O QUE FAZER QUANDO A FAMÍLIA SOB ATAQUE DO INIMIGO

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010



POR REV.HERNANDES DIAS LOPES



Referência: 1 SAMUEL 30:1-20

INTRODUÇÃO

1. A vida familiar é um campo de guerra mais do que um parque de diversões. Há uma orquestração do mal contra a família. Torpedos mortíferos são lançados sobre a família. A família é o campo das batalhas mais rehidas que travamos.

2. Muitos casais têm sido espoliados, roubados e saqueados:
1) Do primeiro amor; 2) Diálogo – comunicação; 3) Romantismo; 4) Harmonia.

3. O inimigo sempre que ataca a família procura atingir cinco áreas vitais:
a) Dinheiro – As maiores crises na família hoje são por causa de dinheiro. Há batalhas dent
ro do lar por causa de dinheiro. Gastamos hoje cinco vezes mais do que na década de 1950. O luxo de ontem é a necessidade do hoje. Compramos o que não precisamos, com o dinheiro que não temos, para impressionar as pessoas que não conhecemos.
b) Filhos – Os filhos estavam nas mãos do inimigo. Um pai e um mãe não podem estar bem quando os filhos estão cativos nas mãos do inimigo.
c) Saúde – Davi estava angustiado. Doenças emocionais, psicossomáticas: depressão.
d) Casamento – As mulheres estavam cativas. Famílias arrebentadas.
e) Amizade – Os homens de Davi se voltaram contra ele e queriam apedrejá-lo.

4. Por que a família de Davi é atacada?
a) Cônjuges que não vigiam o casamento – caminham na direção do perigo, vivem flertando o pecado, dedicam muito tempo às coisas e quase nenhum a relacionamentos. Exemplo: o homem que estava se separando depois de 14 anos de vida conjugal, porque ele trabalhava das 6 às 17 e ela das 18 às 23h.
b) Pais que não vigiam os filhos – Eli, Davi, Águia.
c) Pessoas que não vigiam sua comunhão com Deus – vão ficando secos, áridos, sem alegria.

I.O ATAQUE DO INIMIGO À FAMÍLIA

1. Foi um ataque feroz – v. 1
· O diabo não brinca. Ele não tira férias, não descansa. Ele é maligno, assassino, ladrão, mentiroso, maligno.
· O inimigo tem feito estragos na família: muitos casais vivem juntos, mas sem amor; outros vivem juntos por causa dos filhos; outros vivem se espetando; filhos que são rebeldes.
· Um pastor: “Pastor, o diabo jogou lama na minha cara”.
· A mulher de vitória: “Pastor eu levei toda a minha família para o cemitério”.

2. O inimigo feriu a cidade – v. 1
· Há pessoas feridas dentro da família, da igreja.
· Há pessoas com mágoas: falta de perdão.
· A enfermeira: “Eu carrego uma alma ferida”
· Gente que não se perdoa. Que não supera os traumas do passado, os abusos.

3. O inimigo atingiu a família – v. 3,4
· Mulheres cativas
· Jovens cativos (Ex 8:25; 8:28; 10:10,11; 10:24,26).
· O lenço branco.

4. O inimigo jogou uns contra os outros – 6
· A transferência
· A murmuração
· A necessidade de jogar a culpa em alguém.

5. O inimigo celebra suas vitórias contra nós – v. 16
· Sansão: a) quebrou seus votos de Nazireado; b) enganado, impotente, injuriado.

II. O QUE FAZER PARA RESTAURAR A FAMÍLIA

1. Deve haver uma reação de inconformação com o caos – v. 4
· Há pessoas que não reagem – Eli
· Gente que não crê em mudança – Gabriela: “Eu nasci assim, eu cresci assim, vou morrer assim”.

2. Deve haver um choro profundo – v. 4
· Nós perdemos a capacidade de chorar.
· Estamos perdendo de goleada e não choramos.
· Jesus: Filhas de Jerusalém, chorai por vós mesmas e por vossos filhos.
· Davi chorou em público – Quem chora está dizendo que algo está errado.
· Neemias chorou – ao saber do opróbrio de Jerusalém.
· Jesus chorou – sobre Jerusalém.
· William Both – Experimente chorar!
· Tim Cimbala

3. Devemos nos reanimar em Deus – v. 6
· Não porque a situação é fácil, porque o inimigo é fraco, porque somos fortes, mas em Deus.
· Davi não ficou magoado com Deus. Ele não fugiu de Deus, Ele correu para Deus.
· A história de Sara.
· 4. Gória de Sara.

4. Devemos buscar a Deus em oração – v. 8
· Deus o que eu vou fazer? Me conformar? Aceitar passivamente a decretação da derrota?
· Você precisa restaurar o altar da oração que está em ruínas na sua vida, no seu lar.

5. Devemos agir com base nas promessas de Deus – v. 9
· Quem vive pela fé pisa no terreno dos milagres.
· Deus não promete ausência de luta, mas vitória certa.
· Davi saiu, lutou, venceu.
· Ilustração: O jogo não acabou.

6. Devemos tomar de volta tudo o que o inimigo levou – v. 17-20
· Não deixe nada nas mãos do inimigo.
· Êxodo 10:26 – Nem uma unha ficará no Egito.
· Você não foi criado e salvo para ser um derrotado, um fracassado. Você foi chamado por Deus para ser um vencedor. Você é filho, herdeiro, a menina dos olhos de Deus. Você é filho do Rei.
· Não abra mão do seu casamento.
· Não abra mão dos seus filhos. Você não gerou filhos para o cativeiro. Seus filhos são filhos da promessa.
· Toma de volta o que Deus lhe deu!


FONTE: http://hernandesdiaslopes.com.br/2004/08/o-que-fazer-quando-a-familia-sob-o-ataque-do-inimigo/

O QUE FAZER QUANDO A ALEGRIA ESTÁ ACABANDO NO CASAMENTO

POR REV.HERNANDES DIAS LOPES



O casamento é cenário de muitas lutas. Muitas vezes, o jardim florido da poesia e do amor vai se tornando cinzento, como um deserto cheio de cactos e espinhos. Em lugar do amor aparece a indiferença e a poesia é substituída pelo silêncio perturbador ou pela ausência de afetos. A alegria e o romantismo são sufocados por uma relação árida, eivada de agressividade. A relação outrora timbrada pela espontaneidade, torna-se mecânica, pesada e tensa. A comunicação adornada por palavras doces de amor, transforma-se num campo de guerra, onde voam as setas envenenadas da acusação, da crítica e do desprezo. O calor do abraço mergulha-se num inverno intérmino da ausência de carinho e de toque. Os que foram unidos para serem uma só carne, vivem como estranhos no ninho. Resultado? A alegria arruma as malas e vai embora do casamento!

O que fazer nessas horas? Desistir do casamento? Culpar o cônjuge por todos os infortúnios? Isolar-se cheio de auto-piedade, como uma vítima ferida? Não! Há solução de Jesus para o casamento. Veja o texto de João 2.1-11. Há aqui três princípios para restaurar a alegria no casamento. Maria foi convidada para uma festa de casamento em Caná. Lá estavam também Jesus e os seus discípulos. No meio da festa faltou vinho. Vinho era símbolo da alegria. Sem vinho a festa não podia continuar. O que fazer, então, quando o vinho acaba na festa, quando a alegria está acabando no casamento?

Primeiro, você precisa identificar o problema – Maria com a sua percepção feminina logo viu que o vinho havia acabado. No casamento, os cônjuges precisam viver com as antenas ligadas. Precisam ter acuidade para perceber o que está acontecendo. Precisam desenvolver um discernimento profundo para fazer as leituras corretas do que está se passando na família. Há casais que parecem estar dormindo na tormenta, não querendo ver a crise que está se instalando no casamento. Há casais que quando vão acordar para fazer alguma coisa para salvar o casamento já é tarde demais. O primeiro passo para a cura é o diagnóstico exato, e quanto mais cedo, melhor. No casamento não dá para viver de aparência. As máscaras precisam cair. A realidade precisa ser enfrentada sem subterfúgios. Os problemas precisam ser identificados a fim de que possam ser resolvidos.

Segundo, você precisa apresentar o problema a Jesus – Maria, antes de falar com qualquer outra pessoa, foi a Jesus e disse: “eles não têm mais vinho”. Na crise não adianta se desesperar, é preciso buscar a pessoa certa. Muitos casais, acabam ferindo-se com acusações pesadas, minando o nome e a honra do cônjuge, esmagando a sua imagem diante das pessoas, em vez de levar o problema e colocá-lo aos pés de Jesus. Feliz é o casal que pode orar junto, derramando diante do Senhor Jesus todas as suas ansiedades, pois do seu trono de glória brota cura, restauração e uma fonte de alegria. Bem-aventurado é o casal que na crise não busca sair pela porta dos fundos, desistindo do casamento nas barras de um tribunal, mas busca solução para os seus problemas aos pés do Senhor.

Terceiro, você precisa fazer tudo o que Jesus mandar – Jesus mandou os serventes encher de água as talhas. Eles não argumentaram, não questionaram, não duvidaram, eles obedeceram. E quando obedeceram, o milagre aconteceu: a água se transformou em vinho, e vinho da melhor qualidade. Não basta apenas levar os problemas a Jesus, é preciso fazer o que ele manda. Muitas vezes, a palavra de Jesus parece conspirar contra a nossa lógica. Os serventes podiam pensar: “nós precisamos de vinho e não de água.” Mas a fé obedece mesmo quando não entende. A fé vê o invisível, alcança o inatingível e toma posse do impossível. A palavra de Maria aos serventes é cheia de sabedoria: “fazei tudo o que ele vos disser.” Eles fizeram e a alegria voltou àquela festa. E quando Jesus fez o milagre, o vinho foi de melhor qualidade que o que estava sendo servido. Quando Jesus devolve a alegria a um casal, o melhor sempre vem depois: o deserto se transforma em jardim, o vale seco em manancial, o choro em alegria, a indiferença em amor, o silêncio em dinâmica comunicação e a tristeza em alegria indizível!


FONTE: http://hernandesdiaslopes.com.br/2004/08/o-que-fazer-quando-a-alegria-esta-acabando-no-casamento/

CASAMENTO, FONTE DE ALEGRIAR OU TRISTEZA

POR REV.HERNANDES DIAS LOPES



O casamento foi instituído por Deus para resolver problemas e não criar problemas. O casamento deve ser uma fonte de prazer e não um peso a mais na caminhada da vida. O casamento deve ser um horizonte de liberdade e não uma masmorra; um refúgio e não um lugar de tormento; um cenário de felicidade e não a sepultura dos sonhos. Por causa da dureza do nosso coração podemos transformar esse mosaico colorido num painel cinzento, esse jardim engrinaldado de flores num deserto abrasador. Por causa da nossa insensibilidade podemos ferir a pessoa que um dia prometemos amar; podemos infernizar a vida da pessoa que prometemos proteger; podemos roubar os sonhos da pessoa que um dia prometemos fazer feliz.

O casamento precisa de cuidado. Nenhum casal é feliz automaticamente. A felicidade precisa ser construída com inteligência e muito esforço. Não há casamento ideal nem cônjuges perfeitos. Todo casamento precisa de renúncia e investimento. Precisamos ser pródigos nos elogios e comedido nas críticas. Precisamos ser generosos nas palavras, bondosos nas ações e puros nas intenções, se queremos fazer do casamento uma fonte de alegria.

O casamento é como uma conta bancária, precisamos fazer mais depósitos do que retiradas. Precisamos fazer altos investimentos se queremos ter retorno. Precisamos sempre manter um saldo positivo se não quisermos viver no "vermelho". Precisamos elogiar mais e criticar menos; precisamos dar mais e cobrar menos; precisamos compreender mais e exigir menos. O nosso papel no casamento não é buscar a nossa própria felicidade, mas fazer o nosso cônjuge feliz. O amor não é egoísta, ele busca a felicidade do outro mais do que a sua própria. O amor não é egocentralizado, mas outrocentralizado.

O casamento é como um jogo de frescobol. Os cônjuges não são rivais, mas parceiros. Eles não exploram a fraqueza e as falhas um do outro, mas ajudam um ao outro em suas limitações. Se quisermos um casamento feliz precisaremos cultivar a amizade e manter o diálogo. A Bíblia diz que a palavra dura suscita a ira. Onde floresce a animosidade, as palavras ásperas e as atitudes mesquinhas, o romantismo murcha e seca.

Nós colhemos no casamento o que plantamos. Quem semeia amor, colhe amor. Quem semeia amizade colhe amizade. Porém, quem semeia vento, colhe tempestade. Quem semeia incompreensão, colhe solidão. Nós refletimos dentro da nossa casa o nosso próprio rosto. Nós bebemos o refluxo do nosso próprio fluxo. O bem que fazemos retorna para nós com ricos dividendos, porém, o mal que fazemos recai sobre a nossa própria cabeça.

Muitos casais passam fome no banquete. Têm tudo para serem felizes, mas vivem amargando uma sufocante infelicidade. Casaram-se com a alma cheia de sonhos, mas estes se perderam pelas estradas da vida. Feridas foram abertas, promessas foram quebradas, e agora, o casamento tornou-se um pesadelo, uma prisão, um lugar de tristeza e não de felicidade.

Essa situação pode e precisa ser revertida. Se ouvirmos a Deus e atentarmos para a sua Palavra, poderemos comer o melhor desta terra. O mesmo Deus que instituiu o casamento para a nossa felicidade tem os princípios para vivenciarmos esta felicidade. Deus restaura vasos quebrados. Ele ainda transforma água em vinho, choro em alegria, deserto em manancial, casamento insosso em relação exuberante. Invista no seu casamento. Restaure seus sonhos perdidos. Experimente o melhor de Deus na sua vida conjugal!

O PAPEL DA ESPOSA NO CASAMENTO

POR REV.HERNANDES DIAS LOPES


O casamento não foi instituído pelo homem, foi iniciativa de Deus. Sua gênese antecede à Igreja e ao Estado. Para o casamento atingir os seus próprios, precisamos observar os princípios que Deus estabeleceu em sua Palavra.
Veremos, neste artigo, um dos pilares que sustentam o edifício da família, o papel da esposa no casamento:

1. Submissão inteligente – John Mackay, ilustre reitor do Seminário de Princeton, no seu livro “O sentido da vida”, disse que o trabalho predileto do diabo é esvaziar o sentido das palavras. Uma das palavras mais desgastadas hoje é submissão. Submissão não é ser inferior. A mulher não é capacho do marido. Ela não é serviçal nem empregada do marido. Submissão não é ser passiva, apagada, sem direito, sem vez e sem voz. Não é anular-se nem sentir-se inferior. No plano divino, a mulher nunca foi inferior ao homem. Ela foi tirada da costela e não dos pés do homem. Ela é auxiliadora idônea, aquela que olha nos olhos. A mulher não é submissa ao marido como é a Cristo. Ela é submissa ao marido por causa da sua submissão a Cristo. O senhorio de Cristo é único, singular. Submissão é ter uma missão sob a missão do marido. A mulher sábia não procura mandar no marido nem usa subterfúgios para manipulá-lo, antes, exerce a sua função com discernimento, alegria, eficiência e gratidão a Deus. Submissão não é demérito nem desonra. A glória da igreja é sua submissão a Cristo. Submissão não é ausência de liberdade. Quanto mais submissa a igreja é a Cristo, mais livre ela é, mais feliz ela se sente. Um trem só é livre quando anda sobre os trilhos. Você só é livre para dirigir o seu carro, quando obedece as leis do trânsito. Assim, a liberdade da mulher está em sua submissão ao marido.

2. Edificadora prudente – A mulher sábia edifica a sua casa. Transforma o seu lar num ninho cálido de amor, no ambiente mais aconchegante para se viver. Emprega sua inteligência, criatividade e sensibilidade para enriquecer o relacionamento conjugal. Ela é alavanca na vida do marido. Empurra-o sempre para frente. Honra-o, encoraja-o, promove-o. Ademais, ela é aliviadora de tensões, é bálsamo que refrigera, é orvalho fresco que renova o vigor, é sábia conselheira. Sua língua é remédio. Seu amor é cheio de ternura. Suas atitudes são nobres. Seu caráter é impoluto. Sua beleza mais excelente é sua piedade.

3. Guerreira destemida – A mulher sempre esteve na vanguarda do casamento como guardiã e promotora dos valores graníticos que sustentaram a família ao longo dos séculos. Sempre esteve na trincheira da luta pela salvação dos filhos. Ela é capaz de heroísmos indescritíveis. A mulher tem mais capacidade de suportar a dor, mais paciência para enfrentar as provas, mais desprendimento para investir no casamento. Ela enxerga com os olhos do coração, julga pelo tribunal da alma, estende as mãos para agir movida pela misericórdia. A mulher tem uma capacidade imensa de ser solidária nas aflições, ser um braço forte nos tempos de crise e um ombro hospitaleiro nas perdas. Quando a mulher, como brava guerreira, usa esse arsenal para edificar o seu casamento e abençoar a sua família, muitas dificuldades são superadas, os obstáculos são vencidos e a família torna-se bem-aventurada!


FONTE: http://hernandesdiaslopes.com.br/2004/05/o-papel-da-esposa-no-casamento/

O PAPEL DO MARIDO NO CASAMENTO

POR REV.HERNANDES DIAS LOPES



A família é uma instituição divina. Sua instituição precede ao estabelecimento da Igreja e do Estado. Deus é o edificador da família (Sl 127.1). As instruções para se edificar uma família sólida emanam da Palavra de Deus. Ignorar ou mudar essas instruções é conspirar contra a estabilidade e saúde da família. Deus confiou ao homem uma posição vital na família. A Bíblia diz que Deus colocou o homem como cabeça da mulher (Ef 5.23). Uma família não pode ser acéfala nem bicéfala. Ser cabeça, entretanto, não é assumir uma atitude despótica. A mulher não é inferior ao homem. Ambos foram criados por Deus e são imagem e semelhança de Deus. Ambos desfrutam da mesma condição diante do Pai e têm acesso à mesma graça. Cristo como cabeça da igreja a serviu e morreu por ela. O padrão de liderança do homem não é a do domínio pela força, mas da liderança pelo exemplo. Como cabeça da igreja Cristo a amou e a si mesmo se entregou por ela. Desta forma, o marido deve amar sua mulher como Cristo amou a igreja. Como deve ser o amor do marido pela esposa?

1. Um amor perseverante - Cristo amou os seus discípulos, e amou-os até o fim (Jo 13.1). O existencialismo de Vinicius de Morais diz que o amor é eterno enquanto dura. Esse amor é um simulacro e um arremedo do verdadeiro amor. É paixão fugaz que se desfaz com o sinal da primeira crise. O amor do marido pela esposa deve ser mais forte do que a morte. Nem mesmo as águas turbulentas dos oceanos podem afogálo.

2. Um amor sacrifical - O marido deve amar a esposa como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela (Ef 5.25). O amor verdadeiro é uma entrega, uma oferta e um sacrifício. O amor não é egoísta. Ele não visa seus próprios interesses. Ele não é egocentralizado, mas outrocentralizado. O marido não busca prioritariamente sua própria felicidade, mas esforça-se para fazer sua esposa feliz.

3. Um amor santificador - Cristo amou a igreja e se entregou por ela para santificá-la (Ef 5.26). Assim deve ser o amor do marido pela sua mulher. O amor do marido santifica a esposa. Uma mulher amada pelo marido fica livre de muitas tentações e perigos. O amor do marido protege a esposa de muitas armadilhas. O amor do marido abençoa espiritualmente a esposa. O marido deve ser a pessoa que mais influencia a vida espiritual da esposa.

4. Um amor altruísta - O apóstolo Paulo diz que quem ama a sua esposa a si mesmo se ama (Ef 5.28). Se amar a esposa é amar a si mesmo, ferir a esposa é ferir a si mesmo. Marido e mulher são uma só carne. Promover um é promover o outro. Machucar um é atingir o outro. Paulo diz que o marido deve amar sua esposa como a seu próprio corpo, e diz ainda que ninguém jamais odiou a sua própria carne (Ef 5.29). Quando o marido fere a esposa com palavras e atitudes, está abrindo feridas em sua própria alma. Quando, porém, ele a abençoa com palavras e gestos, está fazendo investimentos benditos em sua própria vida.

5. Um amor romântico - Paulo diz que em vez do marido ferir a esposa, ele deve alimentá-la e dela cuidar (Ef 5.29). A palavra cuidar usada em Efésios 5.29 só aparece outra vez no Novo Testamento, em 1 Tessalonicenses 2.7 e ali é traduzida como “acariciar”. É do propósito de Deus que o marido seja um homem carinhoso com sua mulher. Ele deve tratá-la com honra, com sensibilidade e com afeto. Nada machuca mais uma mulher do que seu marido ser rude com ela em palavras e atitudes. Um casamento feliz se constrói com amor e o amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba (1Co 13.4-8).


FONTE: http://hernandesdiaslopes.com.br/2008/05/o-papel-do-marido-no-casamento/

A FAMÍLIA EM TELA

POR REV.HERNANDES DIAS LOPES


O apóstolo Paulo, o grande paladino e bandeirante do Cristianismo, inspirado pelo Espírito de Deus, fala-nos de forma eloqüente sobre a família em Colossenses 3:18-21. Ele coloca a família em tela e nos ensina grandes princípios:

1. A ESPOSA DEVE SER SUBMISSA AO MARIDO COMO CONVÉM NO SENHOR – V. 18
A mulher não difere do homem em valor e dignidade. Porém, no casamento a mulher tem papel diferente do homem. Ela deve ser submissa ao seu marido. Submissão não é ser inferior, mas exercer uma missão sob a missão de outrem. Deus colocou o marido como cabeça da mulher. Cabe à mulher sujeitar-se ao seu marido com alegria, entendendo que na submissão ao marido ela encontra sua liberdade e felicidade. A Bíblia diz que a mulher deve ser submissa ao marido como a igreja o é a Cristo. A glória da igreja é ser submissa a Cristo. Quanto mais submissa a igreja é a Cristo mais livre ela é. A submissão da esposa ao marido é como convém no Senhor, ou seja, ela se submete ao marido porque é serva de Cristo, porque obedece a Cristo e vive para glorificá-lo. O papel da mulher não é competir com o marido nem dominá-lo. O projeto de Deus para ela é que ela se submeta a ele com espontaneidade e alegria.

2. O MARIDO DEVE AMAR A ESPOSA E NÃO TRATÁ-LA COM AMARGURA – V. 19
Se a mulher é desafiada a imitar a igreja quanto à submissão, ao marido é ordenado imitar a Cristo quanto ao amor. Nenhuma mulher terá dificuldade de submeter-se a um marido que a ama como Cristo amou a igreja. O amor do marido pela esposa deve ser perseverante, sacrificial, santificador e romântico. Ele deve cuidar da esposa e suprir suas necessidades físicas e emocionais. Cristo como o cabeça da igreja não a dominou com rigor despótico, mas a serviu e morreu por ela. O papel do marido é amar a sua esposa e quem ama declara que ama, tem tempo para a pessoa amada e procura agradá-la. O apóstolo Paulo alertou o marido também para o perigo de tratar a esposa com amargura. O marido deve ser sensível, carinhoso, atencioso e meigo com a esposa, tratando-a com dignidade e respeito. Ele deve elogiá-la, valorizá-la e demonstrar de forma prática o seu amor por ela.

3. OS FILHOS DEVEM OBEDECER AOS SEUS PAIS EM TUDO PORQUE ISTO É GRATO DIANTE DO SENHOR – V. 20
Filhos bem-aventurados na vida são filhos obedientes aos pais. Este é um preceito bíblico. Os filhos precisam obedecer aos pais porque isto é justo, porque isto é uma ordenança divina e também porque a obediência é abençoadora. Filhos obedientes recebem a promessa de uma vida bem sucedida e longeva. Os filhos devem obedecer aos pais porque a autoridade deles foi conferida pelo próprio Deus. Resistir a autoridade dos pais é insurgir-se contra a própria autoridade de Deus. Os filhos devem obedecer a seus pais em tudo. Eles devem respeitar os pais e ouvir seus conselhos nas diversas áreas da vida. Os filhos devem cuidar dos pais e ser um refrigério para eles. Isso é grato diante do Senhor.

4. OS PAIS NÃO PODEM IRRITAR OS FILHOS NEM DESANIMÁ-LOS – V. 21
Os pais irritam os filhos quando ensinam com palavras, mas não com exemplo; quando falam uma coisa e fazem outra; quando exigem dos filhos um comportamento exemplar, mas vivem de forma repreensível. Os pais irritam os filhos quando os tratam com rigor, com dureza, com palavras ásperas e apenas cobram, sem jamais encorajar e consolar. Os pais irritam os filhos quando não têm tempo para eles, quando priorizam os amigos e o trabalho em vez da família. O papel dos pais é criar os filhos na disciplina e admoestação do Senhor, servindo-lhes de exemplo. A função dos pais é andar e ensinar os filhos a Palavra de Deus, inculcando neles os preceitos do Senhor. Deixar de ouvir, de encorajar e de acompanhar os filhos, não apenas os irritam, mas também os deixam desanimados. É tempo de investirmos na família, nos relacionamentos, a fim de que nossos lares sejam o lugar mais gostoso de se viver na terra.


FONTE: http://hernandesdiaslopes.com.br/2004/05/a-familia-em-tela/

A DIFERENÇA QUE JESUS FAZ NA FAMÍLIA

POR REV.HERNANDES DIAS LOPES



O casamento é o palco onde se desenrola os grandes dramas da vida. O casamento é o sonho de uns e o pesadelo de outros. É lugar de vida para uns e também ante-sala da morte para outros. É na família que celebramos as nossas vitórias e é também nela que curtimos a nossa dor mais amarga.

O texto de João 2.1-11, nos fala que Jesus foi a uma festa de casamento. Ele participa conosco dos nossos momentos de alegria Ele celebra conosco as nossas vitórias. Esse texto tem algumas lições que podem revolucionar sua vida e salvar o seu casamento:

1. Jesus é a pessoa mais importante a ser convidada para o casamento – Jesus estava presente naquele casamento de Caná da Galiléia. Ele foi convidado e lá compareceu. A presença e a intervenção de Jesus naquele casamento salvou aquela família de um grande constrangimento. A maior necessidade das famílias hoje é da presença de Jesus. As pessoas não estão precisando tanto de mais dinheiro ou mais conforto, mas da presença de Jesus na família. Seu lar pode ter tudo: dinheiro, conforto, saúde, amigos e prosperidade, mas se Jesus ainda não é o centro da sua vida e do seu lar, está faltando o principal. Só Jesus pode satisfazer a sua alma e dar sentido pleno à sua vida e à sua família.

2. Mesmo quando Jesus está presente, os problemas acontecem – Jesus estava presente, mas o vinho acabou na hora da festa. O vinho é símbolo da alegria. Muitos casamentos estão caminhando pela vida sem o vinho da alegria. Há aqueles que perdem a alegria mesmo na festa nupcial. Há casamentos que estão vivendo o drama do desencanto, da decepção e da amargura. Há muitos casais feridos, machucados e desiludidos. Há famílias que mesmo pertencendo ao Senhor, curtem a dor da separação, vivem o estigma da desarmonia e não conseguem experimentar a verdadeira alegria na vida familiar. Em algum momento da caminhada, a alegria foi perdida. Situações adversas e inesperadas conspiraram contra a família e a alegria ameaça ir embora.

3. Precisamos discernir com rapidez quando a alegria está acabando – Maria, usando sua acuidade espiritual e sua profunda percepção feminina, livrou aquela família de um grande vexame. Ela percebeu que o vinho estava acabando e que alguma coisa deveria ser feita. Ela não ficou parada. Ela não guardou o problema só para ela. Ela tomou uma iniciativa. Ela estava ligada. Precisamos também estar com as antenas ligadas. Precisamos ter olhos abertos para ver o que acontece na família. Muitos casamentos naufragam porque os cônjuges não discernem as crises no seu nascedouro. Não agem preventivamente. Deixam o tempo passar e quando vão buscar ajuda já é tarde demais.

4. Precisamos recorrer à pessoa certa na hora da crise – Maria buscou a Jesus. Ela levou o problema à pessoa certa. O segredo da felicidade conjugal não é a ausência de problemas, mas ter sabedoria e pressa para levar os problemas a Jesus. Muitos casais ao entrarem em crise, buscam solução onde não há solução. Cavam cisternas rotas onde não há água. Buscam ajuda em caminhos que só os fazem desviar mais da vereda da felicidade. Jesus é a resposta para a família. Ele é a solução de Deus para o lar. Precisamos levar os problemas da família e deixá-los aos pés de Jesus. Dele vem o nosso socorro. Do céu promana a nossa ajuda.

5. Precisamos obedecer e fazer o que Jesus manda – Jesus mandou os serventes encher de água as talhas. Aquela ordem parecia absurda. Eles poderiam ter questionado, dizendo: nós não estamos precisando de água. O que está faltando aqui é vinho. Mas se queremos ver as maravilhas de Deus acontecendo na família, precisamos exercer uma pronta obediência às ordens de Jesus. Precisamos deixar de lado nossas racionalizações e fazer o que ele nos manda. Sempre que obedecemos a Jesus nossa vida é transformada. Sempre que o casal se dispõe a obedecer a Palavra de Deus, o vinho da alegria começa a jorrar de novo dentro do lar.

6. Precisamos ser guiados pela fé e não pelos nossos sentimentos – Aqueles serventes não questionaram, não relutaram nem duvidaram da ordem de Jesus. Eles obedeceram prontamente. Eles creram e agiram. Eles encheram de água as talhas. Eles levaram a água ao mestre sala. Mas quando este enfiou a cuia dentro da água, um milagre aconteceu: a água se transformou em vinho. O milagre da transformação acontece quando nos dispomos a crer e a confiar. Quando fazemos o que Jesus ordena, mesmo que a nossa razão não consiga explicar, experimentamos as maravilhas divinas. Feliz é a família que vive pela fé. Bem-aventurada é a família que obedece a Palavra de Deus.

7. Quando Jesus intervém na família, o melhor sempre vem depois – O vinho que Jesus ofereceu era de melhor qualidade. O costume era sempre oferecer primeiro o melhor vinho, depois servia-se o inferior. Mas com Jesus o melhor vem sempre depois. A vida com Jesus não tem decepções. O casamento não precisa ser uma descida ladeira abaixo. Com Jesus, o casamento é uma aventura cada vez melhor. Os melhores dias não foram os da lua de mel. Os melhores dias estão pela frente. Quando Jesus reina na família a vida conjugal se torna mais consistente, mais profunda, balsamizada por um amor mais maduro e sublime. Muitos casais, infelizmente, estão juntos por causa dos filhos; moram na mesma casa, dormem na mesma cama, mas o coração já está vazio de amor. Os sonhos de uma vida feliz já morreram. Mas, quando Jesus intervém, o amor é restaurado, a alegria volta a pulsar e a família experimenta os milagres do céu.

8. Quando Jesus intervém na família, as pessoas glorificam a Deus e passam a crer nele – Não há milagre maior do que uma família transformada. Não há nada que promova tanto a glória de Deus do que ver um casamento sendo restaurado e uma família experimentando a alegria verdadeira, depois de um tempo de tristeza e dor. Os discípulos de Jesus passaram a crer nele depois desse milagre e muitos glorificaram a Deus. Jesus é o mesmo. Ele nunca mudou. Ele ainda continua fazendo maravilhas na vida das famílias. Ele pode restaurar também a alegria lá na sua casa. Ele pode mudar a sua sorte. Ele pode curar as suas feridas, restaurar a sua alma e refazer o seu casamento. Ele pode derramar amor em seu coração. Ele pode lhe dar capacidade de perdoar. Ele pode transformar o seu deserto árido em manancial. Ele pode fazer florescer no seu coração a esperança de uma nova vida, de um casamento restaurado, de uma família cheia de verdor e felicidade!



FONTE: http://hernandesdiaslopes.com.br/2004/03/a-diferenca-que-jesus-faz-na-familia/

AINDA HÁ ESPERANÇA PARA A FAMÍLIA

POR REV.HERNANDES DIAS LOPES


No mundo inteiro a família está em crise. Há uma confluência de vários fatores hostis que conspiram contra a família nestes dias. Há uma guerra declarada contra esta vetusta e veneranda instituição divina, visando dinamitar seus alicerces e solapar seus valores absolutos. As pessoas hoje questionam a validade e a indissolubilidade do casamento. Os casais estão confusos acerca dos papéis que exercem no casamento. Os protagonistas do desastre atentam contra a fidelidade conjugal, buscam subterfúgios para validar uniões homossexuais, estimulam o divórcio, promovem a prática execranda do aborto e escarnecem da castidade, virando os valores morais de cabeça para baixo, enxergando, assim, tudo às avessas.

Essa confusão conceitual ameaça levar ao naufrágio esta geração presentana. A família parece um frágil barco no meio do revolto oceano da história, sovada por vagalhões enfurecidos e borrascas tempestuosas. Rochas submersas e forças misteriosas ameaçam soçobrá-la. Muitos lares sofrem desastres irreparáveis nesta viagem cheia de percalços. Outros navegam sob a fúria dos ventos indomáveis dos vícios deletérios, das patologias emocionais, cheios de traumas, recalques e pesadelos.

Há lares onde o diálogo morreu e agora, a família celebra o ritual fúnebre da indiferença e da amargura. Há lares onde a paz e a alegria já arrumaram as malas e deram adeus. Há lares onde o perdão é uma atitude inexistente, onde o beijo da amizade jamais foi sentido e o abraço da reconciliação jamais foi dado. Há lares onde todas as pontes da comunicação foram derrubadas e erguidas em seu lugar muralhas intransponíveis de isolamento e solidão. Há lares feridos pelos estilhaços das críticas amargas e das explosões de gênio. Assim, a família, em vez de ser um refúgio para as pessoas exaustas, torna-se uma arena de brigas e contendas, em vez de ser um ninho cálido de amor e comunhão, torna-se um campo gelado de tensão, um ring de agressividade, um teatro de amargura, um palco de discussões ruidosas, um picadeiro de desentendimentos, uma fábrica de verrinas e uma incubadora de doenças emocionais.

Mas ainda que a situação na sua casa seja desencorajadora, eu conclamo a você a lutar pela restauração da sua família. Não aceite passivamente a decretação da derrota de seu lar. Não desista do seu casamento. Não abra mão de seus filhos. Não perca as esperanças de ter um relacionamento saudável com os seus pais. Não entregue os pontos. O mesmo Deus que criou a família e estabeleceu princípios permanentes para a sua felicidade, exarados na Bíblia Sagrada, pode intervir na sua vida, no seu casamento e na sua família, restaurando-a e tirando-a do fundo do poço. Deus pode transformar os vales áridos do seu casamento em mananciais transbordantes de alegria e felicidade, pode fazer do deserto pardacento de sua família um pomar luxuriante e frutuoso que produza os deliciosos frutos do vero amor. Valorize a sua família. Não desista dela. Ore por ela. Coloque-a no altar de Deus, pois ainda há esperança!



FONTE: http://hernandesdiaslopes.com.br/2004/05/ainda-ha-esperanca-para-a-familia/

COMO VAI SUA FAMÍLIA?


POR REV.HERNANDES DIAS LOPES


Referência: Gênesis 24.63-67; 25.20-21; 26.7-11; 27.1-46

INTRODUÇÃO

1. Casaram-se e foram felizes para sempre. Isso é frase de impacto, mas não é real. Não existe felicidade automática. Ela precisa ser construída com renúncia e investimento.
2. 50% das pessoas que vão sorrindo para o altar no dia do casamento, passam o resto da vida chorando por causa do casamento. 70% das pessoas que se casavam de novo, descobrem que o segundo casamento é mais problemático do que o primeiro. O impacto do divórcio na vida de algumas crianças é mais forte do que a própria morte de um dos pais.
3. Ao atender uma jovem senhora em prantos, com a palma da mão rasgada numa briga conjugal. Perguntei-lhe: quantos anos de casamento? Ela me respondeu: dois meses. Outra mulher com seis meses de casamento, disse-me: eu não sei o que é ser feliz no casamento.
4. No casamento é possível começar bem e terminar mal. É possível começar na dependência de Deus e perder o temor de Deus no meio do caminho. É possível começar em harmonia e terminar com feridas e mágoas. É possível fazer um casamento dentro da vontade de Deus e destruí-lo com as próprias mãos. É possível começar com intenso amor e afogar o casamento do mar da indiferença, da amargura e da separação.
5. Como está seu casamento? É aquilo que você sonhou? Como está sua família? É o que você planejou? Vejamos agora um casal que começou bem e terminou mal, uma família que tinha tudo para dar certo e sofreu rezeves terríveis.

I. UMA FAMÍLIA QUE TINHA TUDO PARA DAR CERTO

1. Isaque era um excelente partido
a) Ele era jovem – Ele casou-se com 40 anos (25:20). Tendo em vista que ele morreu com 180 anos (35:28-29). É o mesmo que um homem que chega aos oitenta, casar-se com 20 anos. Estava no auge do seu vigor físico.
b) Ele era herdeiro único de uma grande fortuna – Isaque era o herdeiro único da grande fortuna de Abraão (24:35-36). Era um jovem rico, com vida financeira estável.
c) Ele era herdeiro de um futuro espiritual glorioso – A descendência espiritual de Abraão seria através de Isaque (21:12). Isaque seria pai de uma multidão.
d) Ele era um homem espiritual – Isaque tinha o hábito de meditar nas coisas de Deus (24:63). Ele era um homem de oração. Ele temia a Deus. Ele aprendeu isso aos pés do seu pai Abraão.

2. Rebeca foi a escolhida especialmente por Deus
a) Abraão entendeu que Isaque precisava casar-se com uma jovem fiel a Deus (24:3) – Abraão sabia que Isaque não podia casar-se com uma cananita (24:3). Eles não serviam ao mesmo. Eles adoravam outros deuses. Abraão estava decidido em orientar o seu filho nessa área vital da vida. Os pais precisam ser mais participativos no processo da escolha do cônjuge para os seus filhos. Abraão mandou buscar uma jovem de dentre o seu povo. Abraão estava convencido de que Deus é quem dá a esposa prudente (Pv 19:14; 18:22).
b) Abraão procurou o seu servo mais velho para fazer isso (24:2) – É significativo que Abraão não chamou um jovem, um boy, um garatão, mas o seu servo mais velho, mais experiente para escolher uma esposa para o seu filho. Os jovens precisam ouvir os conselhos dos mais velhos na área do casamento.
c) Abraão e seu servo buscaram a direção divina na escolha (24:7,14) – Precisamos orar a Deus pelo casamento dos nossos filhos. A vontade Deus precisa ser feita nesta importante área da vida.
d) Rebeca tinha todos os dotes desejados – Ela era bonita (24:16), trabalhadora (24:15), prestativa (24:20), amada (24:55), decidida (24:57-58) e recatada (24:65).
e) Isaque a amou (24:67) – Foi amor à primeira vista.
f) Isaque orou por Rebeca 20 anos (25:21, 26).

II. UMA FAMÍLIA AMEAÇADA PELA IMPRUDÊNCIA

1. A falta de transparência – 26:7-11 – Isaque imita os erros do pai e expoõe sua mulher ao perigo (26:7). A beleza da sua mulher tornou-se um fator de crise no casamento.
a) A mentira – O mesmo Isaque que tivera tantas vitórias com Deus, agora fracassa na área moral. Ele que já vencera provas maiores, agora cai diante de uma prova menor. Israel venceu Jericó e caiu diante de Ai. Davi venceu um leão e caiu na teia da impureza. Sansão matou mil filisteus com uma queixada de jumento, mas caiu se deixou derrotar no colo de uma filistéia. Isaque para poupar a sua vida afirma que Rebeca é sua irmã. Ele nega o mais estreito dos relacionamentos. Para salvar a sua pele, ele coloca a sua mulher em risco. Ele colocou a sua mulher na vitrine dos desejos. Em vez de amá-la e protegê-la, Isaque a expõe. Mas a mentira tem pernas curtas: a mentira contada (26:7), torna-se mentira descoberta (26:8). Isaque era marido dentro do quarto e irmão na rua. Ele estava vivendo uma mentira. A mentira descoberta, torna-se mentira reprovada (26:10-11). Isaque havia feito um grande mal a si, à esposa e ao povo filisteu. Seu mentira era uma loucura consumada que abalou os alicerces da confiança do seu casamento.
b) O egoísmo – Isaque pensou só em si. Ele olhou a sua mulher como um objeto que podia ser usado para a sua proteção. Ele abusou de Rebeca sem respeitar o seu caráter e sua dignidade. Sua mentira e seu egoísmo era uma negação do seu amor e do seu romantismo. Ele acaricia a sua mulher no recesso do quarto e nega o seu casamento em público. Sua covardia é maior do que o seu amor. Há cônjuges que só conseguem ter intimidade na cama, mas não expressam mais a harmonia conjugal nas suas palavras e atitudes. A partir daquele momento Rebeca não dialoga mais com Isaque. Eles fingem uma harmonia que não mais existe. O diálogo morreu na vida daquele casal. Quem planta egoísmo colhe solidão.
c) O medo – O amor lança fora todo o medo. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo suporta. O medo de Isaque foi desamor à esposa e descrença em Deus. Isaque conseguiu grandes vitórias na vida profissional. Tornou-se um homem riquíssimo, mas fracassou no casamento. O pecado é maligníssimo. Isaque aprendeu a mentira com seu pai. Rebeca aprendeu a mentir com seu marido. Jacó com a sua mãe.

2. A falta de confiança e comunicação entre o casal – 27:5
• O tempo e o rotina começaram a desgastar aquele lar. O relacionamento de Isaque e Rebeca ficou estremecido. A comunicação morreu entre eles. Não havia mais diálogo. A harmonia do casamento era coisa do passado.
• Esse casal que começou de maneira tão bonita, agora chega à velhice sem intimidade, sem comunhão, sem diálogo. Agora Rebeca escuta os comentários do marido detrás da porta. Isaque não partilha com ela os desejos do seu coração. Um silêncio impera entre eles. Eles não confiam mais um no outro.

3. A falta de sabedoria na criação dos filhos – 25:28; 26:5-8
a) Eles têm preferência por um filho em detrimento do outro (25:28) – Eles ficaram 20 anos sem ter filhos e agora os filhos nasceram e são transformados em problemas. Eles transforam uma bênção num problema. Os filhos em vez de unir, separam o casal. Isaque tem preferência por Esaú e Rebeca por Jacó. Têm favoritismos. Eles fizeram dos filhos um motivo de tropeço para o casamento. Eles cometem um grave pecado contra os filhos. Eles têm preferência por um filho em prejuízo do outro. Jacó aprendeu esse erro com os pais e o comete mais tarde, amando mais a José do que os seus irmãos.
b) Eles semeiam o ciúme, a competição e o ódio no coração dos filhos (27:5-8) – Eles lançaram no coração dos filhos o ciúme, a inveja, a disputa, a competição. Em vez de amigos, os filhos cresceram como concorrentes e rivais. Eles se esqueceram de que na família, primeiro vem o cônjuge e depois os filhos. Rebeca ensina Jacó a mentir. Esaú passa nutrir ódio pelo seu irmão e a desejar sua morte (27:34,36,41). Jacó precisa fugir de casa para salvar sua vida. Esaú para vingar-se dos pais, pune-se a si mesmo casando com mulheres filistéias, que se tornam amargura de espírito para seus pais.

4. A falta do temor de Deus nas decisões – 27:13
a) A atitude pecaminosa de Isaque – Isaque peca contra Deus e contra seus filhos ao querer inverter o propósito de Deus (25:23).
b) A atitude pecaminosa de Rebeca – Rebeca tenta dar uma mãozinha para Deus usando o expediente da traição e da mentira. Rebeca estava fraca espiritualmente e começou a duvidar do cumprimento da promessa de Deus a Jacó. Isaque estava prestes a dar a bênção que Deus prometera a Esaú. Então, ela tomou os destinos na sua própria mão. Ela não acreditou em Deus. Ela duvidou de Deus. Ela agiu na frente de Deus. Ela fez as coisas do seu modo. Ela não aproveitou o momento para conversar com o marido. Ela decidiu enganar o marido e trair o filho Esaú. Ela instiga Jacó a mentir, a enganar, a trapacear. A mentira vem do maligno. Mas Rebeca estava tão cega e tão longe de Deus, que chega ao ponto de perder o temor de Deus (27:13).
c) Esaú ao ver o seu lar vivendo de aparências desprezou a Deus – Esaú passou a desprezar as coisas de Deus. Tornou-se um profano. Ele menosprezou os dons de Deus. Ele vendeu o seu direito de primogenitura. Esaú ao perceber que os seus pais viviam apenas uma coreografia de espiritualidade, casou-se com mulheres pagãs. Esse casamento foi uma tragédia na sua vida e na vida de seus pais (26:34-35).
d) Jacó aprendeu a ser um enganador dentro de casa – Jacó movido pela vontade inflexível da sua mãe enganou ao seu velho pai. Mentiu, forjando sua identidade. Passou-se por Esaú. Blasfemou contra Deus e deu um beijo de mentira em seu pai (27:18-20,24,26,27). Ele aprendeu com a mãe e daí para frente viveu como suplantador, enganador.

III. UMA FAMÍLIA QUE COLHE OS TRISTES RESULTADOS DA SUA IMPRUDÊNCIA

1. Isaque e Rebeca não aprenderam com os erros e foram deixando a família fracassar pouco a pouco
• Todo casal precisa aprender a reconhecer as falhas e se corrigir. O fracasso só é fracassso quando não aprendemos com ele. O fracasso não pode ser o nosso coveiro, precisa ser o nosso pedagogo. Isaque e Rebeca não faziam correção de rota. Eles não discutiam os problemas e nem se perdoavam. Eles iam deixando as coisas acontecer.
• As sequóias na California são as maiores árvores do mundo. Mas os besouros pequenos as colocam ao chão.

2. A família toda sofre as inevitáveis consequências do pecado
a) Isaque – O nome dele significa RISO, mas nunca mais Isaque teve motivo para rir. Em certo sentido ele perdeu os seus dois filhos num único dia. Um sai de casa fugido. O outro sai para vingar-se dos pais, punindo-se a si mesmo (28:9).
b) Esaú – Ele perdeu o respeito pela mãse. Ficou revoltado. Amargo. Desgostour-se com o seu lar. Passou a alimentar um ódio assassino por Jacó. Rebeca armou uma guerra dentro da sua própria casa. Seus filhos eram inimigos mortais.
c) Jacó – Jacó precisou fugir de casa. Sai como mentiroso, traidor, embusteiro. Sai com a consciência culpada, deixando um pai enganado, um irmão traído e uma mãe protetora fracassada.
d) Rebeca – Ela prometera a Jacó: “Retira-te para a casa de Labão e fica com ele alguns dias… e te farei regressar de lá” (27:42-45). Vinte anos se passaram e Jacó não voltou. Rebeca nunca mais vê o seu filho. Morre sem cumprir a promessa. Viveu amargamente a sua velhice ao ver o seu lar desmoronado pelas suas próprias mãos. Rebeca ainda foi incapaz de prever todo o alcance dos seus atos. O ódio despertado no coração de Esaú continuou por gerações futuras. Durante muitos séculos, os edomitas, descendentes de Esaú, seria inimigos de Israel (Obadias). Herodes, o grande, o homem que quis matar Jesus em Belém e o seu filho Herodes Antipas, o homem que ridicularizou Jesus no seu julgamento eram edomitas, descendentes de Esaú.

CONCLUSÃO

• Toda a família sofreu as consequências da imprudência de um casal que começou bem, mas não soube resolver os assuntos familiares com sabedoria.
• ISAQUE ficou só, envergonhado, sem sorriso, um grande homem, um grande empresário, um homem rico, mas um marido descuidado e um pai parcial.
• REBECA perdeu o seu filho predileto, perdeu o respeito de Esaú, traiu seu marido, não levou Deus a sério.
• JACÓ perdeu a casa, perdeu a mãe protetora, perdeu o amor do irmão e a consciência tranquila.
• ESAÚ puniu a si mesmo para vingar-se dos pais (28:6-9). Esperou o pai morrer para vingar-se do irmão.
- Como está a sua família? Como está o seu relacionamento conjugal? Há transparência? Há amor comprometido? Há fidelidade? Há brigas e mágoas dentro do seu lar? Como os seus filhos se relacionam? Eles são amigos? Vocês os tratam de forma justa e imparcial?
- Como está a comunicação no seu lar? Como está a reverência pelas coisas de Deus? Os nossos lares estão precisando urgente de um avivamento espiritual. Consagre hoje seu lar ao Senhor. Consagre seus filhos ao Senhor. Coloque o seu casamento no altar.
- Vinte anos depois Deus restaurou a amizade Jacó e Esaú. Mas Rebeca não viu e o pai estava muito velho para alegrar-se nessa restauração. Peça a Deus que faça você ver um milagre na sua família!


FONTE: http://hernandesdiaslopes.com.br/2009/08/como-vai-sua-familia/

PASTORES SEGUNDO CORAÇÃO DE DEUS

POR REV.HERNANDES DIAS LOPES

REFERÊNCIA : JEREMIAS 3.15


INTRODUÇÃO

1. A vocação para o pastorado é a mais sublime de todas as vocações. John Jowett no seu livro “O pregador, sua vida e sua obra” diz que vocação é quando todas as outras portas estão abertas, mas você só anseia entrar pela porta do ministério. São algemas invisíveis.
2. Deus chama pessoas diferentes, em circunstâncias diferentes, em idades diferentes para o ministério. Chamou Jeremias no ventre da mãe. Chamou Isaías num momento de crise nacional. Chamou Pedro depois de casado. Chamou Paulo quando este perseguia a igreja.
3. O texto em apreço nos fala que Deus é quem dá pastores à igreja. O pastor não é um voluntário, mas um chamado. O seu ministério não é procurado, é recebido. Sua vocação não é terrena, é celestial. Sua motivação não está em vantagens humanas, mas em cumprir o propósito divino.
4. Vejamos algumas lições desse texto:

I. É DEUS QUEM DÁ PASTORES À SUA IGREJA – V. 15

1. A escolha divina não é fundamentada no mérito, mas na graça
• Jeremias era uma criança quando foi chamado. Ele não sabia falar. Foi Deus quem colocou sua Palavra em sua boca. Jonas era um homem que tinha dificuldade em perdoar os inimigos, e Deus o chamou e o enviou a fazer a sua obra, mas contra sua vontade. Paulo se considerava o o menor dos apóstolos, o menor dos santos, o maior dos pecadores, mas Deus o colocou no lugar de maior honra na história da igreja.
• Nossa escolha para o serviço e para a salvação não é fundamentada em méritos, mas na graça.

2. É Deus quem coloca os membros no corpo, como lhe apraz
• Todos os salvos têm dons e ministérios no corpo, mas nem todos são chamados para serem pastores. Não somos nós quem decidimos, mas Deus. Quem é chamado para este sublime mister não poder orgulhar-se, porque nada temos que não tenhamos recebido.

II. DEUS DÁ PASTORES À SUA IGREJA – V. 15

1. Deus não apenas chama, mas especifica a missão
• O que é um pastor? O que significa pastorear?
a) Pastorear é alimentar o rebanho de Deus com a Palavra de Deus – Não nos cabe prover o alimento, mas oferecer o alimento. O alimento é a Palavra. Reter a Palavra ao povo de Deus é um grave pecado.
b) Pastorear é proteger o rebanho de Deus dos lobos vorazes – Jesus alertou para o fato do inimigo introduzir os filhos do maligno no meio do seu povo, se a igreja estiver dormindo. Paulo alertou para o fato dos pastores estarem vigilantes para que os lobos vorazes não penetrem no meio do rebanho.
c) Pastorear é gostar do cheiro de ovelha – A missão do pastor é apascentar. O pastor é alguém que convive com ovelha. Está perto. Leva para os pastos verdes as famintas, às águas tranquilas as sedentas, atravessa os vales escuros dando segurança à ovelha, que está insegura carrega a fraca no colo, resgata a que caiu no abismo, disciplina aquela que põe em risco a vida do rebanho.

III. DEUS DÁ PASTORES SEGUNDO O SEU CORAÇÃO – V. 15

1. Deus dá pastores à igreja segundo o seu coração
a) Qual é o perfil de um pastor segundo o coração de Deus:
1) É um pastor que temconsciência de que Deus o chamou não governar o povo com rigor, mas para cuidar do seu povo;
2) É um pastor que cuida da sua própria vida, antes de cuidar do povo de Deus. Ele prega a si mesmo, antes de pregar ao povo. Sua vida é o seu mais eloquente sermão.
3) É um pastor que é exemplo vida, piedade para o seu próprio rebanho. Ele nada considera a vida preciosa para si mesmo para velar pelo rebanho. Ele dá a sua vida pelo rebanho.
4) É um pastor que pastoreia TODO o rebanho: as ovelhas dóceis e as indóceis.
5) É um pastor que compreende que a igreja é de Deus e não dele. Deus nunca nos passou procuração para sermos donos do rebanho. A igreja é de Deus.
6) É um pastor que compreende que a igreja custou muito caro para Deus, o sangue do seu Filho. A igreja é a Noiva do Filho de Deus. A igreja é a Menina dos Olhos de Deus. Ele tem zelo pela igreja.

IV. A EXCELÊNCIA COM QUE O PASTOR DEVE EXERCER O SEU PASTORADO – V. 15

1. O pastor deve apascentar o rebanho de Deus com conhecimento
• O pastor é um estudioso. Ele deve ser um erudito. Ele precisa conhecer a Palavra, alimentar-se da Palavra e pregar a Palavra.
• Paulo diz que deve ser considerado digno de redobrados honorários aqueles que se afadigam na Palavra. Precisamos estudar até à exaustão.
• Precisamos cavar e oferecer ao povo de Deus as insondáveis riquezas de Cristo. Somos mordomos: precisamos oferecer um cardácio apetitoso, balanceado.
• As cátedras seculares envergonham os púlpitos. Precisamos nos apresentar como obreiros aprovados. Precisamos realizar o ministério com um padrão de excelência.

2. O pastor deve apascentar o rebanho de Deus com inteligência
• Inteligência significa com sabedoria, com sensibilidade. Sabedoria é usar o conhecimento para os melhores fins. Precisamos tratar as ovelhas de Deus com ternura. Paulo diz que o pastor é como um Pai e também como uma Mãe.
• O pastor chora com os que choram e festeja com os que estão alegres.
• O pastor é trata cada ovelha de acordo com sua necessidade, com seu temperamento, com seu jeito peculiar de ser. Ele é dócil com as crianças como Jesus que as pegou no colo. Ele trata os da sua idade como irmãos e aos mais velhos como a pais.
• Uma coisa é amar a pregação, outra coisa é amar as pessoas para quem pregamos.


FONTE: http://hernandesdiaslopes.com.br/2010/01/pastores-segundo-o-coracao-de-deus/

SETOR EDUCAÇÃO CRISTÃ CPAD-LIÇÃO 9

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010



Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

Subsídios extras para a lição 2ª Coríntios - "Eu de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas"

1º trimestre/2010



Lição 09 - O Princípio Bíblico da Generosidade


Leitura Bíblica em Classe
2 Coríntios 8.1-5; 9.6,7,10,11


Introdução

I. Exemplos de ações generosas (8.1-6,9; 9.1,2)

II. Exortação ao espírito generoso para contribuir (8.7-15)

III. Os princípios da generosidade (9.6-15)

Conclusão

Palavras-chave: generosidade, caridade, contribuição, ofertar

I. Exemplos de ações generosas (8.1-6,9; 9.1,2)

• Professor inicie a aula com a seguinte pergunta: “O que é generosidade?” Ouça com atenção os alunos e depois escreva, no quadro-de-giz, a definição apresentada na sua revista.

• “Princípios sobre a contribuição no Novo Testamento, encontrada em 2 Coríntios 8-9. Deram-se a si mesmos. O que Deus quer de nós não é o nosso dinheiro. Quando nos entregamos ao Senhor, aderimos à contribuição (8.5). Lembre-se do exemplo de Cristo. Ele deu tudo para enriquecer as nossas vidas. As riquezas que temos nele são as verdadeiras riquezas, não a opulência material (8.9). Contribua na medida de sua possibilidade. O ato de doar não tem como objetivo empobrecer o contribuinte. O que agrada a Deus não é o montante da adoção comparada com a nossa disponibilidade, mas a disposição em fazê-lo (8.10-12). Contribua para satisfazer necessidades. A contribuição tem por objetivo prover as necessidades básicas de cristãos carentes. Este princípio reflete a vulnerabilidade do mundo do século primeiro aos famintos e à igreja nas perseguições, que geralmente significa que os crentes perderam seus meios de subsistência. O princípio de que contribuir era uma forma de externar a sensibilidade aos pobres e de que nossa preocupação maior ainda deve ser para com a carência humana e não com a questão de ordem patrimonial, pois a igreja de Jesus é gente. Contribuir é semear. A oferta é um investimento para o nosso futuro eterno. Quanto maior o investimento, maior será o retorno (9.6). O contribuir é um ato pessoal. O quanto a pessoa contribui é um problema entre ela e o Senhor. Deus não está interessado em dinheiro doado de má vontade (9.7). Contribuir é uma expressão de confiança. Deus é capaz de satisfazer as nossas necessidades e de prover muito mais do que precisamos para viver com alegria e sem temor (9.8-11). Contribuir estimula a oração. O recebedor louva a Deus e ora pelo doador” (9.12-15) (Guia do Leitor da Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, p. 781).

II. Exortação ao espírito generoso para contribuir (8.7-15)

• “Paulo ilustra a reciprocidade mútua de recursos que expressa a verdadeira natureza da igreja por meio de colheita diária do maná no deserto pelos israelitas: ‘O que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve de menos’ (2 Co 8.15; Êx 16.18). Toda riqueza é como o maná do Senhor, destinada não à falta de moderação ou ao luxo, mas sim ao alívio das necessidades dos irmãos.

O critério da generosidade cristã que Paulo aplica nestes versículos inclui:

1) A magnitude da graça de Cristo;

2) A extensão da bênção material;

3) A dimensão das necessidades do corpo de Cristo.

Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol 8. Rio de Janeiro, CPAD, p. 453

III. Os princípios da generosidade (9.6-15)

“Paulo mostra que a “generosidade, quando realizada com o espírito apropriado, pode ser uma fonte de bênçãos a todos aqueles que estão envolvidos – aos outros, a Deus, e a nós mesmos.

Em primeiro lugar, o apóstolo explica que o cristão generoso é ‘alguém que semeia’. Não há medo de destituição na generosidade, pois ‘dar é semear’ e semear significa esperar uma colheita. O mundo enriquece tirando dos outros; o cristão enriquece dando aos outros. Em uma das suas expressões contrastantes, Paulo sugere que existem duas maneiras de semear – pouco e em abundância – com as colheitas correspondentes. ‘Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais; e outros, que retêm mais do que é justo, mas para a sua perda. A alma generosa engordará, e o que regar também será regado’ (Pv 11.24,25). Aquele que semeia com abundância semeia ‘no princípio das bênçãos’, e com base nisto ele colhe. A ideia de bênçãos é o princípio da mordomia cristã (cf. Lc 6.38).

Há outro principio coerente com este. Cada homem só deve dar aquilo que tenha proposto anteriormente no seu coração. O ato de dar não deve ser realizado com tristeza ou por necessidade (compulsão). O ato de dar que é motivado basicamente pela compulsão externa é realizado com dor e tristeza, e não pode estar de pleno acordo com a mente de Cristo. Deus ama ao que dá com alegria (Pv 22.8).O texto grego enfatiza alegria (hilaron) e em Deus. É da palavra hilaron que obtivemos a nossa palavra ‘hilariante’. Este versículo implica que o pagamento do dízimo meramente como uma obrigação legalista não é uma atitude cristã. O ato de dar, por parte de cada cristão, deve ser motivado adequadamente – ele deriva da graça e almeja abençoar”.

Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol 8. Rio de Janeiro, CPAD, pp. 455,456


Extraído de:

Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol. 8. Rio de Janeiro, CPAD.

Guia do Leitor da Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD.

SETOR EDUCAÇÃO CRISTÃ CPAD-LIÇÃO 8

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010


Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

Subsídios extras para a lição 2ª Coríntios - "Eu de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas"

1º trimestre/2010



Lição 08 - Exortação à Santificação


Leitura Bíblica em Classe
2 Coríntios 6.14-18; 7.1,8-10


Introdução

I. Paulo apela à reconciliação e comunhão (6.11-13)

II. Paulo exorta os coríntios a uma vida santificada (6.14-7.1)

III. Paulo regozija-se com as notícias da igreja de corinto (7.2-16)

Conclusão

Palavra-chave: santificação

I. Paulo apela à reconciliação e comunhão (6.11-13)

• “Paulo fez anteriormente um apelo aos coríntios para que respondessem à graça de Deus (2 Co 6.1). Agora ele faz uma comovente súplica para que eles respondam ao amor e afeto por eles. Sua boca continuava falando com eles, querendo que ouvissem. Seu coração estava ‘dilatado’ e permanecia assim (como indica o original grego). A palavra ‘coração’ era usada para expressar tanto pensamento quanto sentimento. Seu amor era o de um bom subpastor que leva o amor de Cristo ao rebanho.

Alguns coríntios podem ter sentido que Paulo não os amava. A verdade era que alguns estavam retendo o amor que sentiam por Paulo e seus companheiros. Como pai espiritual que os levara ao Senhor e a um novo nascimento pelo Espírito, ele apela que merece ‘uma recompensa [troca justa]’ dos seus ‘filhos’. Ele quer que eles dilatem os corações como ele o fez. E como qualquer bom pastor, ele quer sentir o afeto deles” (HORTON, Stanley M. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções. Rio de Janeiro, CPAD, pp. 216,217).

II. Paulo exorta os coríntios a uma vida santificada (6.14-7.1)

• Professor, pergunte aos alunos: “O que significa santificação?” Ouça com atenção as resposta. Depois escreva no quadro-de-giz a palavra santificar. Explique que “a palavra santificar, nas Escrituras, significa basicamente ‘separar ou colocar de lado’. A palavra santificado tem a mesma significância de santo. Portanto, a santificação progressiva (tornar-se mais santo) e o crescimento espiritual são essencialmente o mesmo processo”.

Através da fé em Cristo, uma pessoa é nascida na família de Deus e se torna seu filho espiritual. Deus planejou que seus filhos espirituais cresçam em direção à maturidade espiritual e isto exige que eles pratiquem princípios bíblicos de crescimento espiritual e recebam o alimento espiritual de outros cristãos. O crescimento espiritual do cristão é chamado de ‘santificação progressiva’. Somos dramaticamente transformados por nosso nascimento espiritual (2 Co 5.17), mas Deus continua a nos transformar através da santificação (HOLLOMAN, Henry. O Poder da Santificação. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p. 1,2).


Os três tipos de santificação

Santificação Posicional

Evento passado nascimento espiritual
Salvação da pena do pecado
“Eu fui salvo” (Ef 2.8,9)
Consagração do corpo
(1 Co 6.19,20)
Início da redenção da alma
Justificação e regeneração

Santificação Progressiva
Processo presente crescimento espiritual
Salvação do poder do pecado
“Eu estou sendo salvo”
(Tg 1.21)
Deterioração do corpo
(2 Co 4.16)
Continuação da redenção da alma
Santificação


Santificação Perfectiva
Evento futuro
perfeição espiritual
Salvação da presença do pecado
“Eu serei salvo” (1 Ts 5.9)
Redenção do corpo
(Rm 8.23)
Conclusão da redenção da alma
Glorificação

*Extraído de O Poder da Santificação, CPAD, pp. 6,7.


III. Paulo regozija-se com as notícias da igreja de corinto (7.2-16)

• “O relatório trazido por Tito era animador. Mais que isso, Paulo alegrou-se ao ver a felicidade de Tito. Os crentes coríntios deram as boas-vindas a Tito, recebendo-o com temor e tremor. Pela maneira como reagiram e obedeceram os coríntios recrearam o espírito de Tito. Paulo tinha lhe assegurado que eles reagiriam assim. O que Paulo disse na carta dolorosa era verdade. Mas as coisas boas que disse sobre eles e a resposta obediente que esperava também comprovaram as verdadeiras. Isto levou Tito a lembrar-se deles com profundo afeto. Se eles não tivessem dado as boas-vindas a Tito, Paulo teria ficado desconcertado, envergonhado de se gloriar em algo que ele esperava que acontecesse. Mas ele não esperava ficar envergonhado, pois sabia que eles criam na Palavra de Deus. Ele sabia que estavam cheios com o Espírito Santo. Eles estavam em Cristo e Cristo estava neles. Visto que se provaram pela obediência e pela coragem em corrigir os erros tratados na carta dolorosa, ele se regozijava de poder depositar confiança absoluta neles” (HORTON, Stanley M. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções. Rio de Janeiro, CPAD, pp. 216,217).

Extraído de:
HORTON, Stanley M. I & II Coríntios. 1 ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p. 203.

HOLLOMAN, Henry. O Poder da Santificação. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro, CPAD.

Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD.

Feira do livro em Cuba tem mini-Bíblia de 1 cm de altura

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010



Feira do livro em Cuba tem mini-Bíblia
Edição de 1 centímetro de altura foi mostrada em Havana.
Ela foi publicada por uma editora peruana.


Cubana mostra 'mini-Bíblia' durante a 19ª Feira Internacional do Livro em Havana. O livro, de 1 centímetro de altura, é da editora peruana Chirre. (Foto: AFP)

FONTE:http://g1.globo.com

ENSINADOR CRISTÃO 2CORÍNTOS LIÇÃO 8





LIÇÃO 8





EXORTAÇÃO À SANTIFICAÇÃO


Paulo trata nesta lição acerca da santidade. Em nossos dias, muitas pessoas crêem que santidade é sinônimo de isolamento ou reclusão, ou ainda o hábito de seguir determinados costumes ou colocar determinadas roupas.
Biblicamente falando, santificação é o ato pelo qual nos separamos das coisas deste mundo para viver para Deus neste mundo. Se reclusão fosse sinônimo de santidade, pessoas que vivem atrás das grandes, mesmo sem Jesus, seriam as mais santificadas deste mundo. Nesta lição, a ênfase recai sobre relacionamentos pessoais.

RELACIONAMENTOS QUE NÃO DÃO CERTO. A Bíblia é bem clara quanto a certas combinações que não procedem de Deus.
O Senhor trata da separação entre seu povo e o mundo de forma muito radical e necessária. Para que tenhamos uma idéia da necessidade desta separação, o Antigo Testamento proibia que a terra fosse arada por dois animais de espécie diferente (lembremo-nos de que espécie é diferente de gênero. A espécie humana é dividida em dois gêneros, o masculino e o feminino). Um boi não poderia arar a terra com um jumento (Dt 22.10), pois eram animais de espécie diferentes, e essa diferença impediria que esses animais trabalhassem de forma correta e em harmonia. Da mesma forma, Paulo mostra que a convivência íntima com pessoas incrédulas pode prejudicar a nossa comunhão com Deus e nossa santidade. Para que essa questão seja bem assimilada pelos crentes coríntios – e por nós também, Paulo faz cinco perguntas retóricas (aqueles questionamentos onde quem pergunta não tem intenção de receber a resposta, mas que ao mesmo tempo, provocar na audiência um alto impacto e chamar para o palestrante a atenção).A estas perguntas espera-se um sonoro “não”, pois fica claro que um cristão tem “tanta” comunhão com um não-cristão quanto Cristo,o príncipe de vida,e Belial, o príncipe do mal. Esta “comunhão” é mais visível no relacionamento do casamento,onde a convivência é íntima e a relação tende a atrapalhar a vida religiosa e espiritual dos cônjuges. Paulo trata da severidade desta situação avisando que não existe comunhão entre crê em Cristo e quem não crê. Paulo não trata aqui de exercer relações de negócios,pois reconhece que se este fosse o caso, seria preciso que saíssemos deste mundo: “Já por carta vos tenho escrito que não vos associeis com os que se prostituem;isso não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos,ou com os roubadores, ou com os idólatras;porque então vos seria necessário sair do mundo”, 1Co 5.9-10. Portanto, a melhor referência ao que Paulo está tratando é em relação ao casamento entre um servo de Deus e uma pessoa não-crente.
Como o casamento não é um campo missionário, esse tipo de diferença com certeza irá destruir a relação dos cônjuges.





*Extraído da Revista Ensinador Cristão, Ano 11 N° 41, CPADA, Pr. Alexandre Coelho

HAVIA MORTE ANTES DE ADÃO?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Por Dr. John Ankerberg e Dr. Norman Geisler

Tradução: Juliana Cambiucci Pereira

HAVIA MORTE ANTES DE ADÃO?



Os defensores [do Criacionismo] da Terra Nova[1] negam que haveria morte antes da queda de Adão. Eles afirmam que a Bíblia declara que a morte veio apenas após Adão como resultado do seu pecado: “da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Rom. 5:12; cf. 8:20-22).

Dr. Geisler responde dizendo que há vários problemas nesse argumento. Primeiro, Romanos 5:12 não diz que todos os animais morrem por causa do pecado de Adão, mas que apenas “todos os homens” morrem como conseqüência. Segundo, Romanos 8 não diz que os animais morrem como resultado do pecado de Adão, mas que apenas a criação “foi submetida à inutilidade” como resultado disso (v.20). Terceiro, se Adão comia qualquer coisa – e ele tinha que comer para sobreviver – então ao menos as plantas deveriam morrer antes do seu pecado. Quarto, e finalmente, a evidência de fósseis indica que os animais morriam antes dos humanos morrerem, de modo que o homem se encontra no topo do Estrato Geológico (mais recente), e os animais então em níveis inferiores do Estrato (mais antigos).

Deixe-me acrescentar alguns pensamentos adicionais aos que o Dr. Geisler escreveu:

Romanos 5:12 diz: “Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram”. Aqui aprendemos:

1) Através do ato de rebelião de Adão o pecado entrou no mundo.

2) A morte resultou do pecado – mas para quem?

3) A morte se difundiu por todos os homens.

4) A morte se difundiu por todos os homens porque todos pecaram.

5) Note, não diz que a morte se difundiu para todos os animais – e sim para todos os homens.

6) Além disso, que tipo de morte o Apóstolo Paulo fala? Lembre-se a Bíblia descreve 5 tipos de morte:

a) Morte física – a morte do corpo (Tiago 2:26)

b) Morte espiritual ou separação de Deus (Rom. 6:23; Ef. 4:18).

c) Morte eterna - a segunda morte (Ap. 20:14).

d) Morte para a lei (Rom. 7:14).

e) Morte para o pecado (Rom. 6:12)

Em Romanos 5:12, o Apóstolo se refere primariamente a “b” – morte espiritual. Genesis 2:15-17 nos diz o porquê:

O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo. E o Senhor Deus ordenou ao homem: ‘Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá.

Deus disse especificamente para Adão e Eva que no dia em que eles comessem do fruto proibido eles certamente morreriam. Eles morreram fisicamente naquele dia? Não. Depois de pecarem, Adão e Eva continuavam caminhando. De fato, Adão viveu 930 anos de idade. Eles cultivaram a terra e tiveram filhos.

A morte especificada em Gênesis 2 e 3 por Paulo, em Romanos 5 deve ser a morte espiritual. Quando Adão pecou, ele instantaneamente “morreu” como Deus tinha dito. Ele permaneceu vivo de forma física, mental, voluntária e emocional, mas espiritualmente ele morreu. Isto é, o homem quebrou sua companhia harmoniosa com Deus e iniciou sua inclinação ou propensão ao pecado (seu lugar apropriado abaixo de Deus). Esta é a chamada “Doutrina do Pecado Original” (não um pecado em particular, mas a tendência inerente ao pecado entrou no reino humano quando o homem se tornou pecador por natureza).

Considerando:

1) A morte pelo pecado a que Paulo se refere não é equivalente à morte física. Se fosse, Adão e Eva teriam fisicamente morrido no dia em que comeram da árvore. A Bíblia fala primeiramente da morte espiritual resultando do pecado.

2) Apenas os humanos mereceram o título de “pecadores”. Apenas os humanos podem sofrer a morte através do pecado. Animais não pecam e não são chamados de pecadores na Bíblia. Além disso, não é oferecido aos animais o presente da vida eterna se eles se arrependerem.

3) A morte que Adão experimentou está cuidadosamente qualificada pelo Apóstolo Paulo em Romanos 5:12. Ele escreveu “a morte veio a todos os homens” – não para todas as plantas e animais – apenas para seres humanos.

Note também em Romanos 5:18 “Conseqüentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens.” Aqui, Paulo fala sobre a queda do homem, sua morte espiritual e separação de Deus e a salvação de Deus através da morte de Cristo para conceder a salvação que pode encobrir o pecado de todos os homens. Eles devem receber esse presente pela fé em Cristo.

4) Além da morte espiritual, o homem se tornou mortal, sujeito às misérias dessa vida, e excluído da possibilidade de existir fisicamente para sempre. Em outras palavras, como resultado da Queda, Deus condenou Adão a uma expectativa de vida limitada e ao fato certo da morte física no futuro. Deus retirou o acesso à árvore no jardim que dava a Adão e Eva o potencial para a vida física eterna. Como sabemos? As Escrituras nos dizem em Genese 3:22-24.

Então disse o Senhor Deus: "Agora o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Não se deve, pois, permitir que ele tome também do fruto da árvore da vida e o coma, e viva para sempre". Por isso o Senhor Deus o mandou embora do jardim do Éden para cultivar o solo do qual fora tirado. Depois de expulsar o homem, colocou a leste do jardim do Éden querubins e uma espada flamejante que se movia, guardando o caminho para a árvore da vida.

Aparentemente, Adão e Eva tinham o potencial para a vida física eterna antes, e mesmo após pecarem. John MacArthur comentou em seu Estudo da Bíblia em relação a esses versos:

Deus disse ao homem que ele certamente morreria se comesse da árvore proibida. Mas a preocupação de Deus também pode ter sido de que o homem não vivesse para sempre em sua condição lamentável e amaldiçoada. Tomado no contexto mais amplo da Escritura, expulsar o homem e sua esposa do jardim foi um ato de graça misericordiosa prevenindo-os de serem sustentados para sempre pela árvore da vida.

Novamente, antes da Queda, Deus fez provisões para Adão e Eva sustentarem suas vidas físicas para sempre; mas após desobedecerem a Deus, não apenas lhes sucedeu a morte espiritual imediata, como também Deus os amaldiçoou e lhes disse que iriam, um dia, morrer fisicamente por terem sido excluídos da árvore da vida.

Em Gênesis 3:17-19 está escrito: “E ao homem declarou: ‘Visto que você deu ouvidos à sua mulher e comeu do fruto da árvore da qual eu lhe ordenara que não comesse, maldita é a terra por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida. Ela lhe dará espinhos e ervas daninhas, e você terá que alimentar-se das plantas do campo. Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó, e ao pó voltará’.”

Todos os Cristãos acreditam que quando Adão e Eva pecaram, trouxeram a morte espiritual imediata e a certeza da futura morte física. Os Cristãos também acreditam que o pecado original veio à existência naquele tempo. Além disso, Cristo é o único meio para a condição pecaminosa do homem. Mas os fatos não autorizam que os Cristãos creiam que a vida animal e vegetal morressem apenas após Adão e Eva pecarem.

Mas como a Queda afetou a natureza? Qual é o significado de Romanos 8:20-22, onde isso se expressa: “Porquanto a criação ficou sujeita à vaidade [futilidade], não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora;”

As palavras “futilidade” ou “vaidade” referem-se à inabilidade de alcançar um objetivo ou propósito. Toda a criação é personificada para ser, como foi, esperançosa pela transformação de sua maldição e seus efeitos. Por causa do pecado do homem, Deus amaldiçoou o universo físico e agora nenhuma parte da criação realiza inteiramente o propósito original de Deus.

Alguns interpretam esse verso dizendo que o pecado de Adão conduziu para dentro da criação todo o tipo de deterioração natural, dor e morte. Eles supõem que a lei da entropia que descreve a diminuição da ordem no universo, não tinha efeito até o pecado de Adão e Eva. Baseado nessa hipótese, o tempo entre a criação do universo e a queda de Adão e Eva deve ser breve para explicar por que as evidências físicas não mostram nenhum período em que a deterioração e a morte não estavam em operação.

Mas existem vários problemas com essa interpretação. Primeiro, se alguém sustenta a hipótese do dia de 24 horas, em que Deus levou seis dias para criar tudo, então, de acordo com Romanos 8:22, “toda a criação” deve incluir o universo e todas as estrelas. Mas se assim for, as estrelas não brilharam após o primeiro dia? Os físicos insistem que as estrelas estavam brilhando e que a entropia estava ocorrendo naquele ponto. Se esse for o caso, então a deterioração estava presente desde o primeiro dia.

Como o Dr. Hugh escreveu em The Genesis Question [A Questão de Gênesis]:

Quando consideramos que a segunda lei da termodinâmica é essencial para a existência da vida, essencial para a alimentação, mobilidade e outras atividades incontáveis que a maioria de nós concorda ser agradáveis e boas, não vemos razão para sugerir que a lei deve ser julgada como ruim. As leis da termodinâmica foram incluídas quando Deus declarou Sua criação como “muito boa” (Genesis 1:31).

Devemos ser cuidadosos, porém, para não confundir a criação muito boa de Deus com Sua melhor criação, ou mais especificamente, o objetivo final para Sua criação. Na nova criação não haverá leis da termodinâmica – nenhuma deterioração, nenhum frustração, nenhum gemido, nenhum sofrimento (veja Apocalipse 21:1-5). As leis da termodinâmica são boas, apesar do “sofrimento”, da “frustração” e “gemidos”, porque elas são parte da estratégia de Deus para preparar Sua criação a aproveitar as bênçãos e recompensas da nova criação.

Então, se Adão e Eva fizeram algum trabalho no Jardim, então uma perda de energia e uma certa quantidade de deterioração estava presente. Por quê? Porque o trabalho é essencial para a respiração, circulação do sangue, contração muscular e digestão do alimento. Esses são todos processos que virtualmente sustentam a vida. Adão estava trabalhando, supervisionando o Jardim do Éden (Gen. 2:15) antes de pecar. Então, Romanos 8:20-22 não poderia indicar que o pecado de Adão iniciou todo o processo de deterioração.

Quando Paulo se refere ao “gemido” da criação, a que outros efeitos da maldição ele se refere? Poderia ser que em Genesis 1:28 Deus ordenou ao homem que supervisionasse o ambiente, mas como o homem pecou, o ambiente foi arruinado. O efeito do homem no ambiente é aproximadamente análogo ao resultado de mandar uma criança de 2 anos de idade arrumar o armário. Deixado de lado, o armário se tornará menos arrumado devido à tendência natural à decadência e à desordem. Entretanto, tipicamente, a criança de 2 anos de idade irá apressar o processo de decadência e desordem. Isaias 24:5 descreve a destruição do planeta que resulta da insubordinação do ser humano a Deus. Da mesma forma como se deve esperar que uma criança de 2 anos cresça um pouco antes que ajude a arrumar o armário, a criação também espera que a raça humana experimente os resultados de Deus subjugar o problema do pecado.

Mesmo os pais da Igreja, como Orígenes, que viveram de 185 a 254 d.C., interpretaram Romanos 8:20-22 indicando que a decadência estava em vigor no mundo natural desde a criação do universo. Visto que Orígenes precedeu a descoberta científica das leis da termodinâmica e entropia (que inclui o princípio da decadência) por centenas de anos, está claro que ele não surgiu com sua interpretação como resultado de uma tentativa de adaptação às modernas teorias científicas de seu tempo.

Existem outras razões que nos dizem que a dor física e a decadência devem ter existido antes da Queda? Sim. Em Gênesis 3:16 Deus disse à Eva “Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos.”. Ele não diz “introduzir”. Ele diz, “aumentar” ou “multiplicar”, implicando que deve ter havido alguma dor em qualquer caso.

Como Philip Yancey mostrou tão claramente em seu livro Onde está Deus quando chega a dor? (Editora Vida), alguma dor é boa. É bom que quando eu coloco minha mão no fogo, a dor me avise do perigo. Se a dor não estivesse ali, não saberia que meus dedos estariam queimando. A dor é a maneira de Deus evitar que destruíssemos nós mesmos. Adão e Eva certamente tinham que usar o tato e podiam sentir dor no Jardim antes da Queda. Eles deveriam ter um sistema nervoso que os protegessem que qualquer perigo em seu ambiente no Jardim. Eles deveriam ser capazes de sentir a picada de uma abelha, ou que estavam se envenenando ou de serem furados por um espinho. Quando Adão e Eva pecaram, As conseqüências e o risco da dor e sacrifício não começaram, eles simplesmente aumentaram.

Enquanto o pecado que nós seres humanos cometemos causa naturalmente em nós uma reação negativa à decadência, ao trabalho, à morte física, à dor e ao sofrimento, e enquanto tudo isso está ultimamente ligado de alguma forma aos planos de Deus para conquistar o pecado permanentemente, não há nada nas Escrituras que nos force a concluir que nenhuma dessas entidades existiram antes do primeiro ato de rebelião de Adão contra Deus. Por outro lado, a revelação de Deus através da natureza fornece evidências decisivas de que alguns desses fatores existiram por um longo período antes da criação de Adão.

A Morte dos Animais: Como isso se relaciona com a Expiação?

Outra questão que emerge é esta. Se os animais morriam antes da Queda, isso não afeta a doutrina bíblica de Expiação? Alguns citam Hebreus 9:22, que diz, “De fato, segundo a Lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não há perdão.” Eles interpretam esses versículos para dizer que “A base da mensagem do evangelho é que Deus trouxe morte e derramamento de sangue por causa do pecado. Se a morte e o derramamento de sangue de animais (ou do homem) existissem antes de Adão pecar, então toda a base da expiação – a base da redenção – é destruída.”

Mas essa é uma interpretação bíblica defeituosa. Embora seja verdade que não há remissão de pecado sem derramamento de sangue, o sangue de Cristo, não segue necessariamente que todo sangue derramado é para a remissão do pecado. Dizer que não houve derramamento de sangue antes do pecado é cometer os mesmo erros de interpretação bíblica feita por aqueles que reivindicam que não houve tempestade antes do Dilúvio de Gênesis.

Hebreus 10:1-4 explica que o sangue dos animais sacrificados não eliminará o pecado. O sacrifício pela morte de animais foi um retrato físico da morte espiritual causada pelo pecado, que necessitava da morte como um substituto para a expiação, bem como o prenúncio do último sacrifício eficaz que Deus, ele mesmo, um dia providenciaria. Desde que a pena para o pecado é a morte espiritual, nenhum sacrifício de animais poderia sequer reparar o pecado. O crime é espiritual, então a expiação tinha que ser feita por um ser espiritual.

O derramamento de sangue antes de Adão pecar não afeta ou prejudica, de nenhuma maneira, a doutrina da Expiação. Sustentar esta doutrina central não exige de forma alguma um cenário de criação em que nenhuma das criaturas de Deus recebeu um arranhão ou um sangramento de ferida antes do pecado de Adão e Eva. Mesmo em um ambiente natural ideal, os animais seriam constantemente arranhados, picados, machucados e mesmo mortos uns pelos outros e por eventos acidentais.



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[1] Nota do Editor: Existem diversas interpretações para o significado de “dias” em Gênesis 1. O autor deste artigo critica a interpretação defendida pelos Criacionistas da Terra Nova, os quais afirmam que o mundo foi criado em seis dias literais de 24 horas.

O artigo original em inglês está no site: http://www.ankerberg.com/Articles/science/SC0707W2B.htm

Fonte:http://www.apologia.com

ENSINADOR CRISTÃO 2CORÍNTOS LIÇÃO 7

sábado, 13 de fevereiro de 2010








LIÇÃO 7





PAULO, UM MODELO DE LÍDER


O assunto liderança tem estado muito em voga na atualidade, pois nunca a necessidade de líderes foi tão sentida quanto em nossos dias, onde os padrões de referência na área de liderança têm sido profundamente questionados.
Muitas teorias acerca desse tema tem sido apresentadas em diversas escolas de administração, porém a mais importante é a que a Bíblia mostra: a liderança exercida pelo exemplo. Liderar é exercer influência.Não é dar ordens ou dividir trabalhos, mas incentivar as pessoas a agirem pelo exemplo, a fim de que o grupo consiga chegar a um objetivo comum e a grandes realizações. Paulo recomenda aos coríntios na Primeira Carta: “Sede meus imitadores,como eu sou de Cristo”, 1Co 11.1. Ele seguia o exemplo do Senhor, o líder por excelência, e esperava que os coríntios fizessem o mesmo. Paulo se declara servo de Deus em prol dos gentios, e cooperador da obra do Senhor (2Co 6.1). Ele não era o criador da obra, e sim um servo.

UMA LONGA LISTA DE TRABALHOS.Paulo era um líder que exercia influência pelo exemplo. Quando acusado de ser ministro fraco e sem histórico, deixou claro que por amor ao Evangelho sofreu mais do que os outros apóstolos. Mas Lucado o descreve na prisão, antes de sua morte: “Observe o apóstolo de Deus. Quem sabe a última vez em que suas costas sentiram o conforto de uma cama ou sua boca provara uma boa refeição? Três décadas de viagens e problemas, e o que ele havia ganho para que pudesse mostrar? Há disputas em Filipos, competição em Corinto, os legalistas estão aglomerados na Galácia. Creta é infestada de ladrões, Éfeso, de mulherengos. Mesmo alguns amigos de Paulo voltaram-se contra ele. Sem dinheiro, família ou propriedades,. Míope e exausto. Oh!Ele teve seus momentos. Certa vez falou ao imperador, mas não foi convidado a retornar. Passou alguns dias com Pedro e outros em Jerusalém, mas como não pareciam fazer muitos progressos, Paulo seguiu viagem. Nunca desistiu. Éfeso, Tessalônica,Siracusa,Malta.A única lista maior do que seu itinerário foi a de seu infortúnio.Apredejado em uma cidade e desamparado em outra. Quase afogado tantas vezes quando faminto...Ele nunca recebeu salário. Tinha de pagar suas próprias despesas nas horas vagas para equilibrar um orçamento”(MAX LUCADO,QUANDO DEUS SUSSURRA O SEU NOME,CPAD,PÁGS.32-34).Quando lemos que Paulo escreveu aos coríntios sobre sua história de ministério, vemos que ele liderou servindo e mostrando em sua vida a forma de liderar servindo. Nenhum outro apóstolo registrou seus sofrimentos de forma tão contundente por amor ao Evangelho quanto Paulo o fez.




*Extraído da Revista Ensinador Cristão, Ano 11 N° 41, CPADA, Pr. Alexandre Coelho

SETOR EDUCAÇÃO CRISTÃ CPAD-LIÇÃO 7

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010



Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

Subsídios extras para a lição 2ª Coríntios -
"Eu de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas"

1º trimestre/2010



Lição 07 - Paulo, um Modelo de Líder-Servidor


Leitura Bíblica em Classe
2 Coríntios 6.1-10


Introdução

I. Paulo se identifica como servidor de Cristo (6.1,2)

II. A abnegação de um líder-servidor (6.-10)

III. As armas de ataque e defesa de um líder-servidor

Conclusão

Palavra-chave: liderança e serviço


I. Paulo se identifica como servidor de Cristo (6.1,2)

Professor, pergunte aos alunos: “Vocês estão ávidos por servirem a Deus?” Ouça com atenção. Depois, diga que atualmente muitos querem exercer liderança, mas poucos querem servir ao Mestre. Paulo foi um homem que serviu ao Senhor. Ele tinha em seu corpo e em sua alma as marcas do seu apostolado (Gl 6.17).

Explique aos alunos que “Jesus foi o exemplo de servo, e demonstrou sua atitude servil a seus discípulos. Leia com atenção João 13.1-17. Lavar os pés dos convidados era um serviço que o criado da casa deveria realizar, quando os convidados chegassem. Mas Jesus cingiu-se com uma toalha, como os escravos deveriam fazer, e lavou e enxugou os pés de seus discípulos. Se Ele, que era o Deus encarnado, estava disposto a servir, nós, seus seguidores, também devemos ser servos dispostos a trabalhar de maneira que o glorifique. Você está disposto a seguir o exemplo de Cristo sobre servir? Há uma bênção especial para aqueles que não apenas concordam que o serviço humilde faz parte dos ensinamentos de Cristo, mas que também seguem Jesus e praticam as mesmas obras que Ele (Jo 13.17). Jesus dizia que, para ser um líder, uma pessoa deveria ser um servo. Este não é um ensino confortável para os líderes que consideram difícil servir as pessoas que ocupam posições inferiores às deles” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro, CPAD, pp. 1445,1446).


• Pergunte aos alunos: O que significa ser um líder-servirdor? Explique que “ser um líder servidor significa ser parecido com Jesus. Precisamos aprender com Ele a lidar com as pessoas, cuidar dos necessitados, dar exemplo para outros líderes iniciantes.

[...] Um líder servidor é humilde e compreensivo e não busca sua própria glória, não se empolga pelos elogios nem entra em desespero com as críticas. Ele busca o equilíbrio emocional e espiritual. Não cultiva vaidade nem se desespera diante dos opositores. Jesus lavou os pés de Judas. Pense nisso e aprenda que um líder servidor é aquele que é capaz de lavar os pés até do traidor. É um líder capaz de perdoar as fraquezas dos liderados e dos adversários. [...] Um líder servidor é servo dos demais sem nenhum demérito” (FERREIRA, Israel Alves. As Emoções de um Líder: Como Administrar as Suas Emoções. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009. p.79).

Observe alguns dos obstáculos que impedem o líder de ser um líder-servidor:

a) O orgulho. Exagerada apreciação de si mesmo, altivez, arrogância (Rm 12.3).

b) Autopromoção. Vangloriar-se, assumir todo o mérito, exibir-se, dominar a conversa, exigir toda a atenção.

c) Medo. Insegurança quanto ao futuro gera uma auto-proteção patológica.

d) Auto-proteção. Esconder-se atrás da posição, sonegar informação, intimidar os outros, acumular prestígio e rendimentos, desencorajar reações sinceras (FERREIRA, Israel Alves. As Emoções de um Líder: Como Administrar as Suas Emoções. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009. p.79.

II. A abnegação de um líder-servidor (6.-10)

• “Paulo recomenda o seu ministério, primeiramente, na muita paciência. Esta qualidade, muito ressaltada por Jesus (Mt 10.22) e certamente significativa para Paulo, coloca-se no topo de três grupos de provações. O primeiro grupo, no versículo 4, apresenta os sofrimentos de Paulo em termos gerais. Eles podem se referir àquelas dificuldades que são independentes do agente humano, e incluem aflições, todas as experiências de pressão física, mental ou espiritual que talvez possam ser evitadas; necessidades, que não possam ser evitadas; e angústias, das quais não é possível escapar.

O segundo especifica os sofrimentos em particular que são infligidos pelos homens. Paulo se esforça para recomendar a si mesmo como um servo fiel de Deus ‘mostrando a suprema paciência entre’ açoites, prisões e tumultos. O terceiro consiste daquelas disciplinas que ele impôs a si mesmo para a proteção da sua missão: nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns. O grande apóstolo, para o bem do evangelho, frequentemente:

1. Cansava-se até o ponto de exaustão;

2. Diminuía as suas horas de descanso para dedicar mais tempo ao ministério da Palavra e à oração.

3. Negligenciava as suas refeições quando o trabalho era urgente.” (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p. 438).

• “Em meio a todos os sofrimentos, Paulo continuou cultivando qualidades de pureza, inclusive a sinceridade, como também a integridade nas questões financeiras; ciência, especialmente no seu modo de levar as pessoas ao conhecimento de Deus pelo Evangelho; longanimidade, usando de autocontrole em lidar com pessoas difíceis e circunstâncias difíceis; e benignidade, como benignidade, paciência e longanimidade de Deus (cf. Rm 2.4)” (HORTON, Stanley M. I e II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p. 215).

Extraído de:
HORTON, Stanley M. I & II Coríntios. 1 ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p. 203.

FERREIRA, Israel Alves. As Emoções de um Líder: Como Administrar as Suas Emoções. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro, CPAD.

Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD.