PRESERVE A NATUREZA

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Na carta ao Romanos o apóstolo Paulo escreveu: ”Porque toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm 8.22). Se esta escritura tivesse feito parte do discurso de algum ecológico moderno, não estranharíamos, mas ela foi escrita no primeiro século da era cristã. Naquele tempo, o autor não tinha a menor ideia de que esta escritura poderia significar tanto em nossos tempos de terceiro milênio. A inspiração do Espírito Santo ao apóstolo Paulo vislumbrava o presente e o futuro no sentido espiritual. Porém, quando ele fala do gemido da criação, incluía tanto a natureza animada como a inanimada. Aponta para o fator causador desse gemido no versículo 20 do mesmo capítulo, quando diz que “a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou”. Vaidade de que e de quem? A expressão refere-se, de fato, “à vaidade daquele que a sujeitou”. Quem sujeitou a criação ao desequilíbrio ecológico, se não o inimigo principal do Criador, o Diabo, com sua vaidade e egoísmo? Ora, sabemos que a criação inanimada não tem vontade própria, senão pela vontade de Deus. Deus condenou Satanás por ter sido o agente que induziu Adão e Eva a desobedecerem a Deus. Por esse modo entende-se que a criação tornou-se cúmplice dos pecados e da desgraça que operam no mundo. A criação tornou-se sujeita “ao sofrimento e às catástrofes físicas” (Bíblia de Estudo Pentecostal). O texto diz que a “criação ficou sujeita à vaidade” e isso significa que toda a criação, animada e a inanimada, foi submetida a “um estado de futilidade deplorável”, como escreveu Matthew Henry. Com consciência aguçada acerca do “gemido da terra”, a Igreja de Cristo tem um papel restaurador e mantenedor dos poderes vitais que dão sustentação à vida na terra. Quando Deus criou o homem, o criou com poder de governar e administrar a vida na terra de forma a manter e preservar os seus valores vitais (Gn 1.28).

Texto extraído do livro: Mordomia Cristã, CPAD.

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