
Nós somos responsáveis pela programação que as emissoras estão transmitindo. Canal de televisão é concessão. Como “luz” e “sal” dessa Terra, podemos e devemos trabalhar para termos uma mídia de qualidade. Lembre-se, o controle deve estar em nossas mãos. Não o terceirize. Não deixe que outros decidam que seus filhos vão assistir. Segundo Doris Sanford, no livro Criança Pergunta Cada Coisa..., os pais devem olhar no mínimo um episódio do programa antes de permitir que as crianças assistam. É preciso selecionar cuidadosamente a programação a que a família vai assistir. Uma pesquisa feita na Argentina mostrou que 95% das crianças conhecem toda a programação televisiva, mas apenas 5% dos pais sabem ao que seus filhos assistem. Muitos pais acreditam que seus filhos vão ter acesso a uma programação de qualidade só pelo fato de terem em casa canais de TV por assinatura. Esses canais não se preocupam com os conteúdos, não acompanham nem avaliam ao que seus filhos estão assistindo.

Riscos na infância
Na atualidade, a criança vem correndo vários riscos. O modo como uma nação trata as suas crianças diz muito sobre como será o seu futuro. Observe o que nos diz Solange Jobim e Souza:
[...] a criança contemporânea tem como destino flutuar erraticamente entre adultos que não sabem mais o que fazer com ela. Crianças passam assim a compartilhar entre si suas experiências mais frequentes, as quais se limitam, na maioria das vezes, ao contato com o outro televisivo, remoto, virtual e maquínico.
Como temos tratado nossas crianças? Como Igreja do Senhor, o que temos feito? Qual tem sido a nossa preocupação com a educação cristã?
A televisão está tão impregnada em nós que podemos vê-la até na Escola Dominical. Na Escola Dominical? Isso mesmo! Está presente na fala das “tias”, nas músicas que as crianças cantam, no modo como se vestem, nos gestos, nos brinquedos e nas brincadeiras.  A televisão nos leva a consumir não somente mercadorias, mas também imagens, linguagem e modo de ser... A educação cristã não deve se restringir às salas de aula da ED, pois nossos alunos são indivíduos que são afetados por seu meio. A reflexão a respeito da exposição excessiva à televisão é relevante e fundamental para que possamos oferecer às crianças e jovens uma educação que lhes possibilite de fato dialogar com a mídia e com a nossa cultura. Para Gilka Girardello, coordenadora do Ateliê Aurora, é fundamental fazer com que as crianças e jovens compreendam que a televisão não é uma “janela para o mundo — como gostam de caracterizar os mais otimistas: Ela é um recorte muito bem produzido e montado da realidade — e não a realidade”.
Nossos alunos, não importam à idade, deveriam estar conscientes do que estão perdendo quando permanecem diante da televisão. Você está consciente das perdas? Elas são muitas. Observe a relação. Veja o que perdemos quando ficamos horas diante da TV:

• Ler um bom livro ou revista;
• Orar e ler a Bíblia;
• Ouvir uma boa música;
• Tocar um instrumento;
• Fazer uma caminhada ou andar de bicicleta;
• Brincar com os amigos;
• Participar de uma boa discussão teológica ou política;
• Visitar um amigo;
• Realizar algumas tarefas domésticas.

É hora de pegar o controle
É possível neutralizar os efeitos maléficos da televisão? Podemos ter o “controle” de volta? Vejamos algumas sugestões que podem nos ajudar a combater os perigos da “telinha”:

1. Procure dedicar mais momentos para estar com seus filhos. A sua companhia, com certeza, é melhor do que a das apresentadoras dos programas infantis. Qual o filho que não quer ficar perto dos pais?
2. Estabeleça um horário e confeccione um calendário com os dias, horas e programas que as crianças possam assistir.
3. Logo no início da semana, pegue o guia da TV e, em família, discuta os programas que podem ser vistos e estarão disponíveis.
4. Compre alguns adesivos e determine que cada adesivo valha uma hora de TV, mas para cada hora de televisão a criança deverá ler um capítulo de um livro.
5. Se a criança ficou uma hora assistindo à TV, depois ela deve brincar com os colegas ou sozinha.
6. Assista, pelo menos, a metade do programa que seu filho está assistindo, pois só assim terá condições de discutir com ele o comportamento dos personagens. Caso ache necessário, durante a exibição, faça algumas considerações. Você poderá dizer: “Esse personagem agiu dessa forma. Ele agiu de modo correto? O que a Palavra de Deus nos diz sobre isso?”
7. Faça perguntas sobre os programas. As crianças gostam de ser provocadas a opinar, a falar o que pensam.
8. Procure adquira alguns vídeos evangélicos para as crianças. Existem excelentes trabalhos no mercado.
9. Nunca use a televisão como forma de recompensar a criança. Por exemplo: “Você comeu tudo; agora pode ver TV”.
10. A televisão não deve ficar no quarto da criança ou adolescente e nem escondido em um lugar de difícil acesso, pois o controle fica mais difícil. Ela deve estar em um local onde todos possam ver, onde você esteja sempre de olho.
11. Peça que as crianças que façam uma lista de cinco coisas que gostariam de fazer ao invés de assistir à TV. Depois, discuta com elas o que poderia ser feito de imediato. A televisão vai ficando para depois, e acriança vai perceber que existem atividades mais divertidas.
A Palavra de Deus nos ensina: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus” (Ef 5.15,16).
Está na hora de desligarmos a tevê e investirmos em algo mais saudável. Como educadores, temos a responsabilidade de alertar nossos alunos e os pais sobre o poder sedutor da linguagem televisiva. Não podemos nos calar diante dos estragos que a exposição excessiva diante “telinha” vem produzindo.

 


Bibliografia
LINN, Susan. Crianças do consumo: infância roubada. São Paulo, Instituto Alana.
SOUZA, Solange Jobim e. Subjetividade em questão: a infância como crítica da cultura. Rio de Janeiro, Editora 7 Letras.
PALMER, Michael. Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro, CPAD.
COLSON, Charles & PEARCY, Nancy. E agora como viveremos? Rio de Janeiro, CPAD.
ASSIM, Regina de & TAVARES, Marcus. TV, sociedade e responsabilidade. Disponível em: www.multirio.rj.gov.br/riomidia/. Acesso em: 18 de fevereiro de 2009.
www.aurora.ufsc.br
www.midiativa.tv
Autora: Telma Bueno
Pedagoga, Jornalista e
Revisora do Setor de
Educação Cristã da CPAD.

ADOLESCENTES-LIÇÃO 4

 

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Cartas que Ensinam

Lição 04 - Confronto Histórico

Estudando bem as passagens que tratam do Espírito, a partir de...

Texto bíblico: Gálatas 5.16-26


O FRUTO DO ESPÍRITO

Por Antônio Gilberto


Estudando bem as passagens que tratam do Espírito, a partir de Gálatas 5.22,23 e Efésios 5.9, nota-se que esse fruto é o caráter de Cristo manifesto no crente, relativamente. Esta é outra das verdades pentecostais. Quanto às qualidades desse “fruto”, conforme Gálatas 5.22, o grande evangelista Dwight Moody disse que amor é uma alusão a esse fruto completo, do Espírito; pleno, maduro. A seguir, vem o fruto descrito no mesmo versículo.
Gozo é o amor obedecendo a Deus. O gozo vem da nossa obediência prestada ao Senhor; já a alegria vem da expectativa nas coisas do Senhor, como o salmista declarou: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor!” (Sl 122.1).
Paz é o amor em repouso. Tudo está bem diante de Deus, a partir da consciência.
Longanimidade é o amor sofrendo. O amor de Deus faz-nos pacientes no sofrimento.
Benignidade é o amor se compadecendo. É o amor motivando altruísmo.
Bondade é o amor servindo. É o amor em ação; atuando.
Fé é o amor confiando. Daí a fidelidade e a perseverança.
Mansidão é o amor suportando. É fortaleza para suportar o que for preciso.
Temperança é o amor controlando. É equilíbrio, moderação e autocontrole em tudo.
Esse “fruto” que o Espírito quer produzir no crente tem muito a ver com o testemunho de Cristo perante o mundo, mas um volumoso segmento dela tem seu testemunho fraco, a sua fé epidérmica e a sua espiritualidade superficial, devido ao predomínio do secularismo pernicioso nas igrejas. Daí o mundo é que dá seu “exemplo” a essas igrejas. Sem as obras da fé cristã diante do mundo, essa fé é morta diante de Deus.

 


TEXTO EXTRAÍDO DA OBRA:
“Verdades Pentecostais” da CPAD.

PRÉ-ADOLESCENTES-LIÇÃO 4

 

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O Pré-Adolescente e a Igreja

 

Lição 04 - A Igreja organizada

O corpo humano é um organismo vivo que tem vários membros. Cada...

Texto Bíblico: 1 Coríntios 12.12,14-20

O corpo humano é um organismo vivo que tem vários membros. Cada membro é diferente; no entanto, cada um deles faz uma contribuição específica a todo corpo. Porém, a despeito de seus diferentes membros, o corpo contém uma vida comum que opera em cada um dos seus membros.
Os vários e diferentes membros formam um só corpo. O apóstolo Paulo conclui: assim é Cristo também. A unidade dos cristãos, como a unidade física do corpo, é vital. A mesma vida espiritual existe em todos os cristãos, e ela se origina da mesma fonte, suprindo-os com a mesma energia, e preparando-os para os mesmos hábitos e objetivos.


Texto extraído do:
Comentário Bíblico Beacon, CPAD


Boa ideia!


Leve para a sala de aula, gravuras dos membros do corpo humano. Divida a classe em grupos e distribua as gravuras.
Depois peça aos alunos para falarem acerca daquele membro, sua importância e utilidade para o bom funcionamento do corpo humano.
Comente que cada parte do corpo é importante e tem uma função a desempenhar, da mesma maneira somos nós na igreja, cada um têm uma função a desempenhar e todos são importantes para o bom andamento da obra.

Oração e sofrimento

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

 

A oração é um unguento para toda a chaga, remédio para toda a enfermidade, e quando somos afligidos por espinhos na carne, devemos continuar orando. Os problemas nos são enviados para nos ensinar a orar; e continuam para ensinar-nos a insistir em oração.
Mesmo que Deus aceite a oração de fé, ainda assim nem sempre dá o que lhe é pedido; porque, como às vezes concede ira, também nega com amor. Quando Deus não acaba com os nossos problemas e tentações, mas nos dá graça suficiente, não temos razão para nos queixar.

Matthew Henry

O PODER E O MINISTÉRIO DA ORAÇÃO-LIÇÃO 3

 

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Lição 03 - A Oração Sábia

Ao longo de todo o período bíblico e da história do cristianismo, se destaca...

Leitura Bíblica: 2 Crônicas 6.12,21,36,38,39


Introdução
I. Vivendo a diferença
II. As Características da Oração de Salomão
III. A Oração Intercessória
Conclusão


ORAÇÕES QUE SOBEM AO CÉU


“E, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos”
(Ap 5.8)

O incenso era um ingrediente perfumado que fazia parte dos sacrifícios que eram oferecidos a Deus. Pelo texto em destaque e outros do Apocalipse, podemos entender que o incenso perfumado simbolizava as orações que subiam ao céu cheias de fé na bondade e no poder de Deus.
Ao longo de todo o período bíblico e da história do cristianismo, se destaca o valor da oração que expressa a sinceridade, a humildade e a fé daqueles que servem a Deus e o adoram em espírito e em verdade. Oração não é mera liturgia. É conversar com Deus, o Pai das luzes; é o modo de aproximar-se confiantemente do Pai das misericórdias. É o meio de comunicação com o céu mais eficiente do que todo o poder da mídia moderna. É o canal pelo qual vem do céu ao nosso coração a abundância da graça de Deus, plena de paz, alegria e certeza de que é a vontade do Pai dar-nos o reino eterno por herança. É no ambiente da oração que respiramos a atmosfera do céu. É na prática da oração que nossa fé cresce e se torna robusta, pois é aí que o Espírito Santo de Deus tem a maior oportunidade de revelar as dimensões da grandeza do poder e da bondade de Deus.
É quando oramos até sermos cheios do Espírito Santo, que Deus e o céu, com toda a beleza da glória, se tornam reais para nós. É quando oramos e somos possuídos inteiramente pelo Espírito Santo, que as nossas paixões são dominadas, as nossas dúvidas são vencidas, a nossa visão das riquezas de Deus é ampliada, as nossas forças são fortalecidas, a nossa fraqueza é descoberta, e o poder de Deus se aperfeiçoa em nós. É quando permanecemos em oração, não como quem faz um sacrifício, mas como quem se deleita na presença de Deus, que de nós se apodera “o espírito de sabedoria e revelação”. 1  E é aí que oramos, não apenas pedindo, mas agradecendo e adorando, e é este o incenso que junto com as orações dos santos sobem ao céu.
Vejamos outra vez o nosso texto base. Observe a importância desse cerimonial no céu: “E, quando [o Cordeiro] tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos”. Em Apocalipse, mas adiante, lemos: “E da mão do anjo subiu à presença de Deus o fumo do incenso, com as orações dos santos”. Esta é uma revelação clara de que as orações sinceras, quando são humildes e com fé, sobem ao céu, à presença de Deus. É muito importante considerarmos ainda, que as orações, que como incenso subiam à presença de Deus, estavam relacionadas com o ato da redenção efetuada por Cristo. Um pouco antes, no mesmo livro, lemos: “E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação” 2
Não há nada importante na Bíblia: nenhum feito heróico, nenhuma vitória brilhante, nenhuma vida santa, nenhuma prosperidade espiritual, que não esteja relacionada intimamente com as orações que sobem ao céu. Tudo acontece porque há na terra quem ore. Diante dessa visão de ter a sua oração incluída nessa taça, que fará você, então? Ore. Continue orando. Persevere em oração. Já sabemos o final da história, que a nossa oração é reconhecida diante de Deus. Portanto, ore!


[1] Efésios 1.17
[2] Apocalipse 8.4; 5.9


TEXTO EXTRAÍDO DA OBRA: “Guia Básico de Oração” Rio de Janeiro, CPAD.

  1. Autor: Estevam Ângelo de Souza
    Foi ministro do Evangelho, professor
    de diversas matérias teológicas e
    articulista dos periódicos e autor

     

JUVENIS-LIÇÃO 3

 

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O Cuidado com a influência dos meios de comunicação

Lição 03 - Mídia sem Máscara

Atualmente a mídia é um produto da cultura vigente na atual sociedade que legisla o...

Texto Bíblico Efésios 5.1-8; 1 Timóteo 6.3-5,11-14


Prezado professor, na lição desta semana é importante você conversar com os seus alunos sobre os conceitos de Cultura e Entretenimento.
Atualmente a mídia é um produto da cultura vigente na atual sociedade que legisla o sentido social que deve tomar o entretenimento midiático.
Podemos conceituar “Cultura” como “o conjunto das realizações materiais, filosóficas e espirituais de uma sociedade” 1 . Naturalmente, a cultura de uma sociedade não cristã é oposta aos valores ensinados pela palavra de Deus. Por isso o cristão deve estar atento acerca dos valores majoritários da sociedade contemporânea, porque como Igreja de Cristo “o nosso chamado não é só para ordenarmos a nossa própria vida por princípios divinos, mas também para exortarmos o mundo”  2.
O entretenimento é o ato de “entreter, divertir, distrair” a pessoa humana. O homem e a mulher precisa de tempo e espaço para se desenvolverem através de atividades que embelezam a vida. O lazer e o entretenimento jamais são prejudiciais à vida espiritual, desde que sejam livres das práticas pecaminosas de uma sociedade corrompida. Para se divertir, o seu aluno não precisa de bebedeira, violência, drogas e prostituição. Mas ter ordenado em sua mente cristã, com o objetivo de alcançar, o que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama, virtude e louvor (Fl 4.8,9).
Cultura e entretenimento, de acordo e submisso à cosmovisão cristã, é uma benção de Deus para o jovem cristão.

ADOLESCENTES-LIÇÃO 3

 

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Cartas que Ensinam

 

Lição 03 - Cristão passa por tribulação?

Não há dúvida de que o apóstolo fala de si mesmo. Não sabe se as...

Texto bíblico: 2 Coríntios 12.1-10
Comentário de 2 Coríntios 12.1-10


Não há dúvida de que o apóstolo fala de si mesmo. Não sabe se as coisas celestiais desceram até ele enquanto o seu corpo estava em transe, como no caso dos antigos profetas; ou se sua alma foi momentaneamente desalojada do corpo e levada ao céu, ou se foi levado em corpo e alma. Não podemos nem é próprio que o saibamos até conhecermos os detalhes deste glorioso lugar e estado. Não intentou publicar ao mundo o que havia ouvido lá, mas expõe a doutrina de Cristo. A Igreja está edificada sobre este fundamento, e sobre ele devemos edificar a nossa fé e esperança. Enquanto isto nos ensina a melhorar as nossas expectativas da glória que nos será revelada, deve nos deixar contentes com os métodos habituais de conhecer a verdade e a vontade de Deus.
O apóstolo narra o método que Deus usou para mantê-lo humilde, e para evitar que se exaltasse de modo desmedido pelas visões e revelações que recebia. Não nos foi dito o que era esse espinho na carne, se era um problema enorme ou uma imensa tentação. Porém, Deus costuma tirar bem do mal, para que as desaprovações de nossos inimigos nos protejam do orgulho. Se Deus nos ama, evitará que nos exaltemos de modo desmedido; as cargas espirituais estão ordenadas para curar o orgulho espiritual. Fala-se que esse espinho na carne era um mensageiro que Satanás enviou para o mal, porém Deus o usou, e o venceu para bem. A oração é um unguento para toda a chaga, remédio para toda a enfermidade, e quando somos afligidos por espinhos na carne, devemos continuar orando. Os problemas nos são enviados para nos ensinar a orar; e continuam para ensinar-nos a insistir em oração.
Mesmo que Deus aceite a oração de fé, ainda assim nem sempre dá o que lhe é pedido; porque, como às vezes concede ira, também nega com amor. Quando Deus não acaba com os nossos problemas e tentações, mas nos dá graça suficiente, não temos razão para nos queixar. A graça significa a boa vontade de Deus para conosco, e isso é suficiente para nos iluminar e vivificar, fortalecer e consolar em todas as aflições e angústias. Seu poder se aperfeiçoa em nossas fraquezas, e sua graça se manifesta e magnifica. Quando somos fracos em nós mesmos, então somos fortes na graça de nosso Senhor Jesus Cristo. Se nos sentimos fracos, então vamos a Cristo, recebemos dEle poder e desfrutamos mais das provisões do poder e da graça divina. 

 

 

 


 

Texto Extraído da obra: “Comentário Bíblico de Matthew Henry” Rio de Janeiro, CPAD. 

PRÉ-ADOLESCENTES-LIÇÃO 3

 

Pre-adolescentes-mestre-4-trim-2010__m207257 Conteúdo adicional para as aulas de Pré-Adolescentes

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Pré-Adolescente e a Igreja

 

Lição 03 - Os dons da Igreja

A discussão acerca dos dons espirituais, na igreja em Corinto, girava...

Texto Bíblico: 1 Coríntios 12.1,7-11


A discussão acerca dos dons espirituais, na igreja em Corinto, girava em torno de pelo menos quatro questões:


• O que eram os dons espirituais;
• Os nomes dos dons – tecnicamente relacionados;
• A finalidade dos dons na igreja;
• O uso correto dos dons, para que a igreja fosse edificada.


Parece que não faltava aos coríntios os “dons ministeriais” e os “auxiliares”. O grande apóstolo faz uma ligeira introdução, lembrando aos coríntios que eles eram gentios levados aos ídolos mudos. E, no versículo seguinte, mostra-lhes a Trindade (1 Co 12.2,3).
Em seguida, descreve os dons espirituais, mostrando sua finalidade e uso correto. Os Coríntios haviam atingido um elevado grau de saber. Era o tempo em que se falava:” Os gregos buscam sabedoria” ( 1Co 1.22). Entretanto, Paulo os adverte de sua ignorância no tocante às manifestações espirituais:

“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (1 Co 12.1).


Em Roma, por exemplo, havia profunda carência de dons, a ponto de o apóstolo expressar preocupação:”Porque desejo ver-vos, para comunicar algum dom espiritual a fim de que sejais confortados” (Rm 1.11).
O apóstolo explica que os dons são “faculdades divinas operando na pessoa humana”, capacitando homens e mulheres a servirem melhor a Deus no crescimento e edificação da igreja:” Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil” ( 1 Co 12.7).
Professor, oriente os seus alunos para buscarem os dons Espirituais, não para a própria glória mas para a edificação do Corpo de Cristo.

Texto extraído do livro: A Existência e a Pessoa do Espírito Santo, CPAD, 1996 pp 67,8.

REFORMA,UMA NECESSIDADE CONSTANTE - HERNANDES DIAS LOPES

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

 

Reforma, uma necessidade constante

A Reforma não foi um desvio do cristianismo primitivo, mas uma volta a ele. A igreja havia se desviado das veredas da verdade e a Reforma foi um movimento para colocar a igreja de volta nesses trilhos. Um dos lemas da Reforma era: “Igreja Reformada, sempre reformando”. O que isso significa? Não significa certamente que a igreja precisa ir se amoldando à cultura prevalecente de cada época e sim que a igreja precisa voltar-se continuamente às Escrituras para não se conformar com a cultura prevalecente de cada época. Não é a cultura que julga as Escrituras, mas as Escrituras que julgam a cultura. O primeiro pilar da Reforma foi “Só as Escrituras”.
Muitas igrejas herdeiras da Reforma, seduzidas pelo encanto das filosofias engendradas pelo enganoso coração humano, afastaram-se daquelas verdades essenciais da fé cristã e capitularam-se às novidades heterodoxas. Queremos, aqui, apontar alguns desses desvios:

1. A doutrina sem vida. A Reforma trouxe não apenas uma volta à Palavra, mas, também, uma volta à piedade. Uma das exigências dos puritanos era: doutrina pura e vida pura. Não podemos separar a doutrina da vida, a teologia da prática, a ortodoxia da piedade. A vida piedosa é consequência da sã doutrina. Uma igreja trôpega na Palavra jamais estará na vanguarda da luta pelo restabelecimento dos valores morais absolutos.

2. A vida sem doutrina. Se a doutrina sem vida deságua em racionalismo estéril, a vida sem doutrina desemboca em misticismo histérico. Esse foi o equívoco do Pietismo alemão do século dezoito, que cansado da doutrina sem vida, foi para o outro extremo e pleitiam vida sem doutrina e acabou caindo num experiencialismo heterodoxo. Há muitos indivíduos que, em nome da fé evangélica, deixam de lado as Escrituras e buscam uma espiritualidade edificada sobre o frágil fundamento das emoções. Buscam experiência e não a verdade. Buscam uma luz interior e não a luz que emana da verdade de Deus. Correm atrás de gurus espirituais, guias cegos, que arrastam consigo, para o abismo do engano, seus incautos seguidores.

3. O liberalismo teológico.

O liberalismo teológico nasceu do ventre do racionalismo iluminista. O homem, cheio de empáfia, decidiu que só poderia aceitar como verdade o que a razão humana pudesse explicar. O resultado imediato foi a negação das grandes doutrinas do cristianismo como a criação, a redenção e a ressurreição. A Bíblia foi retalhada, mutilada e torcida. Os seminários que outrora formaram teólogos de renome e missionários comprometidos com a evangelização dos povos foram tomados de assalto por esses liberais e muitos pastores formados nesses seminários despejaram esse veneno mortífero dos púlpitos nas igrejas e o rebanho de Deus, desorientado e faminto do pão da Vida, foi disperso. Há milhares de igrejas mortas pelo mundo afora, vitimadas pelo liberalismo teológico. Precisamos entender que a verdade de Deus é inegociável. A igreja que abandona a sã doutrina morre.


4. O sincretismo religioso. O Brasil é um canteiro fértil onde floresce o sincretismo religioso. Mais e mais igrejas aderem a essa prática para atrair pessoas. Templos lotados e multidões sem conta se acotovelam em grandes concentrações públicas para buscar um milagre, uma cura ou uma experiência que lhes mitigue a angústia, que só o evangelho de Cristo pode oferecer. Precisamos de uma nova Reforma que traga de volta a igreja para a Palavra. Precisamos de seminários que não se dobrem à sedução dos liberais nem se entreguem ao pragmatismo ávido por resultados. Precisamos de pastores que amem a Cristo e sejam fiéis às Santas Escrituras para alimentar o rebanho de Deus com o trigo da verdade em vez de empanturrá-lo com a palha do sincretismo religioso. Precisamos de uma igreja bíblica, viva, santa, cheia do Espírito, alegre, vibrante e operosa. Uma igreja herdeira da Reforma e continuadora da Reforma!

 

 

 

 

 

Rev. Hernandes Dias Lopes

YouTube - Canal de padrepauloricardo#p/a/u/1/bjUWtAQJ8YI

terça-feira, 12 de outubro de 2010

YouTube - Canal de padrepauloricardo#p/a/u/1/bjUWtAQJ8YI

CONGRESSO INTERNACIONAL DE MISSÕES DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS

sábado, 9 de outubro de 2010

 

 

CONGRESSO INTERNACIONAL DE MISSÕES DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS

CIMAD: ORE, DIVULGUE, PARTICIPE E... IDE!

por CPAD WEB

De 18 a 21 de novembro, a CGADB e a CPAD promovem o Congresso Internacional de Missões das Assembleias de Deus (CIMAD). O evento, que acontecerá no Riocentro, Zona Oeste do Rio de Janeiro, tem como principal objetivo inspirar os assembleianos a fazer missões, orando, contribuindo e partindo para o campo missionário, mantendo assim uma das principais características do Movimento Pentecostal: levar a mensagem de Cristo a toda criatura até os confins da terra (Marcos 16.15).
Outro objetivo a ser alcançado com o CIMAD é o de formular uma estratégia de missões para as Assembleias de Deus no Brasil, que será utilizada pela Secretaria Nacional de Missões (Senami) e as Igrejas Missionárias – que investem em missões e enviam missionários, buscando atender as regiões e países onde há maior necessidade.
Entre os preletores nacionais estão os pastores José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB, José Sartírio, atualmente na Colômbia, Ronaldo Lidório, do Amazonas, Cesino Bernardino, de Santa Catarina, Nelson Lutchemberg, de Rondônia, Álvaro Sanches, de Minas Gerais e Raul Cavalcanti, do Maranhão.
Trazendo informações sobre missões pelo mundo, entre os preletores internacionais estão os missionários Olinto de Oliveira – China, Vivek Dass – Índia, Dagnaldo Pinheiro Gomes – Oriente Médio, entre outros.

Chegada missionária
Como parte da programação, no dia 19 de novembro, serão comemorados cem anos, desde a chegada dos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, em Belém, capital do estado do Pará, vindos dos Estados Unidos da América.
Os dois jovens suecos iniciaram no Brasil “um movimento que alterou profundamente o perfil religioso e até social do país por meio da pregação de Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador da Humanidade e a atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais”, Para mais informações acesse o site CIMAD.
Louvor e Adoração
Ministrando louvores estarão presentes os adoradores da Patmos Music – selo fonográfico da CPAD - Victorino Silva e Lília Paz, e também Oséias de Paula, Alice Maciel, Regis Danese, Mara Dalila, Coral e Orquestra Cordovil, Coral de Crianças, Coral da União de Mocidade das Assembleias de Deus no Estado do Rio de Janeiro (Umader), Coral da União dos Corais das Assembleias de Deus no Estado do Rio de Janeiro (Ucaderj).
Especial para Jovens e Crianças
Simultaneamente ao Congresso, acontecerá o evento Geração JC Missões, edição especial, destinado a jovens e adolescentes. As palestras terão como tema a importância de se cumprir o “Ide” ordenado por Jesus Entre os preletores, estão os pastores Silas Daniel, Josué Brandão, Ciro Sanches Zibordi e Jean Marques.
Acontecerá também, o evento “Missões para Crianças”, com uma programação de cunho missionário com a participação da Tia Jô (Joane Bentes - Paraná) e Tia Nita (Anita Oiayzu – São Paulo), entre outros preletores infantis.
Riocentro
Localizado na Barra da Tijuca, região de maior crescimento econômico da cidade do Rio de Janeiro, o Riocentro está em convergência com que há de mais moderno em infra-estrutura e serviços para eventos.
A CPAD já realizou outros eventos no Riocentro, como os I e II Congressos Nacionais de Escola Dominical, além de participar das edições cariocas da Bienal do Livro, que também ocorre no espaço.
A programação do Congresso Internacional de Missões acontecerá entre 9h e 21h, nos dias 18, 19 e 20, e entre 09h e 12h, no dia 21. O investimento é de R$ 50 que pode ser pago em duas vezes sem juros no cartão de crédito. Mais informações e inscrições também pelos telefones (21) 2406-7400 ou 2406-7352.
CIMAD: Ore, divulgue, participe e... Ide!
Assista ao vídeo do Congresso aqui. Aproveite também para divulgar nas redes sociais.
Serviço:

Congresso Internacional de Missões das Assembleias de Deus

Data: 18 a 21 de novembro de 2010
Horário: 09h às 21h
Investimento: R$ 50
Local: Riocentro
Endereço: Avenida Salvador Allende, 6555 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro - RJ

 

.::Centenario das Assembleias de Deus no Brasil::.

O PODER E O MINISTÉRIO DA ORAÇÃO-LIÇÃO 2

 

Licoes-biblicas-mestre-jovens-e-adultos__m206362 Adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para a lição: O Poder e o Ministério da Oração, o relacionamento do cristão com Deus - 4º

 

 

Lição 02 - A Oração no Antigo Testamento

Prezado professor, na lição desta semana vamos analisar o desenvolvimento da...

Leitura bíblica 1 Reis 18.31-39


INTRODUÇÃO
I. A ORAÇÃO NO PENTATEUCO
II. A ORAÇÃO E OS PROFETAS
III. OS LIVROS POÉTICOS E A ORAÇÃO
CONCLUSÃO


Prezado professor, na lição desta semana vamos analisar o desenvolvimento da prática de oração ao longo do Antigo Testamento.
Para isso, é importante ressaltar que a oração é uma das mais antigas práticas da humanidade. Esta como responsável pela existência de todas as religiões no mundo, faz uso da oração a fim de afirmar sua experiência de fé. Todavia, a humanidade é criação de Deus, e o elo que comunica verdades entre o Criador e sua criatura, passa pelo exercício da oração. Ainda que a humanidade, majoritariamente, pratique orações a falsos deuses, a existência dessa prática denuncia que o Criador “programou” e “inseriu” essa necessidade à vida do homem comum . 

A Oração Veterotestamentária


O Antigo Testamento representa o “aio” responsável que guia o povo israelita ao relacionamento perfeito com Deus. Até a formação desse povo, o “Eu Sou” se revela especialmente à sua criatura com o objetivo em designar seu propósito de relacionamento com a vida humana. Esse contexto se configura com Adão, onde o primeiro registro de comunicação entre ele e Deus aparece no texto veterotestamentário (Gn 1.28). Porém, o Texto Sagrado silencia acerca de qualquer oração feita por Adão e Eva  . Mas, com o nascimento do filho de Sete (filho de Adão e Eva), Enos, começou-se “a invocar o nome do Senhor” (Gn 4.26).
No desenvolvimento da nação de Israel averiguamos,  em termos de oração, a coragem e a persistência de Abraão em implorar pela cidade de Sodoma, manifestando a existência de justos que poderiam poupar a cidade (Gn 18.22-33). A luta de Jacó com o anjo denota a experiência perpetrada por uma longa oração no Antigo Testamento (Gn 32.24-32). E o grande diálogo de Moisés com o Criador, ao ponto de pedir que o seu nome fosse riscado do Livro da Vida se Deus não perdoasse aqueles que adoravam o Bezerro de ouro (Ex 32.31ss).
Esse contexto denota que o exercício da prática de oração feito por esses personagens centrais, não exigia uma postura para tal. Ou seja, a oração poderia ser feita em pé (1 Sm 1.26), em certas ocasiões ajoelhadas (1 Rs 8.54) ou prostradas (1 Rs 18.42) com as mãos estendidas (1 Rs 8.22,54) ou levantadas (Sl 63.4).
Inicialmente as orações eram feitas de frente para o Templo porque era o lugar onde Deus havia dito que estaria (1 Rs 8.29,30). Após a destruição do Templo ás orações eram feitas em direção a Jerusalém (Dn 6.10).
A oração de Salomão, entretanto, reconhece que “os céus e até o céu dos céus te não poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado” (1 Rs 8.27). Portanto, o desenvolvimento da oração veterotestamentária denota que a postura, o local onde a oração era feita, e as necessidades pelas quais se faziam as súplicas, não representavam a principal preocupação dos autores hebreus.
Professor, solicite ao aluno que ele comente sobre a importância dos Salmos no relacionamento e na comunhão de Israel com Deus e entre seus irmãos, de acordo com o último tópico da lição. Conclua a aula deste domingo afirmando que a exemplo dos pais do Antigo Testamento, devemos nos aproximar de Deus em Oração.

 

 

 

 

 

 


1 BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J.
Teologia Bíblica da Oração. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 39.
2 Ibidem, p. 41.
3
Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1420.

JUVENIS-LIÇÃO 2

 

Juvenis-mestre-4-trim-2010__m206366 Conteúdo adicional para as aulas de Juvenis

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Cuidado com a influência dos meios de comunicação

 

 

Lição 02 - Prigos da Mídia Eletrônica

Prezado professor, na lição desta semana é importante trabalhar com...

Texto Bíblico: Salmos 101.2,3; Tito 1.9-16; 1 Coríntios 2.9-16


A MÍDIA VISUAL E SEUS PROGRAMAS PERNICIOSOS


Prezado professor, na lição desta semana é importante trabalhar com o seu aluno a análise crítica de algumas questões. Diga a ele que o mau uso do aparelho visual pode articular uma descontrução da ética cristã. Alguns dados revelados pelo Pastor Elinaldo Renovato ajuda-nos nessa análise:


1. O mau uso do vídeo em geral. Vejamos alguns problemas relacionados à televisão:


a) A TV estimula a violência. Uma pesquisa mostrou que uma criança no Brasil, ao completar 14 anos, já terá assistido 11.000 crimes na TV. Em 200 horas de programação, são vistas 30 mortes cruéis; 1.018 lutas monstruosas e animalescas; 3.592 acidentes; 32 roubos; 616 cenas de uso criminoso de armas; 57 sequestros; 410 trapaças; 86 casos de chantagens e 321 aparições de monstros pavorosos e infernais.


b) A TV estimula o pecado. É comum cenas de insinuação sexual, no vídeo em geral, ensinando e estimulando a prostituição, o adultério, a fornicação e o homossexualismo. A Bíblia afirma que não devemos pôr coisa má diante de nós (Sl 101.2-4).


c) A TV modifica a visão das coisas. Principalmente nas novelas, aquilo que é certo, como o amor conjugal verdadeiro e a pureza, são vistos como algo ultrapassado. Casais, famílias, lares felizes e abençoados jamais aparecem no vídeo, nos romances e nas revistas. O materialismo é apresentado como algo muito nobre e elevado, entretanto a Palavra de Deus adverte: “Ai dos que ao mal chamam bem...” (Is 5.20,21).

 


Boa Aula!

ADOLESCENTES-LIÇÃO 2

 

Adolescentes-mestre-4-trim-2010__m206374 Conteúdo adicional para as aulas de Adolescentes

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
Cartas que Ensinam

 

 

Lição 02 - Não seja ignorante!

Em seu sentido geral o termo “dom” tem mais de um emprego. Há os dons...

Texto bíblico: Romanos 5.12-21

CONCEITO DE DONS ESPIRITUAIS

Em seu sentido geral o termo “dom” tem mais de um emprego. Há os dons naturais, também vindos de Deus na criação, na natureza: a água, a luz, o ar, o fogo, a vida, a saúde, a flora, a fauna, os alimentos, etc. Há também os dons humanos, por Deus concedidos na esfera do ser humano: os talentos, os dotes, as aptidões, as prendas, as virtudes, as qualidades, as vocações inatas, etc.
O dom espiritual é uma dotação ou concessão especial e sobrenatural pelo Espírito Santo, de capacidade divina sobre o crente, para serviço especial na execução dos propósitos divinos para e através da Igreja. “São como que faculdades da Pessoa divina operando no ser humano” (Horton). Dons espirituais como aqui estudados não são simplesmente dons humanos aprimorados e abençoados por Deus.
As principais passagens sobre os dons espirituais são sete: 1 Co 12.1-11, 28-31; 13; 14; Rm 12.6-8; Ef 4.7-16; Hb 2.4; 1 Pe 4.10,11. Além destas referências, há muitos outros textos isolados através da Bíblia sobre o assunto.


TERMOS DESIGNADORES
Dons espirituais. Ou pneumatika (1 Co 12.1). Os críticos e opositores dos dons alegam que, no original, aqui, não consta a palavra “dom”. Não consta neste versículo, mas consta a seguir, em 1 Coríntios 12 e nos capítulos seguintes. O referido termo refere-se às manifestações sobrenaturais da parte do Espírito Santo através dos dons (cf. 1 Co 12.7; 14.1).
Dons da graça. Ou charismata (1 Co 12.4; Rm 12.6). Falam da graça subsequente de Deus em todos os tempos e aspectos da salvação.
Ministério. Ou diakonai (1 Co 12.5). Isso fala de serviço, trabalho e ministério prático. São ministrações sobrenaturais do Espírito através dos membros da igreja como um corpo (1 Co 12.12-27).
Operações. Ou energemata (1 Co 12.6). Isto é, os dons são operações diretas do poder de Deus para realização de seus propósitos e para abençoar o povo (cf. vv. 9,10).
Manifestação. Ou phanerosis (1 Co 12.7). Os dons são sobrenaturais da parte de Deus; mas, conforme o sentido do termo original, aqui, eles operam igualmente na esfera do natural, do tangível, do sensível, do visível.

 

 

 

 


Texto Extraído da obra: GILBERTO, Antonio (et al).
Teologia Sistemática Pentecostal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp. 195,6.

PRÉ-ADOLESCENTES-LIÇÃO 2

 

Pre-adolescentes-mestre-4-trim-2010__m207257 Conteúdo adicional para as aulas de Pré-Adolescentes

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Pré-Adolescente e a Igreja

 

 

Lição 02 - O Espírito Santo e a igreja

Professor explique aos alunos que nos tempos do Antigo Testamento, o...

Texto Bíblico: Atos 2.1-4,16-17


Professor explique aos alunos que nos tempos do Antigo Testamento, o Espírito de Deus vinha sobre indivíduos isolados, ou pequenos grupos, somente em ocasiões especiais e somente de uma maneira temporária, para ajudá-los a cumprir os objetivos de Deus (Êx 31.3; Jz 14.6; 1 Sm 16.13). Como os apóstolos estavam reunidos em Jerusalém para a festa de Pentecostes, era chegada a hora do cumprimento da promessa de Cristo de enviar o seu Espírito de forma completa e permanente sobre todos os crentes (Lc 24.49; Jo 14.16,17, 26; 16.5-15). Este maravilhoso derramamento de Deus forneceu aos crentes o poder sobrenatural para levarem a mensagem transformadora de vidas do Evangelho até os confins da terra (At 1.8). Este foi o dia em que Cristo cumpriu a sua promessa de enviar o Ajudador, o Consolador, o Espírito Santo que iria residir permanentemente naqueles que depositassem a sua fé em Cristo. E que dia foi esse! O derramamento individualizado que Deus fez do seu Espírito na vida de 120 crentes resultou num derramamento efetivo da sua história, transformando a vida de três mil pessoas em um único dia.
O Dia de Pentecostes era uma festa anual celebrada no dia seguinte ao sétimo sábado depois da páscoa (Lv 23.15,16). Como a data era determinada pela passagem de uma “semana” dentre algumas semanas (sete semanas), era frequentemente chamada de Festa das Semanas. A palavra “Pentecostes” significa “cinquenta”, e a festa tinha este nome porque era comemorada cinquenta dias depois da Páscoa. Pentecostes era uma das três maiores festas anuais celebradas pelos judeus (juntamente com a Páscoa, cinquenta dias antes, e a Festa dos Tabernáculos, aproximadamente quatro meses depois). Jesus foi crucificado na época da Páscoa e subiu aos céus quarenta dias depois da sua ressurreição. O Espírito Santo veio cinquenta dias depois da ressurreição, dez dias depois da ascensão.
O termo todos se refere aos 120 crentes mencionados em 1.15(Atos). O mesmo lugar onde eles estavam era, provavelmente, o mesmo cenáculo mencionado em Atos 1.13. Muito provavelmente, os crentes estavam orando, como tinha sido seu costume regular durante o período que se iniciou com a ascensão.


O Espírito marca o início da experiência cristã. Ninguém pertence a Cristo se não tiver o seu Espírito (Rm 8.9); ninguém está unido a Deus sem o seu Espírito ( 1 Co 6.17); ninguém é adotado como filho de Deus sem o seu Espírito ( Rm 8.14-17; Gl 4.6,7); ninguém está no corpo de Cristo (em completa plenitude) exceto pelo batismo no Espírito (1 Co 12.13).

 


Texto extraído do: Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, vl 1, CPAD

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

 

 

Licoes-biblicas-mestre-jovens-e-adultos__m206362

LIÇÃO 2

A ORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

Objetivo: Meditar sobre a oração no Antigo Testamento, ressaltando a intimidade dos patriarcas (Pentateuco), profetas (Maiores e Menores) e poetas (Salmos) com Deus, exemplo de fé para os cristãos.


INTRODUÇÃO


O Antigo Testamento está repleto de orações de pessoas que desfrutaram de um relacionamento íntimo com o Senhor. Na aula de hoje, enfocaremos a oração no Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), Proféticos (Isaias, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Joel, Amós, Jonas e Habacuque) e Poéticos (Jó e Salmos). A oração dos patriarcas, profetas e salmistas, à luz do evangelho, servem de instrução para a igreja cristã.
1. A ORAÇÃO NO PENTATEUCO
O ser humano foi criado para se relacionar com Deus. Em Gn. 3.8 está escrito que Deus andava com Adão e Eva e com eles passeava no jardim pela viração do dia. Esse relacionamento rompeu-se por causa do pecado (Gn. 3.10,21). Mesmo assim, outras pessoas andaram com Deus em oração, dentre elas destacamos: Sete que começou a invocar o nome do Senhor (Gn. 4.26). Enoque é um exemplo de homem que andou com Deus, por isso, o Senhor O tomou para si (Gn. 5.24), do mesmo modo Noé, que fez tudo que o Senhor O ordenara (Gn. 7.5). Entre os patriarcas, Abraão destaca-se em intimidade com Deus, sendo esse um amigo de Deus (Gn. 15.1-4; 17.1-4). Eliezer, o servo de Abraão, aprendeu com o seu senhor a confiar em Deus (Gn. 24.13,14). Do mesmo modo o filho de Abraão, Isaque, que costumava sair para orar ao Deus de seu pai (Gn. 24.63; 26.24,25). Jacó, após padecer com os seus erros, voltou-se para o Senhor, e aprendeu a depender dEle em oração (Gn. 28.20-22). Moisés também merece lugar de destaque entre aqueles que buscavam a Deus em oração no Antigo Testamento. Ele orou a Deus desde a sua chamada, na ocasião em que reconheceu o Senhor como o EU SOU (Ex. 3.1-4). Várias vezes Moisés orou a Deus pedindo Sua intervenção (Ex. 14.13-15; 33.15-17). Mas Moisés não queria apenas receber de Deus, ele queria mais de Deus, por isso, pediu ao Senhor que se revelasse perante ele. A resposta do Senhor, foi negativa, pois ninguém poderia ver a Deus continuar vivo, mesmo assim o Deus de Israel decidiu passar Sua bondade diante de Moisés (Ex. 33.18-23). A resposta do Senhor também foi negativa quando Moisés insistiu em entrar na terra prometida (Dt. 20.12; Dt. 3.26).
2. A ORAÇÃO NOS PROFETAS
Os profetas eram arautos de Deus, homens e mulheres que buscavam a Deus e recebiam seus oráculos. Por meio da oração os profetas de Deus foram chamados à proclamar a mensagem do Senhor, assim aconteceu com Isaias (Is. 6.1-4) e Jeremias (Jr. 1.18). Diante da grandeza de Deus, esses homens reconheceram sua pequenez e condição pecaminosa. Nas Lamentações de Jeremias percebemos a intimidade de um homem que se queixa da tragédia humana diante de Deus (Lm. 5.1-3,5-9,16,17,19-22). Ezequiel, o profeta exilado, também prateia e lamenta a condição do povo de Judá no cativeiro (Ez. 9.8; 11.13). Daniel é outro profeta que intercede pelo povo, sendo este preso e condenado por buscar ao Senhor em oração (Dn.9.3-10,13,16,18,19). Os profetas, em geral, sentem a dor do povo, eles são simpáticos com as agruras de Israel e Judá, em suas orações eles clamam a Deus por livramento (Jl. 1.19,20) e atentam para os pecados e suas conseqüências (Am. 7.2,5,14,15). O profeta Jonas é um caso singular entre os profetas, pois esse foi comissionado a pregar arrependimento a nação inimiga de Israel. Ele preferiu evadir-se da responsabilidade, fugindo, mas a providência de Deus O conduziu à obediência. Jonas, por fim, ora a Deus, pedindo que o livre do perigo (Jn. 2.5-9), ainda que ele não tenha se conformado com a Soberania divina, até que, finalmente, perceba a misericórdia e longanimidade do Senhor (Jn. 4.2,3). Habacuque nos deixa um exemplo sublime de oração em meio à adversidade (Hc. 1.2-4). Ele ora pedindo um avivamento e se propõe a confiar em Deus, mesmo diante das situações desfavoráveis (Hc. 3.2-19).
3. A ORAÇÃO NOS POÉTICOS
Os livros bíblicos de poesia estão repletos de orações. A história do patriarca Jó, narrada em poesia, revela um homem de oração, que intercedia pela sua família. As orações de Jó, bem como as dos salmistas, nos ensinam a como orar e como não orar. Em meio ao desespero, Jó deseja que o Senhor o mate (Jó. 6.8,9; 9.27-34). As orações de Jó, e a de alguns salmos, não podem ser assumidas pelos cristãos. Jô chega, em determinadas circunstâncias, a mostrar desequilíbrio mental e emocional (Jô. 10.1-21). A grande contribuição da narrativa de Jó está na percepção final de que Deus é soberano e que cevemos nos submeter à Sua vontade (Jó. 42.1-6). O livro de Salmos, lido à luz do evangelho de Cristo, é um compêndio instrutivo para as orações cristãs. Davi, o mavioso salmista, revela em suas orações-cânticos, intimidade profunda e adoração a Deus (Sl. 8.1; 9.1,2; 48.1; 93.1-2). Os salmitas, em geral, são pessoas dependentes do Senhor (Sl. 5.8; 6.2,3; 10.1; 13.1,2). Nos tempos de aflição eles se dirigem Àquele que pode livrar (Sl. 18.6). Diante dos seus pecados, pedem perdão a Deus (Sl. 25.18; 51.10). Por meio da oração eles confessam os seus pecados (Sl. 32.5; 51.1-8) e também agradecem a Deus pelos Seus cuidados (Sl. 30.12; 69.30; 116.17). Através dos Salmos podemos aprender a orar a Deus, a desfrutar de intimidade com Ele, a nos prostrar diante da Sua soberana vontade.
CONCLUSÃO
A oração cristã tem seu fundamento no Antigo Testamento. Os patriarcas, profetas e salmistas eram pessoas que buscavam a Deus em oração. Se quisermos aprender a orar, precisamos voltar a esses fundamentos. À luz do evangelho, podemos crescer espiritualmente atentando para as orações de homens e mulheres, tais como Davi e Ana, que desfrutaram de um relacionamento íntimo com o Senhor. E, como Elias, a orar, reconhecendo que somente o Senhor é Deus (I Rs. 18.38,39)


 

BIBLIOGRAFIA
BRANDT, R. L., BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
GEORGE, J. Orações notáveis da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

 

 

Fonte: Pb. José Roberto A. Barbosa

       >>http://escoladominical.org.br/subsidios/2010/4trimestre/licao02.htm

 

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G1 - Dilma se diz contra aborto, mas afirma que, se eleita, terá de 'encarar' tema - notícias em Eleições 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

G1 - Dilma se diz contra aborto, mas afirma que, se eleita, terá de 'encarar' tema - notícias em Eleições 2010

"Família" será tema do Dia da Bíblia 2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

 

"Família" será tema do Dia da Bíblia 2010

 

Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia de 2010 terá como tema “Bíblia na Família”. Para comemorar a data, a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) incentivará as igrejas a celebrar cultos especiais de louvor a Deus por sua Palavra, levantando ofertas para a Causa da Bíblia, tendo como foco especial o programa da SBB “A Bíblia e a Família”. As ações incluem a realização de eventos como o Pedalando por Bíblias em várias cidades do Brasil, além da distribuição de seleções bíblicas e planos de leitura, para adultos e crianças.
“A estimativa é distribuir 15 mil Planos de Leitura da Bíblia e cinco mil Planos de Leitura Infantil, além de 300 mil seleções bíblicas”, afirma Mário Rost, gerente de Desenvolvimento Institucional da SBB e coordenador da campanha. Segundo ele, a meta é que sejam realizados 100 eventos com a participação de igrejas.
Entre os itens desenvolvidos para estas celebrações, estão modelos de camisetas, cartazes e envelopes e urnas para captação de recursos, além de cofrinhos para as crianças também ofertarem. No site da SBB, haverá ainda outros materiais para download, como músicas, poesias e mensagens.
Para dar base à campanha de 2010, foi selecionado o texto do livro de Provérbios 14.26: “No temor ao Senhor, o homem encontra um forte apoio e também segurança para a sua família”.
“Todos nós somos família de Deus e é ele quem nos dá segurança, conforto e orientação para a vida. Por isso, é importante estimular a participação de todos, para perpetuar a data como um dia para se reverenciar as Sagradas Escrituras”, destaca o coordenador da campanha.
O Dia da Bíblia: Criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, o Dia da Bíblia começou a ser celebrado no Brasil em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), em 1948. Graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela SBB, as comemorações se intensificaram e diversificaram, passando a incluir a realização de cultos, carreatas, shows, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e ampla distribuição de Escrituras – formas que os cristãos encontraram de agradecer a Deus por esse alimento para a vida.

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PRÁTICA DA ORAÇÃO

terça-feira, 5 de outubro de 2010

 PRÁTICA DA ORAÇÃO

   A prática da oração é a arte de entrar no Santo dos Santos e de se colocar na presença do próprio Deus em espírito, por meio da fé, valendo-se do sacrifício de Cristo, e falar com Deus com toda liberdade através da palavra audível ou silenciosa.

 

A oração parece uma decantada loucura. Como pode o homem comunicar-se com o próprio Deus em qualquer tempo, em qualquer lugar e em qualquer situação, se este é o Senhor de todo o Universo, e aquele um miserável habitante de um pequeno planeta que integra o sistema solar, que por sua vez é somente uma parte minúscula de uma galáxia chamada Via-Láctea, composta de mais de 100 bilhões de estrelas relativamente semelhante ao sol? O espanto é muito maior quando se sabe que existem 100 bilhões de galáxias (23 para cada habitante da Terra), além dos distantes e brilhantes quasares!

Mesmo não havendo seres inteligentes senão neste modesto planeta, como pode Deus ouvir as orações diárias que, pelo menos os 1,6 bilhões de cristãos lhe dirigem? Os  críticos dizem que a oração é válida, não porque penetra "até aos ouvidos do Senhor dos exércitos" (Tg 5.5), mas porque é emocionalmente saudável para quem ora. No entanto, aqueles que oram corretamente estão convencidos de que sua oração chega de fato "até à santa habitação de Deus, até aos céus" (2Cr 30.27). E ainda perguntam com uma pequena dose de malícia: "O que fez o ouvido, acaso não ouvir?" (Sl 94.9).

Apesar desta aparente irracionalidade, a oração é " a mais alta atividade da qual o espírito humano é capa", segundo o professor E.A Judce, da Universidade de Sidney, Austrália. O homem  ora porque tem necessidade interior de orar, porque sabe que Deus existe e é "galardoador dos que o buscam" (Hb 11.6), porque precisa de Deus e reconhece que ele não é semelhante aos deuses da mitologia greco-romana nem aos  ídolos, que "têm ouvidos, e não ouvem" (Sl 115.6).

 

Resultados

 

 Outra coisa estranha, mas óbvia em vista da onisciência de Deus, é que o propósito da oração é tornar Deus ciente de nossa dor e nossa necessidade. A oração é o instrumento pelo qual confessamos duas coisas ao mesmo tempo: a estreiteza de nossos recursos e a extrema largueza dos recursos do poder e do amor de Deus.A prática da oração é um dos mais extraordinários meios de graça de que o homem pode dispor. A oração é a outra via de comunhão com Deus. A primeira via é a leitura da Palavra de Deus. Por esta via, Deus fala com você; por aquela via você fala com Deus.

É possível classificar em três grupos distintos os efeitos da oração:

1.Resultados psicológicos.Por meio da oração, você pode superar a tensão, a ansiedade, a angústia, certos tipos de depressão, o sentimento de culpa e outros estados emocionais desagradáveis. É perfeitamente possível relaxar durante e depois da oração. A oração é uma das alternativas para a ansiedade: "Não andeis ansiosos de coisa alguma;em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus" (Fp 4.6-7).

2.Resultados espirituais.A oração força o exercício da piedade e da disciplina pessoal, ajusta o homem aos padrões de fé e de comportamento. O esquema é muito simples: você ora porque precisa de Deus, mas, para ser ouvido, é necessário que você compareça de mãos limpas perante o Senhor. Ou, pelo menos, que inicie sua prece com arrependimento e confissão de pecado, pois "Deus não atende a pecadores" (Jo 9.31).Veja a percepção do salmista a este respeito: "Se eu tivesse guardado lugar para o pecado no meu coração, Deus nunca me teria ouvido" (Sl 66.18 em A Bíblia Viva).A oração bem sucedida depende de uma estreita união com Cristo: "Se permanecedes em mim e as minhas palavras permanecerem  em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito" (Jo 15.7).Pedro chega a dizer que a falta de ocmpreensão entre marido e mulher, o egoísmo de um e de outro e outros problemas conjugais causam orações sem resposta da parte de Deus (1Pd 3.7).Foi a necessidade imperiosa e urgente de ser atendido por Deus, a propósito da aproximação do irmão Esaú e do bando de 400 homens armados que o acompanhavam, que fez Jacó admitir que era um suplantador e deixar-se corrigir por Deus, numa noite de oração do outro lado do vau de Jaboque (Gn 32.22-33.17).

3.Resultados e termos de atendimento.Deus responde as orações de seus filhos, não necessariamente como pedimos, mas a seu modo e de acordo com a sua soberania.

Não poucas vezes, ele "é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós" (Ef.3.20).Sem oração você não alcança certas bênçãos.Jesus deixou claro: "Pedi, e dar-se-vos-á;buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á"(Mt 7.7-8).Tiago vai mais além e declara com sua peculiar franqueza: "Nada tendes, porque não pedis"(Tg 4.2).A oração tem um alcance enorme: "Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo" (Tg 5.16).

 

Elementos da oração

 

A primeira parte de nossas orações são só orações de súplica. Para muitos, oração e súplica são sinônimos perfeitos.

Na verdade não é assim. A oração no contexto bíblico tem pelo menos seis elementos, que não precisam marcar presença numa única prece, mas devem ser lembrados sempre:

1.Na oração, você exalta o caráter de Deus, a imensidão, a perfeição e a beleza da criação e de todas as suas obras posteriores, e se delicie com o próprio Deus.A razão máxima da adoração é "porque a sua misericórdia dura para sempre", como declarou em uníssono o povo de Israel por ocasião da inauguração do Templo de Jerusalém (2Cr 7.3) e como aparece repentinamente no Salmo 136.

2.Nas ações de graça, você agradece nominalmente as manifestações da misericórdia, do amor e do poder de Deus em sua vida, na família e na comunidade. Esta é uma obrigação a que você precisa se impor: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios" (Sl 103.2).Cuidado para não repetir a grosseiria dos nove leprosos mal-agradecidos: "Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?" (Lv 17.17).

3.Na confissão, voc~e se abre e conta a Deus suas mazelas e fraquezas, pecado de qualquer natureza, admitindo sempre a própria culpa e recorrendo à misericórdia divina.É como disse C.S.Lewis, "todas nós temos pecados suficientes para sermos intragáveis".Ponha este lixo para fora na prática da oração.O pecado armazenado é uma desgraça (Os 13.4).

4.No extravazamento, você derrama a sua alma perante Deus e fala de seus sustos e medos abertamente com o firme propósito de descansar no Senhor. É nesta hora solene que você entra no santuário de Deus (Sl 73.16-17) para sair de semblante não mais corregado nem triste (1Sm 1.18,Mt 11.29).

5.Na intercessão, você se exercita no altruísmo e ora em favor do sofrimento alheio, dos problemas alheios e das necessidades alheias, assim como Jesus orou por Pedro (Lc.22.32) e ora por todos nós (Jo 17.20,Rm 8.34,Hb 7.25).É bom lembrar também que o próprio Espírito "intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis" (Rm 8.26-27).A intercessão não é uma escolha, mas uma ordem: "Orai pelos que vos perseguem"(Mt 5.44).

6.Na súplica, você apresenta a suas necessidades pessoais, familiares e comunitárias, costumeiras ou esprádicas, que formam um leque enorme, e clama pela intervenção amorosa e sábia de Deus.A resposta de Deus às vezes tarda, como no caso de Isaque, que deve ter orado vinte anos a favor do engravidamento da esposa: era de 40 anos quando se casou e de 60 quando nasceram os gêmeos Esaú e Jacó (Gn 25.19-26). No caso de Zacarias e Isabel, a demora foi muito maior: quando ela concebeu, os dois eram "avançados em dias" (Lc 1.7,18 e 36).

 

O direito da súplica

 

  Peça sem constrangimento. Não é necessário substituir a súplica pelo louvor. É Deus quem abre a porta da oração e diz: "Pede-me o que queres que te dê" (1Rs 3.5), "Invoca-me, e te respondeirei" (Jr 33.3), "Pedi, e dar-se-vos-á" (Mt 7.7),"Se dois dentre vós concordarem a respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedido  por meu Pai que está no céu" (Mt 18.19), "Tudo quanto pedirdes em oração crendo, recebereis" (Mt 21.22) e "Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei" (Jo 14.14).Se o "amigo" (Lc 11.5-8), o "pai" (Lc 11.11-13) e o "juiz" (Lc 18.4-5), mesmo sendo maus, dão alguma coisa aos que lhe pedem, "quanto mais vosso pai que está nos céus", argumenta com força o Senhor Jesus, "dará boas coisas aos que lhe pedirem?" (Mt 7.11). Porém é preciso toma r alguns cuidados:

1.O motivo das orações deve ser constantemente burilado das tentações do egoísmo e do consumismo. Uma das razões do não-atendimento das orações é porque o objetivo delas está todo errado: "Vocês pedem para usá-las para os seus próprios prazeres" (Tg 4.3) em A Bíblia na Linguagem de Hoje).

2.Não se deve orar apenas por saúde, cura física, sucesso, prosperidade moderada, felicidade e família. Há certas carências muito sérias que podem ser supridas por meio da oração. Devemos partir daquele aviso de Tiago: "Se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concebida" (Tg 1.5).Sem em seu caso, a carência não é de sabedoria, mas de alegria, entusiasmo, humildade, paciência, amor,poder, pureza, ousadia,capacidade para o trabalho, equilíbrio, fé ou qualquer outra coisa, você tem o direito e o dever de levar insistentemente esta necessidade a Deus em oração. É para pedir o que não se tem, no raciocínio de Tiago.

A posse destes valores extraordinários contribui para o seu bem total e para o progresso do evangelho. Este tipo de oração segue de perto o modelo apresentado por Jesus Cristo, pois santifica o nome de Deus, promove o seu reino e implanta a sua vontade "assim na terra com no céu" (Mt 6.9,10).

 

O sim e o não

 

  Deus diz sim a muitas de nossas orações. É animador listar os sins de Deus nas orações contidas na história bíblica.Isaque orou por sua mulher estéril e Rebeca concebeu (Gn 25.21).Israel clamou contra a dura servidão de Faraó e Deus ouviu o seu gemido e os tirou de lá com poderosa mão (Êx 2.23-25, Nm 20.14-16,Dt 26.5-9,At 7.34).Moisés intercedeu pelo povo e o fogo do Senhor, que já havia consumido extremidade do arraial, se apagou (Nm 11.1-3).Manoá orou para que o anjo que anunciou o nascimento de Sansão viesse mais uma vez e ele veio (Jz 13.8-9).Salomão implorou a bênção de Deus sobre o templo de Jerusalém e este o ouviu (1Rs 9.3).Ém vários Salmos, Davi tem prazer em testemunhar que o Senhor ouve as suas orações (Sl 4.3,5.3,6.8-9,18.6,31.22,40.1).Ezequias orou ao Senhor por sua doença mortal e Deus curou (2Rs 20.5).Jonas fez uma aflita oração no ventre do peixe e este vomitou o profeta numa praia do Mediterrâneo (Jn 2.1-10).Zacarias também orou em favor de sua esposa para que ela fosse fértil e Isabel lhe deu João Batista (Lc 1.13).

Mas Deus também diz não a não poucas orações, mesmo que elas sejam proferidas por pessoas de caráter e de fé.Moisés implorou ao Senhor permissão para passar o Jordão e ver a terra da promessa e Deus lhe disse: "Basta;não me fales mais nisto" (Dt 3.23-29).Apesar de ser um homem de oração, Davi orou sentidamente pelo filho recém-nascido gravemente enfermo e Deus levou a criança após uma semana de intensa oração e jejum (2Sm 12.15-23).Paulo conta que em três ocasiões diferentes implorou a Deus para ficar livre do espinho na carne e cada vez o Senhor lhe dizia não (2Co 12.7-9).O mesmo apóstolo deve ter orado pela saúde de Timóteo e de Trófimo, mas não há indicação de que eles tenham sido curados (1Tm 5.23  2Tm 4.20).

 

Oração e ação

 

 A oração não elimina a ação nem a ação elimina a oração.

Ninguém melhor que Neemias soube valorizar uma e outra, como se pode observar nesta informação do próprio punho do governador da Palestina na época da reconstrução de Jerusalém: "Todos procuravam atemorizar-nos, dizendo: As suas mãos largarão a obra, e não se efetuará.Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos". (Ne 6.9).

Depois grandes cristãos do século XVI, um prostestante e alemão, e outro, católico e espanhol, escreveram frases semelhantes sobre o equilíbrio entre a oração e a ação.O mais velho, Lutero (1483-1546), dizia: "É preciso orar como se todo trabalho fosse inútil e trabalhar como se todo orar fosse em vão".O mais novo, Loyola 1491-1556), afirmava: "Devo orar como se tudo dependesse de Deus, trabalhar como se tudo dependesse de mim".

 

A frequência da oração

 

  Quantas vezes se deve orar? só aos domingos, na igreja?Todos os dias na hora de levantar ou na hora de dormir? Somente para dar graças às refeições? Só em caso de fome, doença e morte? A Bíblia tem resposta para estas indagações.

1.Períodos rígidos de oração. Porque a oração é de grande importância, é bom que haja algum horário fixo de oraração, como acontece até hoje entre judeus e muçulmanos.Daniel se obrigava a orar de joelhos três vezes ao dia (Dn 6.10). O próprio Davia fazia o mesmo em intervalos regulares quem sabe de seis horas: "À tarde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz" (Sl 55.17).Em Atos, encontramos duas referências à hora nona de oração (três horas da tarde), tanto no templo (At 3.1) como em casa do centurião romano que absorveu este costume dos judeus (At 10.30).

2.Perídos especiais de oração.Os horários fixos e diários de oração não dispensam algo como um dia inteiro de oração, uma noite de oração, três dias de oração e jejum (como aconteceu aos judeus que se achavam em Susã na época de Ester), uma semana de runiões de oração, etc.Jesus tinha o hábito de passar uma noite inteira "orando a Deus" (Lc 6.12).Os dias seguintes eram para ele de grande importância: a escolha dos doze apóstolos (Lc 6.12-16), a cura do jovem possesso (Lc 9.37-43), o encontro com a mulher adúltera (Jo 8.1-11) e a sua prisão, julgamento e morte (Mt 26.36-27.56).

3.Oração conforme a necessidade. Não é preciso esperar a "hora nona de oração" para orar. Você é livre para orar em qualquer lugar, momento e situação.Dependendo da sua necessidade e de sua vontade. Você pode orar na rua, no trabalho, atrás de uma junta de bois, numa quadra de esportes, ao volante de um carro, numa fila de banco e assim por diante.Neemias é formidável quanto a isto: quando Artaxerxes se dispõe a ajudá-lo e perguntou-lhe como, na mesma hora Neemias fez uma oração relâmpago para pedir a direção e a bênção de Deus, sem fechar os olhos, sem se expressar em voz alta e sem sair da presença do rei (Ne 2.4).Estando em agonia,Jesus orava mais intensamente ali no Getsêmane (Lc 22.44).

4.Oração contínua. O "orai sem cessar" de Paulo (1Ts 5.17) significa uma abertura total à oração.É como se você vivesse vinte e quatro horas por dia dentro de uma oração.É a manutenção pura e simples do espírito de oração em todas as coisas, mesmo sem se ajoelhar e sem falar.O que caracteriza este tipo nobre de oração é o sentimento constante de suas carências, a permanente dependência de Deus e a cuidadosa manutenção de uma confiança total em Deus.

A oração contínua é mais do que a oração noite e dia daquela viúvo de 84 anos que não deixava o templo de Jerusalém e que tinha estado casada apenas 12,6% de seus dias (Lc 2.36-37).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Extraído do Livro:

César Lenz M.Elben.Práticas Devocionais.Exercícios de Sobrevivência e Plenitude Espiritual.2°ed.(ampliada)Viçosa-MG:Ultimato,1994,pp.15-29.