segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
LIÇÃO 1
A DEFESA DO APOSTOLADO DE PAULO
A Segunda Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios não se preocupa, inicialmente, em responder questões doutrinárias, mas, sim, de tratar da fidelidade do apóstolo Paulo em seu ministério. É verdade que outros assuntos aparecem nesta missiva, mas vemos nela uma defesa concreta da vida do homem que por décadas serviu ao Senhor como um grande doutrinador, missionário e pastor, e cuja mensagem tinha o poder de vida e de morte eternas para todos os que o ouviam. Nesta Carta, vemos a fragilidade e a sinceridade do servo de Deus, que não escondeu seus receios pessoais e que dependia do consolo e renovo divinos e das orações dos irmãos para continuar seu ministério.
A defesa de Paulo em prol de seu ministério é resultado de um levante por parte de alguns membros opositores da Igreja em Corinto. Paulo havia,na Primeira Carta, reprovado diversas atitudes daquela igreja, como divisões por causa de nomes de obreiros, não disciplinar o membro da igreja que tinha relações sexuais com a mulher de seu pai, abusos no uso dos dons espirituais, mau uso da Ceia e até crentes movendo ações judiciais contra outros crentes.
Tal reprovação certamente não gerou no coração dos mais intransigentes o desejo de mudar suas próprias atitudes e corrigir os erros apresentados, e sim o desejo de criticar o apóstolo e seu ministério. È preciso, portanto, ter em mente que a defesa de Paulo em prol de seu apostolado tem por base uma resposta contra um grupo de crentes da igreja em Corinto.
È preciso ressaltar que nem todas as pessoas da igreja questionavam o ministério paulino. Falando sobre as tribulações pelas quais passou e sobre a vinda de Tito, Paulo diz: “Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes, em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro. Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vida de Tito; e não somente com a sua vinda, mas também pela consolação com que foi consolado de vós, contando-vos as vossas saudades, o vosso choro, o vosso zelo por mim, de maneira que muito regozijei “, 2Co 7.5-7”. Portanto,apesar de Paulo ter defendido seu ministério de forma pública, ele sabia que nem todas as pessoas da igreja questionavam sua chamada. Como por exemplo, não precisamos dar ouvidos a todas as vozes que nos atacam quando nos dispomos a trabalhar incondicionalmente para o Senhor, pois cremos que Ele tratará pessoalmente com nossos opositores.
Não é errado defender o ministério que Deus nos tem dado.Essa defesa se faz com frutos apresentados, integridade provada e um histórico de vida visto por todos. Se trabalhamos para o Senhor sem convicção necessária de que por Ele fomos chamados,certamente não demoraremos a abandonar sua obra quando as lutas, calúnias e suspeitas vierem contra nós.
*Extraído de Ensinador Cristão, Ano11- N°41 - CPAD, Pr. Alexandre Coelho.
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