sábado, 9 de janeiro de 2010
LIÇÃO 2
10 DE JANEIRO DE 2010
O CONSOLO DE DEUS EM MEIO À AFLIÇÃO
TEXTO ÁUREO
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o
Deus de toda consolação” (2 Co 1.3).
VERDADE PRÁTICA
As aflições nos ensinam a lidar com
as circunstâncias e a depender
inteiramente de Deus, nosso auxílio e consolo
HINOS SUGERIDOS 58, 61, 84
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
• Compreender que as aflições por que passamos nos ensinam a lidar com as circunstâncias e a depender de Deus, que nos ajuda e consola.
• Conscientizar-se de que o crente fiel também enfrenta lutas e tribulações.
• Saber que a confiança em Deus garante consolo e vitória.
INTERAÇÃO
O caro professor tem agora, a oportunidade de preparar seus alunos, não só concernente ao consolo de Deus em meio às tribulações na vida do cristão, mas também enfatizar o perigo que a teologia dos triunfalistas pode causar à compreensão deste assunto.
Os triunfalistas são os mercadores da Palavra de Deus, que desprezando os princípios básicos da hermenêutica e da exegese bíblica, aplicam de forma errônea os texto bíblicos em benefício próprio. Seu objetivo é, basicamente, mercadológico, por isso usam os mesmos recursos de marketing para persuadir o povo a receber suas crenças e práticas.
Seus líderes inventam campanhas, tentando realçá-las em textos e personagens do Antigo Testamento, empregando figuras e símbolos, completamente fora do contexto bíblico, como ponto de contato para estimular a fé e, também, para arrecadar fundos. Alguns usam os meios de comunicação para criticar e atacar a teologia e o estudo sistemático da Palavra de Deus.
INTRODUÇÃO
Foi em Corinto que Paulo enfrentou um dos maiores desafios de seu apostolado. Teve de doutrinar e disciplinar uma igreja que, apesar de seus muitos e graves problemas, era embalada por um grave orgulho espiritual sem precedentes na história do Cristianismo Primitivo. Essa igreja chegou, inclusive, a colocar em dúvida, o apostolado de Paulo.
Apesar da arrogância dos coríntios, encontramos o apóstolo, nesta lição, disposto a esquecer todas as ingratidões. E mais: apresenta-se ele agora pronto a exercer um grande ministério: a consolação
Sem esse ministério, jamais nos firmaremos como discípulos de Cristo.
I – NATUREZA E ORIGEM DA CONSOLAÇÃO (1.1-7)
Consolo – (do latim-consolatione- “fortalecer grandemente”) apoio que fortalece; alegrar em momentos de luto e tribulação. Também significam alívio, conforto e lenitivo. Consolar é suavizar o sofrimento e a aflição de alguém.
As palavras consolo, consolação, consolar e suas formas relacionadas aparecem nove vezes em 2 Coríntios 1.3-7; por isso precisamos entender claramente o seu significado. Paulo usa a palavra grega PARAKALEO, que é muito expressiva; é composta dos elementos para “ao lado de”, “ao pé de”, e KALEO “chamar”. Assim, significa literalmente “chamar ao pé de si”. Leva também o significado da função da pessoa chamada, ou seja, “consolar”. O substantivo PARAKALESIS significa “consolação”, exortação, e a pessoa chamada ou invocada nesse contexto é o PARAKLETOS ou “consolador”, advogado”, “conselheiro”. Foi essa palavra empregada por Jesus referente ao Espírito Santo. Ele é nosso PARAKLETOS celestial, que nos socorre quando o invocamos e habita em nós para nos fortalecer, aconselhar e animar no caminho do bem. Ele nos consola na tristeza, dá alegria e infunde coragem. Já que vive em nós, quer também agir por nosso meio, proporcionando a outros o mesmo consolo que temos recebido dEle ( Jo14.16,17,26;2Co1.3-5). Um lindo exemplo disso é a ocasião em que Paulo animava aos passageiros e marinheiros durante a tempestade, consolando-os com conforto que tinha recebido do anjo do Senhor (At27.21-26).
• PARAKALEO – “Chamar ao pé de si”
• PARAKALESIS – “Conforto, consolação, exortação”
• PARAKLETOS – “Advogado, consolador”
As Escrituras Sagradas foram inspiradas por Deus a fim de proporcionar consolo e edificação através de seus vários livros. No Antigo Testamento, a consolação era dirigida prioritariamente a Israel. Mas, no Novo, a consolação é direcionada indistintamente a todos: judeus e gentios.
No Antigo Testamento. A essência da consolação achava-se centrada no aparecimento do Messias. Quando de seu advento, haveria de, entre outras coisas, “apregoar o ano aceitável do Senhor e consolar todos os tristes” (Is61. 2).
A consolação, pois, não seria administrada apenas a Israel, mas a todos os povos.
As expectativas proféticas do Antigo Testamento com respeito ao Messias cumpriram-se totalmente em Cristo.
Inaugurando o seu ministério, o Senhor Jesus declarou que o caráter de sua missão era, justamente, ministrar as consolações divinas: “ O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lc 4.18).
Vê-se, por conseguinte, que não pode haver cristianismo sem o ministério da consolação. Quem ama, consola, porque Deus é amor.
II – EXEMPLOS DE CONSOLAÇÃO
1. CRISTO, O EXEMPLO MÁXIMO DE CONSOLAÇÃO
Durante o seu ministério terreno, o Senhor Jesus pôs-se a consolar os cansados e oprimidos. Ele evangelizava os pobres, libertava os oprimidos de Satanás, curava os enfermos, ressuscitava os mortos (Mc1.21-34).
Jesus exerceu o ministério da consolação de maneira plena; ninguém jamais havia dispensado tantas consolações (Jo 20-30).
2. PAULO, O APÓSTOLO DA CONSOLAÇÃO
Depois de sua conversão, Paulo dedicou-se não apenas a evangelização como também a consolar as igrejas de Deus. Ou seja: exortar, edificar e reconfortar os fiéis. A este mister, ele dá o nome de ministério da consolação.
Paulo dedicava-se de modo sacrificial e amoroso à consolação ( 2 Co1.4).Por isso, teve completo êxito em seu ministério. Os pastores, hoje, precisam retomar este aspecto do serviço cristão.
Sem consolação, não pode haver ministério bem sucedido.
3. BARNABÉ, O FILHO DA CONSOLAÇÃO
Embora não pertencesse ao grupo dos doze (como Paulo também não o pertencia). Barnabé destacou-se na Igreja Primitiva por seu espírito conciliador e amoroso (At 4.36).Ele sabia consolar. Para este apóstolo, a consolação não era um mero adorno do caráter cristão; era a sua essência.
A consolação, para Barnabé, era um ministério. Que o Senhor levante, em nossos dias, muitos Barnabés, pois a Igreja de Cristo nunca precisou de tanta consolação quanto hoje.
Você pode ser classificado como filho da consolação?
Bibliografias usadas:
- Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios, Thomas Reginald Hoover, CPAD.
-Lições Bíblicas-Jovens/Adultos-4°Trimestre de 1997,CPAD.
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