sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
POR REV.HERNANDES DIAS LOPES
O casamento é cenário de muitas lutas. Muitas vezes, o jardim florido da poesia e do amor vai se tornando cinzento, como um deserto cheio de cactos e espinhos. Em lugar do amor aparece a indiferença e a poesia é substituída pelo silêncio perturbador ou pela ausência de afetos. A alegria e o romantismo são sufocados por uma relação árida, eivada de agressividade. A relação outrora timbrada pela espontaneidade, torna-se mecânica, pesada e tensa. A comunicação adornada por palavras doces de amor, transforma-se num campo de guerra, onde voam as setas envenenadas da acusação, da crítica e do desprezo. O calor do abraço mergulha-se num inverno intérmino da ausência de carinho e de toque. Os que foram unidos para serem uma só carne, vivem como estranhos no ninho. Resultado? A alegria arruma as malas e vai embora do casamento!
O que fazer nessas horas? Desistir do casamento? Culpar o cônjuge por todos os infortúnios? Isolar-se cheio de auto-piedade, como uma vítima ferida? Não! Há solução de Jesus para o casamento. Veja o texto de João 2.1-11. Há aqui três princípios para restaurar a alegria no casamento. Maria foi convidada para uma festa de casamento em Caná. Lá estavam também Jesus e os seus discípulos. No meio da festa faltou vinho. Vinho era símbolo da alegria. Sem vinho a festa não podia continuar. O que fazer, então, quando o vinho acaba na festa, quando a alegria está acabando no casamento?
Primeiro, você precisa identificar o problema – Maria com a sua percepção feminina logo viu que o vinho havia acabado. No casamento, os cônjuges precisam viver com as antenas ligadas. Precisam ter acuidade para perceber o que está acontecendo. Precisam desenvolver um discernimento profundo para fazer as leituras corretas do que está se passando na família. Há casais que parecem estar dormindo na tormenta, não querendo ver a crise que está se instalando no casamento. Há casais que quando vão acordar para fazer alguma coisa para salvar o casamento já é tarde demais. O primeiro passo para a cura é o diagnóstico exato, e quanto mais cedo, melhor. No casamento não dá para viver de aparência. As máscaras precisam cair. A realidade precisa ser enfrentada sem subterfúgios. Os problemas precisam ser identificados a fim de que possam ser resolvidos.
Segundo, você precisa apresentar o problema a Jesus – Maria, antes de falar com qualquer outra pessoa, foi a Jesus e disse: “eles não têm mais vinho”. Na crise não adianta se desesperar, é preciso buscar a pessoa certa. Muitos casais, acabam ferindo-se com acusações pesadas, minando o nome e a honra do cônjuge, esmagando a sua imagem diante das pessoas, em vez de levar o problema e colocá-lo aos pés de Jesus. Feliz é o casal que pode orar junto, derramando diante do Senhor Jesus todas as suas ansiedades, pois do seu trono de glória brota cura, restauração e uma fonte de alegria. Bem-aventurado é o casal que na crise não busca sair pela porta dos fundos, desistindo do casamento nas barras de um tribunal, mas busca solução para os seus problemas aos pés do Senhor.
Terceiro, você precisa fazer tudo o que Jesus mandar – Jesus mandou os serventes encher de água as talhas. Eles não argumentaram, não questionaram, não duvidaram, eles obedeceram. E quando obedeceram, o milagre aconteceu: a água se transformou em vinho, e vinho da melhor qualidade. Não basta apenas levar os problemas a Jesus, é preciso fazer o que ele manda. Muitas vezes, a palavra de Jesus parece conspirar contra a nossa lógica. Os serventes podiam pensar: “nós precisamos de vinho e não de água.” Mas a fé obedece mesmo quando não entende. A fé vê o invisível, alcança o inatingível e toma posse do impossível. A palavra de Maria aos serventes é cheia de sabedoria: “fazei tudo o que ele vos disser.” Eles fizeram e a alegria voltou àquela festa. E quando Jesus fez o milagre, o vinho foi de melhor qualidade que o que estava sendo servido. Quando Jesus devolve a alegria a um casal, o melhor sempre vem depois: o deserto se transforma em jardim, o vale seco em manancial, o choro em alegria, a indiferença em amor, o silêncio em dinâmica comunicação e a tristeza em alegria indizível!
FONTE: http://hernandesdiaslopes.com.br/2004/08/o-que-fazer-quando-a-alegria-esta-acabando-no-casamento/
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