FAMÍLIA:Projeto de Deus,a base, o núcleo natural e fundamental da sociedade

domingo, 31 de janeiro de 2010


FAMÍLIA:
Projeto de Deus, a base, o núcleo natural e fundamental da sociedade. (Parte I)

POR UZIEL SANTANA



"Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os
abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeita-a; dominai (...). Viu Deus tudo
quanto fizera, e eis que era muito bom."
(Bíblia Sagrada, Livro do Gênesis, 1:27-28, cerca de 1.500 a.C.)
“Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o
direito de contrair matrimônio e fundar uma família. (...) A família é o núcleo natural e fundamental da
sociedade
e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.”
(Declaração Universal dos Direitos Humanos – ONU – 1.948, art. XVI, “1” e “3”)
“A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.”
(Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, art. 226)
“O casamento estabelece comunhão plena de vida (...). O casamento se realiza no momento em que o
homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal e o juiz os
declara casados.”
(Código Civil Brasileiro, 2002, arts. 1.511 e 1.514)
Entre os textos em epígrafe há um núcleo principiológico de significação que, além de
essencial, fundante, intangível e inelutável, exprime, valorativamente, o ideário moral e cultural da
nossa societas, qual seja: a família natural é constituída pela união matrimonial do homem e da
mulher e, uma vez assim constituída, passa a ser instituição basilar e fundamental para a
existência de nossa sociedade. E mais: por assim ser, dada a sua importância e indispensabilidade,
goza de especial proteção do Estado.
Há nesses documentos históricos – de natureza cristã, científica e jurídica – a atestação,
contundente e peremptória, de que a família natural – aquela que pode ser fecunda, conforme o
mandamento bíblico – tem sido e é sim – em toda a história da humanidade – o bem maior, a
ratio essendi (isto é, a razão essencial) da sociedade, como se houvesse – e de fato há – uma
implicação lógica de causa e efeito, qual seja: não há sociedade sem família, de modo tal que a
família seria o antecedente necessário do conseqüente lógico que é a sociedade.
Não é por outra razão que, entre os romanos, a máxima capacidade jurídica e social de
uma pessoa se realizava com a obtenção – em ordem e grau de plenitude jurídico-social – do
“status libertatis”, depois do “status civitatis” e depois do “status familiae”. Traduzindo: a
plenitude do ser humano e da condição social, para os romanos, dava-se, em primeiro lugar, com
a assunção do “estado de liberdade”, depois com a assunção da condição e “estado de cidadão” e,
em terceiro lugar, como ápice e razão de ser do romano, com a assunção de uma posição dentro
de uma família (familia communi iure), o que seria o seu “estado de família”.
Nesse mesmo contexto histórico da antigüidade, a noção de “Família”, como base da
sociedade, é ainda mais clara, porque, como não havia “Estado” – como organização jurídica nos
moldes em que temos hoje – era no seio dela – da “Família” – que as relações políticas e jurídicas
se iniciavam e se consolidavam, de modo que a tradição jurídica e cultural de cada comunidade
era transmitida, oralmente, dos pais para os filhos. A preservação da comunidade e a continuidade
dos seus valores e tradições ficava a cargo das famílias. Percebamos, então, que papel essencial
exercia, historicamente, a instituição “Família”, neste contexto. Os judeus, por exemplo, em suas
entidades familiares, conservavam as tradições e valores fundantes da sua comunidade através do
“midrash” que era uma espécie de narrativa oral, transmitida de pai para filho, cujo objetivo maior
era interpretar e aplicar, mais facilmente, na vida diária, os ensinamentos da Torá.
Percebe-se, em tudo isso, que as crianças e adolescentes tinham referenciais claros para
serem seguidos. Havia uma distinção mais nítida, perceptível e elucidativa entre o que é bem e
mal, certo e errado, belo e feio, verdade e mentira. Os pais eram os arquétipos e modelos a serem
seguidos pelos filhos. Era em casa, no lar, que as virtudes eram ensinadas e exaltadas, do mesmo
modo que os vícios eram reprovados e corrigidos. Havia amor, respeito, ordem, disciplina,
consideração, dignididade e honradez familiar. Infelizmente, não mais tem sido assim. O que era a
“Família”? O que é a “Família”? E no que está se tornando a “Família” são questões que
precisamos, urgentemente, (re)discutir e (re)dimensionar.
Sob o prisma científico, resta, também, comprovado hoje que é no seio da “Família” que
atingimos a plenitude da nossa formação física, moral, cultural e intelectual. É exatamente por isso
que as chamadas Ciências Humanas – assim como também, as Ciências Sociais e Aplicadas –
olham, objectual e cognitivamente, a instituição “Família” como uma forma de organização
elementar dos indivíduos, cujas funções – proteção psicossocial; socialização; geradora de afeição;
proporcionadora de segurança, aceitação pessoal, satisfação e de sentimento de utilidade;
asseguradora da continuidade das relações sociais; impositora de disciplina, autoridade e do
sentimento do que é correto – são essenciais para o desenvolvimento do ser humano, do ser
social e da sociedade.
A psicologia, neste sentido, afirma que é no seio da “Família” que se constitui o sujeito e se
estabelece os parâmetros comportamentais que vão dominar as relações sociais (Freud, em
“Totem e tabu”, 1913). Não é por outra razão que este mesmo Freud afirmou que, com a morte
do pai, o sentimento que veio à tona nele é o de que, apartir daquele momento da morte, ele
estava sendo desenraizado (Carta a Wilhelm, em 1895).
A sociologia e a antropologia atestam no mesmo sentido a importância vital da “Família”
para a sociedade porque esta é um tipo de instituição social que se encontra em todos os
agrupamentos humanos, mesmo que variem as estruturas e funcionamento, de tal modo que
podemos, sociológica e antropologicamente, afirmar que a família é ínsita ao conceito de
sociedade. É inelutável afirmar que não existe sociedade sem famílias. A questão maior é indicar
que tipo de “Família” é essa que se tem constituído neste momento pós-moderno.
Todo esse entendimento cultural e científico sobre a “Família” foi incorporado no nosso
Sistema Jurídico, porque, como sabemos, este é consubstanciado nos valores principiológicos e
nos preceitos normativos que a sociedade adota. É a sociedade, em sua maioria, quem decide
sobre eles – os princípios e os preceitos jurídicos. Por isso que o nosso legislador constitucional e
infranconstitucional – assim como o próprio Direito Internacional – reconhecem a “Família” como
instituição máter e basilar de uma sociedade. Foi o que vimos nos texto da epígrafe do presente
ensaio.
No entanto, apesar do reconhecimento bíblico, científico e jurídico de que a “Família” é a
base e o núcleo natural e fundamental de uma sociedade, infelizmente, temos vivido sob a égide
de um momento cultural – chamado filosoficamente de pós-modernismo – onde os princípios,
valores e virtudes da “Família” estão sendo, ainda mais, relativizados e destruídos.
O “ainda mais” é no sentido de que, se olharmos para esta mesma história da humanidade,
com um olhar apurado, a fim de se ir além do meramente aparente, em busca do que é latente,
perceberemos que, em realidade, ao longo dos séculos, há, nitidamente, uma lenta e gradual
transformação desconstrucionista do conceito e valores da instituição “Família”, de tal modo que,
seguramente, podemos assentir que aquilo que se chamava de “Família” antes é quase a antítese
do que se quer chamar hoje. É como se houvesse uma completa inversão de valores, de tal
maneira que a “Família” que querem formar hoje é a anti-família de antes. Porque se a “Família”
de antes era aquela formada por homens e mulheres que estabeleciam um compromisso sério,
diante de Deus, das autoridades legais constituídas e de toda a sociedade – um verdadeiro
consortium omne vitae (consórcio para a vida toda), como diziam os romanos – e criavam os seus
filhos, dignamente, cultivando a formação, neles, de valores ético-cristãos, a “Família” que se quer
formar hoje, já não é mais assim. Na realidade, a “Família”, nos moldes em que se propõe hoje,
tem se tornado, tão-somente, um vínculo formal de ajuntamento de pessoas – homem-mulher ou
mesmo homem-homem ou mulher-mulher ou, somente, homem com filho ou mulher com filho –
com vistas à individuação do patrimônio e estabelecimento de uma entidade de relações
consumeristas.

-Cristão, Advogado e Professor da UFS http://www.uzielsantana.pro.br/

O VERDADEIRO PODER DA IGREJA

sábado, 30 de janeiro de 2010




O verdadeiro poder da Igreja



César Moisés de Carvalho



“Pois também te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18).

Em julho de 1999, no 1º Seminário de Escritores Evangélicos, promovido pela CPAD, lembro-me de uma recomendação do Pastor Antonio Gilberto – sobre a importância de se conhecer as línguas originais em que a Bíblia foi escrita – seguida da indicação (estávamos na filial da CPAD em Vicente de Carvalho/RJ) de dois livros sobre sintaxe do hebraico. Apesar de meu conhecimento do assunto não ter avançado quase nada, mantenho um bom costume durante anos: verificar o verdadeiro sentido do texto bíblico. Para isso leio o mesmo texto em diversas versões da Bíblia, consulto dicionários bíblicos, inclusive com o significado dos termos originais e sempre pesquiso um bom comentário. Por quê? Para não cometer atrocidades com o texto bíblico e inverter sua mensagem original.

Esse problema, em que pese às opiniões contrárias, pode ser fruto de, ao menos, três causas:

1 – Ignorância ou desconhecimento;

2 – Falta de dedicação ao estudo da Palavra;

3 – Distorção deliberada do texto.

Apesar de as três formas apresentarem resultados praticamente comum – o prejuízo dos ouvintes – as duas primeiras podem ser “facilmente” resolvidas com o aconselhamento, o mesmo não valendo para o terceiro caso, pois é algo que parte de alguém que conhece, mas que, para tirar vantagens próprias ou institucionais, dá sentido distinto do original a fim de manter-se ou manter a instituição no domínio. Lamentavelmente, essa forma de “interpretação” bíblica é largamente utilizada.

No que diz respeito ao texto bíblico que abre esta reflexão, sabemos das diversas distorções as quais ele tem sido submetido. O primeiro e mais conhecido é a que interpreta que a “pedra” a que se refere o Senhor Jesus seja “Pedro”. Daí o apóstolo ser considerado fundador da igreja e primeiro papa. Totalmente infundada, e já bem rechaçada pelos estudiosos, dispensamos comentários acerca desta equivocada interpretação.

Uma segunda distorção – e esta sim é preocupante – é o triunfalismo institucional. Certo dia, alguém esbravejando disse que “Deus se encarrega de cumprir todos os anseios de sua igreja”, e arrematou: “Você é a igreja de Cristo irmão, pede o que quiser”. Se lermos a Bíblia com cuidado, verificaremos que, a Igreja com “I” maiúsculo é o Corpo de Cristo, e, por conseguinte, guardadas as devidas proporções e exageros do literalismo, uma extensão Sua aqui na Terra. E qual foi o modo de viver do meigo Nazareno quando esteve encarnado entre nós? Qual foi a Sua promessa para a Igreja? Será que o Senhor Jesus dotou a Igreja de um poder paralelo para arbitrariamente cumprir os desejos individualistas dos cristãos nominais da atualidade?

Essa precipitada conclusão vem da descabida “interpretação” de que com a expressão do Senhor: “[...] as portas do inferno não prevalecerão contra ela”, e também com a do próximo versículo, estava Ele beneficiando a Igreja com um poder mandatário que extrapola até mesmo a dimensão física e avança ao reino espiritual. Tudo isso, sabemos, não passa de ficção espiritual alimentada pelo pragmatismo pós-moderno – tudo é avaliado em termos de satisfação pessoal – perversão do texto bíblico e sensacionalismo barato para envolver o auditório. Somos sabedores de que desde a primeira vez que alguém quis ter poder semelhante ao de Deus, causou uma desestruturação total na ordem das coisas criadas, provando sua imaturidade em relação ao domínio e direção, que de forma soberana, só pertencem a Deus (veja Gn 3).

Como Corpo de Cristo, o verdadeiro poder da Igreja do Senhor Jesus é o poder de fazer aquilo que sua “Cabeça” determinar. Paulo escreveu que Ele – o Senhor Jesus Cristo – é “a cabeça da igreja” (Ef 1.22 e Cl 1.18). Não existe corpo ou cabeça – com vida – separados um do outro. Eles são complementares. Não obstante, o corpo só faz o que a cabeça determina. Mesmo os nossos atos mais mecânicos e orgânicos, que parecem prescindir de elaboração mental, são processados e comandados pelo nosso cérebro.

O verdadeiro poder dado a Igreja, não é político, econômico ou social, Deus não tem interesse que o Seu povo exerça hegemonia nessas áreas. É bem verdade que a Igreja teve participação direta em grandes acontecimentos da História, seu papel foi notoriamente fundamental quando isso se fez necessário. Convém entender que, para influenciar, Ela não deixou de ser Igreja para se tornar um partido político, um modelo econômico ou mesmo uma filosofia de vida, foi sendo Igreja e vivendo como tal, segundo sua natureza e cumprindo os desígnios do Senhor, que toda a diferença foi feita. E, quando na História, a Igreja se institucionalizou, misturando-se – chegando a ser confundida! – com o poder político ou o Estado, foi preciso uma reforma para que Ela voltasse ao seu propósito original.

Reconhecemos a urgência de salgar e iluminar. Mas, a despeito da proposital redundância, é preciso que o sal seja sal mesmo e a luz seja mesmo luz. Sob pena de sermos pisados por causa da falta de sabor e de rejeitados por não iluminar. Se o Evangelho, as Boas Novas, a mensagem do reino, pérola da Igreja, alcançar pessoas em pontos estratégicos da sociedade e dentro de todos os escalões, vivendo essas de forma ética e cristã, aliando a mensagem ao seu exemplo, compromisso e serviço, com a postura condizente de um membro do Corpo de Cristo, é fato que profundas transformações ocorrerão na sociedade, mas se isso acontecer, não será porque a Igreja deixou de ser o que é, mas exatamente o contrário!

“As portas do inferno não prevalecerão contra ela” – não significa que não passará por tribulações (é só ver o testemunho insuspeito da História), ou que tomará a dianteira política – quer dizer que a Cabeça garante a subsistência de Seu Corpo e, que este não será exterminado. Cabe, entretanto, avaliar no plano individual e coletivo, se somos ou não membros do Corpo. A comprovação de estarmos no Corpo de Cristo é o fato de nossas ações serem diferentes, relevantes, significativas e desprovidas do legalismo ou do assistencialismo eleitoreiro de fazer um pequeno benefício para receber algo bem maior em troca. As nossas ações serão, simplesmente, a exteriorização do que foi processado na Cabeça, pois o Corpo – estamos falando de um corpo em perfeito estado – não faz o que quer.

O poder dado à Igreja é o poder – capacitação espiritual – para executar a Obra do Senhor, poder para cumprir a Grande Comissão que Jesus Cristo a delegou. Quando faz isso – que é sua incumbência – a transformação total da realidade acontece como conseqüência. Nada pode deter a Igreja – o Corpo de Cristo – quando Ela cumpre o plano mestre da Cabeça – o Senhor Jesus – pois é exatamente isso que se espera de um organismo normal e perfeito (Ef 4.15,16).

César Moisés de Carvalho é pastor, pedagogo, articulista, conferencista, e autor dos livros Marketing para Escola Dominical – vencedor do Prêmio Arete – e O Mundo de Rebecca. Atualmente trabalha como professor da Faecad (Faculdade Evangélica de Ciências e Tecnologia da CGADB), e no Setor de Publicações da CPAD, além de pregar e ministrar palestras em todo o Brasil - principalmente - sobre Escola Dominical. Acesse os blogs do autor: http://omundoderebeca.blogspot.com e http://marketingparaescoladominical.blogspot.com

FAMÍLIA-UM BEM INEGOCIÁVEL

FAMÍLIA – UM BEM INEGOCIÁVEL


Por Celso de Castro Costa


A família é a mais antiga instituição criada por Deus, Gênesis 1.26-28; 2.18-25. É, também, a base de todas as demais instituições que compõem a sociedade humana (Igreja, escolas, hospitais, empresas, quartéis, etc.). Não é à toa que ela seja alvo dos mais terríveis ataques satânicos, desde a sua origem.

Por não valorizar este grande patrimônio, que é a família, há quem a inclua em suas negociatas políticas, financeiras e até espirituais. Nesta breve reflexão bíblica, a partir da observação de algumas alianças, veremos as terríveis conseqüências às famílias daqueles que “entregam” inescrupulosamente esse patrimônio; e ainda, veremos como restaurar, através de uma aliança com Deus, essa instituição que deve ser o primeiro e mais importante reduto da reserva moral e espiritual da sociedade humana.


ALIANÇAS NEFASTAS GERANDO A DESTRUIÇÃO DE UMA FAMÍLIA


“Então, disse a Josafá: Irás tu comigo à peleja a Ramote Gileade? E disse Josafá ao rei de Israel: Serei como tu és, e o meu povo com o teu povo, e os meus cavalos com os teus cavalos”. (1Rs 22.4)

Depois do reinado de Salomão a nação judaica dividiu-se em dois reinos: o do Norte, com capital em Samaria e conhecido como Reino de Israel; e o do Sul, com capital em Jerusalém e conhecido como Reino de Judá. Embora tivessem a mesma origem, um antagonismo espiritual se estabeleceu entre eles no que diz respeito ao governo de ambos. Todos os reis do Reino de Israel foram ímpios, enquanto que no Reino de Judá surgiram algumas ilhas de moralidade e temor a Deus (Asa, Josafá, Uzias, Jotão, Ezequias, Josias...) que levaram o povo ao quebrantamento diante do Todo-Poderoso.

Acabe liderava o Reino do Norte enquanto Josafá governava o Reino do Sul. Acabe era extremamente ímpio e, como se não bastasse, tinha por mulher a tenebrosa Jezabel. Por outro lado, Josafá era um bom rei e temente ao Senhor 2Crônicas 17.1-19; contudo, tinha uma fraqueza terrível – seu caráter era vacilante quando se tratava de alianças. Ele não “peneirava” as suas amizades. Por conta disto, duas vezes foi advertido pelo Senhor. Na primeira o profeta Jeú, após a fatídica aliança do texto acima, lhe disse: “Devias tu ajudar ao ímpio e amar aqueles que ao Senhor aborrecem? Por isso, virá sobre ti grande ira da parte do Senhor” 2Crônicas 19.2. Na segunda, após aliar-se com Acazias, filho de Acabe, Deus usou Eliezer para repreendê-lo, dizendo: “Visto que te aliaste com Acazias, o Senhor despedaçou as tuas obras...” 2 Crônicas 20.37.

O texto transcrito na abertura deste tópico relata a aliança firmada entre Acabe e Josafá. Observe que essa aliança envolvia cooperação política, no campo bélico, entre os dois Reinos contra os sírios em Ramote-Gileade, 1Reis 22.1-3. Esse acordo revelou-se trágico: Os reis perderam a batalha e Acabe foi morto, como previra o profeta Micaías, 1Reis 22.17-28.

Note, também, que essa aliança não fora firmada no campo espiritual, mas como diz o adágio popular “quem mistura-se com porcos farelo come”, tal aconteceu pois, apesar da tragédia dessa cooperação política e bélica, piores foram os desdobramentos que se verificaram nos campos moral e espiritual para a família de Josafá. Isto porque ele envolveu-se tanto com Acabe que seus filhos aprenderam o caminho da impiedade.

O texto sagrado nos revela que Jeorão, filho de Josafá, o substituiu no trono após a morte de seu pai. Sua primeira providência, depois da consolidação do Reino em suas mãos, foi assassinar todos os seus irmãos, porque ele “andou nos caminhos dos reis de Israel, como fazia a casa de Acabe; porque tinha a filha de Acabe por mulher e fazia o que era mau aos olhos do Senhor”, 2 Crônicas 21.6. Na verdade, ele assim agiu porque não queria concorrentes ao trono. Mais tarde, quando morreu, “foi-se sem deixar de si saudades”, 2 Crônicas 21.20.

Acazias, filho de Jeorão, portanto neto de Josafá, ao suceder seu pai no trono, “também andou nos caminhos da casa de Acabe, porque sua mãe era sua conselheira, para proceder impiamente” 2Crônicas 22.3. Quando, mais tarde, Acazias foi executado por Jeú, 2Crônicas 22.8, sua mãe – Atália “levantou-se e destruiu toda a semente da casa real de Judá”, 2 Crônicas 22.10. Note bem, ela matou seus netos, portanto bisnetos de Josafá; isto porque ela queria o trono e não aceitava a concorrência com seus próprios netos. Que tragédia!

Onde essa história de chacinas, dentro de uma família, iniciou-se? Resposta: Na nefasta aliança entre Josafá e Acabe. O que Josafá certamente não sabia era que, com aquela aliança política, ele estava comprometendo o futuro moral, espiritual e eterno de sua família e das gerações que dele descenderiam (filhos, netos e bisnetos), que foram assassinados.

Vimos, então, as trágicas conseqüências verificadas numa família cujo patriarca assumiu alianças humanas e políticas, com funestos resultados nas áreas moral, espiritual e de peso eterno para seus descendentes imediatos. Vejamos, agora, a faceta da aliança eterna firmada por Deus com os descendentes do rei Davi, donde descenderia o Messias de Israel e Salvador de toda a humanidade.

OS BENEFÍCIOS DA ALIANÇA QUE A FAMÍLIA ASSUME COM DEUS

“Sucedeu, pois, nos dias de Acaz, filho de Jotão, filho de Uzias, rei de Judá, que Rezim, rei da Síria, e Peca,... rei de Israel, subiram a Jerusalém, para pelejarem contra ela... E deram aviso à casa de Davi, dizendo: A Síria fez aliança com Efraim... Então, disse o Senhor... Acautela-te e aquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração por causa destes dois pedaços de tições fumegantes... Isto não subsistirá, nem tão pouco acontecerá”. (Is 7.2-7)

Como sabemos, algumas das alianças firmadas com Deus são condicionais enquanto outras são incondicionais. A aliança humana firmada entre Josafá e Acabe, teve o peso das tragédias registradas no Texto Sagrado; contudo, o desastre daquela aliança humana não abalou a aliança incondicional antes estabelecida entre Deus e Davi, 2 Sm 7.12-16, na qual o Senhor afiançara ao rei de Israel que Ele lhe faria casa, ou seja, uma dinastia, uma linhagem donde viria o Messias; e mais, que seu trono seria firme para sempre.

A partir dessa verdade bíblica é que entendemos que, apesar dos erros crassos cometidos pelo rei Josafá com suas alianças desastrosas, o Senhor Deus manteve sua parte do acordo e, da descendência de Josafá levantou seu bisneto Joás (que reinou bem durante a tutela do sacerdote Joiada), seguido de Amazias (que reinou com relativo temor de Deus), seguido de Uzias (que também governou no temor do Senhor), seguido de Jotão (que liderou com prudência), seguido de Acaz, que foi um péssimo rei, “porque andou nos caminhos dos reis de Israel e até a seu filho fez passar pelo fogo, segundo as abominações dos gentios”, 2Reis 16.3.

Interessante notarmos que, no texto de abertura deste tópico, apesar dos desvios espirituais do rei Acaz, Deus posicionou-se contra os reis da Síria e do Reino de Efraim (outro nome dado à coletividade das dez tribos do Reino do Norte – confira isto em Isaías 7.2,5,9,17; 9.9; 17.3; Oséias 4.17; 9.3-17; etc.) que haviam se arregimentado contra Judá.

Foi nesse contexto que o Senhor Deus, usando o profeta Isaías e seu filho Sear-Jasube, Isaías 7.3, empenhou sua Palavra de que enviaria o livramento para o Reino do Sul e, referindo-se àqueles dois reis como “pedaços de tições fumegantes”, afirmou que o intento deles não subsistiria. Para tanto deu um sinal, através do profeta Isaías: “Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será seu nome Emanuel”, Isaías 7.14. Esse sinal tinha duplo cumprimento: Um imediato, para aquela ocasião, através do qual uma virgem casar-se-ia, teria um filho e antes que esse filho chegasse à idade da razão, os dois reis invasores seriam destruídos, Isaías 7.16. Outro cumprimento é bem conhecido pela posteridade cristã. Uma virgem (virgem mesmo, uma jovem que não tivesse qualquer intimidade sexual com homem) conceberia e daria à humanidade nosso amado Emanuel, Deus conosco, nosso meigo Salvador e Senhor Jesus Cristo. O evangelista Mateus ratifica essa profecia de Isaías, Mateus 1.20-25.

Por que esse livramento divino, apesar dos pecados de Acaz? Resposta: Porque Deus vela por sua Palavra. Porque sua Palavra estava empenhada no surgimento do Messias a partir da descendência de Davi. Porque o cumprimento dos eternos propósitos divinos independem da ação humana, embora às vezes Ele nos queira fazer participantes desses propósitos, com planos específicos para nossas vidas, o que nos traz alegria e profunda satisfação.

Então, alguém perguntaria, Acaz foi poupado por causa da aliança divina com Davi? Resposta: NÃO. Pessoalmente Acaz foi responsabilizado por seus pecados, e o texto sagrado afirma que ao morrer “o sepultaram na cidade em Jerusalém, porém não o puseram nos sepulcros dos reis de Israel...” 2 Crônicas 28.27 (grifo meu). Contudo, a maldade de Acaz não impediu o cumprimento da aliança divina; assim como as erradas alianças humanas de seu ancestral Josafá também não impediram o cumprimento da aliança davídica e a vinda do Messias – nosso bendito Salvador Jesus Cristo.

CONCLUSÃO

Do exposto, chamo a atenção dos pais para o seguinte fato. Apesar das alianças erradas que já tenham estabelecido (com quaisquer pessoas ou espíritos), e delas tenham trazido problemas e maldições para suas famílias; esses efeitos podem ser anulados pelo poder da Cruz de Cristo. Ao valerem-se da aliança com Deus estarão assegurando a salvação e a felicidade eterna de suas famílias porque “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam”, Atos 17.30. Ou seja, os benefícios da eterna aliança com Deus, realizada no calvário, estão disponibilizados para vocês e para suas famílias.

Entretanto, devo alertá-los que incondicional foi a aliança que trouxe o Messias para a salvação da humanidade; já a aliança da Cruz é condicional, isto é, ela só terá valor para vocês e trará benefícios para suas famílias se vocês aceitarem-na. Portanto, creiam no Senhor Jesus e sejam salvos vocês e suas casas. Deus vos abençoe!

Celso de Castro Costa é pastor presidente da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Doutor Augusto de Vasconcelos (RJ).

FONTE: http://www.cpad.com.br

A RELEVANCIA DA ED NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO CRISTÃ


A relevância da Escola Dominical no contexto da Educação Cristã

INTRODUÇÃO

A Escola Dominical está inserida em um amplo contexto educacional denominado Educação cristã. A educação cristã, como instrumento de formação e aperfeiçoamento do caráter cristão, não ocorre apenas no ambiente da Escola Dominical, mas em todos os setores e seguimentos da igreja local. Nesta rica oportunidade, apresentaremos razões que justifiquem a relevância da ED como principal ferramenta de Educação Cristã na igreja.


I. É relevante em razão de sua essencialidade.

A – A Escola Dominical não é uma atividade educativa opcional, é essencial.

Em razão de a igreja estar intrinsecamente associada à educação cristã, a Escola Dominical como departamento principal de ensino, não é opcional, é vital, pois, incrementa e dinamiza todas as atividades e iniciativas educacionais e evangelísticas dos demais setores.

A Escola Dominical não pode ser considerada apenas um apêndice, anexo ou assessório na estrutura geral da igreja ou mero departamento secundário.

Ela se confunde com a própria essência da Igreja. Não é apenas parte da igreja; é a própria igreja ministrando ensino bíblico metódico, sistemático.

Desde os primórdios a Igreja Cristã perseverava na doutrina e instrução dos apóstolos. No primeiro século não havia templos. As famílias se reuniam em suas casas para orar, comungar e estudar a Palavra de Deus. Os crentes mais experientes ensinavam os neófitos basicamente de forma expositiva e em tom familiar (homilétike); explicando e interpretando os pontos mais difíceis das Escrituras de acordo com a orientação dos apóstolos e diretamente do Espírito Santo.

E hoje? A Igreja está realmente interessada em estudar a Bíblia?

B – Onde fica a ED no programa geral de nossas igrejas? Qual a sua importância?

Há algumas décadas, na maioria das igrejas tradicionais, era comum o número de matriculados na Escola Dominical ultrapassar ao de membros da igreja. O que podemos dizer das nossas Escolas Dominicais atualmente?

Enquanto as igrejas tradicionais estão repensando a ED, grande parte das igrejas pentecostais somente começaram a pensar na relevância do ensino bíblico sistemático de algumas décadas para cá.

(A CPAD através do Setor de Educação Cristã e especificamente do CAPED vem realizando um excelente trabalho de conscientização nesta área)



C – A relevância da Escola Dominical está explicita no seu principal conceito.

A Escola Dominical conjuga os dois lados da Grande Comissão dada à Igreja (Mt 28.20; Mc 16.15). Ela evangeliza enquanto ensina.

O cumprimento da Grande Comissão através da ED, pode ser visto em quatro etapas:

Alcançar – a ED é o instrumento que cada igreja possui para alcançar todas as faixas etárias. (A audiência do culto à noite, além de ser heterogênea, não tem oportunidade de refletir, questionar e interiorizar o conteúdo recebido).

Conquistar – através do testemunho e da exposição da Palavra. Disse Jesus: "...serão todos ensinados por Deus...todo aquele que do pai ouviu e aprendeu vem a mim" (Jo 6.45). A conversão é perene quando acontece através do ensino.

Ensinar – até que ponto estamos realmente ensinando aqueles que temos conquistado?

Há quem diga que o ensino metódico e sistemático é contrário à espiritualidade? Isto é verdade?

"O ensino das doutrinas e verdades eternas da Bíblia, na Escola Dominical deve ser pedagógico e metódico como numa escola, sem contudo deixar de ser profundamente espiritual."

Isto significa que devemos ensinar a Palavra de Deus com seriedade e esmero, apropriando-nos dos mais eficazes recursos educacionais que estejam à nossa disposição: “...se é ensinar haja dedicação ao ensino” (Rm 12.7b).

Treinar – devemos treiná-los para que instruam a outros.

Estas 4 etapas estão conjugadas aos 3 principais objetivos da Escola Dominical que são: ganhar almas para Jesus; desenvolver a espiritualidade dos alunos e treinar o cristão para o serviço do Mestre.



II. É relevante porque é a principal agência de ensino na igreja.

A ED é a maior agência de ensino da Igreja. Nenhuma outra reunião tem um programa de estudo sistemático da Bíblia com a mesma abrangência e profundidade. Ajustado a cada faixa etária, o currículo da ED possibilita um estudo completo das Escrituras em linguagem acessível a cada segmento, criando raízes profundas na vida de cada crente.

III. É relevante porque é uma escola que transforma.

Foi a criação da Escola Dominical, da forma como é conhecida atualmente, que mudou a face da Inglaterra, que mudou a face da Inglaterra. Crianças que antes tinham comportamento marginalizado, abandonadas à sua própria sorte, começaram a ser atraídas por Robert Raikes para reuniões sistemáticas com tríplice ênfase: social, bíblica e evangelística.

IV. É relevante porque fortalece a comunhão com Deus e entre os irmãos.

Não pode haver crescimento espiritual fora do contexto da comunhão cristã

“Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus...” (Ef 4.13).

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações (...) Todos os que criam estavam juntos...” (At 2.42,44).

A Escola Dominical propicia um ambiente favorável ao inter-relacionamento dos crentes.

Ela representa o lar espiritual onde, além do conhecimento da Palavra de Deus, compartilham-se idéias, princípios, verdades e aspirações.

V. É relevante porque é ferramenta de evangelização e discipulado.

VI. É relevante na edificação total da família cristã.

Ela não cuida apenas da formação espiritual, mas preocupa-se com a edificação geral, que inclui:

Bons costumes, exercício da cidadania e a formação do caráter

A ED complementa e, às vezes corrige a educação ministrada nas escolas seculares.

a) A ED complementa a educação cristã ministrada nos lares.

No Antigo Testamento, entre o povo de Deus, eram os próprios pais os responsáveis pelo ensino das Escrituras:

“E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimará (inculcarás) a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te” (Dt 6.6,7).

“Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos, e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te” (Dt 11.18,19).

“Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos, e os teus estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam, e aprendam, e temam ao Senhor, vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei” (Dt 31.12).

“E o terá consigo (o livro da Lei), e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos para cumpri-los” (Dt 17.19).

O objetivo final é sempre cumprir: “Sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes enganando-vos com falsos discursos” (Tg 1.22).

A grande maioria das famílias recebe pouca ou nenhuma instrução na Palavra de Deus, no lar, sob a liderança do seu chefe. Em função de a Bíblia perder seu lugar no seio da família, a igreja ficou com a grande responsabilidade de providenciar educação religiosa.

Todo o impacto desta responsabilidade caiu sobre a ED e seus oficiais. Além de aproximar pais e filhos na comunhão do corpo de Cristo, A ED introduz crianças, adolescentes, jovens e adultos no conhecimento bíblico, afastando-os da ociosidade e das más companhias.

VII. É relevante porque é fonte de genuíno avivamento.

Hilquias, o sacerdote: “Achei o livro da Lei na Casa do Senhor” (2 Cr 34.15).

É um chamamento à redescoberta do ensino da Palavra de Deus como base de todo avivamento. Não há outro caminho para manter a Igreja viva, a não ser o retorno às Escrituras, como ocorreu no tempo do rei Josias.

Marcos Tuler
Escoladominical@cpad.com.br
Tel: 21 2406-7345
21 33595633

MARKETING PARA A ESCOLA DOMINICAL





MARKETING PARA A ESCOLA DOMINICAL
Novo paradigma para a administração e organização da principal agência de educação cristã da igreja


Pr. César Moisés


INTRODUÇÃO

Já é por muitos conhecida a urgência de se repensar em um programa de (re)integração dos alunos à ED. A percepção primeira dessa realidade veio da CPAD, quando, após constatar que cerca de 80% da membresia não participava da ED, lançou, em 1996/1997, o Biênio da Escola Dominical, que teve como lema: “Achei o Livro da Lei na Casa do Senhor” (2Cr 34.15). Desde então, os avanços experimentados pelo principal Departamento da Igreja tem sido de proporções consideráveis. Entretanto, estamos em um outro momento pendular. Naquele o “Livro da Lei”, a Bíblia, livro texto da ED estava “perdido”. Nesse, a metáfora mais adequada é a analogia dos alunos com a décima dracma que foi perdida dentro da própria casa (Lc 15.8 e 9). Assim, devemos “achar” os alunos “perdidos” dentro da Igreja, para depois nos lançarmos à procura da clientela externa. Os novos tempos exigem uma postura diferente. É um novo paradigma que desponta, e devemos nos adequar à nova dinâmica. A gestão educacional da ED precisa, urgentemente, ser mudada.



O que é um paradigma

Segundo o Dicionário de Sociologia, o termo paradigma vem da lingüística. Ele aparece a partir dos estudos do lingüista suíço Saussure, nos anos 20 e nos demais que se seguiram do século XX. Saussure estabeleceu a teoria do signo lingüístico. O que são signos lingüísticos? Os signos lingüísticos são os elementos constituintes de uma língua, os quais se relacionam, ou seja, existem solidários entre si.

Pela exigüidade de espaço, não poderemos ver como aconteceu o processo de transformação da terminologia em sua completude. No entanto, relacionamos, apenas a título de informação, o momento em que o termo saiu de seu sentido original e passou a ter uma outra conotação. Segundo o mesmo léxico, a designação de paradigma passou da lingüística para a gramática, designando o modelo de uma classe gramatical. Daí, o termo paradigma passou para a linguagem em geral e entrou nas Ciências Sociais, onde tem igualmente a acepção de modelo ou matriz, de algo que serve de referência.



Qual o aspecto mais relevante do paradigma

O aspecto mais relevante reside em sua capacidade de possuir qualidades ou características que fazem dele um tipo. Isso traz ao paradigma a propensão e tendência de ser reproduzido. Na verdade esse é o seu “objetivo”. A sua carga semântica é forte, pois se liga a norma, ao conjunto de regras que regem determinada situação ou grupo, destinando-se a servir de exemplo, e assim ser imitado.



Quem ou o “que” determina o paradigma

As mudanças com suas ondas de transformações determinam as novas dinâmicas organizacionais. Essas mudanças criam o paradigma. E esse, por seu turno, cristaliza o modelo que vem com a nova onda. Como o homem, se não em todos os sentidos, mas pelo menos em alguns, é produto do meio, evidentemente que haverá o estabelecimento de um conflito no momento do mesmo ser educado “cristãmente” na ED, em contraposição com a educação laica que ele recebe durante a semana na escola. E por que partimos desse pressuposto? Por que, em tese, a escola laica se adequou aos novos tempos, ao novo paradigma educacional, e a ED não. Ela permanece sendo aquela instituição centenária que “todos” “amam”, mantida pela força da tradição, mas que não mudou em nada no sentido administrativo, pedagógico, didático, recepcional e em outras dimensões que fazem parte do bojo organizacional e estrutural da ED.

Cientes de que é inadmissível permanecer na postura passiva e resistente do paradigma de visão educacional tradicional, e levando em conta que a nossa tarefa educativa é gigantesca, pois devemos ensinar “todas as coisas que Jesus ensinou” a “todas as nações” (Mt 28.19,20), é imprescindível agora pensar em como realizarmos o nosso trabalho de maneira cristã em moldes contemporâneos.



Qual é o novo paradigma educacional

O novo paradigma educacional em vigência, é o do humanismo, da prevalecência do homem, do pragmatismo, sendo que a ênfase desse último aspecto, conforme postulou John Dewey, recai na tese fundamental de que “a verdade de uma doutrina consiste no fato de que ela seja útil e propicie alguma espécie de êxito ou satisfação”. Excetuando os elementos narcisistas e hedonistas desse pensamento, podemos extrair dele boas coisas. Por exemplo, nessa nova dinâmica a compreensão da utilidade do que se está aprendendo é fundamental para cativar alunos.

Analisando esse paradigma com as “lentes do cristianismo”, ou seja, passando a encará-lo do ponto de vista da cosmovisão cristã, é possível aproveitar esse momento em vez de ingenuamente negá-lo ou querermos resisti-lo. Persistir em um ensino homogêneo, que considera todos iguais, que não respeita as individualidades cognitivas e meramente informa, é escancarar as portas da ED e obrigar os alunos a se evadirem.



Quais as implicações desse novo paradigma para a ED

As implicações que subentendemos como mudanças a serem implementadas na ED, estão situadas em pelo menos, quatro níveis:

a) Mudança Estrutural: Esse ponto refere-se não apenas a questão física, predial e mobiliária, mas, principalmente sobre a questão organizacional, administrativa, pedagógica e grupal. A descentralização de poder deverá ocorrer de fato e direito. Mais do que nunca o conselho de Jetro está em voga (Ex 18.13-26);

b) Mudança Tecnológica: Tem se dito, com propriedade, que o analfabeto do século 21 é quem não sabe lidar com a tecnologia. E, diga-se de passagem, nesse ponto nossos filhos (e alunos) estão alguns anos luz em nossa frente. Mas isso não tem que ser necessariamente assim, urge que aprendamos a utilizar toda a parafernália tecnológica para podermos nos aproximar do “mundo” dele

c) Mudança Comportamental: Isso em todos os aspectos. No relacionamento intra e interpessoal. No tratamento com os colegas da equipe e principalmente com a clientela discente. Essa mudança comportamental deverá iniciar com os recepcionistas e ir até o pastor. Todos, sem exceção, deverão trabalhar no sentido de atrair, conquistar e manter alunos na ED;

d) Mudança de Valores: Também conhecida como “cultura educacional”. Esse aspecto é o mais importante, pois, sem mudança pessoal e interior da cultura educacional (valores) do superintendente não podemos esperar mudanças na administração ou gestão da ED. Só para exemplificar, o que o superintendente imagina que seja a ED? Uma extensão do culto? Um culto com outro nome? A ED pode, e deve glorificar a Deus, mas Ela não é um culto, é aula, atendimento informal e personalizado visando aproximar os alunos de Deus, com vistas a formá-los, tendo como modelo valorativo e transcendental o Senhor Jesus (Ef 4.11-16).



O que as pessoas esperam da ED

A “nova” visão do que é ED, na verdade, é uma readequação ao que ela sempre foi, mas que, de um tempo a esta parte deixou de ser. A ED é a continuidade da Missão Educativa que Deus outorgou ao seu povo (Gn 18.18 e 19; Dt 4.1-9; 6.1-25; Mt 28.19 e 20; Ef 4.11-16 etc.), visando formá-lo e satisfazer a sua necessidade de conhecimento: “Quando teu filho te perguntar [...]”, disse o Senhor (Dt 6.20). Na readequação da ED, a despeito dessa afirmação ser um truísmo, devemos saber que sem aluno não se tem ED. Por isso, entender a missão e a visão de Deus para a Educação Cristã é o ponto crucial, para podermos estabelecer uma “política de qualidade” pela qual a equipe da ED deverá se pautar. A célebre pergunta do marketing não é “o que queremos vender?”, mas, “quem é o nosso cliente?” É preciso saber quem são os nossos alunos potenciais, qual o seu perfil, e assim, sem modificarmos a Verdade Escriturística, readequarmos nossos métodos de atração, conquista, atendimento e manutenção dos mesmos. É preciso, a exemplo de Jesus, oferecer respostas ao que as pessoas buscam (Jo 3.1-21; 4.1-30). É fato que elas poderão não gostar de todas as respostas, mas, a satisfação proporcionada nas ocasiões anteriores assegurará a freqüência, e dirão, parafraseando Pedro: “Para onde iremos nós? Só a ED tem as Palavras de vida eterna” (Jo 6.68).

O que aquelas crianças e adolescentes precisavam para viver bem e se sentirem humanas e que puderam encontrar no trabalho de Robert Raikes, há 226 anos, são as mesmas necessidades que motivam as pessoas pós-modernas a buscarem uma ED:

• Um propósito para o qual viver;

• Pessoas com quem viver;

• Princípios pelos quais viver;

• Força para seguir vivendo.

Uma ED que não oferece satisfação e repostas para essas quatro necessidades básicas não está à altura de representar o Reino de Deus como agência de Educação Cristã. Evidentemente que cada pessoa, de acordo com a faixa etária, maturação biológica e mental, condição social, possui carências de diferentes matizes e formas de manifestar diante das quatro necessidades acima elencadas. Um exemplo típico do que está sendo colocado, pode ser visto na diferença que existe entre lecionar para uma classe de adultos na faixa etária dos vinte e cinco aos quarenta anos e lecionar para pessoas da terceira idade. Os anseios e motivos podem ser os quatro enunciados acima, no entanto, a forma pela qual irá se manifestar a necessidade bem como a sua satisfação serão diferentes. Os interesses de ambos os grupos são distintos.

A administração, ou a gestão dessa demanda é o que deverá orientar o trabalho da equipe da ED. A Missão Educativa da Igreja está determinada há nada menos que dois mil anos, que devemos ensinar e educar, é ponto pacífico em nossa reflexão. A pergunta inquietante é: “Como atrair as pessoas pós-modernas para a ED, quando a mídia, o estresse e outras coisas oferecem a “tentação” de prendê-las ao conforto do sofá aos domingos”? A resposta é simples: Precisamos motivá-las. E isso representa um duplo desafio: criar ou identificar a necessidade e apresentar um elemento adequado para satisfazer essa carência.

Jesus, o Mestre por excelência, conhecia muito bem as pessoas (Mc 2.8; At 1.24). Certa feita, após o milagre da multiplicação dos pães, Jesus disse que sabia que muitos estavam à sua procura não pelos sinais que O viram fazer, mas pelo pão que Ele ofereceu (Jo 6.26). Ouvir Jesus já era por demais gratificante e satisfatório. Agora, imagine, Ele ainda oferecia comida para aqueles que se dispunha a ouvi-LO. Qual era intenção de Jesus com esse tipo de atendimento? Fez Ele isso para que as pessoas não voltassem?



Marketing para a ED. Um novo paradigma para administrá-la

É sabido por todos nós que durante muitos anos marketing foi confundido com propaganda, venda etc. No entanto, estudos recentes, têm mostrado que o marketing é uma atividade central das instituições modernas visando atender eficazmente alguma área de necessidade humana. Ele é um conjunto de ações, que pressupõe entendimento de todos os fatores que influenciam o comportamento das pessoas, e não simplesmente o mero ato de propagandear ou vender. Uma definição de marketing, na visão de Philip Kloter, uma das maiores autoridades da área, pode nos oferecer uma boa visão:

Marketing é análise, planejamento, implementação e controle de programas cuidadosamente formulados para causar trocas voluntárias de valores com mercados-alvo e alcançar objetivos institucionais. Marketing envolve programar as ofertas da instituição para atender às necessidades e aos desejos de mercados-alvo, usando preço, comunicação e distribuição eficazes para informar, motivar e atender a esses mercados.

Essa definição nos possibilita entender que marketing não é algo realizado sem conhecimento de quem seja o nosso público-alvo. Mostra-nos também, que não devemos realizar ações por acaso, elas devem ser vislumbradas em todas as suas dimensões anteriormente. Aprendemos também, que o propósito do marketing é estabelecer uma relação de trocas voluntárias de valores, isso significa que a nossa oferta da ED deve ser compatível com as respostas que esperamos de nossos alunos, ou seja, a freqüência deles. Para isso é necessário proporcionar satisfação, e temos condições de fazer isso na ED. Basta apenas um planejamento eficaz, e, a “simples” necessidade que as pessoas têm do “sagrado” proporcionará um bom motivo para que elas venham a ED. As necessidades que foram citadas acima, também constituem uma ótima fonte de estimulo à ED. Administrar essa demanda é a função precípua do marketing, daí o porquê de o utilizarmos como ferramenta de ação na ED. Essa relação não é nova, o que você acha desse pensamento: “Bem-aventurada a Escola Dominical administrada como um Banco, pois os seus negócios serão bem dirigidos e terão o respeito de todos”. Parece “liberal” demais essa comparação, mas ela não foi dita agora. Ela faz parte das “Bem-aventuranças da Escola Dominical”, escritas na extinta Revista Seara (CPAD), número 61, de outubro de 1967. O que ultimamente vem sendo utilizado pelas instituições seculares, denominado de marketing educacional, deve ser encarado por nós como uma ferramenta que tornará mais dinâmico o nosso trabalho, não tendo nenhuma correlação com liberalismo ou mercantilismo.

Finalizando, cabe aqui dizer, que o principal responsável pelo atendimento de necessidades discentes, é o professor da ED, pois as aulas podem ser elementos satisfacionais na busca de respostas espirituais. No entanto, toda a equipe da ED pode atender parte das necessidades com apenas um pouco de cordialidade, educação, boa vontade e espontaneidade. Basta que essa meta seja estabelecida e implantada uma política de qualidade visando alcançar excelência nesse aspecto. O superintendente e toda a equipe da ED deverão se conscientizar de que o propósito da ED é educar as pessoas cristãmente, e isso só pode acontecer se as pessoas vierem para o educandário. E elas só virão à ED se forem bem atendidas, encontrarem respostas, se puder interagir com a comunidade, e obtiverem força para continuar vivendo. Fazendo isso, com certeza estaremos administrando segundo o poder que Deus nos deu, e em tudo o Senhor será glorificado (1Pd 4.11b).

-Pastor César Moisés Carvalho é autor do livro Marketing para a Escola Dominical.


-Para conhecer mais sobre o autor e suas obras acesse o blog: http://www.marketingparaescoladominical.blogspot.com/
http://www.omundoderebeca.blogspot.com/


ENTREVISTA COM O PR.ANTÔNIO GILBERTO


Entrevista com o Pastor Antonio Gilberto

Escritor, membro da diretoria da University Global, em Sprigfield, Missouri (EUA), fundador do CAPED e editor da Bíblia de Estudo Pentecostal, destaca a importância da oração.

Por Marcos Cruz - http://www.cpad.com.br


DEPENDER SOMENTE DE DEUS

MC - Depender somente de Deus Quando nos orgulhamos, sem perceber, queremos tomar o lugar de Deus á várias maneiras de estarmos em contato com a Palavra de Deus, como traçar um plano de leitura anual, abrir a Palavra aleatoriamente, ler de Gênesis a Apocalipse, ler pelo menos um capítulo por dia etc. Na sua opinião, qual a forma mais eficiente?

AG - O primeiro requisito para o estudante da Palavra de Deus é conhecer o autor e intérprete da Bíblia – o Espírito Santo. Não é só tê-lo dentro de si, é depender Dele também. Se você pegar uma poesia de Carlos Drummond de Andrade e quiser interpretá-la sem ter famIliaridade, será muito difícil. Agora, se o autor estiver presente, tudo ficará claro. Em segundo lugar, aconselho que aquele que quiser estudar a Bíblia, aplique nela não só o coração, mas também a mente, e adote um método de estudo. O meu método predileto é estudá-la por tema, e em matéria de temas a Bíblia é inesgotável.

MC - O senhor concorda que o número de irmãos matriculados na ED poderia ser mais alto? O que pode ser feito nesse sentido?

AG - Concordo. É preciso mais oração. Eu observo que hoje se lida muito na igreja com programações, mas já não há mais tanto movimento de oração. Estou falando de oração intercessória. Há necessidade de intercessão pela ED. Para aumentar a matrícula tem de se aumentar a freqüência, e para isso é preciso primeiro uma campanha de oração ininterrupta pela ED e, em segundo, divulgação. Por que não se divulga a ED no fim de cada culto? Por que não se divulga em boletins, rádios e faixas? O povo só vai onde é convidado.

MC - Temos visto freqüentemente que o orgulho está superando a humildade, os títulos superando a própria espiritualidade do obreiro. Por que isso vem acontecendo?

AG - Orgulho, soberba, vanglória e exaltação são pecados gerados no espírito. Devemos enfrentá-los em nome de Jesus. O ser humano tem uma disposição muito forte para se orgulhar. Quando a Bíblia fala desse assunto, ela menciona o querubim ungido, ou seja, Satanás antes de ser Satanás. O orgulho da posição que ele ocupava foi o motivo principal da sua queda. Quando nos orgulhamos, sem perceber, queremos tomar o lugar de Deus. Tudo o que temos – vida, casa, esposa, filhos, bens, cultura, cursos, promoções – vem de Deus.

MC - Como alcançar sucesso na vida ministerial?

AG- A pessoa que realmente recebeu uma chamada de Deus, um impulso divino e abraçou a obra do Senhor deve se lembrar que aquele que chamou capacita. Deus chama, unge, capacita, mas, no sentido humano, Ele não prepara. Deus prepara no sentido divino, que é ungir, encher do Espírito, conceder dons. Mas preparo no sentido de ter lastro, subsídios, não. O obreiro precisa estudar, buscar base. Qualquer pessoa que tem uma chamada divina deve fazer cursos, ou ser autodidata, ir a escolas bíblicas, freqüentar a escola dominical, ler livros etc. Deus usa homens para falar a homens.

MC - O senhor está de acordo que o genuíno avivamento produz evangelismo e missões? Por quê?

AG - Sim. O avivamento bíblico, soberano, de dentro para fora, não fabricado, tem como característica despertar o zelo e o impulso missionário. O avivamento produz tanto o surto como o zelo missionário. Que Deus envie nesses últimos tempos um avivamento que permaneça, para que a tarefa inacabada das missões seja concluída.

MC - Como a igreja pode superar a crise socio-econômica para investir na obra de Deus?

AG - Seria muito bom que entre nós se falasse mais, com amor, sobre a contribuição financeira. O assunto é bíblico, dinheiro não é maldição, mas é uma bênção quando usado sabiamente, e ganho honestamente. Devia se ter maior orientação bíblica para o povo sobre contribuição. Contribuição do tempo, contribuição financeira, contribuição de mão-de-obra, doações etc.

MC - Como devemos orar?

AG- A Palavra é rica sobre esse assunto. Creio que a melhor maneira para se aprender a orar não é estudando a oração, mas orando. Conforme a Bíblia, podemos orar verbalizando, clamando, balbuciando, falando; podemos fazer uma oração pensada, orar em espírito, mentalmente – mas orar mesmo. Aprendemos a orar trabalhando, ou seja, trabalhar com a mente orando, depender de Deus mentalmente. Essa é uma forma de orar. Podemos fazer também uma oração sentida, que é aquela quando não temos tempo para se quer pensar a oração, só é possível dar um brado dentro da gente. Deus ouve o nosso clamor porque Ele atenta para o nosso coração.



Fonte: http://www.cpad.com.br

Setor Educação Cristã CPAD-LIÇÃO 5


Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
Produzidos pelo Setor de Educação Cristã


Subsídios extras para a lição 2ª Coríntios
- "Eu de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas"

1º trimestre/2010


Lição 05 - Tesouros em Vasos de Barro


Leitura Bíblica em Classe
2 Coríntios 4.7-12


Introdução

I. Paulo Apresenta o Conteúdo dos Vasos de Barro (4.1-6)

II. Paulo Expõe a Fragilidade dos Vasos de Barro (4.7-12)

III. Paulo Fala da Glorificação Final Desses Vasos de Barro (4.13-18)

Palavras-chave: vaso, fragilidade

I. Paulo Apresenta o Conteúdo dos Vasos de Barro (4.1-6)

“A preciosa mensagem da salvação em Jesus Cristo, que tem um valor supremo, foi confiada por Deus a seres humanos frágeis e falíveis. O enfoque de Paulo, porém, não estava no recipiente perecível, mas em seu conteúdo de valor inestimável — no poder de Deus que habita em nós. Mesmo sendo fracos, Deus nos usa para transmitir suas Boas Novas e nos dá poder para fazer a sua obra. Saber que o poder é de Deus, e não nosso, deve nos afastar do orgulho e nos motivar a manter nosso contato diário com Ele, nossa fonte de poder. Nossa responsabilidade é deixar que as pessoas vejam Deus por nosso intermédio” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p. 1615).

II. Paulo Expõe a Fragilidade dos Vasos de Barro (4.7-12)

• “Paulo nos lembra que, embora, às vezes, possa parecer que estamos sendo quase vencidos, nunca devemos perder as esperança. Nosso corpo está sujeito a pecar e sofrer, mas Deus nunca nos abandona. Por Cristo ter vencido a morte, temos a vida eterna. Todos os nossos riscos, humilhações e provas são oportunidades de Cristo demonstrar seu poder e sua presença em nós e por nós” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p. 1615).

• Professor, explique aos seus alunos que “nossos problemas não devem diminuir a nossa fé ou nos desanimar. Antes, devemos perceber que existe um propósito em nossos sofrimentos. Os problemas e as limitações humanas trazem muitos benefícios:

1. Ajudam-nos a lembrar o sofrimento de Cristo por nós;

2. Ajuda a não termos orgulho;

3. Ajudam-nos a ver além dessa vida tão curta;

4. Provam a nossa fé;

5. Dão a Deus a oportunidade de demonstrar seu grande poder. Não se ressinta por seus problemas. ‘Veja-os como oportunidades de adquirir experiências com o Senhor’” (Bíblia do Estudante Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p. 1325).

• “Os vasos de barros eram os objetos menos valorizados pela dona de casa. Quebravam-se com facilidade e eram baratos, de fácil reposição. Por outro lado, os vasos de metal ou de vidro eram caros e muito provavelmente, colocados em exposição. Paulo se via como um vaso de barro. O importante é o ministério e a mensagem que transmitia ao mundo. O apóstolo não queria estar em evidência, como se ele ou qualquer outro servo de Deus é que fossem importantes. Assim também hoje, o Espírito Santo que habita em nós e o evangelho que partilhamos merecem prioridade” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1ed. Rio de Janeiro, CPAD, 777).

• [...] “Paulo queria que os coríntios soubessem que pouco importava o que acontecesse, o tesouro no vaso de barro do seu corpo o impedia de ser quebrado pelas circunstâncias ou pelos inimigos.

De quatro maneiras Paulo enfatiza que o poder de Deus vencia sua fraqueza no ministério: 1) Os problemas pressionavam severamente de todos os lados (ou de todas as formas), mas por causa do poder incomparável de Deus, eles não podiam angustiá-lo — o que também pode significar que eles não podiam nem mesmo restringi-lo de disseminar o Evangelho; 2) Ele às vezes via-se perplexo diante das muitas adversidades, e nem sempre entendia o que lhe sobrevinha e os motivos de tais coisas estarem acontecendo, mas nunca tinha o tipo de desespero que duvidava de Deus; 3) Ele era perseguido (no grego, inclui as ideias de ser expulso e perseguido de lugar em lugar; cf. At 14.5,6; 17.13), mas não ficava desamparado. O Senhor não o abandonou, nem seus companheiros o deixaram em apuros; 4) Ele era abatido pelos inimigos, mas não destruído ou arruinado” (HORTON, Stanley M. I & II Coríntios. 1 ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p. 203).

Extraído de:

RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2005, p. 896.

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, pp. 310-11


ENSINADOR CRISTÃO 2CORÍNTOS LIÇÃO 5









LIÇÃO 5


TESOUROS EM VASOS DE BARRO


Para ensinar aos coríntios o valor da humildade, Paulo traça um paralelo entre o poder da mensagem do Evangelho e a forma que Deus escolheu para comunicar essa mensagem tão poderosa: por meio de pessoas imperfeitas. A figura que ele utiliza é a de um vaso de barro contendo um grande tesouro. Qualquer pessoa escolheria um lugar mais seguro e resistente para colocar seus bens. Pela estrutura do receptáculo, esse seria o lugar mais inseguro e frágil para se esconder um tesouro. Mas é desta forma que Deus escolheu comunicar sua glória de forma a este mundo caído. Conforme pesquisas feitas por especialistas, “o barro era extraído na localidade e deixado exposto ao tempo até ficar pronto para uso. A seguir, era misturado com água e pisado até ser transformado em lama plástica. Depois disso, o material era levado para uma bancada, onde mediante a adição cuidadosa de água, ele chegava à consistência certa para ser trabalhado. Aditivos como gesso moído eram às vezes adicionados ao barro para que o artigo acabado resistisse melhor ao calor e pudesse ser usado para cozinhar...tigelas e jarros eram feitos na roda e colocados para secar. Depois de seca, era possível decorar a vasilha conforme o gosto da pessoa...Além do uso da roda, o barro era comprimido” (Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, CPAD,págs.147-151).

VASOS DE BARRO QUEBRAVAM-SE COM FACILIDADE. Seu material de fabrico era comumente encontrado na Palestina. Geralmente, tinham pouco valor para as donas-de-casa, e não ficavam expostos, como os vasos de metal, que eram mais valiosos, duráveis e bonitos.

Apontando a si mesmo e aos coríntios como um vaso de barro, Paulo deixa claro que não tem a intenção de estar em evidência, como se fosse uma pessoa de extrema importância. Ele coloca a mensagem que traz consigo como a verdadeira coisa importante em sua vida.O vaso em si pode ter pouco valor, mas o conteúdo é preciso demais para ser desprezado. Quem poderia imaginar que um bem precioso pudesse ser guardado em um recipiente facilmente quebrável e de pouca importância? Aqui entra o motivo de Deus escolher “recipientes” tão simples e frágeis para depósito de algo celeste: a excelência do poder é de Deus, e não nossa. Isto nos remete ao fato de que Deus opera apesar de nós, e não por nossa causa. “Paulo é dominado pelo contraste entre o valor insondável e duradouro deste “tesouro do evangelho” e a indignidade humana (vasos de barro) daqueles que agora levam-no ao mundo. Ele também percebe que esse paradoxo é necessário. Deus escolheu trazer o Evangelho ao mundo através de seu poder de salvação possa ser vista como sua obra, e não como uma ação humana” (Comentário Bíblico Pentecostal, CPAD,pág.1091).




*Extraído da Revista Ensinador Cristão, Ano 11 N° 41, CPADA, Pr. Alexandre Coelho

AVATARES ! O QUE SÃO ?

sábado, 23 de janeiro de 2010








"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;" - I Timóteo 4:1.


Chamou-me a atenção quando observei uma criança brincando com uma figura luminosa parecida com um ser humano, mas que possuía uma espécie de rabo.

Ela disse que era um "avatar". Fui pesquisar e descobri algumas coisas interessantes que, como cristão, devem nos remeter a uma reflexão, principalmente sobre o contato que crianças têm com essa "doutrina" sendo vítimas fáceis de bem elaboradas e intrincadas teias diabólicas.

Primeiro é importante saber o que significa "avatar", que segundo o dicionário Michaelis é: "No hinduísmo, encarnação (literalmente descida) de uma divindade sob a forma de um homem ou de um animal, sobretudo de Vixenu, segunda pessoa da trindade indiana". Olha só com o que as crianças estão tendo contato e se maravilhando...

Depois, como se trata de um termo novaerense, pesquisei o significado que eles dão e achei o seguinte: Segundo Alice Ann Bailey (mentora da Nova Era) a palavra "avatar" significa: "Descer com a aprovação da fonte superior da qual provém, para benefício do lugar ao qual chega" (Dicionário Sânscrito de Monier Willians).

Segundo ela, os "avatares" mais conhecidos são: Buda no oriente e Jesus no ocidente. Ainda segundo ela, os "avatares" expressam dois incentivos básicos:


a) A necessidade de Deus fazer contato com a humanidade e relacionar-se com os homens;
b) A necessidade que tem a humanidade de entrar em contato com a divindade e ser ajudada e compreendia por ela.

Amados, é testemunha que não tenho a menor intenção de propagar tal ensino, todavia, se faz necessário trazer esses relatos para que - principalmente os pais - estejam atentos sobre que tipo de "influência" que os filhos estão se expondo.

Para minha surpresa, quando fui pesquisar sobre o filme, descobri que o James Cameron (o diretor) estudou, pesquisou e demorou nada mais e nada menos do que uma década para lançar tal filme (e derivados). Estranho não?

Por que demorar 10 anos para lançar um filme, sendo que bem sabemos tratar-se de um negócio bilionário?

Logo percebemos que não é tanto pelo dinheiro, mas sim o momento certo de disseminar uma "doutrina". Agora, após o lançamento do filme e paralelo a ele, são lançados games, brinquedos, revistas, etc...

Sem dúvida, as crianças (mesmo as que não assistem ao filme) ficarão encantadas com o filme e suas engenhocas fascinantes, e assim serão atraídas exatamente como aconteceu com as crianças do Flautista de Hammelin.

A armadilha é sempre a mesma, ou seja, criar instrumentos com os quais as crianças poderão acumular conhecimentos e absorver informações (serem doutrinadas). A tática é usar símbolos, pois, bem sabemos que a cognição funciona melhor quando expostos a simbologias.

Portanto, assim como me chamou a atenção aquele garotinho inocentemente brincando com seu avatar (ele provavelmente nem assistiu ao filme e muito menos sabe o que significa), espero que o Senhor esteja chamando a atenção de pais e mães, pois, não me canso de escrever que é bíblico dizer: "Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes." (1 Coríntios 15:33).

Por trás de um aparente inocente filme, brinquedo ou game, uma alma está sendo enredada por um inimigo sutil e terrível, cuja forma de ação se resume em roubar, matar e destruir, mesmo que sejam inocentes indefesos.

Em o Nome do Senhor, está dada a informação!


FONTE:
GospelGratis, Downloads de músicas gospel grátis. http://www.gospelgratis.k6.com.br


PRESERVE A NATUREZA

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Na carta ao Romanos o apóstolo Paulo escreveu: ”Porque toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm 8.22). Se esta escritura tivesse feito parte do discurso de algum ecológico moderno, não estranharíamos, mas ela foi escrita no primeiro século da era cristã. Naquele tempo, o autor não tinha a menor ideia de que esta escritura poderia significar tanto em nossos tempos de terceiro milênio. A inspiração do Espírito Santo ao apóstolo Paulo vislumbrava o presente e o futuro no sentido espiritual. Porém, quando ele fala do gemido da criação, incluía tanto a natureza animada como a inanimada. Aponta para o fator causador desse gemido no versículo 20 do mesmo capítulo, quando diz que “a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou”. Vaidade de que e de quem? A expressão refere-se, de fato, “à vaidade daquele que a sujeitou”. Quem sujeitou a criação ao desequilíbrio ecológico, se não o inimigo principal do Criador, o Diabo, com sua vaidade e egoísmo? Ora, sabemos que a criação inanimada não tem vontade própria, senão pela vontade de Deus. Deus condenou Satanás por ter sido o agente que induziu Adão e Eva a desobedecerem a Deus. Por esse modo entende-se que a criação tornou-se cúmplice dos pecados e da desgraça que operam no mundo. A criação tornou-se sujeita “ao sofrimento e às catástrofes físicas” (Bíblia de Estudo Pentecostal). O texto diz que a “criação ficou sujeita à vaidade” e isso significa que toda a criação, animada e a inanimada, foi submetida a “um estado de futilidade deplorável”, como escreveu Matthew Henry. Com consciência aguçada acerca do “gemido da terra”, a Igreja de Cristo tem um papel restaurador e mantenedor dos poderes vitais que dão sustentação à vida na terra. Quando Deus criou o homem, o criou com poder de governar e administrar a vida na terra de forma a manter e preservar os seus valores vitais (Gn 1.28).

Texto extraído do livro: Mordomia Cristã, CPAD.

SUBSÍDIO 2 CORÍNTIOS - LIÇÃO 4






LIÇÃO 4

24 DE JANEIRO DE 2010

A GLÓRIA DAS DUAS ALIANÇAS


TEXTO ÁUREO

“Porque, se o que era transitório foi para
glória, muito mais é em glória o
que permanece” ( 2 Co 3.11).

VERDADE PRÁTICA

A glória da Antiga Aliança desvaneceu
ante a glória superior da aliança
revelada em Cristo Jesus.


HINOS SUGERIDOS 287, 374, 432


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Conscientizar-se o aluno de que a glória da Antiga Aliança desvaneceu mediante a glória superior revelada em Cristo Jesus.
Distinguir as duas Alianças.
Compreender a superioridade da Nova Aliança sobre a Antiga.


INTERAÇÃO


Professor aproveite a oportunidade para mostrar aos alunos a importância do Antigo Concerto, ou Antiga Aliança para o povo Judeu, e também para nós cristãos indiretamente.
Deixar claro que a Antiga Aliança, era uma Aliança que veio em glória, era cheia de glória, mas ao cumprir seus objetivos, isto é, de mostrar o homem o seu pecado e sua condenação, também previa uma Nova Aliança, onde a graça e a verdade reinariam para sempre.
Mostre aos alunos que a Nova Aliança, portanto, é um “legado” da graça divina e ela entrou em vigor com a morte de Cristo ( 1 Pd 1.4).
Essa Aliança que foi prometida em Jeremias 31.31-34, alcança a Israel e a Igreja. As demais alianças, mesmo que em si eram eternas, mas em seus cumpridores tinham caráter transitório; esta porém, é eterna: ela inclui o Milênio e entra na Eternidade.




INTRODUÇÃO


Nesta lição vamos falar sobre as duas principais alianças: Antiga Aliança (Lei), e a Nova Aliança (Eterna). Ao total são oito alianças: A Edênica, A Adâmica, A Noélica, A Abraâmica, A Lei (Antiga Aliança), A Palestina, A Davídica, e A eterna (Nova Aliança). Alguns teólogos opinam por 12 Alianças e não por oito apenas, mas aqui, citaremos apenas essas oito.
Paulo na defesa de seu apostolado, para mostrar a veracidade de seu ministério aos coríntios, ele resolve falar acerca dessas duas alianças que seria uma forma de mostra aos corintos que ele foi chamado por Deus, que a obra é de Deus; e que, os corintos também eram participantes dessa glória trazida pela Nova Aliança.
Então, o apóstolo, começa a mostrar a glória de cada Aliança, fazendo um contraste entre essas duas Alianças, e mostrando a excelência da Nova Aliança neotestamentária, prevista no Antigo Testamento.


I – ALIANÇAS DE LUZ E GLÓRIA ( 3.9-16).

No versículo 6, Paulo nos conduz a um importante aspecto do seu ministério ( e do nosso). Somos ministros da Nova Aliança. A palavra KAINOS, traduzida como “nova” nesse trecho, também significa “diferente e superior”.
ALIANÇA: Convênio solene e formal entre duas ou mais pessoas ou grupos, visando especialmente à realização de alguma ação. A promessa de Deus no sentido abençoar àqueles que lhe obedecem ou satisfazem certas condições.
Está claro aqui, que Paulo contrasta a Antiga Aliança com a Nova, mostrando-nos as alianças da Lei e da Graça (veja Jo 1.17). Quando diz que “a letra mata”, refere-se à Lei Mosaica dada à nação de Israel nas tábuas de pedra. A Nova Aliança, que concede a vida, está escrita pelo Espírito Santo em nossos corações.
Como a letra (Lei de Mosaica) matou? Determinou a pena de morte para certos atos de desobediência e para aqueles que não quiseram obedecer a Deus (Ex.21.12-17; 22.18-20). Foi uma morte física e literal. Mostrava os deveres do povo, mas não podia capacitar as pessoas a cumprirem ou satisfazerem às leis que continha. Exigia a obediência e certas regras, sem difundir a força moral para tanto. Mesmo assim, a Lei Mosaica era boa e servia a determinado fim.



II – A GLÓRIA DA ANTIGA ALIANÇA


Sua origem: Termos determinados por Deus, escritos pelo dedo de Deus, dados em resplendor.
Sua revelação: De Deus, sua natureza e vontade; do pecado e seus resultados.
Suas promessas: Individuais e nacionais; físicas, materiais e espirituais.
Sua autoridade: A Palavra de Deus, autoridade absoluta. Obedecer = Vida; Desobedecer = Morte.

Sua providencia em relação à salvação

Convencer o homem do pecado. Apontar para um Redentor (Salvador). Perdão pelos sacrifícios. Deus ouve o arrependido. Salvação mediante a fé em Deus.

Paulo reafirma três vezes em 2 Coríntios 3.9-11 que a lei foi gloriosa.Ainda que bem severa, foi concedida por Deus e “teve sua glória”. Quando Moisés subiu o monte Sinai para se encontrar com Deus e receber a Lei, houve trovão, relâmpago e vapor espesso, ouviu-se também o som da trombeta. “ A glória do Senhor pousou sobre o monte Sinai” (Ex 24.16).

Chamamos a Lei do Antigo Testamento de “ Lei de Mosaica”; mas na época, foi realmente a lei de Deus para o seu povo. Um Deus tão Santo e Glorioso não daria senão uma lei santa e gloriosa! Paulo nos diz que essa lei foi santa e justa, boa e espiritual (Rm 7.12,14). O homem pecador, porém, é justamente o contrário disso. Ao encarar a lei, o homem pode reconhecer o seu pecado e perceber a necessidade de um Salvador. Gálatas 3.24 explica de forma eloqüente dessa função da lei: “ a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé”. O sedento procura água. O doente pede o médico. E as almas condenadas pela lei buscam perdão. A nossa parte é conduzir-las ao Salvador.

O mandamento não podia salvar ninguém, mas Deus, na sua misericórdia, providenciou um sistema sacrificial para remissão de pecados. Ele aceitava provisoriamente a morte de animais como substituto pela morte dos pecadores. Foi somente uma maneira de assinar o futuro sacrifício definido e abrangente do seu Filho, Jesus Cristo, o qual seria a base da salvação para todos os povos de todas as épocas. Quando as pessoas se arrependem de seus pecados, Deus as salva pela sua graça ( e não em conseqüência da sua obediência à lei).

A lei trouxe iluminação espiritual e moral para os indivíduos e para a nação. O Salmo 119 constitui um hino de louvor a Deus por sua Palavra e Lei. Quase todos os 176 versículos desse salmo expressam profundo agradecimento a Deus pelos seus mandamentos. As vidas orientadas pela Lei eram grandemente abençoadas, e quando as nações honravam e acatavam a lei de Deus, elas prosperavam. Os indivíduos e nações que se rebelavam contra Deus e sua lei sofriam conseqüências funestas. Os Dez Mandamentos tem servido de base para a constituição nacional de muitos países. Seus princípios morais e sociais fornecem excelentes diretrizes para o bom governo e as boas relações humanas.



III – A GLÓRIA DA NOVA ALIANÇA (3.7-4.6)


A Nova Aliança é o convênio no qual Deus promete aceitar como seus filhos todos que aceitarem Jesus como seu Senhor e Salvador. O Novo Testamento nos conta as bênçãos da Nova Aliança. Em 2 Coríntios 3.7-4.6 vemos como ela difere da Antiga Aliança.

Uma das características mais importantes da Nova Aliança é a sua permanência. O Velho convênio esmoreceu, cedendo lugar a algo mais glorioso. O versículo 10 diz que já foi glorificado. Veja a interessante ilustração no versículo 13. Quando Deus falava com Moisés, o rosto dele resplandecia, refletindo a glória do Senhor. Então Moisés cobriu o rosto, e o povo não conseguiu ver esmorecer a glória. Esse esmorecimento da glória foi o retrato da Lei que reflete a glória de Deus. Mas hoje temos uma luz do conhecimento da glória de Deus, na face bem mais gloriosa de Cristo. Uma lâmpada elétrica dá mais luz que cem velas.

Quando há luz elétrica, o que devemos fazer com as velas? Soprá-las, pois são desnecessárias: Jesus, a luz do mundo, já veio – a Palavra viva ( O verbo ) de Deus –trazendo-nos a Nova Aliança do Evangelho. Vemos no livro de hebreus, um eloqüente tratado acerca da sua superioridade à Lei Mosaica.

Lucas 2.9 diz que a “glória do Senhor brilhou ao redor deles”.
A glória da Nova Aliança brilha e ilumina, ao passo que a Antiga Aliança já esmoreceu. O indivíduo que lê e estuda a Antiga Aliança sem conhecer e aceitar a Nova tem no seu coração e mente uma espécie de véu ( 2 Co 3.14-16). Em contraste, o Senhor tira o véu! O ministério da Nova Aliança deveria “declarar a verdade?” Não cabe aqui o ocultismo, a decepção nem a falsificação da Palavra de Deus (4.2).

Mesmo que Satanás possa retardar a obra de Deus, Jesus continua sendo a luz do mundo. Seus ensinamentos e a presença do seu Espírito em nós iluminam a nossa mente e o nosso coração. A Nova Aliança é salvação mediante a fé em Cristo – uma nova vida agora e uma vida eterna na glória para aqueles que o aceitarem como Senhor e Salvador. Sua Palavra no Novo Testamento diz o que devemos fazer. Seu Espírito a escreve em nossos corações e nos dá vontade de cumpri-la, em vez de nos rebelarmos contra o mandamento; também nos capacita a realizar o que Deus manda fazer. A Nova Aliança e o Evangelho da glória de Cristo iluminam e reconciliam o pecador arrependido a Deus (4.4-6).








*EXTRAÍDO DO LIVRO Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios, Págs 167,168,169,170, Thomas Reginaldo Hoover, CAPA.

Setor Educação Cristã CPAD-LIÇÃO 4

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010



  • Conteúdo Adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre
    Produzidos pelo Setor de Educação Cristã

  • Subsídios extras para a lição 2ª Coríntios - "Eu de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas"

    1º trimestre/2010



    Lição 04 - A Glória das Duas Alianças


    Leitura Bíblica em Classe
    2 Coríntios 3.1-11


    Introdução

    I. Paulo Justifica Sua Autorrecomendação

    II. A Confiança da Nova Aliança (3.4-11)

    III. A Glória da Nova Aliança (3.7-18)

    Palavras-chave: aliança e glória

    I. Paulo justifica sua autorrecomendação

    • Professor, introduza o tópico fazendo a seguinte indagação: “Paulo precisava de carta de recomendação?”

    “Mestres itinerantes da igreja primitiva tinham por característica levar cartas de apresentação (cf. At 18.27). Os inimigos de Paulo aparentemente atacavam sua credibilidade ao indagarem: Onde estão as suas cartas?

    Todo verdadeiro crente é uma carta aberta de Cristo, pois sua vida refletirá a obra de Deus em sua personalidade. Desde que Paulo conduziu muitos coríntios a Cristo, estes são cartas que testificam seu ministério, competência e chamado”.

    (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p. 776).

    II. A Confiança da Nova Aliança (3.4-11)

    • Professor, converse com seus alunos explicando a superioridade do Novo Concerto revelado em Cristo Jesus e as provisões da Nova Aliança. Conscientize os alunos de que a Lei nunca foi um caminho para a salvação, pois Deus já havia predito um novo Concerto com Israel. Somente o Novo Concerto é capaz de oferecer perdão e um novo coração.

    III. A Glória da Nova Aliança (3.7-18)

    • Professor, é importante que seus alunos compreendam o significado do termo “glória”. Observe, com atenção, o que o dicionário Zondervan Expository Dictionary of Bible Words diz a respeito do mesmo:

    “No Antigo Testamento, a glória de Deus está intimamente ligada à auto-revelação do Senhor. Há muitas imagens: esplendor fulgurante, e santidade flamejante marcam sua presença (por exemplo, Êxodo 16.10; 40.34,35; 2 Crônicas 7.1,2). Mas, nenhum poder elementar ou santidade flamejante expressam a Deus de maneira absolutamente adequada. Dessa forma, o Êxodo relaciona a glória de Deus com revelação de seu caráter amoroso. Quando Moisés implorou para que Deus lhe mostrasse sua glória, a Bíblia relata: ‘Ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti e apregoarei o nome do Senhor diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem me compadecer. E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá (Êx 33.19,20). Com o mesmo sentido de revelação, Deus diz: ‘Serei glorificado’, no caso da recusa do Faraó em deixar que Israel saísse do Egito (Êx 14.4). O grande poder redentor de Deus foi exibido no Êxodo (Nm 14.22), da mesma forma como seu poder criativo é exibido quando ‘os céus manifestam’ sua glória (Sl 19.1).

    Mas ‘glória’ implica em mais do que revelação de como Deus é. Implica em invasão do universo material, expressão da presença ativa de Deus entre seu povo. Assim, o Antigo Testamento conscientemente relaciona o termo ‘glória’ à presença de Deus em Israel, em tabernáculos e templos (por exemplo, Êxodo 29.43; Ezequiel 43.4,5; Ageu 2.3). A glória objetiva de Deus é revelada por sua vinda, para estar presente conosco — seu povo — e para se mostrar a cada um de nós por suas ações neste mundo”

    (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, pp. 310-11).

    • Professor, providencie cópias do quadro abaixo para seus alunos. Você poderá utilizá-lo ao explicar o segundo subtópico do tópico II.

    O Ministério da Lei em Contradição com o Ministério da Graça
  • A Lei diz: “Olho por olho e dente por dente” (Êx 21.23-25).
  • A Graça diz: “Não resistirá ao mal” (Mt 5.39).
  • A Lei diz: “Aborrecerás o teu inimigo” (Dt 23.6). 2.A Graça diz: “Amais os vossos inimigos” (Mt 5.44).
  • A lei exige: “Fazei e vivei (Lv 18.5) [a segurança de Israel, tudo o que lhe diz respeito, consiste em fazer algo para poder viver] (Ne 9.29; Êx 2.11; Gl 3.12).
  • A graça diz: “Crede e vivei” (Jo 5.24), para que pela fé recebamos a promessa do Espírito (Rm 4.13,16);
  • A lei foi dada por causa da transgressão (Gl 3.19)
  • A Graça foi dada como promessa a Abraão e sua posteridade: Cristo Gl 5.3-18).
  • A Lei é a força do pecado (Rm 4.15). 5. A Graça nos livra do pecado (Rm 6.14,15).
  • A Lei condena a melhor criatura (Sl 14.1-3).
  • A Graça justifica graciosamente a pior criatura (Lc 23.43; Rm 5.5-8).
  • A Lei opera a ira de Deus (Rm 4.15). 7.A Graça nos livra da ira futura (Is 54.8).
  • A Lei fecha toda a boca (Rm 3.19)
  • A Graça abre toda a boca (mc 16.15-18).
  • A Lei opera a morte ( Rm 7.4-11).
  • A Graça opera a vida eterna (Jo 5.24,39,40).
  • A Lei não justifica alguém diante de Deus (At 13.39).
  • A Graça nos justifica mediante a fé (Rm 3.21-28).


    Extraído do livro, Estudos sobre o Apocalipse, CPAD, pp. 49,50.


    • Conclua o tópico III, explicando que o Segundo Pacto é superior ao Primeiro, porque veio mediante a pessoa de Jesus Cristo, que consumou todas as coisas do Antigo Pacto, em um único ato sacrificial. Depois peça que todos leiam a Verdade Prática.

    Conclusão

    Conclua a lição lendo, juntamente com seus alunos, a Verdade Prática da lição.




    Extraído de:

    RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2005, p. 896.

    RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, pp. 310-11
























ENSINADOR CRISTÃO 2CORÍNTIOS - LIÇÃO 4

domingo, 17 de janeiro de 2010








LIÇÃO 4



A GLÓRIA DAS DUAS ALIANÇAS


Nesta lição, Paulo mostra aos coríntios a diferença da aliança feita entre Deus e o povo de Israel, dada por Moisés, e a aliança trazida pelo Senhor Jesus, onde o Santo Espírito atua no coração do ser humano. Em cada aliança existem responsabilidades e direitos, mas a nova aliança é em tudo superior a primeira.

UMA ALIANÇA GRAVADA NO CORAÇÃO. Quando um pacto ou um tratado era assinado, havia algum tipo de cerimônia ou documento que validaria o ato e traria o reconhecimento por parte daqueles que haviam participado dele. Dependendo do que se tinha em mãos, esse pacto poderia ser celebrado com o sacrifício de um animal ou com uma refeição. Quando Deus fez um pacto com os judeus, deu-lhes a Lei, gravada em pedra. Ela servia para que as pessoas a consultassem, a lessem e entendessem quais eram os compromissos que tinham para com Deus e Deus para com eles. É verdade, pela história, que eles não conseguiam honrar sua parte no pacto, pois a natureza pecaminosa não o permitia. Deus fez, então, um segundo pacto ou aliança(testamento), onde ofereceu a pessoa de Jesus para salvar a humanidade de seus pecados. Esse pacto é gravado nos corações daqueles que crêem em Cristo. E sendo essa vontade de Deus, o pacto ou testamento pode ser rejeitado ou aceito por quem o ouve, mas nunca alterado! A humanidade pode aceitar Jesus ou rejeitá-lo, mas nunca poderá alterar ou colocar como válida outra forma de ser salva de seus pecados.

A CARTA DE RECOMENDAÇÃO DE PAULO. Os judeus tinham por habito levarem consigo, em viagens, cartas de recomendação, para poderem ser recebidos em lugares onde não eram conhecidos. Paulo cita essa prática aqui, mas de forma diferenciada, pois alude a pessoas que o acusavam de depender de apresentação para ser aceito em outras igrejas.
Ele comenta que não precisava desse tipo de documento, enquanto outras pessoas, sim. “Estes versos voltam a 2.17 e antecipam3.4-6; eles são versículos de transição, e apresenta a defesa que Paulo faz de seu ministério apostólico, ou seja, dele mesmo, do seu trabalho e da sua mensagem. Nestes versículos, ele afirma que a recomendação do seu ministério é simplesmente o caráter evidente dos próprios coríntios.
Eles são como uma carta escrita pelo próprio Cristo, tendo Paulo como escriba e mensageiro. Paulo tem medo de que a insistência no assunto de sua sinceridade possa ser transformada em uma acusação antecipada. “Necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós ou vós?. A pergunta sarcástica devolve a acusação aos oponentes de Paulo” (Comentário Bíblico Beacon, CPAD, pág. 416).



*Extraído da Revista Ensinador Cristão, Ano 11 N° 41, CPADA, Pr. Alexandre Coelho