O PODER E O MINISTÉRIO DA ORAÇÃO-LIÇÃO 13

sábado, 25 de dezembro de 2010

 

Licoes-biblicas-mestre-jovens-e-adultos__m206362 Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Poder e o Ministério da Oração, o relacionamento do cristão com Deus

Lição 13 - Se o meu povo orar

Todos os propósitos se cumpriram; a tarefa árdua se completou; Salomão...

LEITURA EM CLASSE 2 Crônicas 7.11-18

INTRODUÇÃO

I. A Necessidade de se humilhar e buscar a Deus
II. A Necessidade de arrepender-se e converter-se
III. As respostas divinas às atitudes do povo
CONCLUSÃO

COMENTÁRIO DE 2 CRÔNICAS 7.11-18
7.11-18


Todos os propósitos se cumpriram; a tarefa árdua se completou; Salomão havia realizado o seu dever e o seu privilégio. Ele tinha terminado sua obra monumental visando a glória de Yahweh. Cf. Is 21.4; II Cr 8.6.
...Se eu cerrar os céus de modo que não haja chuva. ...Entre as armas que havia à disposição de Yahweh para punir um povo pecaminoso estavam as desordem da natureza. Um povo agrícola que vivia em uma terra circundada por desertos dependia, de modo absoluto, da chuva. Os tempos modernos não mudaram muito essa dependência. Até nossos extensos sistemas de irrigação dependem das precipitações, ainda que deem às águas da chuva uma distribuição mais ampla... Visto que se pensava que Yahweh controlava as condições atmosféricas, mediante intervenção direta, também se acreditava que o pecado poderia reverter esse curso. A pestilência era outra arma divina contra o pecado, e a antiga e familiar praga dos gafanhotos representava outra temível ameaça.
...A oração de arrependimento, feita com humildade, pode curar qualquer praga e fazer cair as chuvas. Foi Yahweh quem disse isso. Ele atenta para o Seu povo (ver 2 Cr 6.33; Amós 8.12 e Jr 14.9). Mas o povo de Israel precisava pôr-se em movimento, inspirado pelo arrependimento. Eles tinham de buscar o rosto de Deus (cf. Sl 24.6; 27.8). Tinham de abandonar seus caminhos ímpios, o que serve de evidência de um verdadeiro arrependimento. A questão não pode ficar sob a forma de palavras e promessas. A conduta precisa ser modificada. Ver Os 6.1; Is 6.10; Jr 25.5. Os olhos de Yahweh (ver o v. 15) estão pesando a situação. Ele está olhando em busca de evidências de modificação; e imediatamente responderá a qualquer mudança para melhor. Cf. 2 Cr 6.40. E então o Senhor curará a terra e o povo (ver Sl 60.4). Há menção a coisas similares em 2 Cr 6.21-31, onde encontramos elementos da oração de Salomão, quando ele antecipou tais retrocessos. As calamidades podem ser curadas se Yahweh ficar satisfeito diante do que vir e ouvir. A conduta é muito importante, muito mais que meras orações e promessas.


Texto extraído da obra: “O Antigo Testamento Interpretado, versículo por versículo” de R. N. Champlin. Rio de Janeiro: CPAD.

JUVENIS-LIÇÃO 13

 

Juvenis-mestre-4-trim-2010__m206366 Conteúdo adicional para as aulas de Juvenis

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Cuidado com a influência dos meios de comunicação

Lição 13 - A Mídia em prol do Reino de Deus

A presente geração está presa ao relativismo, ao materialismo e às...

Texto Bíblico: Romanos 10.13-15; Mateus 28.19,20; Marcos 16.15,16

EM ESTÁ A ESPERANÇA PARA ESTA GERAÇÃO

A presente geração está presa ao relativismo, ao materialismo e às doenças emocionais, espirituais e morais. A crise é tão profunda que as pessoas desconfiam das instituições e das autoridades públicas, privadas e religiosas. Tateiam de um lado a outro à procura de um porto ou de águas tranquilas para aportar, mas encontram apenas o individualismo, a ganância, a violência, o descaso e a opressão. Em quem confiar? Em que porto deve o homem ancorar suas esperanças? Na filosofia? Quantas existem e mesmo assim não se sabe em qual delas acreditar. No desenvolvimento tecnológico? Nos homens? Estes há muito perderam os rumos da ética, misericórdia, bondade e respeito pelo outro. Na ciência? Parece que ela serve mais aos propósitos das grandes corporações que ao interesse dos indivíduos. No misticismo religioso? Este se tornou irracional, incapaz de sustentar o juízo e a fé nos pêndulos de suas doutrinas. A constatação simples e incontestável é que: o homem sem Deus vive sem esperança ou esperança vã (Jó 8.13; 11.20; 27.8; Ef 2.12; 1 Ts 4.13). A única esperança para esta geração está na Pessoa bendita de nosso Senhor Jesus Cristo, Deus único e Salvador, Todo-Poderoso (1 Tm 1.1). Ele é o “Deus de esperança” que nos enche “de todo gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo” (Rm 15.13; 2 Ts 2.16). O evangelho que pregamos é a anunciação da esperança, em Cristo, para uma geração em desespero (Cl 1.5,23,27). 
Texto extraído de “Lições Bíblicas: As doenças do nosso século, As curas que a Bíblia oferece”. Rio de Janeiro: CPAD.

ADOLESCENTES-LIÇÃO 13

 

Adolescentes-mestre-4-trim-2010__m206374 Conteúdo adicional para as aulas de Adolescentes

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
Cartas que Ensinam

Lição 13 - Bom é ter amigos !

Onésimo tinha vindo à fé em Cristo enquanto esteve em Roma...

Texto Bíblico: Filemon 8-21

Ocasião e propósito da Epístola a Filemom

Onésimo tinha vindo à fé em Cristo enquanto esteve em Roma e estava retornando a Colossos, ao seu senhor, Filemom.
Por estar aprisionado de uma forma exclusiva em uma casa alugada, Paulo pôde receber um fluxo constante de visitas e pregar e ensinar livremente a Palavra de Deus, durante dois anos (At 28.17-31). Durante este período, o jovem Onésimo ouviu as Boas Novas e tornou-se um seguidor de Cristo (v. 10). Onésimo tinha roubado dinheiro do seu senhor, Filemon, e tinha fugido para Roma. Agora, como um cristão novo convertido, ele estava se preparando para voltar a Colossos e a Filemom.
Paulo escreveu esta carta visando o interesse de Onésimo, incentivando Filemon a ver o jovem não mais como um escravo, mas como um “irmão” no Senhor (v.16). Assim, Paulo esperava que Filemom pudesse recebê-lo (v.17), perdoá-lo (v.18,19), e talvez até mesmo libertá-lo (v.21).
O apelo de Paulo baseia-se no amor que ambos tinham por Cristo (v.9), no seu relacionamento (v.17-19), e na sua autoridade como apóstolo (v.8). Não se conhece a resposta de Filemom, mas seria difícil imaginá-lo não dando as boas vindas a Onésimo como seu novo irmão em Cristo.
Uma das lições desta curta carta é o exemplo de Paulo. Ele escreveu como o advogado de Onésimo, confiando que este poderia retornar, apresentar-se a Filemom, e arcar com as consequências dos seus atos. Paulo acredita em Onésimo, que ele é um verdadeiro irmão na fé. Paulo faz mais do escrever e apoiar este escravo fugitivo, ele também sustenta as palavras com os seus recursos financeiros – Paulo se oferece para pagar por qualquer dano que Onésimo possa ter causado ou por qualquer coisa que possa ter roubado (v.18).
Outra lição diz respeito ao poder que o Evangelho tem de unir as pessoas. Em opostos extremos na sua sociedade, estavam Filemom e Onésimo, mas ainda assim se tornaram irmãos unidos, por meio da sua fé comum em Cristo. Deus pode reconciliar as pessoas independentemente das suas diferenças ou ofensas.


Texto extraído da obra “
Comentário do Novo Testamento: Aplicação Pessoal” Rio de Janeiro: CPAD.

PRÉ-ADOLESCENTES-LIÇÃO 13

 

Pre-adolescentes-mestre-4-trim-2010__m207257 Conteúdo adicional para as aulas de Pré-Adolescentes

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Pré-Adolescente e a Igreja

Lição 13 - O futuro da igreja

A Bíblia é clara e não admite especulações: o arrebatamento dar-se-á...

Texto Bíblico: Mateus 24.37-44

Professor, leia para os aluno o trecho abaixo, e recomende de que todos devem estar em constante vigilância, pois a qualquer instante o noivo (Jesus) virá buscar a sua noiva (igreja).
“A Bíblia é clara e não admite especulações: o arrebatamento dar-se-á a qualquer instante, Jesus Cristo virá como o ladrão da noite (1 Ts 5.4; Pe 3.10). Vigiemos, pois, para que este dia não nos surpreenda. Uma das bem-aventuranças do Apocalipse é endereçada, justamente, àqueles que se acham vigilantes: ‘Eis que venho como ladrão, bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas’ (Ap 16.15). Por conseguinte, virá o Senhor Jesus inesperadamente, e surpreenderá a muitos que, ao invés de estarem vigiando, encontrar-se-ão embriagados com os cuidados e prazeres deste  mundo. Você está esperando a Cristo? Encontra-se vigilante? Cuidado, para não ficar envergonhado naquele grande e glorioso dia (Texto extraído das Lições Bíblicas,CPAD 2004).

Boa ideia

Apresente aos alunos o seguinte quadro, ele ajudará na compreensão de como se dará o arrebatamento:


1ª Ressoada a trombeta de Deus, descerá o Senhor Jesus dos
céus com alarido e voz de arcanjo (1 Ts4.16)


2ª Em seguida, os que morreram em Cristo ressuscitarão, sendo, de imediato, trasladados
(1Ts4.16)



3ª Ato contínuo, os que estivermos vivos seremos transformados, arrebatados e levados todos ao encontro do Senhor
(1 Ts 4.17)

Teologia & Graça: Família; Casamento; Unidade; Comunhão.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

 

Promessa de um Lar Feliz no Antigo Testamento

POR PR.ESDRAS COSTA BENTHO

Família, Projeto Divino

Em nossa obra A Família no Antigo Testamento: História e Sociologia, descrevemos a família bíblica como "o âmago da estrutura social". Na Tanach, exclusivamente em Berê’shîth (Gênesis), encontramos o princípio judaico-cristão da família no texto que diz: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele. Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apergar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam” (Gn 2.18,21-25).
Família, Centro de Comunhão
Deus é quem decidiu criar a família. Esta foi formada para ser um centro de comunhão e cooperação entre os cônjuges. Um núcleo por meio do qual as bênçãos divinas fluiriam e se espalhariam sobre a terra (Gn 1.28). Não era parte do projeto célico que o homem vivesse só, sem ninguém ao seu lado para compartilhar tudo o que era e tudo o que recebeu da parte de Deus, pois o homem sente-se pessoa não apenas pelo que é, mas também quando vê o seu reflexo no outro que lhe é semelhante. Portanto, a sentença divina ecoada nos umbrais eternos expressa o amor e o cuidado celeste para com a vida afetiva do homem. O próprio Deus não estava solitário na eternidade, mas partilhava de incomensurável comunhão com o Filho e o Santo Espírito. Deus é um ser pessoal e sociável às suas criaturas morais. No entanto, contrapondo a natureza divina à humana, concluímos que o intrínseco relacionamento entre a divindade e o ente humano dá-se em níveis transcendentais, metafísicos.
Por conseguinte, faltava ao homem alguém que lhe fosse semelhante, ossos dos seus ossos, carne de sua carne, alguém que se chamasse “varoa” porquanto do “varão” foi formada. Essa correspondência não foi encontrada nos seres irracionais criados, mas na criatura tomada de sua própria carne e essência. A mulher era ao homem o vis-à-vis de sua existência. Seu reflexo. Partida e chegada. O homem e a mulher se identificam mutuamente por compartilharem da mesmíssima imagem divina: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Homem e mulher, portanto, fazem parte do mesmo projeto celífluo. Sentem-se tão necessários à existência do outro quanto dependem individualmente do ar que respiram. Esta interdependência é inerente à formação moral e espiritual do próprio ser. Faz parte do mistério, da teia de encontros e desencontros, de fluxo e refluxo que cercam a união entre homem e mulher. A união conjugal, portanto, antes de ser um contrato jurídico, era um ato de amor, companheirismo e cumplicidade em que as principais necessidades humanas eram plenamente satisfeitas. Homem e mulher se auto-realizavam um no outro.
A Constituição do Núcleo Familiar

A constituição do núcleo familiar a priori foi composta por um homem e uma mulher. Mais tarde, acrescentou-se ao casal os filhos gerados dessa união. A partir do nascimento dos primeiros filhos, a família tornou-se o primeiro sistema social no qual o ser humano é inserido.
A primeira família, formada apenas por duas pessoas, tornou-se numerosa por meio dos filhos que, ao serem gerados, se inseriram no núcleo familiar assumindo diversos papéis dentro do sistema: filho, irmão, neto, primo, etc. A família não foi criada, portanto, como um sistema fechado, mas dinâmico, e, com o passar do tempo, o número de seus membros foi aumentando gradativamente, e destes formando novos núcleos familiares ligados por consangüinidade e afinidade.

Terminologia e Conceito de Família no Antigo Testamento

O hebraico do Antigo Testamento costuma usar três palavras para família: bayît, bêt, mishpāhâ.
Bayît. A primeira delas é bayît, que designa tanto uma “residência”, “templo”, “lar”, a “parte interior de uma casa”, “casa”, quanto também o conceito de “família” ou “os moradores de uma mesma casa”. O sentido de habitação é um dos mais freqüentes usos do termo (Êx 12.7; Lv 25.29; Dt 11.20).
Bêt. Outro vocábulo muito freqüente é bêt, cujo sentido literal é “casa” e ocorre juntamente com outros termos formando uma idéia completa tal qual bêt’ēl (Casa de Deus), bêt lehem (Belém ou “casa de pão”), e assim por diante. O termo bêt designa “pessoas de uma casa”, ou juntamente com ’āb designa “casa do pai”.
Mishpāhiâ. O terceiro vocábulo, mishpāhiâ, literalmente significa “família”, “parentes” ou “clã”. A ênfase está nos laços sangüíneos que existem entre as pessoas de um mesmo círculo. Segundo Harris, o termo “se emprega como subdivisão de um grupo maior, tal qual uma tribo ou nação (Nm 11.10)”.
Portanto, família para o hebreu designava tanto o vínculo consangüíneo existente entre um grupo de pessoas em uma mesma casa quanto o conjunto de pessoas ligadas por laços de parentesco.
Das trezentas e sessenta e sete ocasiões em que o termo “família” aparece no Antigo Testamento, cerca de cento e cinqüenta e duas aparecem no livro de Números referindo-se aos descendentes das tribos, isto é, aqueles cujo laço sangüíneo o relaciona a determinada tribo, família ou clã. É o caso, por exemplo, de Números 1.2: “Levantai o censo de toda a congregação dos filhos de Israel, segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais, contando todos os homens, nominalmente, cabeça por cabeça” (ARA).
Temos nesse texto um exemplo do uso de “congregação” (‘ēdâ) para referir-se a “todo o povo de Israel”, “famílias” (mishpāhiâ), para designar o “clã”, como principal unidade social, de tamanho intermediário entre a tribo e a “casa” (bayît) de seus pais. Este último pode ser traduzido por “família”, e refere-se àquela unidade consangüínea menor que habita uma mesma casa.
Um outro aspecto que deve ser notado a respeito dos termos e da composição das antigas famílias bíblicas é que os costumes locais, vez por outra, incluíam os servos ou escravos como integrantes da família. Isto é facilmente observado no termo hebraico shiphâ, que é traduzido por “criada” ou “escrava”, mas uma escrava associada à mishpāhiâ, isto é, ao núcleo familiar. A escrava denominada shiphiâ, segundo Harris, era uma serva que podia ser dada de presente a uma filha quando esta se casasse (Gn 29.24,29). E de acordo com a lei de Nuzi, uma esposa estéril podia entregar sua serva ao marido a fim de ter vicariamente um filho, por meio da serva (Gn 16.2; 30.3,4). Um menino nascido de tal união seria o herdeiro, a menos que a própria esposa mais tarde tivesse um filho.
A junção dos vocábulos bayît, bêt, mishpāhiâ e shiphiâ demonstra que o conceito de família para o hebreu abrangia tanto os parentes próximos, longínquos, quanto os escravos. Desde que houvesse uma relação consangüínea ou de afinidades, já se constituía um membro da unidade familiar.
As famílias, portanto, eram extensas e, após os doze filhos de Jacó, reuniam-se em tribos que seguiam minuciosamente a tradição familiar. Os “pais patriarcais” detinham o poder e o governo soberano sobre o grupo familiar.
Nestes idos patriarcais, viviam em acampamentos comuns emigrando de um canto a outro à busca de pastagem para o rebanho ou de subsistência para a numerosa família: “Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai. Ló, que ia com Abrão, também tinha rebanhos, gado e tendas” (Gn 13.3,5 – ARA).
Esta conjuntura social possibilitou o contato com várias populações também agricultoras e, vez por outra, a possibilidade de haver intercâmbio comercial e união matrimonial que, dado às características da tradição hebréia, eram geralmente rejeitadas (Gn 34).
Composição da Família hebraica
A extensa família hebréia, portanto, distinguia-se quanto à composição das suas unidades:
’Āb. O pai, do hebraico ’āb, tanto designa o “originador” de uma descendência quanto o “ancestro” ou “líder”. O termo dentro do contexto nômade, seminômade ou da vida sedentária hebréia também se refere a “alguém revestido de autoridade sobre”. O ’āb é o responsável direto pela família, cabendo-lhe todas as decisões sociais, culturais e jurídicas que dizem respeito ao bem-estar do núcleo familiar. Todos são igualmente dependentes dele e, por isso, denomina-se “casa de meu pai”, bêt ’āb , ou bayît ’āb, representando o núcleo familiar básico ou pessoas da mesma casa (Gn 24.38,40; 28.21; 41.51; 46.31). O ’āb, portanto, é o pai de família ou chefe da casa ou do grupo doméstico, quer este grupo seja numeroso quer não.
Mishpāhiâ. O clã ou mishpāhiâ, como é designado no Antigo Testamento, era uma unidade familiar mais ampla do que a anterior. Abrangia várias famílias em uma comunidade geográfica mais ampla. O clã era liderado pelos mais velhos ou “anciãos”, que conseqüentemente eram os cabeças das famílias. Os anciãos, do hebraico zāqēn, faziam parte de uma categoria social entre os hebreus, conhecidos pelos sábios conselhos, prudência, vivência e capacidade para julgar situações embaraçosas. Estes são chamados de “anciãos de Israel” (Êx 3.16,18; 12.21; 17.6), “anciãos dos filhos de Israel” (Êx 4.29;), “anciãos do povo” (Êx 19.7; Nm 11.24), “anciãos da congregação” (Lv 4.5), “anciãos da cidade” (Dt 19.12; 21.3). Esta composição social também era comum entre os moabitas e midianitas (Nm 22.7). Os anciãos auxiliavam na resolução de problemas ligados à virgindade (Dt 22.15), homicídios (Dt 19.12; 21.1), in passim. Números 11.25 menciona setenta anciãos que profetizaram quando sobre eles o Espírito do Senhor desceu. Segundo H. Schmidt, o clã parece incluir um grupo de mil homens com capacidade para guerrear (cf. Mq 5.1; 1 Sm 8.12; 23.23).
Matteh. A tribo, do hebraico matteh, era um conjunto de clãs. O termo original significa, ipsis verbis, “vara”, “bordão” ou “haste”, passando a significar “tribo” em razão de os líderes usarem bastões ou varas como símbolo de autoridade investida. Todas as famílias que compunham uma tribo eram uma comunidade religiosa, econômica e juridicamente ligada pela consangüinidade e afinidades familiares. As responsabilidades, entre outras, incluíam: a defesa militar, a solidariedade entre os seus membros, a educação das crianças conforme a tradição da tribo, o cuidado com a propriedade familiar e a manutenção das riquezas e bens comuns.
Em uma determinada tribo estava a unidade básica do núcleo familiar sob a responsabilidade do ’āb, que por sua vez se subordinava ao mishpāhiâ; a somatória destes compunha o matteh: “Dos filhos de Simeão, as suas gerações, pelas suas famílias, segundo a casa de seus pais...” (Nm 1.22 – ARA). Todos se consideravam filhos de um mesmo ancestral — como por exemplo, um dos doze filhos de Jacó —, do qual recebiam um nome epônimo (Nm 1). O representante de cada matteh era chamado de “cabeça da casa de seu pai” (Nm 1.4), “príncipe da tribo de seu pai” ou “cabeça dos milhares de Israel” (Nm 1.16).

Correndo o risco de perturbar a clareza das informações acima expendidas, creio ser necessário recorrer a dois teóricos sociais para auxiliar-nos na compreensão desse formato social: Durkheim e Weber. O modelo social acima descrito adequa-se ao tipo de solidariedade social proposta por Durkheim: a solidariedade mecânica. Nesta, os indivíduos possuem sua identidade mediante a família, a religião, a tradição e os costumes da tribo. Todos reconhecem e vivem os mesmos valores seguindo a tradição ancestral, do qual a coletividade procede. Uma “família-tronco” perpetua-se em torno do chefe de família pela instituição de um “herdeiro associado”. Os indivíduos nesse modelo social vivem sob a coerção dos fatos sociais. Os fatos sociais, segundo Durkheim: "É toda maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coação exterior; ou ainda, que é geral no conjunto de uma determinada sociedade tendo, ao mesmo tempo, uma existência própria, independente das suas manifestações individuais." (As Regras do Método Sociológico, p. 92) .

Para M. Weber, contudo, não é necessário que a ordem social tenha de se opor e se distinguir dos indivíduos, como uma realidade exterior a eles; ao contrário, estas normas se manifestam em cada indivíduo sob forma de motivação. A ação tradicional, uma das quatro formas de ação social proposta por Weber, por exemplo, é motivada pelo costume, tradição, hábito, crenças e valores —, pelos quais o indivíduo age movido pela obediência a eles, em razão de estarem fortemente enraizados na base do ethos tanto em sua vida quanto na do grupo.
A distinção entre um e outro está basicamente no método empregado. Émile Durkheim baseia-se nos métodos positivistas fundamentados em Augusto Comte e Herbert Spencer, enquanto Max Weber fundamenta-se na distinção formulada por Wilhelm Dilthey entre explicar (erklären) e compreender (verstehen), que são as bases da sociologia compreensiva.
No entanto, embora os dois teóricos — e ainda podemos acrescentar o materialismo histórico de Karl Marx — não concordem entre si quanto à coerção dos fatos sociais, as duas explicações acima demonstradas, correndo o risco de uma simplificação exacerbada, auxiliam na compreensão de que seja qual for o grupo social, o indivíduo, seja por motivação seja por coerção, vive sob as bases do ethos compartilhado por todos.

 

 

BENTHO, Esdras Costa. A Família no Antigo Testamento: história e sociologia. 3.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

LÉVI-STRAUSS, C. As Estruturas Elementares do Parentesco. Petrópolis: Vozes, 1982.
HARRIS, R. Laird (et al.). Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1998.
BENETTI, Santos. Sexualidade e Erotismo na Bíblia. São Paulo: Paulinas, 1998, p. 23.
SCHMIDT, Werner H. Introduccion al Antiguo Testamento. Salamanca: Ediciones Sígueme, 1983, p. 49.
WERBER, M. Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociologia Compreensiva. Brasília: Editora da UnB, v. 1, 1991,[ pp. 15,16.]

 

Teologia & Graça: Família; Casamento; Unidade; Comunhão.

Marketing para a Escola Dominical

 

A SUPREMACIA DA PALAVRA NA VIDA DA IGREJA EM MEIO À SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Páginas do Codex Sinaiticus, escritas em grego (Foto: Reprodução)

Pr. César Moisés

INTRODUÇÃO

Em um mundo que rejeita todo e qualquer princípio universal, verdade objetiva ou obediência hierárquica, só há um caminho: solidificar ainda mais nossa cultura. A única coisa capaz de sustentar nossa estrutura são as bases sobre as quais estamos fundamentados. Por isso, em termos de discussão autoritativa, estabelecer verdades, revisitar conceitos e resgatar a relevância doutrinária, são atitudes básicas, primárias e inadiáveis da igreja no mundo pós-moderno. O próprio ato de falar sobre este assunto já é um desafio, pois não se concebe — em tempos multiculturais como este —, qualquer possibilidade de haver, “verdades universais” (conceitos que são tão comuns e abrangentes que não há como conceber a idéia de que existem pessoas que pensem o contrário).

Se você se sente perplexo por isso, devo lhe dizer: “Bem-vindo à sociedade pós-moderna”.

Neste contexto, o dever mais básico que temos de cumprir é resgatar a supremacia da Palavra de Deus. Isso não significa que os crentes devem comprar mais versões da Bíblia, ou mesmo ouvir mais mensagens durante a semana (ainda que seja indispensável). Não se trata disso, pois em qualquer lugar que se vá existe alguém falando de Deus. O que se requer é que aja uma atitude diferente em nosso relacionamento com a Palavra: nossa motivação, nossa volição, nossa cognição, enfim, todo o nosso ser precisa da influência do modus vivendi prescrito nas Escrituras Sagradas.

E é justamente aqui que se encontra o desafio. Restabelecer a supremacia da Palavra na vida da igreja. É possível que diante deste questionamento, alguém talvez pense: “Mas a Bíblia tem a primazia em nossa vida”. Será? Qual tem sido o tempo reservado para a exposição da Palavra em nossos cultos? Com qual freqüência nos contentamos com uma mensagem bíblica sem buscar algo que seja meramente motivacional, ou de natureza “auto-ajudadora”? Tal busca evidencia que a Bíblia, para muitos cristãos, perdeu a suficiência. Aliás, como disse John McArthur, “talvez a doutrina que mais esteja sob ataque na igreja de nossa geração seja a suficiência das Escrituras”.1 O professor da Grace Community Church, arremata sua asseveração dizendo que “mesmo pessoas que proclamam a autoridade, a inspiração e a infalibilidade das Escrituras, às vezes se negam a afirmar sua suficiência. O resultado é virtualmente o mesmo que negar a autoridade bíblica, porque afasta as pessoas da Bíblia, na busca de outra ‘verdade’”.2

E esta “outra verdade”, decididamente não é a verdade a qual Clemente se referiu, dizendo que “toda verdade é a verdade de Deus”, independentemente de quem tenha partido. É a “verdade” criada a partir do ethos ou da visão particular de cada um. Infelizmente muitos, como escrevi há oito anos na extinta revista Pentecostes, “estão substituindo a Bíblia por caixinhas de promessas, disk-profecias, consultas pessoais, telefônicas ou via Internet aos gurus neopentecostais. Isso tudo é uma clarividência do quanto perdemos nossa verdadeira identidade”.3

I – Fundamentos Transtornados

Quero iniciar este primeiro ponto falando sobre a idéia de “básico”. Muita gente acredita que básico é algo simples, quase sem valor, e do qual se pode prescindir. Nada mais equivocado. Analise apenas um exemplo. Existem milhares de modelos de automóveis, desde os mais populares até os mais luxuosos. Mas, qual a função básica de um veículo automotor? Locomoção, obviamente. Imagine se você adquirisse um carro hidramático que possui direção hidráulica, ar condicionado, sistema de GPS, e vários outros recursos que a tecnologia proporciona, mas que não lhe transportasse, ou seja, não lhe proporcionasse o básico. Você se contentaria apenas com estes recursos? É óbvio que a resposta é um sonoro “não”. Então, está muito claro, retire o aspecto básico de algo e logo você descobrirá que as coisas perdem a razão de ser. Pois básico é tudo aquilo que é fundamental, que faz parte da base.

Com este entendimento, fica claro o porquê de o salmista chamar atenção para o fato de que na “verdade, [...] os fundamentos se transtornam; que pode fazer o justo?” (Sl 11.3). Mesmo sabendo dos aspectos conjunturais do texto bíblico citado, ele traz à baila uma questão crucial para o nosso tempo pós-moderno: o perigo evidente que existe no fato de se abrir mão daquilo que é básico, elementar e fundamental entre nós. Por exemplo, todo cristão sabe que o postulado mais básico e elementar do evangelicalismo é que a Bíblia é a Palavra de Deus. O que acontece se esse fundamento for transtornado, estremecido, retirado ou desprezado? A resposta é óbvia. Mas, infelizmente, não é a crítica textual ou a teologia liberal que estão ameaçando este fundamento básico da fé cristã. Ele está sendo vilipendiado justamente pelos que dizem acreditar nele! Vejamos apenas três amostras desta ameaça:

1) O desprezo à autoridade da Bíblia

Sob a desculpa de sermos pentecostais e, por conseguinte “superespirituais”, muita gente não considera uma mensagem bem elaborada como sendo da parte de Deus. É preciso haver profecias — não como mensagens coletivas para toda a Igreja —, tem que ser individual, de forma que satisfaça os caprichos, anseios e expectativas egoístas de muitos cristãos.

2) A adulteração da Bíblia ao transformá-la em um livro de auto-ajuda

O descrédito em relação ao texto sagrado é tão grande, que agora a Bíblia foi transformada — na boca de alguns — em um livro motivacional, de auto-ajuda. Para que a Bíblia seja utilizada desta forma, ela é submetida ao pior tipo de expediente manipulativo que se possa imaginar — a chamada eisegese. O processo é mais ou menos como um engessamento, pois o pretenso orador se aproxima do texto, com os seus pressupostos, e empresta uma conotação não pretendida pelo hagiógrafo para que a mensagem venha coadunar com suas invencionices.

3) A proibição de a igreja exercer o sacerdócio universal dos crentes

O resgate deste postulado imprescindível da Reforma Protestante vem, de um tempo a esta parte, sendo solapado por aqueles que mais deveriam amar, cuidar e defender a integridade da mensagem bíblica. O terrorismo psicológico se instaura a partir do púlpito com as ameaças de “pregadores” que vociferam: “Se você duvidar do que estou dizendo, Deus pesará a mão sobre sua vida e sua família”. Esta é uma característica paradoxal desse tempo presente, pois o que motivou um elogio do historiador e médico Lucas em relação aos crentes bereanos (At 17.11) agora, estranhamente, provoca aversão naqueles que se dizem porta-vozes por Deus.

Para manter a integridade bíblica, nunca se deve perder de vista o fato de que as “narrativas bíblicas nunca são somente um fim em si mesmas. Sempre contêm lições teológicas ou éticas importantes”4 (veja como a narrativa de José é abruptamente interrompida para dar lugar à descrição do pecado de Judá, Gn 38). Isso não é difícil de ser concluído até mesmo para o leitor iniciante, que logo aprende que a “Bíblia não é apenas uma fonte para a doutrina ou teologia na cosmovisão cristã [como se ela só se preocupasse com a espiritualidade e com a relação do homem com Deus]; também é a fonte para um sistema ético consistente e benevolente”5. O autor deixa bem claro que os preceitos bíblicos servem — também — até mesmo para que a humanidade possa viver em sociedade, com valores igualitários e humanizantes.

O que deve ficar claro já de início nesta reflexão, é que a Bíblia é um livro que exerce influência em toda a maneira de o ser humano viver, seja na esfera ou dimensão espiritual, seja no aspecto existencial. O conteúdo bíblico não tem a finalidade de transformar os homens em anjos ou semi-deuses, antes, seu propósito é que este seja adequado ao modelo de homem perfeito: Jesus Cristo de Nazaré (Ef 4.12,13). Para isso, a mensagem não pode ser mutilada, pois, ao ser interpretada de maneira incorreta, ela perde o seu efeito (At 8.26-40).

II – Mudança de Referenciais

Com o transtorno ou desordem dos fundamentos, outro efeito já pode ser percebido em nosso meio: a perda de referenciais. Este é mais um dos subprodutos da pluralidade pós-moderna. Na realidade, existe um “sincretismo ideológico” no meio evangélico. Em outras palavras, está acontecendo exatamente aquilo que Brian Morley denuncia ao afirmar que os “novos crentes que vêm à igreja trazem consigo sua própria forma de pensar, influenciados pela cultura na qual cresceram; têm sua particular cosmovisão”. Mas isso não é tudo, o pior, é que, ele completa, “os cristãos que já estavam anteriormente na igreja, e que não compreendem as diferentes formas de pensamento do mundo (cosmovisões), não percebem quando estão adotando conceitos não-cristãos”.6

Esse fato é muito grave, pois as pessoas acabam achando que estão mais “críticas”, mais polidas e não percebem que, na verdade, elas apenas substituíram uma visão de mundo por outra, pois estão condicionadas pela visão decorrente do meio onde se encontram inseridas, mas não percebem!

1) Correta interpretação substituída pelo feeling hermenêutico

Silas Daniel afirma que é “cada vez mais comum cristãos atentarem menos para o que a Bíblia diz sobre determinada situação ou assunto, preferindo dar mais valor à sua intuição, à sua emoção e ao seu feeling, enfim, ao seu coração como definidor de certo e errado, e dar a isso o nome de ‘espírito cristão’ ou ‘amor cristão’”. O autor conclui que o resultado deste exercício é que “está se tornando igualmente comum a leitura da Bíblia a partir de interpretações condicionadas”, e o mais preocupante é que “as pessoas estão deixando cada vez menos a Bíblia falar por si mesma e cada vez mais fazendo com que a Bíblia diga o que elas querem que ela diga”.7

Ao que me refiro utilizando a expressão eufêmica “feeling hermenêutico” é exatamente a mania de pregadores e crentes submeterem a Bíblia aos seus sentimentos, ao “eu sinto que esta passagem significa...” Quantas aberrações são propaladas em nome de uma pseudo-espiritualidade? Lutero, com invulgar argúcia dizia que “devemos ler a Bíblia contra nós”, isso significa que, em quase todos os momentos, o Livro Sagrado irá nos confrontar e não o contrário.

2) Descréditos institucional e ministerial

Outro perigo enfrentado na pós-modernidade é a aversão às instituições e ao ministério. Se por um lado é fato que há escândalos, por outro, existe a verdade de que os homens que realmente possuem um caráter exemplar e vida ministerial digna de inspirar as gerações mais novas, na maioria das vezes, são desprezados e vistos como retrógados, reacionários, ultrapassados e que não gostam de “poder”.

Lamentavelmente os pastores — principalmente locais —, não estão mais tendo valor para muitos crentes. A palavra que vale é a do tele-evangelista, do pregador famoso que está no auge naquele momento, do cantor que ministra a palavra profética e por aí vai. Existe muita gente frustrada com Deus, pois, alguém, supostamente usado por Ele, lhe transmitiu uma palavra (a qual até hoje não se cumpriu), e isto faz com que as pessoas percam o respeito pelas coisas de Deus.

III – Estabelecendo a Base Comum

A Babel indecifrável em que estamos vivendo requer de cada um algumas escolhas decisivas. É preciso decidir qual direção tomar diante do pluralismo pós-moderno. Infelizmente já se cristalizou um paradigma entre os cristãos: a polarização. Assim, parece-nos que as reações se resumem a “rejeição total” ou “adesão ingênua”. O problema é que não existe apenas polarização neste sentido (do “lado de fora”, por assim dizer), encontramos dualismos do “lado de dentro” que provocam verdadeiros desarranjos na comunidade de fé. É possível dizer que temos, por falta de uma sólida compreensão bíblica, três grandes áreas de discussão tendo, em cada uma delas, ao menos dois blocos competindo no “cabo-de-guerra da fé”:

1) Usos e costumes: legalistas X irreverentes;

2) Espiritualidade: triunfalistas X céticos;

3) Teologia: anti-intelectuais X pseudo-intelectuais.

Nem é preciso dizer que nenhum dos grupos tem razão ou sensatez. Ambos estão errados. É preciso buscar o caminho da superação, em que exista uma “terceira via”. Antônio Tadeu Ayres afirma em seu livro Reflexos da Globalização sobre a Igreja, que diante desse perigo só existe uma saída, que é “ter um parâmetro que sirva como guia e referencial confiável. Tal parâmetro só pode ser representado pela Palavra de Deus, a cujo crivo a igreja deve estar permanentemente submetida”. Assim, a conclusão de Ayres é que a própria “submissão à Palavra nos ensina que os extremos devem ser evitados. Nem o fanatismo legalista nem o liberalismo inconseqüente constituem posturas adequadas para a [...] atuação [da igreja] frente ao mundo”.8

Todos esses problemas são fortes indicadores e apontam para uma única direção: a de que é preciso estabelecer uma base comum. Falta-nos a postura dos bereanos (At 17.11). A Palavra de Deus oferece algumas ações muito concretas:

1) Não se “conformar” ou tomar a forma deste mundo (Rm 12.2a);

2) Fazer manutenção constante do nosso sistema de pensamento (Rm 12.2b);

3) Ser guardião da integridade do nosso sistema bíblico-doutrinário (Jd 3);

4) Submeter nosso intelecto ao crivo escriturístico (2 Co 10.5).

Qual foi o papel do Decálogo para o povo de Israel (Êx 20.3-17)? Não era exatamente fornecer uma “base comum”, um paradigma, uma superestrutura, a fim de que o que fosse certo para um seria para todos, bem como o contrário? O Décalogo foi resignificado pelo Senhor Jesus Cristo (Mt 22.36-40), que preservou a ética básica do Reino de Deus no célebre Sermão da Montanha (Mt 5—7).

IV – Ortodoxia, Ortopraxia e Ortopatia: Buscando uma compatibilização/integração

Ortodoxia, para alguns, é simplesmente conhecer a Bíblia e defender os seus postulados. Até aí, tudo bem. Entretanto, não se observa — na mesma proporção e cuidado — a “encarnação” das verdades e princípios bíblicos, e isso é muito sério. O descrédito de muitos em relação à Bíblia deve-se, em grande parte, pela falta de vivência, por parte dos ortodoxos, dos princípios práticos e sociais das Escrituras Sagradas, ou seja, falta ortopraxia, a teologia praticada. Ademais, é urgente procurar equilíbrio e administração dos sentimentos à luz do que preceitua a Bíblia, sintonizando nosso coração com as motivações do Reino, isto é ortopatia. Viver, a exemplo dos profetas veterotestamentários, personificando a “compaixão divina, isto é, aquilo que importa a Deus”.9

Paul Steven apresenta as “definições aplicativas” dos três termos e fornece insight interessantíssimo para a busca de uma compatibilização/integração destes temas à vida cristã:

1) Ortodoxia: “A doutrina que se alinha (orthos) com a Escritura é destinada a ser uma benção para a vida diária e, ao mesmo tempo, para louvar a Deus (doxa) na vida em si. Seu objetivo, como afirma J. I. Packer, é a verdadeira piedade, que é a verdadeira humanidade”.10

2) Ortopraxia: “Significa literalmente ‘prática certa ou corretiva’. A verdadeira ação cristã — ortopraxia — é gratuita, livre de artifícios, livre de um espírito calculista, livre de contrato: faço isto para Deus e Ele faz isto para mim. A vida ortopráxica é essencialmente espontânea. Com Jesus no coração, amamos por haver alguém necessitado e não para ganhar a aprovação de Deus ou receber benefícios do ato cristão”.11

3) Ortopatia: “O cultivo do coração — um meio mais completo de saber — é justamente o que a nossa cultura pós-moderna aprova. Contudo, a reação bíblica ao desafio pós-moderno não é abandonar a razão, mas permitir que Deus evangelize nossos corações e nossas mentes, no sentido de desejarmos o que Deus deseja. Como conhecimento prático da unificação do coração e da mente por Deus, a teologia tem o caráter de sabedoria. Mas, onde obtemos sabedoria?”12

Primeiramente é preciso libertar-se do “egoísmo piedoso”, ou seja, deixar de fazer o bem simplesmente porque sabe que receberá algo ainda maior em troca (mesmo que seja apenas prestígio e reconhecimento por estar fazendo nada mais do que o dever). A atitude cristã para aquisição da sabedoria é temer a Deus (confiar reverentemente e odiar o mal; cf. Pv 8.13, ARA), segundo nos revela Salmos 111.10; depois, é obrigatório manter vigilância constante no sentido de sempre averiguar a sabedoria segundo o padrão estipulado em Tiago 3.13-18. É bom entender que a sabedoria “terrena” aludida pelo meio-irmão do Senhor não tem nenhuma correlação com aquela dada a Bezalel (Êx 31.1-11), pois esta é concedida — através da graça comum — até àqueles que não temem a Deus (Mt 5.45). Neste sentido o homem é até considerado sub-criador ou co-criador.

Na verdade, para que a ortopatia seja realmente praticada, é preciso que a paixão de Deus seja a nossa paixão (Jo 3.16). O maior de todos os obstáculos é integrar ortodoxia-ortopraxia-ortopatia, em outras palavras, a questão é haver perfeita simetria e coerência entre teologia-vida-paixão. Daí a imprescindibilidade da formação de uma cosmovisão cristã, ou seja, viver em harmonia com os desígnios de Deus, cumprindo os seus propósitos e descobrindo paulatinamente a sua vontade para a nossa vida (Rm 12.1,2).

Conclusão – Construindo uma Cosmovisão Cristã

Finalizando esta breve reflexão, é preciso ainda — diante do reconhecimento de que os fundamentos estão transtornados — responder à pergunta: “Que pode fazer o justo?” ou, parafraseando, “O que está fazendo o justo?” A resposta oferecida na introdução deste texto torna-se agora mais clara: É preciso solidificar ainda mais nossa cultura. Como temos um cristianismo ainda muito platônico, contemplativo, verborrágico, que denuncia (muitas vezes parece mais ranzinza que crítico), mas raramente anuncia ou oferece respostas, ações concretas e alternativas com saídas plausíveis (e nesta assertiva não há nenhuma concessão ou validação do método pragmático — as famosas “receitas de bolo” — que impera na pós-modernidade, evidenciado através da cachoeira de lixo literário com o nome de “auto-ajuda”). Trata-se apenas do resgate de atitudes que sempre marcaram o engajamento e a prática dos cristãos comprometidos com o cumprimento de seu papel e participação no crescimento e na edificação do Corpo de Cristo (Ef 4.12-16).

Assim, apresento três pequenas ações como forma de aproximação do modus vivendi prescrito na Bíblia. Na realidade, trata-se de uma recomendação prática para iniciar a formação de uma mente cristã ou adquirir uma cosmovisão cristã. Inicialmente, o crente deve aplicar-se a três coisas: (1) conhecer as Escrituras intimamente; (2) estudar a cultura diligentemente; e, (3) analisar os fatos, eventos e assuntos teologicamente. Essas são práticas elementares para que possamos ter uma visão correta da conjuntura histórica, em que estamos inseridos e possamos manter a ortodoxia e integridade bíblica. O maior erro de Israel foi não ter atentado para a ordem divina de criar uma cultura ou uma identidade exclusiva e de não ter sido uma contracultura em meio aos povos corrompidos da Terra Prometida (Dt 4.1-40). Oremos, vigiemos e ajamos para que a Igreja não cometa o mesmo erro e assim se degenere (Mt 5.13-16).

 

 

 

Notas_______________

1 MCARTHUR, John. Pense Biblicamente. Recuperando a visão cristã de mundo. 1.ed. São Paulo: Hagnos, 2005, p.27.
2 Ibid.
3 CARVALHO, César Moisés. Artigo: Perto do Abençoador. Revista Pentecostes. Ano 2, n°15, Rio de Janeiro: CPAD, setembro de 2000, p.22.
4 LEE, Edgar R. O papel da Bíblia na formação do pensamento cristão In PALMER, Michael D. Panorama do Pensamento Cristão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.95-6.
5 Ibid.
6 MORLEY, Brian K. Entendendo nosso Mundo Pós-moderno in MCARTHUR, John. Pense Biblicamente. Recuperando a visão cristã de mundo. 1.ed. São Paulo: Hagnos, 2005, p.27.
7 DANIEL, Silas. A Sedução das Novas Teologias. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.26.
8 AYRES, Antônio Tadeu. Reflexos da Globalização sobre a Igreja. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.13.
9 STEVEN, R. Paul. Os Outros Seis Dias. 1.ed. Viçosa e Niterói: Ultimato & Textus, 2005, p.209.
10 Ibid., p.202.
11 Ibid., pp.205,208.
12 Ibid., p.209.

 

Marketing para a Escola Dominical

O NASCIMENTO DO REI

 

 

O nascimento do Rei

POR REV.HERNANDES DIAS LOPES

O nascimento do Rei chegou. O Natal é uma festa de grande alegria. Traz glória a Deus no céu e alegria na terra entre os homens. O anjo disse aos pastores de Belém: “Não temais, porque vos trago novas de grande alegria para todo o povo; é que hoje na cidade de Davi, vos nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10,11). Os céus de Belém se cobriram de anjos e uma música ecoou desde as alturas: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele ama” (Lc 2.14). Devemos celebrar o nascimento de Jesus com entusiasmo, com gratidão e com louvor em nossos lábios. O Natal foi planejado na eternidade. Foi prometido no tempo. Anunciado pelos profetas. Cumprido na plenitude dos tempos. Deus entrou em nossa história, encarnou-se, vestiu a nossa pele e calçou as nossas sandálias. Jesus veio ao mundo não apenas para estar ao nosso lado, mas para ser o nosso substituto. O Rei dos reis fez-se servo. Sendo rico, tornou-se pobre. Sendo santíssimo, fez-se pecado. Sendo o autor da vida, morreu em nosso lugar.
O nascimento do Rei foi um golpe no orgulho dos poderosos. O Rei dos reis não entrou no mundo vestido das glórias celestiais. Ele não nasceu num palácio, mas numa estrebaria. Não pisou tapetes aveludados, mas andou pelas estradas poeirentas da Palestina. Não usou um cetro de ouro, mas empunhou um cinzel na dura faina de uma carpintaria. Não veio ostentando poder, mas esvaziou-se e tornou-se servo. Não reivindicou seus direitos, mas humilhou-se até a morte e morte de cruz.
O nascimento do Rei aponta-nos para o insondável amor de Deus. Ele nos amou desde toda a eternidade. Deus nos amou não porque merecíamos ser amados. Amou-nos quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Ele amou-nos sendo nós filhos da ira. Amou-nos e deu-nos seu Filho Unigênito. Deu-o como oferta pelo nosso pecado. Entregou-o para ser cuspido pelos homens e ser pregado numa cruz como nosso substituto.
O nascimento do Rei revela que há uma estreita conexão entre a manjedoura e a cruz. O Rei da glória entrou no mundo como o Cordeiro de Deus. Ele nasceu para morrer. Jesus é o nosso Cordeiro Pascal. Ele foi imolado em nosso lugar. Seu sangue foi vertido para expiar os nossos pecados. É pela sua morte que recebemos vida. É pelo seu sacrifício que somos perdoados, remidos e reconciliados com Deus.
O nascimento do Rei abriu-nos o caminho de volta para Deus. Ele mesmo é o caminho do céu. Ele é a porta da glória. Por meio dele temos livre acesso ao Pai e podemos entrar confiadamente na presença daquele que está assentado no trono. É por meio de Jesus que somos reconciliados com Deus. É por meio de Jesus que recebemos vida em abundância. É por meio de Jesus que somos adotados na família de Deus, somos feitos filhos de Deus, e nos tornamos herdeiros de Deus.
O nascimento do Rei é a festa da vida e da salvação. Precisamos resgatar o verdadeiro sentido do Natal. Precisamos devolver o Natal ao seu verdadeiro dono. Precisamos como os magos do Oriente, ir a Jesus para adorá-lo, depositando a seus pés os nossos melhores tesouros, pois ele é digno de receber toda honra, toda glória e todo o louvor.

 

 

Rev. Hernandes Dias Lopes

NEWS MX - Rev. Hernandes Dias Lopes

O PODER E O MINISTÉRIO DA ORAÇÃO-LIÇÃO 12

sábado, 18 de dezembro de 2010

 

Licoes-biblicas-mestre-jovens-e-adultos__m206362 Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Poder e o Ministério da Oração, o relacionamento do cristão com Deus

Lição 12 - Quando o crente não ora

O pecado pode ocorrer basicamente de duas formas. A mais...

Texto Bíblico: Jonas 1.1-5,11,12,15


O pecado de não orar

“Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes vos ensinarei o caminho bom e direito”
(1 Sm12.23)
O pecado pode ocorrer basicamente de duas formas. A mais comum a de quem pratica o mal, e por isso, evidentemente, está pecando, sem nenhuma sombra de dúvida. Mas também é possível pecar deixando de praticar o bem que se pode realizar. É o que expressa Tiago, o irmão do Senhor: “Aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando” (Tg 4.17).
Há muitos cristãos, que de cristãos só têm o nome. Mas todos sabem que devem orar e precisam orar; que a oração é o poderoso fator de equilíbrio e vitória espiritual; que a oração é o assunto que permeia toda a Bíblia e que foi a poderosa arma usada por todos os servos de Deus, no decorrer da história; todos sabem que os profetas foram homens de oração e que Jesus, o Mestre, era o maior exemplo de oração em todos os tempos; que também os apóstolos  reconheciam o valor da oração e o evidenciavam orando com regularidade. Todos os que atentam para a história do povo de Deus, sabem que os avivamentos  que o mundo já viu, que o povo desfrutou, foram precedidos e sustentados pelas orações daqueles que tiveram coragem de enfrentar as forças diabólicas, orando a Deus com persistência  e com fervor.
Você está observando atentamente nesta mensagem deixada para nós pela história? Você reconhece e admite a veracidade bíblica e histórica do que estamos dizendo aqui? Acha que a oração é tudo isto que estamos ensinando? Mais algumas perguntas, e estas exigem muita sinceridade na resposta. Você está orando? Como está sendo a sua oração? Está orando com regularidade? Está orando continuamente? As suas orações, qual incenso de aroma agradável, estão subindo ao céu? O anjo de Deus poderá dizer da sua oração o que disse a oração de Cornélio, que ainda não era um membro da igreja: “As tuas orações... subiram para memória diante de Deus”?
Por que não orar é pecado? Primeiro, porque é mandamento de Jesus. O Senhor disse: “Vigiai e orai”. Paulo ensina: “Orai sem cessar”, e também: “Perseverai em oração, velando nelas com ações de graças”. Segundo, porque orar por nós mesmos, e uns pelos outros, é o meio mais seguro para vencermos todo o mal e alcançarmos o céu. Porque orar e interceder, como diz a Bíblia, “ por todos os homens”, é o meio divino de ajudá-los e de expressar o nosso amor por aqueles a quem Deus ama e quer salvar.
Não orar é pecado, porque não orar é o caminho certo para uma vida espiritual raquítica, falida e infrutífera. Não orar é o caminho seguido por muitos que fracassaram e deixaram de si uma história triste e um exemplo demolidor. Não orar tem sido o caminho pelo qual muitos se distanciaram da Igreja de Deus, e morreram no pecado e estão perdidos para sempre. Não siga tal caminho. Desperte enquanto é tempo. Se você peca deixando de orar, poderá pecar de muitas outras maneiras. Não peque deixando de orar. Desperte. Como está escrito: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará” (Ef 5.14).  Ore. Ore mais. Quem mais ora, mais poder tem para enfrentar as adversidades da vida! (SOUZA, Estevam Ângelo.
Guia Básico de Oração. pp.231-35,CPAD).

JUVENIS-LIÇÃO 12

 

Juvenis-mestre-4-trim-2010__m206366 Conteúdo adicional para as aulas de Juvenis

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Cuidado com a influência dos meios de comunicação

Lição 12 - O lar e os meios de comunicação

Na Bíblia, lemos: “Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a...

Texto Bíblicos Salmos 127.1-3; Salmos 128.1-4
A PROTEÇÃO NO LAR DEPENDE DE TODOS

Certo sábio disse:
Filhos de meus filhos, sereis a coroa de vossos pais na velhice.

Na Bíblia, lemos: “Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais” (Pv 17.6). Ninguém mais apropriado que os pais para promover o intercâmbio, auxílio e respeito mútuo entre os membros da família. Agir desse modo é investir em favor do bem comum. Significa também meio seguro de proteção do lar, o qual pode sobrepor-se às grandes dificuldades e sobreviver às maiores adversidades, quando todos se ajudam por amor. É assim que se cumpre a benção de Deus: “Verás os filhos dos teus filhos e a paz sobre Israel” (Sl 128.6), isto é, sobre a família, por muitas gerações. Isso exige de nós:
1. A Vigilância individual como proteção do lar. Os filhos menores são dependentes dos pais, mas em alguns casos são dependentes exclusivamente de si mesmos. O adolescente e o jovem também têm a sua parcela de responsabilidade na proteção do lar. É necessária a compreensão de que a sua segurança moral e espiritual depende mais de sua própria vigilância e firmeza de propósitos do que de seus pais, especialmente na ausência destes. Até os irracionais possuem instintos de defesa. Deus dotou a todos os seres viventes com algumas condições para se defenderem. Paulo escreveu ao jovem Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo” (1Tm 4.16). Observe que a proteção dos pais e a de Deus não isentam os filhos de velar pela sua própria segurança moral e espiritual... A Bíblia nos ensina: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca” (1 Jo 5.18).
Qualquer pessoa que deixa de ir aos cultos, onde pela pregação da Palavra e pela oração aprende, é despertado e edificado, a fim de se pôr à frente da televisão assistindo a programas pornográficos e às novelas obscenas e corruptoras, está contribuindo mais para a destruição do seu lar do que para protegê-lo. Também, nesse sentido, a Bíblia requer “a justa operação de cada parte” (Ef 4.16).


(Texto Extraído da obra “
... e fez Deus a Família: O padrão divino para um lar feliz.” Rio de Janeiro: CPAD.)

ADOLESCENTES-LIÇÃO 12

 

Adolescentes-mestre-4-trim-2010__m206374 Conteúdo adicional para as aulas de Adolescentes

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
Cartas que Ensinam

Lição 12 - Fale o que convem!

Paulo escreveu primeiramente para instruir Tito na sua...

Texto Bíblico: Tito 2.1-10


ESBOÇO DA ESPÍSTOLA DE PAULO A TITO


INTRODUÇÃO (1.1-4)
I.Instruções Sobre o Estabelecimento de Presbíteros (1.5-9)
1 Presbíteros em Cada Cidade.

2 Qualificações para Presbíteros.

2.1 Pessoais
a.Irrepreensíveis.
b.Despenseiro Fidedigno.
c.Não soberbo.
d.Não iracundo.
e.Não dado ao vinho.
f.Não Espancador.
g.Não cobiçoso.
h.Hospitaleiro.
i.Amigo do Bem.
j.Sensato.
k.Justo.
l.Santo e Moderado.
m.Retendo Firme a Fiel Palavra.
n.Capaz de Exortar com a Palavra.
o.Capaz de Refutar os Contradizentes da Palavra.

2.2 Familiares

a.Marido de Uma só Mulher.
b.Filhos Crentes.
c.Que Seus Filhos Não sejam Dissolutos Nem Rebeldes.

II. Instruções a Respeito dos Falsos Mestres (1.10-16)

1.Seu caráter.
2.Sua Conduta.
3.Sua Repreensão.

III. Instruções a Respeito dos Grupos de Crentes na Igreja (2.1-5)
1.O Alcance de Instrução.
2.O Fundamento da Instrução.
3.A Responsabilidade de Tito.

IV. Exortação às Boas Obras (3.1-11)

1.Nossa Conduta Ante o Próximo.
2.A Misericórdia de Deus para Conosco.
3.Discernindo Entre o Bem e o Mal.

CONCLUSÃO (3.12-15).

Propósito: Paulo escreveu primeiramente para instruir Tito na sua tarefa de (1) pôr em ordem o que ele (Paulo) deixara inacabado nas igrejas de Creta, inclusive a instituição de presbíteros nessas igrejas (1.5); (2) ajudar as igrejas a crescerem na fé, no conhecimento da verdade e em santidade (1.1); (3) silenciar falsos mestres (1.11); e (4) vir até Paulo, uma vez substituído por Ártemas ou Tíquico (3.12).


Texto Extraído da: “
Bíblia de Estudo Pentecostal” Rio de Janeiro: CPAD.

PRÉ-ADOLESCENTES-LIÇÃO 12

 

Pre-adolescentes-mestre-4-trim-2010__m207257 Conteúdo adicional para as aulas de Pré-Adolescentes

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Pré-Adolescente e a Igreja

Lição 12 - A Igreja e a ação social

Os três mil novos crentes se agregaram aos outros crentes. Isto é...

Texto: Atos 2.42,44,45; 4.34,35
Os três mil novos crentes se agregaram aos outros crentes. Isto é se reuniram com outros como eles, pessoas de pensamento e fé semelhantes.
A comunhão (do grego, Koinonia) significa associação e relacionamento íntimos. Isto era mais do que simplesmente uma reunião religiosa. Isto envolvia compartilhar bens, fazer refeições juntos, e orar juntos.
Os versículos finais do capítulo 4 dão uma ideia do trabalho interno da Igreja Primitiva. Os cristãos do século I desfrutavam de um sentimento de proximidade e união que fazia com que o mundo se surpreendesse e observasse. Uma coisa é falar de amar aos outros; outra coisa muito diferente é vender os seus bens valiosos e distribuir estes recursos entre os menos afortunados. Mas esse tipo de generosidade era comum na Igreja Primitiva. E este tipo de generosidade é a essência da verdadeira comunhão.
A generosidade dos crentes de Jerusalém era tão grande, que não havia entre eles necessitado algum. Abundantes doações resultantes da venda de terras ou casas eram trazidas aos apóstolos para serem distribuídas entre aqueles que estavam em necessidade. Tais doações eram expressões excepcionais de preocupação social pelos necessitados (Texto extraído do:
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. vl 1, pp.633,35CPAD).


 

Professor aproveite e solicite a ajuda dos alunos para montarem cestas básicas, para os irmãos necessitado.

O PODER E O MINISTÉRIO DA ORAÇÃO-LIÇÃO 11

sábado, 11 de dezembro de 2010

 

Licoes-biblicas-mestre-jovens-e-adultos__m206362 Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Poder e o Ministério da Oração, o relacionamento do cristão com Deus

Lição 11 - A Oração que Conduz ao Perdão

Perdão. A doutrina do perdão, proeminente tanto no AT quanto no NT, refere-se...

Leitura bíblica: Salmos 51.1-13


Introdução:
I. O pecado nos afasta de Deus
II. Confissão e Perdão
III. A restauração do pecador
Conclusão


PERDÃO E CONFISSÃO
Perdão. A doutrina do perdão, proeminente tanto no AT quanto no NT, refere-se ao estado ou ao ato de perdão, remissão de pecados, ou à restauração de um relacionamento amigável. Central à doutrina do AT está o conceito de cobrir o pecado da vista de Deus, representado pela palavra heb. Kapar (Salmos 78.38; cf. Dt 21.8; Jr 18.23). Isto é indicado pelas várias traduções da palavra tais como “apaziguar”, “ser misericordioso”, “fazer reconciliação”, e o uso mais proeminente na expressão “fazer expiação”. 
Em Levítico 4.20 está declarado: “o sacerdote por eles fará propiciação [de kapar], e lhes será perdoado [de salah] o pecado”. Uma terceira palavra heb., na’as, ocorre frequentemente com ideia de “levantar” ou “dispersar” o pecado (Gn 50.17; Êx 10.17).
Destas passagens fica claro que o perdão depende de um pagamento justo, de uma penalidade pelo pecado. Os sacrifícios do AT proporcionaram tipicamente e profeticamente uma expectativa do sacrifício final de Cristo (cf. At 17.30; Rm 3.25). O perdão como um relacionamento entre Deus e o homem depende dos atributos divinos de justiça, amor e misericórdia, e é baseado na obra de Deus ao providenciar um sacrifício apropriado.
A doutrina do perdão antecipada no AT tem sua plena revelação em o NT. Aqui, três palavras principais se destacam: (1) “despedir” e “remissão” (Mt 6.12,14,15; 9.2,5,6 etc.); (2) “ser misericoridioso” (Lc 7.43; Ef 4.32; Cl 2.13; 3.13); (3) “soltar” (Lc 6.37). Em o Novo Testamento o perdão faz parte do programa total da salvação, proporcionado para aqueles que creem em Cristo. No perdão, a culpa pelo pecado é perdoada e substituída pela justificação, através da qual o pecador é declarado justo. O perdão está sempre incluído em toda a obra de Deus pelo pecador; ele é basicamente judicial, e provê a remissão ao pecador. 
Um outro aspecto grande e importante da revelação do NT diz respeito aos cristãos que pecam. Embora judicialmente todos os pecados sejam perdoados quando o pecador é salvo através da fé (Jo 3.18; Cl 2.13), se o pecado entrar na vida de um cristão, ele afetará o relacionamento deste com o Pai Celestial. O perdão e a restauração da comunhão que se fazem necessários são efetuados mediante a confissão dos pecados (1 Jo 1.9) e o arrependimento (Lc 17.3,4; 24.47; At 5.31). O lado divino é zelado pela eficiência e pela eficácia da morte e intercessão de Cristo (1 Jo 2.1); Cristo roga ao Pai a favor do pecador com base em seu próprio sacrifício.
Portanto, todo pecado se torna imperdoável se o indivíduo passar desta vida para a eterna sem se beneficiar da graça divina, pois o perdão é concedido durante a nossa vida neste mundo.
O perdão também é uma obrigação no relacionamento entre os homens, e os crentes são exortados a perdoarem-se uns aos outros (Ef 4.32; cf. Mt 16.13,14).
Confissão. A palavra significa fazer uma admissão (geralmente com voz fraca) de uma mudança de posição. Quase todas as passagens bíblicas podem ser classificadas sob dois aspectos: uma confissão de pecado ou uma confissão de fé. A confissão de pecado é feita a Deus (Sl 32.3-6; 1 Jo 1.9), àquele que sofreu o dano (Lc 17.4), a um conselheiro espiritual (2 Sm 12.13; Tg 5.17), ou à congregação de crentes (1 Co 5.3ss; cf. 2 Co 2.6ss). A confissão de fé deve ser feita abertamente diante dos homens (Mt 10.32; Rm 10.9; 1 Tm 6.12,13; Hb 3.1; 4.14; 10.23). No final, todos os homens serão obrigados a confessar o senhorio de Cristo (Fp 2.11).

 
Texto adaptado da obra “
Dicionário Bíblico Wycliffe”, Rio de Janeiro: CPAD.

JUVENIS-LIÇÃO 11

 

Juvenis-mestre-4-trim-2010__m206366 Conteúdo adicional para as aulas de Juvenis

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Cuidado com a influência dos meios de comunicação

Lição 11 - As facilidades e os riscos da internet

A vida moderna está vinculada à informação e à imagem. A cultura...

Texto Bíblico: Efésios 5.6-13; 2 Coríntios 15.33,34.

A INTERNET E SUAS AMEÇAS À FAMÍLIA CRISTÃ


Presente em toda parte
A vida moderna está vinculada à informação e à imagem. A cultura secular tornou-se mais visual do que dialógica, e a internet é uma das grandes representantes dessa nova cultura que une a comunicação, tecnologia e representação gráfica. A tecnologia da informação, por exemplo, tomou conta de todas as áreas da vida moderna. Em certo sentido, trata-se de cumprimento do cumprimento da profecia de Daniel 12.4: “... e a ciência se multiplicará”. Portanto, é um grande desafio para a família saber usar e controlar os meios de comunicação, a partir do lar, nesses tempos difícieis e trabalhosos.
Ameaça para a família
O FBI (polícia federal norte-americana) elaborou, recentemente, um “Guia de Proteção para as Crianças ante a Rede Mundial de computadores”. Este documento visa alertar os pais para o perigo de deixarem seus filhos à mercê do conteúdo da internet sem o indispensável acompanhamento. O texto diz que muitas crianças, adolescentes e jovens são induzidas à prostituição e ao relacionamento sexual promíscuo, sem que os pais o percebam. Além disso, muitos casamentos estão sendo destruídos pelo uso pecaminoso e pornográfico da internet. É a tecnologia a serviço do diabo. 


Texto extraído de “Lições Bíblicas: Tempos Trabalhosos: Como enfrentar os desafios deste século” Rio de Janeiro: CPAD.

ADOLESCENTES-LIÇÃO 11

 

Adolescentes-mestre-4-trim-2010__m206374 Conteúdo adicional para as aulas de Adolescentes

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
Cartas que Ensinam

Lição 11 - Preparado para o combate?

Sabendo Paulo que Timóteo era tímido e enfrentava adversidades no...

Texto Bíblico: 2 Timóteo 2.1-6,15


VISÃO PANORÂMICA DE 2 TIMÓTEO


Esboço de 2 Timóteo:
Introdução (1.1-4)


I. Paulo Exorta Timóteo (1.5-18)
•Despertando o dom de Deus.
•Disposto a Sofrer pelo Evangelho.
•O Exemplo de Paulo.
•Obedecendo e defendendo a Verdade.
•Amigos desleais e leais, de Paulo, em Roma.


II. Requisitos do Obreiro Fiel (2.1-26)
•Ser Forte na Graça de Deus.
•Confiar o Evangelho a Homens Fiéis.
•Suportando os Sofrimentos.

1.Como Bom Soldado.
2.Como Atleta Disciplinado.
3.Como Agricultor Laborioso.

•Morrer por Jesus Cristo e Sofrer por Ele.
•Evitar Discussões Inúteis e Defender o Evangelho.

III. A Iminência do Surto Final da Maldade (3.1-19)

IV.Perseverança na Verdade (3.10-17)
•Aprendida de Paulo.
•Aprendida das Escrituras.

V. Pregar a Palavra (4.1-5)
VI. Testemunho e Instruções de Paulo (4.6-18)
•Testemunho de despedida de Paulo.
•Instrução Pessoal a Timóteo.
•Advertência a Timóteo.
•A certeza da Fidelidade de Deus.

Conclusão (4.19-22)

Sabendo Paulo que Timóteo era tímido e enfrentava adversidades no ministério, e divisando a sombria perspectiva de forte perseguição vinda de fora, contra a Igreja, e da atividade nociva dos falsos mestres dentro dela, ele exorta Timóteo a defender o evangelho, a pregar a Palavra, a perseverar na tribulação e a cumprir a sua missão.

Texto extraído da obra “Bíblia de Estudo Pentecostal” Rio de Janeiro: CPAD.

PRÉ-ADOLESCENTES-LIÇÃO 11

 

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Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Pré-Adolescente e a Igreja

Lição 11 - O Louvor e a Adoração na Igreja

O livro de Salmos é uma coletânea de poesia hebraica inspirada pelo...

Texto Bíblico: Salmos 149.1-9


“O livro de Salmos é uma coletânea de poesia hebraica inspirada pelo Espírito Santo; descreve a adoração e as experiências  espirituais do povo de Deus  no Antigo Testamento. É a parte mais intima e pessoal deste testamento, pois nos mostra como era o coração dos fiéis naquele tempo, e a sua comunhão com Deus.
Nos livros históricos da Bíblia, Deus fala ao homem, e nos Salmos, o homem fala a Deus.
A alma do crente pode ser comparada a um órgão cujo executor é Deus. Nos salmos, percebe-se como Deus toca todas as emoções da alma piedosa, produzindo cânticos de louvor, confissão, adoração, ações de graças, esperança e instrução” ( Salmos, Adorando a Deus com os Filhos de Israel. p.5, CPAD).
“A música já foi descrita como um som bonito, mas para qualquer pessoa que tenha sido profundamente comovida pelo som, não é nada menos do que uma dádiva da graça. Combinada com palavras e verdades das Escrituras, a música pode tocar o coração com a cura, elevar o espírito com promessas, exaltar a alma com o amor. O fruto da criatividade de um compositor temente a Deus abre-nos um espaço de grande intimidade com o nosso Criador.
As palavras e as verdades da Bíblia são poderosas por si mesmas, embora pareçam assumir uma nova dimensão quando talentosamente combinadas com a música, tornando-se ainda mais vivas e ativas. Pense nos grandes hinos e nas grandes composições clássicas do passado, lembretes esplêndidos e potentes da santidade, majestade e maravilhosa graça de Deus. Como é doce o som! Nem mesmo um rei conseguiu ficar sentado quando magníficos  acordes do coro de  “Aleluia” alcançaram uma platéia pela primeira vez.” (
Graça Diária. p.88, CPAD).

O PODER E O MINISTÉRIO DA ORAÇÃO-LIÇÃO 10

sábado, 4 de dezembro de 2010

 

Licoes-biblicas-mestre-jovens-e-adultos__m206362 Adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Poder e o Ministério da Oração, o relacionamento do cristão com Deus

Lição 10 - O Ministério da Intercessão

O poder da oração congregacional não pode ser exagerado. Se a...

LEITURA EM CLASSE
Gênesis 18.23-29,32,33
INTRODUÇÃO
I. A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA
II. CARACTERÍSTICAS DE UM INTERCESSOR
III. A FORÇA DA ORAÇÃO COLETIVA

CONCLUSÃO

Há consideráveis precedentes em favor da oração feita pela igreja local, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento (1 Cr 29.20; 2 Cr 29.28-31; At 1.14,24; 4.24-31; 12.5; 20.36).
O poder da oração congregacional não pode ser exagerado. Se a oração de um único crente pode muito em seus efeitos, quanto mais poderá a oração de uma congregação (At 12.5; Tg 5.16)? Se somente dois, em perfeito acordo no Espírito, podem obter “qualquer coisa que pedirem” (Mt 18.19), qual será o resultado quando uma congregação inteira orar com um só pensamento, unidos no Espírito? Temos algumas boas respostas ilustrativas: Quando a congregação de Jerusalém orou, depois de Pedro e João serem soltos da prisão, “moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4.31). Noutra ocasião, quando a Igreja continuou a orar intensamente, mesmo sem real expectativa de resposta, o Senhor enviou o seu anjo e livrou Pedro das mãos de Herodes (At 12.5-16).
A oração congregacional pode assumir diversas formas. Pode incluir as orações feitas antes do culto, as que são realizadas após o culto e as que acontecem durante o culto, juntamente com todos os presentes. Pode abranger as reuniões regulares de oração na igreja, bem como períodos especiais de jejum e oração.
As orações feitas antes do culto não somente preparam o coração para o recebimento da Palavra de Deus, mas também criam uma atmosfera própria para a presença do Espírito Santo, capacitando os participantes a ministrarem com uma unção especial (Ef 6.18,19). Um horário e um lugar adredemente marcados para as orações antes do culto devem ser anunciados e propagados. Esse período de oração não requer qualquer estruturação, mas pode ser simplesmente uma oportunidade para aqueles que gostam de se reunir cedo, com o propósito de ficar esperando em Deus, de adorá-lo ou de apresentar suas petições diante do Senhor.
As orações realizadas depois do culto têm sido uma valiosa tradição na maioria das igrejas pentecostais e carismáticas.  Essas orações são consideradas vitais para o bem-estar e o progresso espiritual de uma congregação local. Podem envolver orações pelos enfermos, orações com aqueles que buscam a salvação ou o batismo no Espírito Santo, orações por necessidades espirituais e orações e adoração de ordem geral. Muitas igrejas têm salas de oração adjacentes ao santuário, onde a congregação pode se reunir numa atmosfera um tanto quanto reclusa para a busca de Deus. Em outras igrejas, as orações depois do culto acontecem em redor do altar... Algumas congregações designam pessoas que têm a habilidade de encorajar e ajudar os outros, a fim de supervisionar esses períodos de oração.
As orações congregacionais ocorridas durante o andamento do culto deveriam buscar envolver todas as pessoas presentes, embora haja a tendência de haver limites estruturais e de tempo. Muitas congregações engajam-se em extensos períodos de adoração coletiva e oração, durante os quais são comuns as manifestações dos dons de elocução do Espírito Santo. A oração é geralmente liderada pelo pastor, um colega de ministério ou um membro da congregação. A participação da audiência, que diz “amém” e outras expressões de adoração, indicando concordância com aquele que lidera nas orações, é esperada e contribui para um sentimento de unidade, à medida que o corpo se aproxima do Senhor em oração e petição. Ocasionalmente, congregações inteiras unem-se em oração conjunta. Embora existam aqueles que criticam essa prática, não há como negar a existência de base e precedentes bíblicos (At 4.24-30). Esse sistema tem-se mostrado comum no movimento pentecostal, desde o seu início. 
Uma vida de oração madura e bem desenvolvida pode atingir níveis sem paralelo de (1) comunhão com o Senhor e de (2) eficácia no suprimento das necessidades espirituais, fatos evidentes para onde quer que nos voltemos. Mas uma oração fervorosa e eficaz não ocorre simplesmente porque expressamos um pedido de oração. Tudo pode começar com elementares apelos de pedido de ajuda em tempos de crise ou em circunstâncias difíceis, mas deve amadurecer através da prática constante das formas tradicionais de oração. As práticas de oração sugeridas neste capítulo não têm um fim em si mesmo. São apenas formas externas identificáveis de oração, que podem ser usadas para os crentes crescerem no espírito, até que se tornem íntimos com Deus e se transformem em intercessores em favor de um mundo necessitado e que está morrendo espiritualmente.

  
Texto extraído da obra “
Teologia Bíblica da Oração” Rio de Janeiro: CPAD.

JUVENIS-LIÇÃO 10

 

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Subsídios para as lições do 4º Trimestre de 2010
O Cuidado com a influência dos meios de comunicação

Lição 10 - As mensagens subliminares

A Palavra de Deus mostra a realidade e a astúcia de Santanás de investir, com...

Texto Bíblico: Efésios 5; Hebreus 5.13,14; Tiago 1.5,6; 2 Coríntios 10.4


MENSAGEM SUBLINAR: A PALAVRA DE DEUS É MAIS PODEROSA

A comunicação cujo processo é oculto ou dissimulado e o uso ou não de tecnologias que objetivam assediar ou apavorar pessoas, a esta ideia chama-se Mensagem Subliminar. Ela confundi a origem da informação deixando no ar a concepção de que a informação pode ser objeto de celeumas no ambientes, confusões de pensamentos e relacionamentos pessoais, bem como outras áreas humanas.
A Palavra de Deus mostra a realidade e a astúcia de Santanás de investir, com artifícios encantáveis e sutis, contra a vida de milhares de jovens. Mas a mesma Palavra denota que é preciso VIGIAR: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo” (1 Pe 5.8,9). 
Por isso, prezado professor, como educador cristão você tem o compromisso de ensinar a Palavra de Deus como um auxiliador que implanta na mente e no coração dos seus alunos os princípios eternos: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Boa aula!