sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
POR REV.HERNANDES DIAS LOPES
A família é uma instituição divina. Sua instituição precede ao estabelecimento da Igreja e do Estado. Deus é o edificador da família (Sl 127.1). As instruções para se edificar uma família sólida emanam da Palavra de Deus. Ignorar ou mudar essas instruções é conspirar contra a estabilidade e saúde da família. Deus confiou ao homem uma posição vital na família. A Bíblia diz que Deus colocou o homem como cabeça da mulher (Ef 5.23). Uma família não pode ser acéfala nem bicéfala. Ser cabeça, entretanto, não é assumir uma atitude despótica. A mulher não é inferior ao homem. Ambos foram criados por Deus e são imagem e semelhança de Deus. Ambos desfrutam da mesma condição diante do Pai e têm acesso à mesma graça. Cristo como cabeça da igreja a serviu e morreu por ela. O padrão de liderança do homem não é a do domínio pela força, mas da liderança pelo exemplo. Como cabeça da igreja Cristo a amou e a si mesmo se entregou por ela. Desta forma, o marido deve amar sua mulher como Cristo amou a igreja. Como deve ser o amor do marido pela esposa?
1. Um amor perseverante - Cristo amou os seus discípulos, e amou-os até o fim (Jo 13.1). O existencialismo de Vinicius de Morais diz que o amor é eterno enquanto dura. Esse amor é um simulacro e um arremedo do verdadeiro amor. É paixão fugaz que se desfaz com o sinal da primeira crise. O amor do marido pela esposa deve ser mais forte do que a morte. Nem mesmo as águas turbulentas dos oceanos podem afogálo.
2. Um amor sacrifical - O marido deve amar a esposa como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela (Ef 5.25). O amor verdadeiro é uma entrega, uma oferta e um sacrifício. O amor não é egoísta. Ele não visa seus próprios interesses. Ele não é egocentralizado, mas outrocentralizado. O marido não busca prioritariamente sua própria felicidade, mas esforça-se para fazer sua esposa feliz.
3. Um amor santificador - Cristo amou a igreja e se entregou por ela para santificá-la (Ef 5.26). Assim deve ser o amor do marido pela sua mulher. O amor do marido santifica a esposa. Uma mulher amada pelo marido fica livre de muitas tentações e perigos. O amor do marido protege a esposa de muitas armadilhas. O amor do marido abençoa espiritualmente a esposa. O marido deve ser a pessoa que mais influencia a vida espiritual da esposa.
4. Um amor altruísta - O apóstolo Paulo diz que quem ama a sua esposa a si mesmo se ama (Ef 5.28). Se amar a esposa é amar a si mesmo, ferir a esposa é ferir a si mesmo. Marido e mulher são uma só carne. Promover um é promover o outro. Machucar um é atingir o outro. Paulo diz que o marido deve amar sua esposa como a seu próprio corpo, e diz ainda que ninguém jamais odiou a sua própria carne (Ef 5.29). Quando o marido fere a esposa com palavras e atitudes, está abrindo feridas em sua própria alma. Quando, porém, ele a abençoa com palavras e gestos, está fazendo investimentos benditos em sua própria vida.
5. Um amor romântico - Paulo diz que em vez do marido ferir a esposa, ele deve alimentá-la e dela cuidar (Ef 5.29). A palavra cuidar usada em Efésios 5.29 só aparece outra vez no Novo Testamento, em 1 Tessalonicenses 2.7 e ali é traduzida como “acariciar”. É do propósito de Deus que o marido seja um homem carinhoso com sua mulher. Ele deve tratá-la com honra, com sensibilidade e com afeto. Nada machuca mais uma mulher do que seu marido ser rude com ela em palavras e atitudes. Um casamento feliz se constrói com amor e o amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba (1Co 13.4-8).
FONTE: http://hernandesdiaslopes.com.br/2008/05/o-papel-do-marido-no-casamento/
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