domingo, 5 de junho de 2011
Semeando e colhendo Gl 6.6-10
Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as cousas boas aquele que o instrui. 7Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. 8Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna. 9E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. 10Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.
O apóstolo Paulo está chegando ao final de sua carta. Seus temas principais já foram apresentados. Tudo o que resta são algumas advertências finais. À primeira vista, essas instruções e exortações parecem estar muito frouxamente ligadas entre si, quase totalmente desconexas. Um exame mais detalhado, no entanto, revelará o elo de ligação. É o grande princípio da semeadura e da colheita, apresentado de forma epigramática no versículo 7: Aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Este é um princípio de ordem e coerência que se acha inscrito em toda vida, material e moral.
A agricultura, por exemplo. Depois do dilúvio, Deus prometeu a Noé que, enquanto houvesse terra, haveria "sementeira e ceifa", isto é, a semeadura e a colheita não teriam fim (Gn 8:22). Se um lavrador deseja ter colheita, deve semear a semente no seu campo; caso contrário, não haverá colheita. Além disso, o tipo de colheita que ele vai obter é determinado de antemão pelo tipo de semente que ele semeia. Isso acontece com a natureza, a qualidade e a quantidade. Se ele semear cevada, vai colher cevada; se semear trigo, colherá trigo. Semelhantemente, uma boa semente produz uma boa colheita, e uma semente ruim produz uma colheita ruim. Além disso, se ele semeia com abundância, pode esperar uma colheita abundante; mas se semeia parcamente, também vai colher parcamente (cf. 2 Co 9:6). Reunindo tudo, podemos dizer que se um lavrador deseja uma safra abundante de uma determinada semente, então, além de semear a semente adequada, esta deve ser boa e tem de ser semeada com abundância. Só assim ele pode esperar uma boa colheita.
Exatamente o mesmo princípio opera na esfera moral e na espiritual. Aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Quem decide como será a colheita, não são os que colhem, mas os semeadores. Se um homem é fiel e consciencioso em sua semeadura, então pode confiantemente aguardar uma boa colheita. Se ele "semeia ventos", como costumamos dizer, só pode "colher tempestades"! Por outro lado, "os que lavram a iniquidade e semeiam o mal, isso mesmo eles segam" (Jó 4:8). Ou, como Oséias advertiu os seus contemporâneos (8:7), "porque semeiam ventos, segarão tormentas" (referindo-se ao juízo divino).
Este princípio é uma lei divina imutável. A fim de enfatizá-lo, o apóstolo o prefacia com uma ordem ("Não vos enganeis") e uma declaração ("de Deus não se zomba").
A possibilidade de se enganar é mencionada diversas vezes no Novo Testamento. Jesus disse que o diabo é um mentiroso e o pai da mentira, e advertiu os seus discípulos contra a possibilidade de serem enganados. João nos adverte, na sua segunda epístola, que "muitos enganadores têm saído pelo mundo fora". Paulo nos roga, em sua carta aos Efésios: "Ninguém vos engane com palavras vãs." Já em Gálatas ele pergunta aos seus leitores: "Quem vos fascinou?" (3:1) e fala da pessoa que "a si mesma se engana" (6:3).
Muitos se enganam acerca desta inexorável lei da semeadura e da colheita. Semeiam impensadamente, indiferentemente, cegos ao fato de que as sementes que estão lançando inevitavelmente produzirão uma colheita correspondente. Ou, então, semeiam semente de um tipo e aguardam uma colheita de outro tipo. Imaginam que de alguma forma vão se safar. Mas isso é impossível. Então Paulo acrescenta: de Deus não se zomba. A palavra grega aqui (muktērizō) é chocante. Deriva de uma palavra que significa nariz e quer literalmente dizer "torcer o nariz para" alguém e, portanto, "zombar" ou "tratar com desprezo". A partir daí pode significar "brincar" ou "passar a perna" (Arndt-Gingrich). O que o apóstolo diz aqui é que os homens podem enganar a si mesmos, mas não podem enganar a Deus. Embora pensem que podem escapar desta lei da semeadura e colheita, eles não podem. Podem até continuar semeando suas sementes e fechando os olhos às consequências, mas um dia o próprio Deus vai fazer a colheita.
Do princípio passamos para a aplicação. Há três esferas da experiência cristã nas quais Paulo vê o princípio operando.
1. Ministério Cristão (v. 6)
Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as cousas boas aquele que o instrui. A palavra grega para "aquele que está sendo instruído na palavra" é ho katēchoumenos, o catecúmeno, alguém que "está aprendendo o Evangelho" (BLH). É assim que Lucas descreve Teófilo no prefácio do seu Evangelho (1:4).
Quer a instrução dada seja em particular, ou numa aula de catequese, na qual os convertidos são preparados para o batismo, ou a toda uma congregação pelo seu pastor, o princípio é o mesmo: aquele que está sendo instruído na palavra deve ajudar a sustentar o seu mestre. Assim um ministro pode esperar ser sustentado pela congregação. Ele semeia a boa semente da Palavra de Deus e colhe o sustento.
Há pessoas que acham isso embaraçoso. Mas o princípio bíblico é enfatizado muitas vezes. O Senhor Jesus disse aos setenta que enviou: "Digno é o trabalhador do seu salário" (Lc 10:7). E Paulo aplica explicitamente a metáfora da semeadura e da colheita para ensinar a mesma verdade: "Se nós vos semeamos as cousas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais?" (1 Co 9:11).
Se o princípio for devidamente aplicado, mantém-se por si só. Apesar disso, devemos considerar seus dois possíveis abusos.
a. Abuso por parte do ministro
Lutero viu, no seu tempo, o perigo de obedecer a esta injunção apostólica com excessiva facilidade, pois a Igreja Católica Romana era muito rica devido ao dinheiro do povo, e "por causa dessa excessiva liberalidade dos homens, a avareza do clero aumentou". Semelhantemente, hoje, embora de poucos ministros se possa dizer que são excessivamente bem pagos, a imagem popular do ministro cristão (pelo menos no mundo ocidental) parece ser que o seu emprego é confortável e seguro. Na linguagem moderna, ele fez "um bom negócio". E há uma certa verdade nisso. Alguns ministros cristãos são tentados pela preguiça, e alguns sucumbem à tentação. Na Inglaterra os ministros são classificados como "autônomos". Ninguém exatamente supervisiona o seu trabalho. Por isso acontece frequentemente eles se tornarem indolentes. É compreensível, portanto, que Paulo, embora declarasse a ordem do Senhor "aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho" (1 Co 9:14), tenha renunciado o seu próprio direito pregando o evangelho de graça e ganhando o seu sustento como fabricante de tendas. Quem sabe maior número de ministros devesse tentar fazer o mesmo hoje, a fim de corrigir a impressão de que os ministros entram para o ministério "apenas pelo que podem tirar dele". Mas o princípio bíblico é claro, que o ministro deve ficar livre do trabalho secular para se dedicar ao estudo e ao ministério da Palavra e para cuidar do rebanho que lhe foi confiado. Como disse Lutero: "É impossível que um homem trabalhe dia e noite para ganhar o seu sustento e, ao mesmo tempo, se dedique ao estudo das sagradas letras, como exige o ofício do pregador".
Haverá algum jeito de proteger-se desse abuso? Vejamos o que é dito em 1 Timóteo 5:17: "Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o grão. E ainda: O trabalhador é digno de seu salário." Não é uma coisa particularmente lisonjeira, talvez, comparar o pregador a um boi que pisa o grão! Mas ele também é chamado de "trabalhador", ou operário. A palavra grega é forte e indica aquele que "labuta" na Palavra com todas as suas forças e meios, procurando entendê-la e aplicá-la. Talvez a pregação esteja em declínio na igreja de hoje porque nós fugimos do trabalho duro que ela envolve. Mas se o ministro se entrega ao ministério com a energia de um trabalhador, semeando a boa semente nas mentes e nos corações da congregação, então ele pode esperar a sua subsistência material.
b. Abuso por parte da congregação
Se o princípio de a congregação pagar o ministro pode incentivá-lo a se tornar preguiçoso e negligente, da mesma forma a congregação pode se sentir tentada a controlar o ministro. Algumas congregações exercem uma positiva tirania sobre o seu pastor e quase o chantageiam a pregar o que querem ouvir. Ele é pago para isso, dizem; portanto deve dançar de acordo com a música. E, se o ministro tem esposa e família para sustentar, sente-se tentado a ceder. Naturalmente ele não deve ceder a tais pressões, mas a congregação também não deve colocá-lo em tal situação. Se o ministro semeia com fidelidade a boa semente da Palavra de Deus, por mais desagradável que a congregação possa achá-lo, ele tem o direito de receber o seu sustento. A congregação não tem autoridade de reduzir o seu salário só porque ele se recusa a reduzir suas palavras.
O relacionamento certo entre mestre e discípulo, ou entre ministro e congregação, é o de koinōmia, "comunhão" ou "sociedade". Por isso Paulo descreve: "Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante (koinōneitō) de todas as cousas boas aquele que o instrui." Ele partilha as coisas espirituais com seus discípulos, e estes partilham as coisas materiais com ele. O Bispo Stephen Neill comenta: "Isso não deve ser considerado um pagamento. A palavra 'partilhar' é uma excelente palavra cristã que é usada para a nossa comunhão no Espírito Santo".
2. Santidade Cristã (v. 8)
Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna. Esta é uma outra esfera na qual opera o princípio da "semeadura e colheita". Paulo passa do particular para o geral, dos ministros cristãos e o seu sustento para o povo cristão e o seu comportamento moral. Ele retorna ao tema da carne e do Espírito, o qual examinou em certa extensão em Gálatas 5:16-25. Ali, em Gálatas 5, a vida cristã é comparada a um campo de batalha, e a carne e o Espírito são dois combatentes em guerra um contra o outro. Mas aqui, em Gálatas 6, a vida cristã é comparada a uma propriedade rural, e a carne e o Espírito são dois campos em que nós semeamos. Além disso, a nossa colheita depende de onde e o quê nós semeamos.
É um princípio de santidade vitalmente importante e muito negligenciado. Não somos vítimas indefesas de nossa natureza, temperamento e ambiente. Pelo contrário, o que nos tornamos depende principalmente de como nos comportamos; nosso caráter é formado pela nossa conduta. De acordo com Gálatas 5, o dever do cristão é "andar no Espírito"; de acordo com Gálatas 6, é "semear para o Espírito". Assim o Espírito Santo é comparado ao caminho pelo qual andamos (Gl 5) e ao campo no qual semeamos (Gl 6). Como podemos esperar colher o fruto do Espírito se não semeamos no campo do Espírito? O velho adágio é verdadeiro: "Semeie um pensamento, colha um ato; semeie um ato, colha um hábito; semeie um hábito, colha um caráter; semeie um caráter, colha um destino." Isso é bom e é bíblico.
Vamos examinar os dois tipos de semeadura possíveis, isto é, "semear para a carne" e "semear para o Espírito".
a. Semeando para a carne
Vimos que a nossa "carne" é a nossa natureza caída, "com as suas paixões e concupiscências" (5:24), a qual, se não for controlada, manifesta-se nas "obras da carne" (5:19-21). Essa natureza caída existe em cada um de nós e permanece em nós, mesmo depois da conversão e do batismo. É um dos campos de nossa propriedade rural humana em que podemos semear.
"Semear para a carne" é trabalhar para ela, acariciá-la, aconchegá-la e afagá-la, em vez de crucificá-la. As sementes são principalmente pensamentos e atos. Toda vez que permitimos que a nossa mente abrigue um ressentimento, acalente uma queixa, entretenha uma fantasia impura ou chamafurde na auto piedade, estamos semeando para a carne. Toda vez que permanecemos em má companhia a cuja influência insidiosa sabemos que não poderemos resistir, toda vez que permanecemos na cama quando deveríamos nos levantar para orar, toda vez que lemos literatura pornográfica, toda vez que assumimos um risco que cria dificuldades para o nosso autocontrole, estamos semeando, semeando, semeando para a carne. Há cristãos que semeiam para a carne todos os dias e ficam se perguntando porque não colhem santidade. A santidade é uma colheita; colher ou não colher depende quase inteiramente do que e onde semeamos.
b. Semeando para o Espírito
"Semear para o Espírito" é o mesmo que "o pendor do Espírito" (Rm 8:6) e "andar no Espírito" (Gl 5:16,25). Além disso, as sementes são nossos pensamentos e atos. Devemos "buscar" as coisas de Deus e "pensar" nelas, "cousas lá do alto, não nas que são aqui da terra" (Cl 3:1,2; compare com Fp 3:19). Com os livros que lemos, a companhia que desfrutamos e o lazer que buscamos, podemos "semear para o Espírito". Devemos, então, incrementar hábitos disciplinados de devoção na vida particular e pública, na oração e leitura diária da Bíblia, e no culto junto com o povo do Senhor no dia do Senhor. Tudo isso é "semear para o Espírito"; sem isso não pode haver colheita do Espírito, ou "fruto do Espírito".
Paulo traça uma diferença entre as duas colheitas, como também entre as duas semeaduras. Os resultados são apenas lógicos. Se semearmos para a carne, "da carne colheremos corrupção", isto é, vai haver um processo de decaimento moral. Iremos de mal a pior e finalmente pereceremos. Se, por outro lado, semearmos para o Espírito, vamos "do Espírito colher vida eterna": vai iniciar-se um processo de crescimento moral e espiritual. A comunhão com Deus (que é a vida eterna) vai se desenvolver agora até que se aperfeiçoe na eternidade.
Portanto, se desejamos colher santidade, nosso dever é duplo. Primeiro, devemos evitar semear para a carne, e, segundo, devemos continuar semeando para o Espírito. Devemos eliminar sem piedade a primeira, concentrando nosso tempo e energias no segundo. É uma outra forma de dizer (como em Gl 5) que devemos "crucificar a carne" e "andar no Espírito". Não há outro meio de crescer em santidade.
3. A Prática do Bem do Cristão (vs. 9, 10)
E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé. O assunto muda um pouco da santidade pessoal para a prática do bem, a ajuda aos outros, as atividades filantrópicas na igreja ou na comunidade. Mas o apóstolo trata disso também sob a metáfora da semeadura e colheita.
Certamente é preciso algum incentivo para a prática do bem. Paulo reconhece isso, pois ele insiste com os seus leitores em que "não se cansem" nem desanimem (cf. 2 Ts 3:13). O serviço cristão ativo é um trabalho cansativo e exigente. Somos tentados a desanimar, a relaxar e até mesmo a desistir.
Por isso o apóstolo nos dá este incentivo, ao dizer-nos que fazer o bem é como semear. Se perseverarmos semeando, então "a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos". Se o lavrador se cansar de semear, deixando metade do seu campo sem sementeira, vai colher apenas a metade. O mesmo acontece com as boas obras. Se desejamos uma colheita, então temos de concluir a semeadura e temos de ser pacientes, como o lavrador que "aguarda com paciência o precioso fruto da terra,.." (Tg 5:7). Como disse John Brown: "Os cristãos frequentemente agem como crianças com referência a essa colheita. Gostariam de semear e colher no mesmo dia."
Se a semeadura é a prática das obras na comunidade, o que será a colheita? Paulo não nos diz; ele nos deixa adivinhar. Mas a paciente prática do bem na igreja ou na comunidade sempre produz bons resultados. Pode produzir consolo, alívio ou assistência a pessoas necessitadas. Pode levar um pecador ao arrependimento e à salvação; o próprio Jesus falou dessa obra, chamando-a de semeadura e colheita (Mt 9:37; Jo 4:35-38). Pode ajudar a deter a deterioração moral da sociedade (esta é a função do "sal da terra") e até mesmo torná-la um lugar mais doce e mais saudável de se viver. Pode aumentar o respeito dos homens pelo que é bonito, bom e verdadeiro, especialmente nos nossos dias, quando os padrões estão baixando. Trará igualmente o bem ao que o pratica: não a salvação (pois esta é um dom livre de Deus), mas alguma recompensa no céu pelo seu trabalho fiel, que provavelmente assumirá a forma de serviço de ainda maior responsabilidade.
Por isso, prossegue Paulo (versículo 10), considerando que a semeadura da boa semente resulta em uma boa colheita, enquanto tivermos oportunidade (e a nossa vida na terra está cheia de tais oportunidades), façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé. Esta família consiste de nossos companheiros crentes, que compartilham conosco a "fé igualmente preciosa" (2 Pe 1:1) e que são nossos irmãos e irmãs na família de Deus. Como diz o velho ditado, "a caridade começa em casa", para com os que reivindicam nossa primeira atenção; também a caridade cristã nunca deve parar aí. Devemos amar e servir os nossos inimigos, disse Jesus, não apenas os nossos amigos. Assim, "a perseverança em fazer o bem" é uma característica do verdadeiro cristão, uma característica tão indispensável que será considerada como evidência de fé salvadora no dia do juízo (veja Rm 2:7).
Conclusão
Consideramos as três esferas da vida cristã às quais Paulo aplica o seu inexorável princípio de que "aquilo que o homem semear, isso também ceifará". Na primeira, a semente é a Palavra de Deus, semeada pelos mestres nas mentes e corações da congregação. Na segunda, a semente são nossos próprios pensamentos e atos, semeados no campo da carne ou do Espírito. Na terceira, a semente são as boas obras, semeadas nas vidas de outras pessoas na comunidade.
E, em cada caso, embora a semente e o solo sejam diferentes, a semeadura é seguida pela colheita. O mestre que semeia a Palavra de Deus vai colher o seu sustento; é propósito de Deus que seja assim. O pecador que semeia para a carne vai colher corrupção. O crente que semeia para o Espírito vai colher vida eterna, uma comunhão cada vez mais profunda com Deus. O filantropo cristão que semeia boas obras na comunidade vai fazer uma boa colheita nas vidas daqueles a quem serve e terá uma recompensa para si mesmo na eternidade.
Em nenhuma dessas esferas podemos zombar de Deus. Em cada uma delas opera o mesmo princípio, invariavelmente. E, considerando que não podemos enganar a Deus, somos tolos se tentarmos nos enganar a nós mesmos! Não devemos ignorar nem resistir a esta lei, mas aceitá-la e cooperar com ela. Devemos ter o bom senso de permitir que ela governe as nossas vidas. "Aquilo que o homem semear, isso também ceifará." Devemos esperar colher o que semeamos. Portanto, se queremos ter uma boa colheita, devemos semear e continuar semeando a boa semente. Então, no devido tempo, a colheita virá.
Bibliografia J. Stott
Fonte:EBD AREIA BRANCA
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